Foto: reprodução/Galeria Distribuidora

Crítica | Fazendo Meu Filme traz o melhor do clichê adolescente

Baseado em famoso livro infantojuvenil nacional, longa estreou em fevereiro

Fazendo Meu Filme, adaptação da obra de Paula Pimenta, finalmente chegou ao streaming após um longo tempo de espera. Isso porque o filme foi gravado em 2021, ainda durante a pandemia, e ficou todo esse período na gaveta. Quando foi anunciado que a produção seria lançada em fevereiro deste ano pelo Prime Video, houve uma comoção entre os fãs.  

Fazendo Meu Filme contou com a direção de Pedro Antônio e co-direção de Marco Antonio de Carvalho. Já o roteiro foi uma parceria entre Paula Pimenta e Bruna Horta. Com Bela Fernandes no papel da protagonista, o público recebe um filme encantador e um enredo capaz de entreter todas as gerações.

Será que o filme de romance adolescence acabou? É uma dúvida constante entre os fãs de cultura pop, uma vez que nos últimos anos a produção de filmes do gênero foi tão escassa. Por isso, aqueles que curtem enredos leves, divertidos e que se passam no Ensino Médio podem começar a vibrar.

A história da escritora mineira, agora com uma versão para as telas, é um conjunto de clichês e acontecimentos bobinhos. Quem gosta deste tipo de filme vai se esbaldar, e ainda presenciar a nostalgia dos anos 2000.

A Estreia de Fani
Foto: reprodução/Galeria Distribuidora

No ano 2000, época em que a tecnologia ainda dava seus primeiros passos, a jovem Fani Beluz (Bela Fernandes) está começando a descobrir seus sonhos e desejos. Apaixonada por cinema, ela espera ser cineasta. No entanto, sua mãe tem outros planos para ela: quer que a filha estude Direito, mas antes disso, realize um intercâmbio.

A menina passa no intercâmbio, só que não fica muito animada com a ideia. Além de precisar abandonar tudo o que conhece, terá que se despedir do seu melhor amigo e confidente. Leo (Xande Valois) sempre esteve no campo da amizade, mas agora novos sentimentos começam a aparecer entre eles. 

Ah, o clichê…
Foto: reprodução/Galeria Distribuidora

Como se passa no comecinho dos anos 2000, o filme traz aquela nostalgia de como era a comunicação da época. Os jovens se comunicam por bilhetinhos quando estão na escola e gastam horas trocando mensagens pelo MSN. É ainda uma delícia assistir os personagens gravando CDs e até se empenhando para criar capas criativas para eles.

Além disso, o longa conduz muito bem a quebra da quarta parede, que é bastante natural e ajuda a compor o cenário. Cenário este, que nos leva a Belo Horizonte, um suspiro para a enxurrada de produções alocadas no eixo Rio-São Paulo. Porém, se estiver buscando o sotaque mineiro, não é aqui que vai encontrar, já que o elenco é majoritariamente paulista e carioca. 

Mas, ignorando esse detalhe, as atuações são impecáveis. A começar pela protagonista Fani, com uma interpretação extremamente delicada e inocente de Bela Fernandes. Bem distante do seu trabalho na novela As Aventuras de Poliana, na qual deu vida à vilã Filipa. O elenco de apoio também brilha. O Leo de Xande Valois é simpático e apaixonado. As melhores amigas de Fani, Natália e Gabi, interpretadas por Júlia Svacinna e Alanys Santos, respectivamente, mostram como a amizade é importante neste período da vida. 

No quesito romance, o casal principal Bela Fernandes e Xande Valois não decepciona. Com uma química intensa, eles retratam com fidelidade o amor adolescence imaginado por Paula Pimenta. Falando na autora, ela esteve bastante presente na roteirização do filme, algo que contribuiu para que a adaptação fosse bem fiel ao livro. Ainda assim, pequenas mudanças foram inevitáveis, como a amenização de algumas cenas que, segundo Pimenta, poderiam elevar a classificação indicativa do filme. 

De todo modo, Fazendo Meu Filme é tudo o que um clichê adolescence deve ser. Um entretenimento que te faz sonhar, rir e talvez até derramar algumas lágrimas.

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Leia também: Entrevista | Paula Pimenta revela quais são suas autoras favoritas e como é a relação com fãs

 

Texto revisado por Karollyne Lima

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