Glória Magadan foi uma escritora cubana e uma das mais importantes na história das novelas brasileiras
Glória Magadan nasceu em Havana, Cuba, em 1920. Em 1965, foi contratada pela Globo para dirigir o novo departamento da emissora: o de novelas. Com uma visão grandiosa e estilo melodramático, ela revolucionou o mundo da teledramaturgia brasileira.
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Vinda para o Brasil
María Magdalena Iturrioz y Placencia, que mais tarde assumiria o nome de Glória Magadan, escreveu a primeira novela nos anos de 1940. Cuando Se Quiere un Enemigo foi escrita para o rádio e marcou o início da carreira de Magadan. Mais tarde, ela entrou no setor de publicidade da Colgate-Palmolive.
Em 1961, mudou-se para os Estados Unidos, onde comandava a programação da empresa para a América Latina e o Canadá. Em 1964, veio para o Brasil e, ainda funcionária da Colgate-Palmolive, começou a chefiar novelas da TV Tupi, como Gutierritos, O Drama dos Humildes (1964), O Sorriso de Helena (1964), A Cor de Sua Pele (1965) e A Outra (1965).
Entrada na Globo
Em 1965, a Globo fechou uma parceria com a Colgate-Palmolive, que se tornou uma das patrocinadoras mais importantes das novelas. Logo depois, o diretor-geral da emissora, Walter Clark, convida Magadan para comandar o departamento de novelas.
A estreia de Magadan como escritora foi com a produção Paixão de Outono (1965), protagonizada por Yara Lins, Walter Forster e Rosita Thomas Lopes. Nos anos seguintes, ela escreveu mais oito novelas para a Globo e ficou conhecida como rainha da telenovela.
As tramas da autora costumavam retratar destinos distantes, como a França, além de serem carregadas de fantasia, heróis, mocinhas inocentes e duelos de espada. Uma das novelas mais populares do gênero foi O Sheik de Agadir (1967), estrelada por Yoná Magalhães, Henrique Martins e Amilton Fernandes.
Fim de uma era
Glória Magadan foi responsável por transformar a produção das novelas em um negócio rentável e industrial. Além disso, soube criar uma conexão com o público, já que alterava aspectos do roteiro de acordo com a opinião dos telespectadores.
No entanto, ao final da década de 1960, as pessoas queriam assistir enredos mais próximos à realidade brasileira, algo bem distante dos folhetins de Magadan. Com o declínio da popularidade das histórias, saiu da Globo em 1969. Ela ainda escreveu um último projeto para a TV Tupi, a novela E Nós, Aonde Vamos? (1970), mas foi um fracasso de audiência. Glória Magadan faleceu em 2001, aos 81 anos, em Miami.
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Texto revisado por Luiza Carvalho.