Wednesday. (L to R) Thing, Jenna Ortega as Wednesday Addams in episode 104 of Wednesday. Cr. Courtesy of Netflix © 2022

Resenha | Wandinha: série brilha com protagonismo dos excluídos

Wandinha é um fenômeno. E sabe a melhor parte? A série merece esse reconhecimento!

Cativante e crítica. Estes adjetivos definem a série dirigida por Tim Burton. Wandinha estreou na Netflix em 23 de novembro e já se tornou uma das produções mais assistidas do streaming, ocupando o terceiro lugar na lista da plataforma. 

Todo esse sucesso não é por acaso. Wandinha consegue misturar humor, afeto e a estética sombria numa única produção.

A série é marcada pelo protagonismo das minorias e traz importantes críticas aos colonizadores da pequena cidade fictícia de Jericó, onde os chamados excluídos sofrem com a repressão. 

(Créditos: Netflix/Divulgação)

Uma criação dos produtores e roteiristas Alfred Gough e Miles Millartraz, a live-action é produzida pela Netflix e tem oito episódios nesta primeira temporada. 

Enredo de Wandinha

Wandinha é mais uma adaptação da franquia Família Addams. A trama explora a adolescência da filha mais velha do casal Gomez (Luis Guzmán) e Mortícia (Catherine Zeta-Jones).

Na nova versão, Wandinha (Jenna Ortega) é uma adolescente matriculada pelos pais na Escola Nunca Mais, onde a família tem um longo legado. Nunca Mais é um internato para jovens com dons sobrenaturais, o que inclui lobisomens sereias, vampiros e alunos que possuem habilidades paranormais, como a telecinesia. 

Wandinha é contra a decisão dos pais e está disposta a fugir da escola. Porém, após uma sequência de assassinatos sem explicação na cidade vizinha, Jericó, Wandinha desconfia que a instituição guarda segredos que podem ser ameaçadores para os alunos. Dá-lhe mistério!

Confira o trailer:

https://youtu.be/jC1UClvq9i8

 

Resenha da série do momento

A produção é envolvente e faz com que o público mergulhe na busca pelo assassino ao lado de Wandinha Addams. A personagem se diz “morta por dentro“, mas na Escola Nunca Mais ela acaba fazendo amigos que vão apoiá-la na investigação. Porém, é claro, ela também faz inimigos.

Falando em amizade, a construção dos personagens e a união entre eles se destacam na série. Aliás, é impossível acompanhar a produção sem torcer pela parceria entre Wandinha e sua colega de quarto Enid (Emma Myers). 

A relação da jovem com sua família nada tradicional e com o fiel companheiro dos Addams, o Mãozinha, também é um ponto alto na trama.

(Créditos: Netflix/Divulgação)

De trancinhas e com roupas preto e branco, a protagonista Jenna Ortega entregou tudo no papel de adolescente sarcástica, fria e inteligente. A atriz tem apenas 20 anos e já vinha se destacando em grandes papéis como nas séries Jane The Virgin e You, mas em Wandinha ela se superou.

(Créditos: Netflix/Divulgação)

E como lidar com a estética da live-action? As cores e os cenários combinam perfeitamente com a energia jovem e sombria da série; os figurinos das personagens são cheios de identidade, sobretudo os da protagonista, que em nenhum momento deixa de lado seu estilo gótico.

Fora as músicas que também são impecáveis. Danny Elfman e Chris Bacon acertaram ao criar uma trilha sonora bastante eclética, que conseguiu acompanhar todas as emoções da trama.

(Créditos: Netflix/Divulgação)

Vale a pena assistir Wandinha?

Estranho mesmo é um assinante da Netflix não ter assistido ainda. A série pode ser decepcionante para os amantes de longa data da Família Addams, pois apresenta um ponto de vista diferente. No entanto, mesmo com algumas abordagens clichês de produções adolescentes, como o triângulo amoroso e os conflitos entre os jovens estudantes, a produção tenta trazer um pouco da essência mórbida dos Addams, além de contar com o enredo crítico.

Apesar de ser uma série de ficção a história usa da fantasia para abordar temas importantes do mundo real, como quando os párias da cidade, que não são aceitos por causa de seus dons sobrenaturais, são queimados vivos pelo fundador de Jericó, o fanático religioso Joseph Crackstone.

Inclusive, depois da morte desse colonizador, a escola é criada como um refúgio para os párias e se torna a causa de uma relação tensa com a cidade vizinha, que é povoada por pessoas comuns. Mas é nesse ponto em que a série brilha: o foco são os excluídos

Além disso, Wandinha Addams também critica o machismo estrutural e defende o protagonismo feminino em diversos momentos. A jovem exala confiança e personalidade do início ao fim. 

(Créditos: Netflix/Divulgação)

O plot twist da série vem no último episódio. Enquanto o amadurecimento de Wandinha e a união dos excluídos torna tudo mais especial. 

A produção não agradou a todos os críticos. Mas a popularidade é a prova de que a Netflix acertou em cheio na produção. É agradável assistir Wandinha

 

 

Mas e você? Já assistiu Wandinha? Conta pra gente o que achou no Instagram, Facebook e Twitter, e acompanhe o Entretetizei para conferir outras resenhas.

 

* Crédito da foto de destaque: Netflix/Divulgação

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