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Crítica | Ghostbusters: Apocalipse de Gelo

Mesmo com momentos nostálgicos, filme tem narrativa preguiçosa

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo reforça que vivemos na era dos re: remakes, reboots, revivals e muitos outros termos que dizem apenas que uma franquia está de volta às telonas. A nostalgia é sempre um artifício coringa para Hollywood, que todo ano gera milhões (ou bilhões?) de dólares trazendo públicos de diferentes gerações ao cinema.

E com Os Caça Fantasmas, isso não muda. A franquia de filmes com início em 1984 ganhou um novo longa com novos personagens que, apesar de ser confuso, conquistou boa bilheteria. Ghostbusters: Mais Além (2021) traz atores como Finn Wolfhard (no papel de Trevor Spengler), Mckenna Grace (como Phoebe Spengler) e Paul Rudd (como Mr. Grooberson).

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Foto: reprodução/IMDb
Sobre o novo filme

Agora, o longa de 2021 ganhou uma nova sequência. Ghostbusters: Apocalipse de Gelo (2024) traz novamente a família Spengler no clássico quartel de bombeiros do filme original, em Nova York. Quando a descoberta de um artefato antigo desperta uma força maligna, os novos e antigos caça-fantasmas precisarão se unir para salvar o mundo de uma segunda era glacial.

Mais uma vez, a franquia utiliza de recursos nostálgicos para satisfazer um público mais velho. A trilha sonora característica, ambientada no cenário clássico dos primeiros filmes e com aparições dos personagens originais. Ghostbusters: Apocalipse de Gelo acertaria em cheio se somasse todos esses elementos com uma nova história forte, em que o bastão seria, enfim, passado para a nova geração. Mas não é isso que acontece.

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Foto: reprodução/IMDb

Os protagonistas do novo filme se tornam desinteressantes ao não conquistarem cenas que desenvolvam bem sua personalidade. E, quando conquistam, conseguem se tornar ainda mais desinteressantes. Aqui, as únicas exceções são Paul Rudd (Homem-Formiga, 2015), que traz seu carisma da Marvel para fazer um par super divertido ao lado de Callie Spengler (Carrie Coon), e Kumail Nanjiani, que interpreta Nadeem.

Além disso, o enredo do longa deixa a desejar. Começamos com toda a energia que um filme dos Caça-Fantasmas apresenta, para sermos tomados por um segundo ato lento, sem ameaças reais à equipe e com diálogos que, apesar de contribuírem para o entendimento da trama, não despertam a atenção. Diferente de outros filmes da franquia, em Ghostbusters: Apocalipse de Gelo, os acontecimentos não tem profundidade, e é quase como se todos eles levassem ao clímax, sem ramificações.

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Foto: reprodução/IMDb

E chegamos ao clímax. O momento mais esperado do longa apresenta um vilão intimidador e sombrio, mas que, assim como os novos personagens, é desperdiçado. Apesar de aparentar ser forte, o auge do filme acaba em um piscar de dedos. Além disso, é nessa parte que os antigos personagens ganham destaque e desempenham seu esperado fan service. Dessa forma, é legal ver Bill Murray (Peter), Ernie Hudson (Winston), Dan Aykroyd (Ray) e até Annie Potts (Janine) de uniforme, novamente.

Vale a pena assistir?

É errado dizer que o filme não é divertido. Cenas clássicas, como a aparição do Geleia, e o clima alto-astral do personagem de Paul Rudd, assim como o de Kumail, sustentam a comédia da trama. Além disso, os recursos nostálgicos guardam momentos do filme em um lugar de conforto no coração dos fãs.

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Foto: reprodução/IMDb

Mesmo assim, Ghostbusters: Apocalipse de Gelo não se desenvolve muito em uma nova narrativa, que aparentava ser promissora. Além disso, não dá espaço para os novos personagens assumirem o posto e criarem personalidades fortes, que fazem o público esperar por mais filmes exclusivamente da nova geração. Às vezes, a nostalgia não é capaz de manter tudo de pé.

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo estreia hoje (11) nos cinemas brasileiros.

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Texto revisado por Thais Moreira 

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