Resenha | A Flauta Mágica: filme de Bergman é uma explosão de beleza

Filme sueco A Flauta Mágica de Ingmar Bergman, foi feito em 1975 e esteve aberto na Cabine de Imprensa À La Carte, para a equipe do Entretetizei. E a recomendação é: assista!

Foto: Divulgação/Sven Nykvist

Inspirado na obra homônima de Mozart, o filme mantém os simbolismos maçônicos da versão original. Com direção de fotografia de Sven Nykvist e direção de Ingmar Bergman (1918 – 2007), A Flauta Mágica é um deleite para os fãs de teatro e restaura a última obra de Mozart em versão televisiva.

Com um elenco de peso, figurinos simples e bonitos, e cenários em estilo teatro, que tiram o fôlego dos amantes da arte, o filme ocupa um lugar na lista dos 1000 melhores filmes de todos os tempos, do The New York Times (segundo as minhas pesquisas).

A Rainha da Noite (Birgit Nordin) oferece sua filha, Pamina (Irma Urrila), a Tamino (Josef Köstlinger), um príncipe andarilho, encontrado na floresta pelo servo da rainha, Papageno (Håkan Hagegård). Porém, para isso, Tamino precisa trazê-la de volta de seu pai, o sacerdote que só pratica o bem, Sarastro (Ulrik Cold).

A Rainha da Noite alega que Sarastro sequestrou sua filha, e pede que Tamino a traga de volta. Ambicionando o poder de Sarastro, a Rainha da Noite oferece uma flauta mágica a Tamino e sinos mágicos a Papageno, enviando os dois em uma jornada de amor e autoconhecimento.

O desenrolar do longa

Com doses cômicas oferecidas por Papageno, o filme cria grandes lições de moral e respeito, e tende ao lado religioso, abordando temas como divindade, sabedoria, pecado e razão. Até uma alusão ao Inferno e ao Purgatório pode ser vista no filme.

O romance em si é cheio de dramas à la Shakespeare, e a atuação fica um pouco a desejar se comparada às produções atuais e respeitadas, mas eu amei o filme.

Sendo uma produção da Suécia, a comédia é pouca, mas toda a narrativa compensa por ser contada em forma de ópera. É um musical em ópera que a gente não espera topar por aí na vida, de graça.

A trilha sonora 

A primeira trilha sonora do longa foi gravada em estéreo para ser reproduzida apenas na televisão, mas convence com tanto talento nas vozes dos atores.

O instrumental é composto por toda a ópera homônima de Mozart,  marcou não só por ser sua última criação, como também registrou o imaginário popular com partes dramáticas que saracoteiam por aí em produções mais atuais e populares.

Um figurino que marca!

Indicado ao Oscar de Melhor Figurino, A Flauta Mágica brinca com o visual e a atenção do público. Usando um cenário inteligente e nitidamente de palco de teatro, as roupas se encarregam de serem simples, porém lindo de se ver. Em contraste com os cenários grandiosos, o figurino rouba a cena por trazer leveza ao filme.

Quem foi Mozart?

Foto: Reprodução

Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em 27 de Janeiro de 1756, e foi o sétimo filho de Anna Maria e Leopold Mozart. Nascido em Salzburg, na Áustria, e sendo um dos únicos filhos a sobreviver – além de uma irmã -, Wolfgang começou a estudar música aos 3 anos de idade, e com 5 anos criou seu primeiro concerto para piano.

Com 9 anos ele criou sua primeira sinfonia, com 12 anos tinha sua primeira ópera italiana pronta, e sendo aluno do filho de Johann Sebastian Bach para se aprimorar, o jovem Mozart era boêmio e infantil. Seguiu assim até a fase adulta.

Em 1782 ele se casou com Constanze Weber, que vinha de família de músicos, e com ela teve seis filhos. Em 1787 Mozart chegou ao cargo de compositor da corte do Império Austro-Húngaro.

Por causas desconhecidas, e só chegando ao conhecimento geral que ele teve muita febre e delírios, Mozart morreu aos 35 anos, em 1791.

Ingmar Bergman: o cineasta que moldou o nosso cinema

Foto: Divulgação/Desconhecido

Nascido em 14 de Julho de 1918, Bergman foi um dos cineastas mais importantes para o cinema. Além disso, foi um grande escritor, nos dias de hoje  inspiração para nomes como Woody Allen e David Lynch.

Assinando mais de 50 filmes durante toda a sua carreira, Bergman brincava com o público usando roteiros interessantes e inusitados. Responsável por títulos importantíssimos para a história do cinema, o diretor presenteou a sétima arte com filmes como O Sétimo Selo (1957) e Morangos Silvestres (1957).

Leia também:

Resenha | O Rei da Comédia: meio bom, meio ruim

Resenha | Laços: o drama italiano que dá nó nas nossas cabeças

Resenha | O Charlatão: filme baseado em fatos reais chega aos cinemas brasileiros

Você também gosta do Ingmar Bergman? Conta pra gente lá em nossas redes sociais:  Twitter, Insta e Face.

*Crédito da foto de destaque: Divulgação/Sven Nykvist

plugins premium WordPress

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Acesse nossa política de privacidade atualizada e nossos termos de uso e qualquer dúvida fique à vontade para nos perguntar!