Inabitável será exibido a partir de 28 de janeiro e ficará disponível online
Inabitável é um curta-metragem brasileiro com direção de Matheus Farias e Enock de Carvalho. Além disso, quem dá vida à personagem principal é a atriz Luciana Souza, que conhecemos por seu trabalho em Bacurau. Desse modo, o filme acompanha a busca de uma mãe pela filha desaparecida. Inabitável que já recebeu diversos prêmios, entrará em exibição na Mostra Competitiva do Festival de Sundance, no dia 28 de janeiro e ficará disponível online até dia 3 de fevereiro.
No segundo semestre de 2020, o curta-metragem esteve em exibição em 18 festivais de cinema, incluindo o 48º Festival de Gramado, onde conquistou quatro troféus. No ano passado, Inabitável venceu 12 prêmios. Aliás, o filme também foi selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Dublin, que ocorrerá em março.
O curta pernambucano também recebeu menção honrosa no Festival Mix Brasil e no Festival de Brasília pelo seu elenco que é composto por nomes como Sophia William, Erlene Melo, Laís Vieira, Eduarda Lemos, Val Júnior e Carlos Eduardo Ferraz.
Sobre o curta
O filme narra a história de Marilene (Luciana Souza), que procura por sua filha (Eduarda Lemos). A jovem desapareceu depois de não retornar de uma festa. Possui uma narrativa fantástica e linguagem bem conhecida pelos diretores. Enock e Matheus retratam de forma poética a violência rotineira do país que mais mata a população LGBTQIA+.
Sobre o curta, a atriz Luciana Souza diz: “Quando penso sobre o filme, penso sobre o lugar em que vivemos, que, muitas vezes, nos parece inabitável. Como se não nos comportasse, não fosse um lugar de pertencimento, pela existência de tamanhas desigualdades, intolerância e ódio. A Marilene representa não só a dor das mães que não sabem se seus filhos e filhas trans vão voltar para casa. Mas também a dor e indignação de pessoas que defendem a preservação da vida. Acho que da mesma forma que existe um descaso social, há também muitas frentes que se importam e defendem vidas. Em relação à gênero, etnia, orientação sexual, religiosidade, classe social, etc.”
“Estamos muito felizes com o fato de o filme estar na seleção oficial do Festival de Sundance. POorque isso significa que muitas pessoas descobrirão Inabitável a partir de agora. Isso gera uma nova onda de pensamentos em torno do filme, novos debates e críticas. Sundance é uma maravilhosa vitrine para o cinema mundial. E o filme toca em questões sobre o Brasil que são muito importantes “, afirma Enock Carvalho, roteirista e diretor do filme.
“A exibição do filme em festivais online permite que mais pessoas, inclusive as que não frequentam habitualmente os festivais de cinema, consigam assisti-lo. Desde a estreia em agosto, Inabitável tem participado de vários festivais brasileiros e internacionais e já soma 10 prêmios. Estamos muito felizes com essa trajetória. E é muito importante pra gente que ele continue circulando. Sendo assistido e discutido. Diante de tudo o que vem acontecendo no Brasil nos últimos tempos é incrível perceber como ele reverbera de forma única através de cada exibição”, completa Matheus, que além de roteirizar e dirigir o filme, também montou o curta ao longo de quatro meses.
Saiba mais
A estreia mundial de Inabitável aconteceu na Mostra Competitiva do 31º Festival de Curtas-metragens de São Paulo. Em setembro de 2020, esteve na competição de Curtas-Metragens Brasileiros do 48º Festival de Cinema de Gramado. Igualmente, em outubro do mesmo ano, na Mostra Olhares Brasil do 9º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba. Também foi esteve na competição do 30º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema e do 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, ambos em dezembro. Em 2021, segue sua carreira em festivais internacionais.
Há três anos, os diretores Matheus Farias e Enock Carvalho desenvolvem o roteiro do primeiro longa-metragem assinado por eles. O projeto já participou do Laboratório Novas Histórias, iniciativa do Sesc e Senac São Paulo. Ela é voltada para o desenvolvimento de roteiros e o aperfeiçoamento do ofício de roteirista no cinema nacional. Aliás, o filme flerta com o cinema de gênero. Além disso, se aprofunda na crise que o Brasil vive hoje. Costurando passado, presente e futuro.
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*Créditos na imagem de destaque: Gustavo Pessoa