Resenha | Arte da Fuga

Lembrar para não esquecer. Essa frase é a mais simbólica quando falamos de Holocausto

A Arte da Fuga (2023) inicia sua narrativa contando a história de Walter Rosenberg que, assim como outros milhões de judeus, foi mandado para os campos de concentração nazistas logo no início da ocupação alemã que devastou a Europa durante a 2ª Guerra Mundial.

O rapaz se sobressaiu assim que chegou ao campo de extermínio recebendo funções que o acabaram salvando do mesmo destino de tantos outros prisioneiros. 

Para sobreviver, Walter Rosenberg virou Rudolf Vrba e, aos poucos, começou a arquitetar sua fuga, uma tarefa quase impossível diante da segurança e violência que regia o lugar. 

A intenção de Vrba é nobre, fugir o mais rápido possível para poder alertar o mundo sobre o massacre que acontecia nas centenas de campos de concentração espalhados pela Europa. 

Com o auxílio de seu colega Fred Wetzler, o plano foi organizado, com direito a esconderijos e finalmente a fuga que durou dias e foi quase tão dura quanto à sobrevivência em Auschwitz

capa do livro Arte da Fuga da editora Intrinseca.
Foto: reprodução/Editora Intrínseca
E depois da fuga?

Finalmente, o mundo saberia de tudo. No entanto, as coisas não foram tão simples quanto pareciam. Muitas pessoas não acreditaram nos relatos dos fugitivos, principalmente porque era inimaginável pensar que tamanha crueldade era real. 

Felizmente, algumas pessoas importantes entenderam a gravidade e importância dos diversos relatos feitos e, estima-se que mais de 200 mil judeus foram salvos graças à grandiosidade da ação de Vrba e Wetzler

Um ponto muito interessante abordado no livro é a vida de Vrba após o final da Guerra

Seria possível alguém obrigado a separar famílias e encaminhar seus membros (que não faziam ideia do que estava por vir) diretamente para as câmaras de gás, além de presenciar centenas de vezes corpos sendo dilacerados à luz do dia conseguiria ter uma vida normal?

Durante a leitura, é possível refletir sobre como eventos tão terríveis impactaram a vida dos sobreviventes que foram libertados após a derrota da Alemanha e a queda de Hitler e como essa cicatriz afetou negativamente a vida dessas pessoas e de suas famílias por dezenas de anos.

É importante percebermos que cada livro, relato ou filme sobre essa época tão abominável da nossa história recente nos dá a oportunidade de nunca normalizar o que aconteceu.

Em uma época em que a sociedade anda um pouco deturpada, precisamos lembrar sempre: não há justificativa política e/sou social para corroborar o que foi realizado no Holocausto. 

Lembrar para não esquecer!

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*Crédito da imagem de destaque: Editora Intrínseca

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