Resenha | Audrey: documentário fascinante sobre Audrey Hepburn

Audrey Hepburn, uma das últimas estrelas da Era de Ouro de Hollywood, ganhou documentário em 2020

Com o constante fluxo criativo de Hollywood, quase não temos tempo de acompanhar a trajetória que ícones da Era de Ouro de Hollywood ainda trilham nos dias de hoje, mesmo estando todos falecidos. No entanto, Audrey Hepburn não deixa de ser um ícone recente e fresco nas nossas mentes apaixonadas por boas histórias.

Em 2020, o documentário Audrey chegou ao mundo, reunindo relatos de amigos próximos de Audrey Hepburn e de seu filho mais velho, Sean Hepburn Ferrer, e sua neta, Emma Kathelin Ferrer.

O documentário exibe uma Audrey Hepburn que destoa da visão que temos, ou seja, saí da ideia de ícone perfeito e apaixonante de Hollywood, e abre as portas da visão de uma Audrey mais humana e solitária do que poderíamos esperar.

Infância difícil

Foto: Divulgação

Nem só de mulheres latinas com muita força de espírito vive o Entretê. E Audrey Hepburn merecia um post só dela (sem sombra de dúvidas). Se fosse latina, teria um Latinizei especial, mas como não é, nos contentamos em contar um pouco de sua história ; começando por sua infância.

Audrey era descente de holandeses e nasceu na Bélgica, mas sua infância foi aterrorizada pela Segunda Guerra Mundial, por um planeta violento e antissemita. Incluso seu próprio pai, que apoiava os nazistas alemães e se juntou ao grupo extremista apoiador de Adolf Hitler, na Inglaterra.

Usando o ballet para se expressar artisticamente contra o sofrimento da guerra, Audrey teve desnutrição e usou seu talento na dança para divertir as pessoas, enquanto morava em um porão com a mãe.

Moda

Foto: Divulgação

Muito próxima de Hubert de Givenchy, a moda usada por Audrey Hepburn sempre será um marco na história do cinema e do universo fashion, e catapulta a artista como modelo principal da marca até os dias de hoje.

O documentário aborda muito dessa parceria. Explicando sobre as criações dos dois e de como isso influenciou sua imagem perante as câmeras, e até mesmo na vida privada.

É explicado que foi Audrey a principal responsável por secar o vestido clássico de Bonequinha de Luxo, enquanto Givenchy tinha uma vontade absoluta em agregar algo delicado, como um laço, por exemplo.

UNICEF e sua morte

Foto: Divulgação

Girando em torno de todas as dores que Audrey Hepburn ocultava do grande público, o documentário narra as dificuldades emocionais que a atriz passou na vida pessoal, fosse pelo abandono do pai, pela frieza restrita da mãe ou pelos maridos que se afastaram dela gradualmente – o primeiro por um desgaste na relação e o segundo por traições infinitas. Assim como sua gratidão pela ajuda concedida pela UNICEF no fim da Segunda Guerra, quando Audrey passou fome e foi resgatado para a liberdade pelo projeto.

Em eterna dívida com o projeto que lhe proporcionou tanto, e movida pelo seu amor, que era extenso demais para ser dividido apenas com os dois filhos, Audrey se associou ao projeto da UNICEF e passou a viajar o mundo, indo aos lugares mais desfavorecidos, arrecadando dinheiro e promovendo a ajuda para crianças necessitadas.

Quando descobriu seu câncer, Audrey ainda viajava e fazia seu papel de embaixadora, não abdicando dessa tarefa mesmo já sentindo que algo estava errado.

Os relatos e a atuação

Foto: Divulgação

Cada relato usado no documentário nos faz emocionar e repensar toda uma vida. Vendo por uma ótica justa, Audrey Hepburn é sempre lembrada como uma mulher triste por seus entes queridos, mas, sempre como alguém que partiu de sua vida pública para viver a beleza de estar entre quem amava, e quem a amava.

Sua vida é colocada sob uma lente de aumento e notamos que sua grande tristeza vinha de traumas profundos, mas que todos eles foram importantes para fazer de Audrey, uma mulher apaixonada pela humanidade e afetuosa com seus mais queridos familiares e amigos.

Entre os relatos, cortes de entrevistas e cenas de seus filmes, a direção usou cenas de ballet apresentadas pelas bailarinas Francesca Hayward (para a jovem Audrey) e Alessandra Ferri (para uma Audrey madura), ambas solistas da The Royal Ballet.

O mais curioso é que Alessandra Ferri é italiana, e Audrey morou na Itália por alguns anos, durante seu segundo casamento. Assim como Francesca Hayward é de origem do Quênia, um dos principais países a enfrentar problemas socioeconômicos e onde grande parte da população vive abaixo da linha da pobreza. E tudo isso só agrega ainda mais à narrativa da vida pessoal de Audrey.

Todo o documentário é lindo e merece a sua atenção, e para te facilitar, avisamos que ele está disponível até dia 09 de novembro de 2021, no Telecine. Agora é só você nos contar – nas nossas redes sociais: Twitter, Insta e Face – quando que vai assistir essa maravilha de filme.

*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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