Daechwita e Haegeum

Daechwita e Haegeum: conheça o significado por trás dos títulos das músicas de Agust D

Provando que K-pop também é cultura, o membro do BTS vem trazendo um pouco da história da Coreia nas músicas de seu alter ego 

Agust D, mais conhecido como Suga ou Min Yoongi, além de ser um dos maiores produtores, compositores e rappers da Coreia do Sul, também é mestre quando o assunto é trazer um pouco da cultura do país em suas músicas.

A genialidade do idol chama muito a atenção dos críticos e do público, principalmente quando ele mistura o pop com músicas do folclore coreano. Daechwita e Haegeum, seus singles mais famosos, são um grande exemplo disso, e o Entretê vai te contar o porquê. Confira: 

Daechwita  (대취타)

Lançada em 2020, Daechwita faz parte do álbum D-2 de Agust D, e marcou o retorno do alter ego após quatro anos. O MV do single impressionou todos com as suas referências além, claro, da locação, o Yongin Daejanggeum Park, que encheu os olhos dos armys. Dá só uma olhada no MV:

Mas, afinal, o que significa Daechwita

Daechwita (que significa grande sopro e golpe em tradução livre) nada mais é do que um gênero musical tradicional coreano que consiste em uma música militar composta por instrumentos de sopro e percussão, geralmente executada durante uma marcha. 

Os instrumentos usados ​​para tocar a Daechwita são o nabal, nagak e taepyeongso, com jing (gong), jabara (címbalos) e yonggo (tambor pintado com desenhos de dragão).

Esse estilo de música militar coreana é frequentemente usado na Marcha da Guarda em cerimônias no Palácio Gyeongbok em Seul, e também no Palácio Deoksugung. Um daechwita especial é quando se celebra o serviço da Unidade de Guarda Tradicional do Exército da Coreia do Sul, sendo o único que tem o Ulla, o Pungmul-buk e o Greyhound em sua instrumentação.

Daechwita e Haegeum
Foto: reprodução/amino

Este é o mesmo caso para bandas coreanas tradicionais fora de sua terra natal, que também têm uma bateria de percussão pungmul marchando (com tambores kkwaenggwari, janggu e pungmul-buk) na parte traseira com uniformes distintos entre os dois conjuntos.

Os uniformes dos grupos são em ouro real ou vermelho e branco, quando estes estavam ligados ao período imperial.

Assista a uma apresentação de Daechwita no Korean Music Fest, da TV Arirang:

Haegeum (해금)

Presente no último álbum de Agust D, o D-Day (lançado em 2023), Haegeum foge do clássico e coloca Min Yoongi brigando com seu alter ego e, de novo, surpreendendo os fãs pela qualidade absurda em seu MV.

Mas, assim como Daechwita, Haegeum também conta com um pouco de cultura:

O haegeum é um instrumento musical tradicional de cordas, de origem coreana, muito parecido com um violino. Ele conta com um pescoço em forma de bastão, além de uma caixa de som normalmente feita em madeira oca e duas cordas de seda, sendo segurado verticalmente no joelho do artista e tocado com um arco. 

Também é conhecido popularmente como kkangkkang-i (깡깡이), kkaengkkaeng-i (깽깽이) ou aeng-geum (앵금). O haegeum é um instrumento amplamente utilizado na música coreana, particularmente em sua música folclórica. O instrumento possui apenas duas ou quatro cordas. O mesmo é construído usando oito diferentes materiais: metal, pedra, seda, bambu, cabaça, barro, pele e madeira.

Na história é quase inexistente os registros sobre a época exata em que o haegeum foi introduzido pela primeira vez na Coreia. Mas, de acordo com algumas fontes, referências ao haegeum podem ser encontradas em textos antigos, feitos na dinastia Goryeo. É possível então imaginar que o haegeum passou a ser produzido pelo menos desde esse período. 

A partir daí, o instrumento passou a ser usado em várias ocasiões, como em rituais ancestrais reais, desfiles, festivais e na música folclórica coreana. A forma como o haegeum é tocado mudou drasticamente ao longo do tempo. 

Daechwita e Haegeum
Foto: reprodução/Ucla

Anteriormente, os músicos tocavam a corda no método gyeong-an (colocando e parando, sem puxar as cordas, como o instrumento ocidental de cordas curvadas), mas desde então eles começaram a tocar yeok-an (puxando a corda). Dessa forma, é possível emitir uma grande variedade de sons, puxando e soltando as cordas, uma vez que não possui escala de dedos.

Para melhorar a capacidade acústica do haegeum, várias modificações foram introduzidas desde a década de 1960. Em 1965, Park Hun-bong e Kim Bun-gi desenvolveram um haegeum de baixa melodia e, em 1967, Kim Gisu criou um pequeno haegeum com algumas modificações.

Veja como ele é tocado:

 

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Leia também: Para Armys: como matar a saudade do BTS até 2025

 

*Crédito da foto de destaque: reprodução/Weverse

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