Resenha | O Labirinto do Fauno: a mesclagem do fantástico com o real

Com nuances de fantasia e realidade, O Labirinto do Fauno é a adaptação do filme de Guillermo del Toro

 

Certamente você deve ter visto alguns livros que, depois de fazerem um imenso sucesso com o público, se tornaram adaptações cinematográficas. Com O Labirinto do Fauno, a história aconteceu ao contrário.

O filme foi lançado em 2006. Roteiro, direção e produção ficaram por conta de Guillermo del Toro – e outros colaboradores. Alguns anos depois do lançamento do filme O Labirinto do Fauno, Guillermo contata a escritora e ilustradora alemã Cornélia Funke para, juntos, transformarem em palavras as imagens e sons que estavam na tela. 

Cornélia admite que mal podia se convencer de que fosse capaz de substituir imagem e som, mas que aceitou o desafio porque “há algo de irresistível em tarefas impossíveis.” E foi desta forma que surgiu a adaptação literária (ainda não há um nome para esta prática inversa) de O Labirinto do Fauno.

Lançado em 2019 pela editora Instrínseca, o livro possui 320 páginas e está avaliado com 4.6/5 de aprovação em sites que vendem livros, como Amazon e Submarino.

O Labirinto do Fauno

Em 1944, durante o regime franquista, Ofélia e a mãe viajam por uma estrada de terra que corta uma floresta longínqua ao norte da Espanha. Elas estão indo para seu novo lar em um moinho de vento que possui histórias obscuras no passado e reserva outras histórias obscuras para o futuro.

Contrariada à mudança de lar e de estilo de vida, a sonhadora e amante dos livros Ofélia se vê obrigada a ir para o moinho por sua mãe Carmen Cardoso, uma bela mulher que, um ano após a morte do marido, já estava casada com o capitão Ernerto Vidal, um homem impiedoso do qual ela estava esperando um filho.

Ainda na estrada que as leva a uma nova vida, a garota se depara com o que acredita ser uma fada. É a partir desse ponto que as fantasias dos livros passam a ser mais reais na vida de Ofélia.

A fada a leva para um labirinto no qual a garota conhece um Fauno milenar que, por sua vez, conta a ela de sua verdadeira identidade: ela é a reencarnação de Moanna, a princesa do Reino Subterrâneo há muito perdida. E para recuperar seu título, será necessário cumprir três tarefas propostas pelo Fauno.

Em meio a fantasias e horrores fantásticos e reais, Ofélia busca sua verdadeira identidade para escapar do terror em que sua vida se transformou e, quem sabe, reencontrar o pai.

Considerações

[Essa resenha se baseia apenas na leitura de O Labirinto do Fauno, uma vez que a redatora só teve conhecimento do filme após a leitura do exemplar]

Assim como acontece com a maioria das obras de fantasia, O Labirinto do Fauno consegue prender a atenção do leitor a cada página lida. O livro é dividido em 11 partes, sendo a primeira o prólogo. No início de cada uma dessas partes, há um conto que faz a história da vida de Ofélia, Carmen, Vidal, Mercedes e cada um dos demais personagens, parecerem ainda mais interessantes por sua ligação a acontecimentos do passado.

A imagem mostra um exemplar de O Labirinto do Fauno aberto. Do lado esquerdo há uma página em preto e no lado direito há um texto, cujo título é " A Floresta e a Fada"
Foto: Intrínseca/Divulgação

A personalidade e atitudes dos personagens diante de algumas situações nos fazem olhar para nós mesmos e nos confrontarmos quanto ao tipo de pessoa que temos sido e qual atitude seria a melhor a ser tomada naquelas circunstâncias.

Enquanto Ofélia é uma jovem sonhadora cheia de fantasias, Carmen é uma mulher cética que acredita que só pode ser feliz de uma forma. Enquanto Mercedes é uma mulher decidida, empática e corajosa, Ernerto Vidal é um homem covarde que se sente superior e faz questão de mostrar que está no controle.

São várias personalidades interessantemente opostas com as quais podemos nos identificar em diferentes momentos de nossas vidas.

Pontos Positivos

Além de uma excelente escrita, o exemplar é de extrema beleza. Tanto a capa –  hardcover – quanto as ilustrações a cada parte do livro são fascinantes ao ponto de despertar em nós uma vontade de observar cada um de seus detalhes.

Os personagens da trama também são muito interessantes e despertam em nós diversos sentimentos – alguns bons, mas outros…

Os contos que enriquecem ainda mais a fantasia da história, a figura mitológica do Fauno, o desenrolar da trama, tudo contribui para que a leitura seja prazerosa e interessante. Mas o ponto principal, sem dúvidas, é a protagonista. Ofélia tem um carisma natural. Corajosa e destemida, com apenas 13 anos ela tem muita esperteza e muito amor dentro de si.

A imagem mostra o livro O Labirinto do Fauno aberto. Do lado direito temos o título "A navalha e a faca" e do lado esquerdo uma menina com uma bolsinha e atrás dela há um esqueleto com olhos nas mãos cujos dedos são pontudos e afiados
Foto: Intrínseca/ Divulgação

Pontos Negativos

Ao decorrer da leitura de O Labirinto do Fauno somos apresentados a cenas chocantes e horrorosas que podem ser um pouco perturbadoras aos leitores. Além disso, há diversas cenas de violência que também podem ser um gatilho – então se você pretende ler, converse com alguém que tenha lido antes e, ao menor sinal de gatilho, pare a leitura e volte apenas se estiver tudo ok.

 

E você, já leu ou pretende ler O Labirinto do Fauno? Conhecia o filme antes? Conta tudo e mais um pouco pra gente lá no Twitter, Insta e Face do Entretetizei.

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*Créditos da foto de destaque: Instrínseca/Divulgação 

 

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