Coletiva de Imprensa | Iza lança nova música, Sem Filtro

A canção foi escrita por Luccas Carlos em parceria com Rafinha RSQ e Carolzinha. Além disso, os efeitos sintetizados foram conduzidos por Sérgio Santos

A gente junto é mó parada/ A gente não presta/ Zero compromisso/ Se for sempre assim nós fecha/ Entra nesse quarto/ Sem a intenção de ficar/ Não vejo problema/ Em não querer se apaixonar/ É que hoje eu tô sem filtro/ Celular, sem hora pro amor”. Assim começa a nova música de Iza, Sem Filtro. O hit foi lançado nesta quinta (18) e o clipe oficial saiu hoje (19). Confira:

Com uma dinâmica totalmente diferente do que estamos acostumados a ver em produções da cantora, Sem Filtro traz uma mistura de R&B com pagode baiano, trap, dancehall, narrativa futurista e sensual, em um texto calejado por finais de relacionamentos duros e que celebram superação e vitória. 

Em coletiva de imprensa, Iza contou como foi o processo de criação do clipe e quais são os próximos passos de sua carreira. “Queria uma narrativa diferente para contar essa história. Essa música fala de relacionamento de uma forma diferente. Não estava acostumado a cantar, mas sim a ouvir, e comecei a pensar em como contar de forma diferente algo que acontece sempre na nossa vida, que é desilusão amorosa e tudo mais”, afirmou a cantora.

Roteirizado pela própria Iza e dirigido por Felipe Sassi, o clipe de Sem Filtro dá uma guinada radical sobre o clima solar do single anterior, Gueto, quando Iza celebrava a vida suburbana e feliz de carioca da gema. O vídeo novo vem mais sombrio e misterioso. A canção é mais sincopada no R&B, um dos gêneros favoritos da cantora, o que favorece cenários mais futuristas e momentos épicos de relacionamento, como interpretações na cama com coreografias de bailarinas ao redor. “Neste trabalho busquei muito olhar para dentro e dizer coisas que eu não tinha coragem para dizer antes […] Sem Filtro é uma ilustração desses tempos. Amar em amarras sempre existiu, mas hoje em dia a gente fala mais sobre isso”, contou Iza.

“A gente deve cantar o que a gente quiser cantar, e essa música sempre vai fazer sentido para alguém. A gente tem mais que falar sobre o que estamos sentindo, pois, nosso papel como artistas é tornar audível o sentimento das pessoas. Se aquilo é verdadeiro, com certeza toca as pessoas”, afirmou ela

https://www.instagram.com/p/CWcAFCpPHXe/

Os efeitos sintetizados são conduzidos por Sérgio Santos, que gravou, mixou e masterizou a música. Já a canção é de autoria de Luccas Carlos em parceria com Rafinha RSQ (que também produziu a música) e Carolzinha. “Sempre admirei o Luccas, e adorei cantar uma música dele feita para mim”, disse a cantora sobre trabalhar a maior referência do estilo R&B no Brasil.

A união global vem com coreografia da francesa Laure Courtellemont, a presença de balé composta por algumas das melhores bailarinas do mundo, produção bollywoodiana e até inserção do risco explícito de globo da morte nessa roleta-russa que se tornaram as apostas em relacionamentos sem compromisso. “Quem conhece meu primeiro álbum sabe o quanto gosto de R&B e vai absorver naturalmente a musicalidade. Assim como a visão atual de como as coisas são passageiras ao mesmo tempo em que a perspectiva de que se machucar muito em um relacionamento nos prepara para o próximo”, afirma Iza.

Foto: divulgação

Iza também falou como essa música quebra um filtro dentro dela: “Estou em um momento de estar mais segura para me expor ainda mais na carreira, e é o que estou procurando com este próximo trabalho. Me diverti muito com as músicas, e quero cada vez mais isso”, garantiu ela. Além disso, falou sobre como às vezes o mercado pode influenciar nas ações dos cantores. “O mercado tende a nos engolir, deixar com medo, mas precisamos aprender a fazer algo para se divertir, que faça sentido. Inclusive não lancei muita música por um tempo por conta disso, que eu compunha e não fazia sentido para mim”, contou.

Durante a conversa, ela ainda comentou sobre a importância do Dia da Consciência Negra, data que é comemorada amanhã, dia 20 de novembro. “É muito doido ter que explicar para as pessoas que não é ‘mimimi’. Se tem gente chamando a dor dos outros disso, precisamos de datas como essa para nos alertar disso. Preciso discutir isso com os outros sempre”, explicou. Ela ainda completou dizendo que “[…] é difícil às vezes se colocar no lugar do outro, que é desconfortável ver que o racismo estrutural existe. Mas isso é muito pequeno comparado a dor que as pessoas vivem […], gente que morre todos os dias no país pelo mesmo problema”, conclui Iza.

Foto: divulgação/Twitter

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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Papel Pop

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