Resenha | Love, Victor: primeira temporada com Simon, representatividade e diversas relações em destaque

A produção Love, Victor conecta histórias e transborda fofura e surpresas 

Love, Victor é uma série do streaming Hulu que chegou no Brasil pela plataforma Star+ e conta com nostalgia do filme Com Amor, Simon (2018).

Nessa nova história de Creekwood, Victor se mudou com toda a família do Texas para a antiga cidade do Simon, e agora que os personagens que começaram a trama estão na faculdade, o lugar está de volta aos trilhos habituais: muitas fofocas no site dos alunos (o CreekSecrets), organizações bizarras típicas do Ensino Médio e muitos romances não resolvidos entre os alunos.

Logo no primeiro episódio conhecemos a família Salazar, composta por Victor (Michael Cimino), sua irmã Pilar (Isabella Ferreira), seu irmão caçula e seus pais.

Por serem texanos e terem origem latina, a família Salazar vive um conceito de vida muito religioso, além de exporem as complicações das comunidades latinas nos EUA, como as rendas mais baixas e o preconceito racial.

Já no primeiro episódio, Victor faz amigos, arranja inimigos e percebe que ser ele mesmo em um lugar como Creekwood pode ser um terror, mesmo que Simon Spier seja uma lenda. Ou talvez: justamente porque Simon Spier é uma lenda.

Relações e nostalgia

Foto: divulgação

Por ser um universo que já conhecemos, o roteiro teve o cuidado de colocar figuras que marcaram a história anterior, fosse no livro ou no filme.

A senhora Albright (Natasha Rothwell), que já tinha aparecido no filme, dá as caras como vice-diretora, enquanto o vice-diretor do filme, interpretado por Tony Hale, é apenas mencionado. Mas quem tem destaque mesmo é – e você pode se surpreender com isso: Simon Spier.

Logo no começo do primeiro episódio, Victor manda uma mensagem no direct de Simon no Instagram, desabafando sobre Creekwood, e Simon responde.

Love, Victor destaca a relação virtual que se cria entre Simon e Victor, com desabafos e ombros amigos. Mas para além dessa relação, a série fala sobre vínculos familiares, relações amistosas e autoconhecimento, além de falar sobre relações românticas.

É tudo sobre sentir nostalgia e aprender sobre convívio social.

Love, Victor homenageia Com Amor, Simon, aborda nossa saudade dos personagens originais e discute sobre relações de forma mais direta e necessária. É um arraso!

Representatividade 

Foto: divulgação

Por ser uma série jovem e falar sobre o universo LGBTQIA+, Love, Victor abraça a representatividade e esclarece bem os pontos de impacto que podem surgir em diversos contextos sociais.

O grande jogador da escola é um rapaz preto, chamado Andrew (Mason Gooding), que é um verdadeiro clichê das histórias adolescentes dos EUA. Enquanto a mocinha, que tem tudo para ser o centro das atenções, é uma garota preta chamada Mia (Rachel Hilson).

O papel de pessoas brancas sobra para Felix (Anthony Turpel), que é o excluído do colégio, e Lake (Bebe Wood), a melhor amiga de Mia.

Se ficar em segundo plano, no papel de melhor amiga, é sempre um fardo social das mulheres pretas (e As Patricinhas de Beverly Hills que o digam!), Love, Victor troca os papéis e se empenha em destacar corpos fora do padrão branco, hétero e rico.

Mas não é surpresa que seja assim, afinal, a trama original teve origem no livro Simon vs. a Agenda Homo Sapiens, de Beck Albertalli, que é uma autora que adora explorar o inesperado em suas histórias.

Origem e reinvenção

Foto: divulgação

Como acabamos de falar, Love, Victor teve inspiração original no livro Simon vs. a Agenda Homo Sapiens, de Beck Albertalli. Com o sucesso da obra, os direitos foram comprados e o livro (lançado no Brasil pela editora Intrínseca) se tornou o filme Com Amor, Simon.

O sucesso já tinha feito os de mais livros de Albertalli rodarem o mundo, sempre contando uma nova aventura sobre alguém da história original, como é o caso do livro Leah Fora de Sintonia (também lançado pela Intrínseca aqui no Brasil), que conta a história de Leah, a melhor amiga de Simon.

Love, Victor revive esse sentimento de equipe e nos apresenta personagens irresistíveis e apaixonantes, com suas próprias tramas menores que não só ajudam a compor o enredo social de Victor, como nos cativam e nos prendem na tela.

Mas é importante lembrar que a série renova discussões e coloca personagens com sinopses um pouco mais complexas (e por isso mais bem exploradas) em cena. As situações nesse novo momento de Creekwood são completamente novas, porque saem de uma experiência muito confortável do público, já que no filme (e no livro) sobre Simon todo mundo o apoiava, e parte para uma realidade mais crua e fechada. Não que isso não nos deixe com água na boca, mas é por aí que a coisa segue.

Renovação

Ontem, dia 8 de dezembro, a segunda temporada de Love, Victor estreou na plataforma da Star+.

E o que sabemos é que no novo momento da trama, Victor já está enfrentando novos problemas e que ser novato em Creekwood não foi mais do que uma questão passageira… Viver lá é bem mais complexo do que se enturmar.

Também com 10 episódios, assim como a primeira temporada, a segunda fase explora melhor todas as relações ao redor dele, e prende o público ainda mais, com ganchos que foram deixados abertos durante a primeira fase da história de Victor.

Agora que você já sabe a nossa opinião sobre Love, Victor, vem compartilhar as suas impressões sobre a série. Estamos te esperando lá nas nossas redes sociais: Twitter, Insta e Face. E não que o papo precise acabar nisso, porque o Entretê tem muito mais sobre cultura pop, cultura latina e acumula resenhas tão legais quanto essa. Vem seguir e compartilhar as nossas coisas!

*Crédito da foto de destaque: divulgação

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