O EP foi criado durante a Pandemia e traz canções cheias de significado para a cantora
Sandy nos presenteou com o EP 10:39, um trabalho cheio de emoção e sentimentos aflorados. A produção se trata de releituras de canções repletas de significado para a cantora. “O EP foi criado durante a pandemia. E a ideia surgiu depois de escutar as músicas de maneira diferente, por conta da situação em que estamos vivendo”, contou Sandy em entrevista coletiva.
O projeto, que marca a retomada da carreira solo da cantora, é composto por releituras de três canções já gravadas anteriormente: Piloto Automático da banda Supercombo; Lua Cheia da banda 5 a seco; e Tempo que é de autoria de Sandy com Lucas Lima, seu esposo.
Sandy planejava retomar a carreira solo em turnê a partir de agosto desse ano, mas, com a pandemia de COVID-19, a cantora decidiu adiar a volta aos palcos. O EP 10:39 acabou se tornando o projeto que marca seus dez anos em carreira solo.
“Quando comecei a ver que a pandemia ia durar, no meio da frustração por não poder realizar o que tinha programado, eu transferi o trabalho que ia fazer este ano para o ano que vem, mas queria dar um presente para os meus fãs e mostrar que estou trabalhando”, diz a cantora.
“E todo o medo, o desespero
e a alegria
e a tempestade, a falsidade
a calmaria
E os teus espinhos
e o frio que eu sinto
Isso vai passar, também”
10:39, o nome escolhido por Sandy para o EP, se trata do tempo total das faixas reproduzidas. Ela aconselha que seja ouvido na ordem para seguir a narrativa e a mensagem que ela quer passar: “Fiz com a intenção que as pessoas vissem os três clipes juntos e escutassem as três músicas na sequência. Por isso o EP se chama 10:39. É o nome do tempo que dura. É uma coisa só, uma unidade.”
Douglas Aguillar ficou responsável pela direção do multiclipe, que foi gravado em um haras no interior de São Paulo com poucos profissionais envolvidos e respeitando as devidas ordens de distanciamento. No curta, Sandy interpreta as canções deixando transbordar suas emoções mais profundas sobre um momento tão intenso como o ano de 2020.
Veja o multiclipe do EP 10:39:
Confira na íntegra o depoimento da Sandy sobre a produção do EP:
https://www.instagram.com/p/CGTigYAFhTo/
“Pra mim, como artista, seria impossível passar por esse período sem ser afetada de alguma maneira.
A nossa profissão é toda baseada na nossa capacidade (ou necessidade) de expressar o que a gente sente em forma de arte. Mas, por algum motivo, quando eu pensava em compor, parecia que eu não conseguia ser completamente sincera ou suficiente.
Quando a gente escreve com um assunto em mente, a gente se limita um pouco, e eu não queria, de maneira alguma, me apoiar em clichês ou correr o risco de soar minimamente oportunista.
Por outro lado, acho que a arte, em suas diversas formas, ajudou a preservar um pouco a sanidade de muita gente durante esse ano, e comigo não foi diferente. Filmes, séries, músicas, livros, artes plásticas… me tocaram de um jeito indescritível e que ajudou a acalmar o coração em diversos momentos. E algumas canções específicas que eu já amava há muito tempo, de repente, se mostraram pra mim com um sentido completamente novo e inesperado. Assim nasceu a necessidade de fazer esse EP.
‘Piloto Automático’, da banda Supercombo, que conheci quando fui jurada do programa Superstar; ‘Lua Cheia’, da banda 5 a Seco, da qual sou fã há anos, e ‘Tempo’, que gravei no meu álbum de estreia da carreira solo, redescobri e que, nesse momento, tomou um tamanho muito maior do que tinha quando a compus, há 11 anos. Três músicas que viraram uma só, que se confundem uma com a outra, assim como as horas, os dias e os meses desse ano maluco.
Produzi em casa, com a família e com poucos músicos que gravaram à distância suas lindas participações.
Para ilustrar essas canções, convidei um artista chamado Thainan Castro, por cujo trabalho me encantei durante esse período, que me presenteou com essa obra tão sensível, delicada e simbólica.
Quando liguei pra meu amigo Douglas Aguillar (que me acompanhou e registrou todo o meu ‘ano de Sandy e Junior’) pedindo pra ele me ajudar a traduzir essas músicas em imagens, fomos à fazenda onde trabalha um amigo de infância e filmamos não um clipe, mas um sentimento, uma alegoria de todos os estágios de tormenta e calmaria — e tudo entre esses dois extremos — dos últimos meses, comprimidos em dez minutos e trinta e nove segundos.
Esse é o nome desse EP: ‘10:39’.
Chamar de EP até soa estranho; está mais pra um convite pra que as pessoas dividam esses 10:39 comigo, pra gente respirar, pensar, refletir, se permitir sentir e tentar encontrar algum aconchego um no outro. Ainda que — por mais algum tempo — à distância.
Com amor,
Sandy”.
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