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Bridget Jones: Louca pelo Garoto
Foto: reprodução/AdoroCinema

Crítica | Bridget Jones: Louca pelo Garoto — uma jornada de recomeços com humor e sensibilidade

Renée Zellweger retorna ao papel icônico de Bridget Jones em um filme que equilibra com maestria comédia e emoção, abordando maternidade solo, luto e a busca pelo amor na era moderna

Bridget Jones sempre foi sinônimo de autenticidade, caos e romantismo, e em Bridget Jones: Louca pelo Garoto (Bridget Jones: Mad About the Boy, 2025), dirigido por Michael Morris, ela encara sua fase mais desafiadora. Agora mãe solo de dois filhos — Billy, de 9 anos, e Mabel, de 4 anos —, Bridget se vê dividida entre a criação das crianças e a possibilidade de um novo amor, enquanto ainda lida com a ausência de Mark Darcy (Colin Firth).

A comédia romântica, que marcou gerações, amadurece sem perder sua essência, entregando uma narrativa que equilibra perfeitamente sensibilidade, humor e a realidade dos recomeços.

A Bridget de sempre, mas em um novo capítulo

Renée Zellweger prova mais uma vez que nasceu para ser Bridget Jones. Seu carisma inconfundível continua guiando a história com naturalidade, e sua atuação faz com que a evolução da personagem pareça genuína. Agora, Bridget não está mais preocupada com o relógio biológico ou com as pressões da sociedade para encontrar um grande amor — ela já viveu esse amor, e agora precisa aprender a seguir em frente.

O roteiro acerta ao não transformar sua história em um drama excessivo. A perda de Mark Darcy é sentida, mas não define a protagonista. Pelo contrário: Bridget segue sua vida da maneira que sempre fez, com tropeços, momentos hilários e muita resiliência. 

Maternidade solo e as complexidades do amor moderno

A relação de Bridget com seus filhos é um dos aspectos mais emocionantes do filme. Diferente das comédias românticas convencionais, aqui temos uma mãe tentando equilibrar seu papel parental com suas próprias vontades e desejos. Bridget não é uma mãe perfeita e é justamente isso que a torna real e cativante.

Para ajudá-la nessa nova fase, Daniel Cleaver (Hugh Grant) retorna de uma forma inesperada: após ser dado como morto em um filme anterior, ele ressurge como um apoio inesperado para Bridget, ajudando-a a navegar os desafios da maternidade solo. Sua presença no filme adiciona um toque nostálgico e divertido, ao mesmo tempo em que reforça o amadurecimento da franquia.

No meio desse turbilhão, o filme resgata a essência do romance ao apresentar dois interesses amorosos completamente distintos: Roxster (Leo Woodall), um homem mais jovem com quem Bridget se envolve através de aplicativos de namoro, e o professor de ciências de seu filho, interpretado por Chiwetel Ejiofor.

Essa dinâmica gera conflitos internos para Bridget, que precisa decidir entre a emoção do inesperado e a estabilidade de um relacionamento mais convencional. A dualidade traz reflexões sobre maturidade, expectativas e o que realmente significa recomeçar na vida adulta.

Assista ao trailer:

Sensibilidade e humor na medida certa (chora um pouco, ri um pouco)

Um dos maiores acertos do filme é a forma como trata temas delicados sem perder a leveza. Lidar com a viuvez e a criação de dois filhos sozinha são desafios reais, mas o filme nunca deixa a narrativa pesar demais. O humor característico da franquia segue presente, seja nas situações embaraçosas de Bridget ou em seu jeito inconfundível de lidar com a vida.

A produção também se preocupa em atualizar a personagem para os tempos modernos. O universo dos aplicativos de namoro, as novas dinâmicas de relacionamento e a maneira como a sociedade enxerga mulheres solteiras acima dos 50 anos são temas que permeiam a trama, trazendo um olhar atual e necessário. Além disso, a presença de Emma Thompson, Isla Fisher e Sally Phillips no elenco adiciona camadas de humor e apoio à jornada de Bridget.

Bridget Jones: Louca pelo Garoto não é apenas mais uma sequência, mas sim uma evolução natural da franquia. O filme mantém a identidade de sua protagonista, ao mesmo tempo em que a coloca diante de novos desafios que fazem sentido para sua idade e contexto.

 

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Leia também: Relembrando Sucessos | O Diário de Bridget Jones

 

Texto revisado por Cristiane Amarante

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