Lançamento inédito para emo nenhum colocar defeito
Em uma colaboração histórica, NX Zero e The Used lançaram uma regravação ao vivo de On My Own, um dos maiores sucessos da banda norte-americana. A versão especial foi gravada durante o festival I Wanna Be Tour, em Belo Horizonte, em março de 2024.
Produzida por Gee Rocha, guitarrista e segunda voz do Nx Zero, On My Own já está disponível em todas as plataformas de música e no YouTube. O convite para essa colaboração partiu dos meninos da banda brasileira, que são fãs declarados do The Used e aproveitaram a oportunidade do encontro para estreitar laços e dividir o palco com seus ídolos.
O lançamento fica ainda mais especial porque, nessa semana, a banda americana celebra o aniversário de 22 anos do álbum The Used, do qual a música faz parte.
Gee Rocha comentou sobre a oportunidade de colaborar com a banda:“Tocar com o The Used foi um momento muito especial na história do NX, passou um filme na cabeça, lembrei muito do início, eu ouvia muito a banda e eles foram grandes influências. A gente já tinha se conhecido em 2017, mas dessa vez foi muito especial, porque ficamos muito amigos e acabamos convidando eles para tocarem no nosso show.”
O sucesso aborda temas como autodescoberta, que se mistura com os sentimentos de isolamento e a busca por conexão, questões que marcaram uma geração de adolescentes nos anos 2000.
O vocalista do The Used, Bert McCracken, também falou sobre essa regravação: “Fazer a tour com o NX Zero foi a melhor experiência que já tivemos na América do Sul. Conhecemos os caras e nos tornamos amigos imediatamente. Ficamos honrados por ter tido essa incrível oportunidade.”
Todos os lucros desse lançamento serão destinados às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, com os recursos enviados através da Legião da Boa Vontade (LBV).
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Novo projeto do rapper baiano aborda questões como a paixão e o desejo
O EP Fetiche, novo projeto de Baco Exu do Blues, tem sete faixas e estreou ontem (26) nas plataformas de música. Um curta-metragem dirigido por Camila Cornelsen, rodado em São Miguel do Gostoso em Alagoas, traduz ainda mais o conceito desenvolvido.
Segundo o cantor, enquanto seu último álbum QVVJFA? fala sobre a dificuldade de entender, receber e dar afeto, Fetiche é sobre paixão e desejo.“Somos vistos como seres hipersexualizados, mas não somos vistos como seres bonitos. É como se fisicamente fôssemos maiores e melhores, mas só nesse lugar. Um simples desejo carnal que é imposto pra gente. Este álbum é uma defesa contra isso”, define.
Fetiche é mais um trabalho para se aprofundar na obra de Baco Exu. Na capa idealizada pelo próprio artista, uma mulher está de costas, na cama, com uma imagem de Baco tatuada.
“Eu enxergo as únicas qualidades que a história nos deu como uma forma de castração de humanidade, como limitador do ser. Eu não aceito e nem quero abraçar isso. Não quero ter medo de ser desejado ou achar que isso não é um direito meu. Eu enxergo minhas qualidades e quero poder sentir que estou no imaginário alheio por mais de um motivo. Ocupando mais do que um único lugar e criando o meu próprio espaço”, afirma o cantor e compositor baiano.
Baco sempre se depara com opiniões sobre seu corpo e de ser desejado apenas pelo bom físico.“Minha defesa é sobre os outros lugares que me permeiam. Existe a beleza, o aspecto social por ter conquistado muitas coisas, tem o quesito da inteligência e da bondade. De ser mesmo uma pessoa boa e poder ter autoestima sobre isso. Não quero que as pessoas que pareçam comigo se limitem a apenas uma qualidade. Esse EP é a defesa sobre muitas qualidades que temos”, diz o cantor.
Um ensaio fotográfico sensual, um fashion film cheio de estilo e uma esquete dirigida por Leandro Ramos complementam a comunicação misteriosa de Fetiche. Nomes como José Loreto, Raphael Logam e Dum Ice participaram do vídeo. Já o EP conta com participações de Liniker e o rapper baiano Young Piva.
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Tudo Por um Pop Star 2 é inspirado nos livros da escritora Thalita Rebouças – que também é responsável pelo roteiro do filme – e acompanha três amigas que moram em Resende, interior do Rio de Janeiro, e planejam uma viagem para comemorar seus 15 anos de amizade.
Parte da comemoração é assistir ao último show da turnê de Diggy (Lucas Burgatti), que estudou com elas na adolescência e hoje é o cantor jovem mais famoso do Brasil.
O longa é protagonizado por Gabriella Saraivah, Laura Castro e Bela Fernandes, além de contar com nomes como: Maitê Padilha, Bárbara Maia, Hugo Gloss, Giovanna Lancellotti, Thalita Rebouças e grande elenco.
O novo filme, dirigido por Marco Antônio de Carvalho, é uma sequência de Tudo Por um Pop Star, sucesso lançado em 2018, e acaba de ter sua data de estreia confirmada para 10 de outubro nos cinemas de todo o Brasil, além da divulgação do trailer oficial.
E, no sábado, 22 de junho, o elenco do filme estará reunido em uma live no Instagram para contar as novidades dos seus personagens e da produção. A conversa acontece no perfil da plataforma das três protagonistas, Gabriella Saraivah, Bela Fernandes e Laura Castro, a partir das 19h.
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Em seu monólogo, a atriz aborda problemáticas do uso das redes sociais
A atriz e roteiristaCarolina Romano apresenta o monólogo Exausta, em Cena, onde aborda a influência das redes sociais na vida de todos que a usam, além de debater sobre a falsa sensação de aceitação que a internet é capaz de proporcionar.
A produção – criada, escrita e protagonizada pela atriz que ainda participa como produtora executiva – surgiu durante a pandemia, quando Carolina publicou um vídeo nas redes sociais sobre estar exausta e o filme viralizou. Ela então produziu outros curtas-metragens com a personagem, os quais também foram bem recebidos pelo público, que se identificava com a narrativa.
Carolina celebra sete anos de carreira, com dezenas de peças de teatro no currículo, mas foi a peça Caso Cabaré Prive que a fez alçar voos maiores. A produção, que foi exibida virtualmente entre os anos de 2020 e 2021, apresentava uma peça imersiva através do zoom, onde os atores usavam suas próprias casas como cenário e interagiam com o público que os assistia ao vivo. A obra ainda conquistou diversos prêmios, como Melhor Peça Jovem e Melhor Peça Online pelo APCA 2021.
A atriz consegue explorar as possibilidades que a internet pode oferecer para sua arte, e foi através dela que Carolina também protagonizou a série independente MANU, que contou com duas temporadas lançadas no Youtube, e Só Queria que Você Soubesse, uma série feita exclusivamente para o Instagram e Tiktok.
Em entrevista ao Entretê, a atriz conta sobre sua temporada com a nova peça, como é trabalhar com artes e audiovisual na internet e seus próximos projetos. Confira:
Entretetizei: Seus sete anos de carreira estão sendo comemorados em grande estilo com a estreia do monólogo Exausta, em Cena, que aborda temas importantes a respeito das redes sociais. Como atriz, como você vê a importância de trabalhar e falar sobre o tema?
Carolina Romano: Eu acredito que é um tema muito relevante para a nova geração de artistas. Sempre existe uma relação com as redes sociais – seja ela positiva ou negativa. Precisamos delas, precisamos nos divulgar, ser vistos, existir, contar que estamos trabalhando, que estamos em um projeto novo ou algo do tipo. Ao mesmo tempo que existe essa projeção de número de seguidores, de viralizar, de engajar. Existe aquele lugar cruel para o qual a internet nos joga, de precisar produzir constantemente, ou mesmo que você poste algo super relevante isso não vai chegar em ninguém.
Acredito que seja importante aprender a usar de maneira saudável, mas precisamos falar sobre isso, não adianta simplesmente achar ruim e continuar ali, entende? Eu acho que as redes sociais podem ser grandes aliadas das artes, contanto que a gente construa uma relação mais saudável com elas.
E: Ainda sobre Exausta, em Cena, como foi o processo de desenvolvimento da produção, já que você além de protagonizar ainda é responsável pela criação e roteiro?
CR: Eu queria fazer isso acontecer de qualquer jeito! Eu não tinha grana, mas tinha uma ideia, muita vontade de realizar e grandes parceiros. A peça se desenvolveu dentro do Pequeno Ato – um teatro aqui de São Paulo em que eu trabalho faz quase três anos já. E o diretor e dono do espaço, Pedro Granato, acreditou nesse projeto desde o início, me dando o apoio para eu poder ensaiar lá. A diretora entrou na mesma onda, ela acreditou muito no projeto e estava numa época que a grana não era o mais importante, e aí juntas, embarcamos nesse processo.
Eu fiz literalmente tudo para que essa peça acontecesse, fui de pessoa em pessoa apresentar o projeto, escolhi a equipe de produção, a equipe técnica, fiz a divulgação, chamei conhecido por conhecido para ir assistir, insisti mesmo para o negócio acontecer.
Eu não sou produtora, sou atriz, mas percebi que todo o projeto estava dentro de mim, da minha cabeça, ninguém sabia mais sobre ele do que eu. Portanto, ninguém tomava nenhuma decisão sem que isso passasse por mim, então assumi essa função pra mim e o que eu não sabia, eu aprendi! E aí, fui na fúria divulgar a temporada para poder dividir a bilheteria com todos os envolvidos. Eu trabalhei muito mesmo para que essa peça fosse realizada.
E: Sua história com as artes se iniciou ainda na infância, seu sonho sempre foi ser atriz?
CR: Sempre! Desde que eu tinha quatro ou seis anos de idade e minha mãe me levou para assistir uma peça do Castelo Rá-Tim-Bum. Eu nunca mais quis fazer outra coisa da minha vida que não fosse isso.
E: As redes sociais foram os veículos em que alguns de seus trabalhos ganharam vida, como MANU e Só Queria que Você Soubesse. Como é enquanto profissional levar sua arte através da internet e viralizar com ela?
CR: Eu amo a internet! Acho democrática, dinâmica. Chega em gente que eu nunca atingiria a não ser que eu fosse uma grande estrela e isso me encanta. Até porque é o lugar que você percebe que tem gente te acompanhando desde o comecinho, isso é muito legal!
E: Como foi participar do musical Caso Cabaré Prive que era apresentado de forma online? Existe algum plano de levar o espetáculo para o presencial?
CR: Foi muito divertido! É um dos espetáculos pelos quais eu mais tenho carinho na minha jornada. Como muitos, começamos no presencial, mas depois, não apenas adaptamos para o online, como montamos o roteiro em cima da plataforma do zoom. Ou seja, virou um espetáculo fruto do seu tempo, virou algo diferente, gosto até de chamar de vanguardista (risos).
Não é à toa que perdurou bastante durante a pandemia e que ainda ganhamos prêmios com ele e participamos de festivais ao lado de estrelas gigantes do nosso teatro. Não existe nada no horizonte para transformá-lo num espetáculo presencial, mas admito que eu ficaria muito feliz se a gente fizesse isso.
E: Quais objetivos você sonha em conquistar profissionalmente?
CR: O audiovisual. Acho que, com certeza, é meu sonho mais latente como atriz. Estar na tv, nos streamings, no cinema. Eu sempre quis pelo formato, mas hoje vai para além disso, o Brasil vem contando histórias maravilhosas das quais eu gostaria muito de fazer parte. E acredito que novas personagens, menos tradicionais, estão surgindo nessas histórias e que meu perfil rima muito com isso.
Quero também me manter no teatro, criar novas coisas, estar sempre em cena, trabalhar com gente nova, fazer coisas autorais e coisas não-autorais. Meu barato é estar no palco!
E: Por fim, quais seus projetos após finalizar as sessões de Exausta, em Cena?
CR: Para o segundo semestre, vou ensaiar um novo espetáculo chamado Peça Plástica. É uma personagem bem diferente do que tenho feito, e isso me anima bastante. Estou animada para esse projeto ganhar vida. Em termos autorais, comecei esse mês a escrever mais um espetáculo, não há nada muito concreto, mas posso dizer que envolve uma relação de mãe e filha e que já tenho a atriz que fará minha mãe.
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A produtora que vem revolucionando o cinema independente
Ao passar dos anos, diversos filmes produzidos pela A24 se tornaram sucesso de público e crítica, além de conquistarem os principais prêmios em eventos, como Oscar, Emmy e Globo de Ouro. A mesma é uma empresa americana de entretenimento que se destacou por sua abordagem inovadora na produção e distribuição de filmes.
Fundada em 2012, a produtora rapidamente se tornou sinônimo de cinema independente de alta qualidade, com filmes e séries aclamados em todo o mundo.
Fundação e primeiros anos
A A24 foi fundada por Daniel Katz, David Fenkel e John Hodges. Antes de decidirem começar essa parceria, Katz havia trabalhado na divisão de filmes independentes do banco de investimento Guggenheim Partners, Fenkel era co-fundador da distribuidora independente Oscilloscope e Hodges era chefe de produção e desenvolvimento na Big Beach Films.
Juntos, eles decidiram criar uma empresa com foco em filmes ousados e de qualidade que poderiam não ter a mesma oportunidade de distribuição nos grandes estúdios. O nome foi inspirado pela rodovia italiana A24, que um dos fundadores, Daniel Katz, estava passando de carro quando teve a ideia de criar a empresa.
O primeiro filme distribuído pela produtora foi A Glimpse Inside the Mind of Charles Swan III, de Roman Coppola, lançado menos de um ano após sua criação, em fevereiro de 2013. O longa acabou não atingindo grandes números, mas a A24 não demorou para começar a encontrar seu público com seus próximos lançamentos. Filmes como Spring Breakers (2013), dirigido por Harmony Korine, e The Bling Ring (2013), de Sofia Coppola, conquistaram a mídia e levaram o nome da produtora ao público.
Porém o início da ascensão começou com o lançamento do longa Ex Machina (2015), dirigido por Alex Garland. O filme foi um sucesso de crítica e público, ganhando o Oscar de Melhores Efeitos Visuais. Esse foi o primeiro dos muitos prêmios que a produtora viria a ganhar no futuro. No mesmo ano, o filme O Quarto de Jack (2015) foi lançado e se tornou um sucesso, além de receber diversas indicações ao Oscar 2016, como Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Direção, e render a Brie Larson o Oscar de Melhor Atriz.
Outros sucessos
A A24 é conhecida por apoiar filmes com uma visão artística não convencional, com roteiros que muitas vezes são rejeitados pelas grandes produtoras de Hollywood. Isso os levou a produzir filmes diferentes no mercado do audiovisual, trazendo histórias novas e muitas vezes ousadas. Além disso, o sucesso se deve a outros fatores, como a adaptação feita pela produtora para o cenário digital. Muitas de suas obras são distribuídas para diversas plataformas de streaming, com produções feitas exclusivamente com esse foco.
Após os primeiros sucessos no cinema, vieram também os sucesso na televisão, como a série Ramy (2019), vencedora do Globo de Ouro na categoria Melhor Ator em série de comédia ou musical para Ramy Youssef. Também em 2019, um dos maiores sucessos da produtora foi lançado, em parceria com a HBO. Euphoria se consagrou na TV com enorme aclamação de público e crítica, além de vencer diversos prêmios, como Emmy e Globo de Ouro.
Impacto na indústria
Nos últimos anos, o impacto da produtora é indiscutível. Acumulando prêmios, ótimos números e críticas positivas a cada lançamento, a A24 se torna uma produtora independente de enorme relevância no cenário atual de Hollywood.
Filmes estrelados por atores e atrizes consolidadas são cada vez mais frequentes, assim como indicações anuais às maiores premiações. O sucesso se dá também pelo gosto popular, já que muitas de suas produções recebem diversas críticas positivas não somente do setor especializado como do espectador. Ver um ou mais títulos da produtora em listas de melhores filmes dos últimos anos se torna cada vez mais comum.
A produtora investe em uma narrativa única, fugindo do mercado saturado de blockbusters que, muitas vezes, pensa somente no lucro. Com histórias diversas e para todos os públicos, entregam enredos desde o drama até o terror, além de não costumarem apostar em sequências ou roteiros repetidos.
Filmes para conhecer
Muitas produções da A24 recebem uma divulgação em massa, Títulos como Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (2022), Fale Comigo (2023), Lady Bird (2017), Hereditário (2018) e o mais recente Guerra Civil (2024) se tornam quase impossíveis de não conhecer ou ter assistido. Porém, o que não falta para a empresa são títulos que entregam narrativas ótimas e bem feitas. Confira alguns filmes que merecem entrar para sua lista:
Close (2022)
O filme dirigido por Lukas Dhont gira em torno da amizade entre dois garotos de 13 anos, Léo e Rémi. Eles são inseparáveis e compartilham um vínculo muito próximo. No entanto, quando passam a estudar em uma nova escola, a proximidade entre os dois chama a atenção das outras crianças, que começam a questionar e insinuar coisas sobre o tipo de relação que os dois teriam.
Onde assistir: Netflix e Mubi
Sombras da Vida (2017)
O drama e fantasia, escrito e dirigido por David Lowery narra a história de um homem recentemente falecido (Casey Affleck) que retorna como um fantasma para a casa onde ele e sua esposa (Rooney Mara) viviam. O personagem passa todo o filme desde sua morte coberto por um lençol branco.
O fantasma observa enquanto o tempo avança e a vida segue em frente sem ele, testemunhando o luto de sua esposa, a passagem de novos moradores e as transformações da casa ao longo dos anos.
Onde assistir: Apple TV e aluguel na Prime Video
Amy (2015)
Documentário britânico que narra a vida e a carreira da cantora e compositora Amy Winehouse, utilizando imagens nunca antes vistas da artista. O filme mostra uma nova perspectiva sobre a trajetória de Amy, desde seus primeiros dias de sucesso até sua trágica morte em 2011.
A produção também explora a ascensão da cantora com seu álbum de sucesso Back to Black (2006), além de abordar sua luta contra o vício em drogas e álcool. A narrativa foca não apenas no talento e estilo únicos da cantora, mas também nos aspectos e dificuldades de sua vida pessoal.
Onde assistir: Apple TV
Joias Brutas (2019)
O filme, estrelado por Adam Sandler em um papel aclamado pela crítica, retrata Howard, um joalheiro simpático, mas viciado em apostas, que trabalha principalmente com diamantes de Nova York. A trama segue Howard enquanto ele se envolve em diversas situações perigosas, muitas delas por consequência de seu vício.
O joalheiro acredita que encontrou a solução para todos os seus problemas financeiros, no entanto, nada sai como planejado quando seus negócios não funcionam e ele se vê afundado em dívidas.
Onde assistir: Netflix
A Despedida (2019)
Com direção de Lulu Wang, esse filme que mistura drama e comédia é centrado em Billi (Awkwafina), uma jovem sino-americana que descobre que sua avó foi diagnosticada com câncer terminal e tem poucos meses de vida.
No entanto, em vez de contar a verdade à idosa, a família decide manter o diagnóstico em segredo, organizando um casamento improvisado como desculpa para reunir todos em uma despedida sem que ela saiba o real motivo. Billi lida com a decisão de esconder a verdade, sentindo-se dividida entre a honestidade e a proteção emocional da família.
Onde assistir: Prime Video
Projeto Flórida (2017)
A história se passa em um motel de Orlando, Flórida, próximo ao Walt Disney World, em que acompanhamos a vida de Moonee (Brooklynn Prince), uma menina de seis anos cheia de energia, que vive com sua mãe.
O gerente do motel, interpretado por Willem Dafoe, é um homem rígido, mas de bom coração, que demonstra uma preocupação pelo bem-estar de Moonee e das outras crianças que vivem ali e passam dificuldades com suas famílias.
Onde assistir: MAX e Prime Video
O Farol (2019)
Filme de terror psicológico, dirigido por Robert Eggers, narra a história de dois homens, Thomas (Willem Dafoe) e Ephraim (Robert Pattinson), que são escolhidos para trabalhar em um farol numa ilha isolada da Inglaterra.
À medida que os dias passam, a convivência entre os dois homens fica cada vez mais complicada e intensa. Isolados do resto do mundo, eles começam a enfrentar não só os desafios das condições climáticas, mas também as consequências psicológicas do isolamento.
Onde assistir: para aluguel na Prime Video
Aftersun (2022)
O filme acompanha a história de Sophie (Frankie Corio) enquanto relembra sua infância, revisitando as memórias de uma viagem à Turquia que fez com seu pai, Calum (Paul Mescal), quando ela tinha 11 anos.
Durante essas férias, pai e filha passam um tempo juntos tentando fortalecer uma conexão que foi perdida após o divórcio e afastamento de Calum, que lida com seus problemas psicológicos e a pressão de proporcionar uma boa viagem para Sophie, apesar das dificuldades financeiras e emocionais que está passando em silêncio.
Onde assistir: Netflix
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O ator, que interpreta Cláudio na novela Tudo em Família, comemora os 20 anos de carreira com diversas produções prestigiadas
Natural de Garanhuns, no Pernambuco, Robson Torinni faz sucesso por onde passa. Nos palcos do teatro, ele realiza produções como o sucesso argentino A Sala Laranja, que lotou sessões no Rio de Janeiro.
Também podemos acompanhá-lo em rede nacional, na novela Família é Tudo da Rede Globo. O ator interpreta o vilão Cláudio, um skatista que é chamado para acompanhar Max (Caio Vegatti, um jovem skatista em treinos para competições. Cláudio então, acaba retornando a um antigo conflito com o publicitário e ex-skatista Tom (Renato Góes).
Comemorando os vinte anos de carreira, Robson se dedica ao audiovisual desde a adolescência. Ele se formou em teatro e, além de atuar, também é responsável por produzir peças de sucesso, como Tebas Land, espetáculo teatral que produziu e estrelou pela primeira vez em 2018 e que voltou aos teatros neste ano de 2024.
Essa produção, que aborda a relação entre um presidiário e um jornalista, se tornou um sucesso e rendeu a Robson o Prêmio Botequim Cultural de Melhor Ator, além de ter sido indicado como melhor ator no Prêmio CESGRANRIO e no Prêmio Cennyn. Após as diversas sessões esgotadas da peça, em julho deste ano Tebas Land participará do Festival de Teatro de Avignon, na França.
O ator também pode ser visto como protagonista da série Entre Longes, uma produção da TV Brasil, além de marcar presença da previsão de estreia no longa Ruas da Glória, que estreia ainda este ano.
Os projetos dos quais Robson Torinni escolhe participar costumam abordar temas pesados e de maior impacto, como a premiada Tráfico, peça que ficou em cartaz por um ano no Rio de Janeiro e que retrata a vida de um garoto de programa.
Em conversa com o Entretê, o ator falou sobre as diversas produções deque participou ao longo da carreira e contou quais são os planos para os próximos anos. Confira a entrevista na íntegra.
Entretetizei: Em 20 anos de carreira, olhando para trás, qual o momento que o deixou mais feliz em seus trabalhos? Como foi a trajetória até os dias de hoje?
Robson Torinni: Todos os meus trabalhos me deixaram feliz. Ao refletir sobre a minha trajetória, sinto um profundo orgulho. A cada dia, percebo que estou trilhando o caminho que sempre desejei, dedicando-me ao que amo. Tenho certeza de que cada escolha que fiz moldou a pessoa e o ator que sou hoje.
E: Já havia tido a chance de interpretar um vilão? Como está sendo dar vida ao vilão Cláudio, em Família é Tudo?
R: Nunca. No início foi bem desafiador porque o personagem, além de ser vilão, anda de skate, e eu nunca tinha andado. Bateu aquele frio na barriga. Mas logo que comecei a fazer aulas com o professor Fernando, acabei me surpreendendo, foi mais fácil do que imaginava. E hoje consigo até fazer algumas manobras. Estou curtindo muito fazer o Cláudio e sou muito grato ao Daniel Ortiz, o autor, pela oportunidade.
E: Natural de Pernambuco, no Nordeste do país, região que recebe pouco incentivo cultural — como surgiu o interesse de entrar para o mundo das artes?
R: Desde criança sempre falei que seria ator e que viajaria o mundo. Quando comecei a me entender por gente, logo entrei no grupo de teatro do colégio em que estudei, em Garanhuns. Acho que já nasci com as artes dentro de mim. E aqui estou: ator, e já viajei para mais de 40 países.
E: A peça Tebas Land, que você produz e atua, foi um sucesso. Agora você viaja para uma temporada na França; como se sente vendo seu trabalho se tornar internacional?
R: O Tebas Land é um filho que só me traz alegrias. Foi o espetáculo onde as pessoas começaram a me olhar com outros olhos. E retomar o espetáculo depois de 4 anos, com casa lotada, foi um presente.Ainda mais no Teatro Poeira, um dos teatros mais charmosos e de prestígio do Rio de Janeiro.
Está sendo muito especial levá-lo para a França, e de uma responsabilidade muito grande, já que seremos os únicos brasileiros no Festival de Avignon, um dos Festivais mais importantes do mundo. Estou com o coração batendo a mil. Mas tenho certeza de que faremos uma temporada linda, assim como foi no Brasil.
E: Outro sucesso no qual você não só atuou, mas produziu, é a peça Tráfico, que recebeu diversos prêmios e indicações. Como foi o processo nos bastidores de uma produção que aborda esse tema ?
R: Comecei meu processo de criação assistindo a filmes, lendo livros, indo a museus, entrevistando psicólogos, psiquiatras, sociólogos, agentes penitenciários, garotos de programa, usuários de droga, e tive contato com vários jovens periféricos que estão presos. Confesso que foi bem desafiador.
Não foi fácil me deparar com uma realidade de muitos que estão à minha volta, mas que não é a minha. Por muitas vezes tive que parar o meu processo de pesquisa, não conseguia digerir tantas realidades duras que eu até imaginava que existiam, mas nunca tinha me deparado com elas. Além disso, sempre ouvia dizer que fazer monólogo era um processo muito solitário, mesmo tendo um diretor e toda uma equipe te guiando. E, na minha trajetória na peça, eu pude constatar tudo isso.
É um abismo que te causa medo e que por várias vezes te faz querer desistir. Eu quis. Ainda bem que tive como diretor o Victor Garcia Peralta, a quem sou muito grato, que não me deixou baixar a bola por nenhum minuto. E como resultado, tivemos um espetáculo que nos trouxe muitas alegrias. E que continuará por muito tempo rodando pelo Brasil.
E: Também sobre o pouco incentivo cultural no Nordeste, você acha que esse é o fator que mais prejudica os artistas nordestinos, ou a falta de visibilidade para esses profissionais tem maior impacto? Como foi lidar com tudo isso?
R: Quando me mudei para São Paulo, enfrentei muitos preconceitos por ser nordestino, especialmente na indústria da publicidade, que exigia um sotaque “neutro”. Felizmente, hoje essa realidade tem mudado progressivamente, e o ator nordestino está sendo reconhecido de uma forma muito mais positiva. Podemos dizer que estamos vivendo um dos melhores momentos nesse sentido.
E: Um de seus próximos projetos é o filme Ruas da Glória. Pode nos contar mais sobre seu personagem na produção?
R: Estou muito feliz por ter participado desse filme e ter tido a oportunidade de trabalhar com o Felipe Sholl, o diretor do longa. Não posso contar muita coisa, mas o meu personagem é um homofóbico, e tenho certeza que muitos se identificarão com ele.
E: Para finalizarmos, quais são seus próximos projetos e metas profissionais?
R: No longo prazo, continuar fazendo os meus projetos no teatro, começar a produzir cinema e ganhar o Oscar. Para 2024, além de saúde, desejo rodar com os meus espetáculos pelo Brasil e pelo mundo.
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Existem filmes nacionais incríveis e apoiar o cinema brasileiro é o primeiro passo para que mais obras assim sejam produzidas
Hoje (19), é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro. A data foi escolhida em homenagem ao que se estima ter sido o primeiro dia de filmagens de uma produção cinematográfica no Brasil, em 1898.
As imagens, que ficaram conhecidas como Os Beijos e capturaram a Baía de Guanabara no Rio de Janeiro, foram gravadas a bordo de um navio pelo italiano Afonso Segreto,que trouxe seus equipamentos para o Brasil. No entanto, alguns historiadores contestam o fato de que Afonso tenha sido o primeiro a fazer imagens cinematográficas no país, já que segundo eles filmetes podem ter sido gravados em Petrópolis em 1897.
A chegada ao Brasil
As primeiras máquinas a produzirem imagens em movimento – chamadas de cinematógrafo – que foram usadas no cinema surgiram apenas na segunda metade do século XIX, sendo Thomas Edison e os irmãos Lumière responsáveis pelas máquinas mais famosas daquele momento.
Paschoal Segreto, irmão do já citado Afonso Segreto, foi um grande empresário de entretenimento, que rapidamente se interessou pela sétima arte e foi responsável por criar a primeira produtora de filmes – e a primeira revista especializada no assunto – no Brasil.
Ainda no início do século XX, os irmãos Segreto produziram diversos filmes e se tornaram pioneiros do ramo cinematográfico no Brasil. Algo que foi acompanhado nos anos seguintes por nomes como Humberto Mauro, que se destacou nos anos 1930 por lançar filmes como Ganga Bruta (1933) e Alô, Alô Carnaval (1936), que se tornaram um sucesso e levaram o gênero chanchada – musicais que misturavam comédia com elementos de ficção científica e perseguições policiais – a nível popular.
Nas décadas seguintes, os primeiros estúdios profissionais foram criados no país. Já entre 1960 e 1970, o cinema brasileiro passou por uma grande evolução criativa com o chamado Cinema Novo, que apontou nomes de cineastas que entraram para a história como: Joaquim Pedro de Andrade, Ruy Guerra, Nelson Pereira dos Santos e Glauber Rocha.
Sucessos
Desde então a indústria cinematográfica brasileira passa por constante evolução, entregando contribuições significativas para o cenário mundial, alguns exemplos de sucesso nacional e internacional são:
Cidade de Deus, lançado em 2002 e dirigido por Fernando Meirelles, recebeu quatro indicações ao Oscar: Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Montagem.
Central do Brasil, de 1998, recebeu indicações ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz para Fernanda Montenegro.
Tropa de Elite, lançado em 2007, se tornou um sucesso de bilheteria faturando mais de 20 milhões de reais – o que foi incrível para um filme nacional naquela época – além de conquistar no ano seguinte o prêmio Urso de Ouro no Festival de Berlim.
A franquia Minha Mãe é uma Peça é uma das produções nacionais de maior sucesso de todos os tempos, arrecadando ao todo mais de 500 milhões de reais em todo Brasil.
Falta de incentivo
A falta de incentivo no Brasil abrange a cultura como um todo, o cinema em específico sofre com a desvalorização e pouca divulgação quando comparado a uma estreia internacional. Exemplo disso ocorre nas salas de cinema, já que um lançamento de Hollywood ocupa mais do que o dobro de horários quando comparado a uma produção nacional, que em média é exibido em dois horários por dia.
Ano após ano a participação de filmes nacionais na indústria e na bilheteria vem diminuindo. Em 2019, a participação de mercado foi de 13.3%, durante e após a pandemia os números caíram para 4,2% em 2022 e 1,4% em 2023, de acordo com a Agência Nacional do Cinema (Ancine).
No entanto, mesmo antes da Covid-19 fechar as salas de cinema, o audiovisual brasileiro já passava por ações de desincentivo, como a extinção do Ministério da Cultura e a não renovação em 2021 da Cota de Tela – lei que determina que as empresas devem exibir obrigatoriamente filmes nacionais em todo Brasil –, mas a iniciativa voltou a ativa em 2024.
Ainda existe a Lei Federal de Incentivo à Cultura, mais conhecida como Lei Rouanet, que funciona com empresas que destinam parte de seus impostos de renda para a cultura. Assim, todos aqueles que desejam contribuir para o setor cultural nacional podem se beneficiar.
O cinema e audiovisual no Brasil não recebem a divulgação que merecem, por isso não alcançam grande parte da população que muitas vezes nem ao menos sabe que aquela obra foi lançada, ou o filme sequer chega às salas de cinema. Então, muitas vezes a produção não atinge nível nacional, se concentrando no eixo Rio – São Paulo.
Obras indispensáveis
O cinema brasileiro é rico e diverso, existem obras que formam opiniões, fazem o espectador pensar, criticar e discutir não só a sociedade mas o papel que cada um exerce dentro dela. Além de abordar gêneros diversos, entregam narrativas bem feitas e histórias que emocionam. Confira algumas produções s que mostram o melhor dos filmes nacionais:
Bacurau (2019)
Dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, o filme se passa na cidade fictícia de Bacurau, no interior do sertão nordestino. A trama mostra a resistência e luta dos moradores da cidade.
O longa se tornou uma das maiores revelações do cinema nacional dos últimos anos, sendo aclamado pelo público e pela crítica, chegando a entrar para a lista de filmes preferidos de 2020 do ex-presidente Barack Obama.
Macunaíma (1969)
Baseado no livro de mesmo nome de Mário de Andrade, o filme mistura crítica social com fantasia e comédia. Na história conhecemos Macunaíma, que nasceu um homem negro mas de repente se transforma em um homem branco.
A obra se tornou um marco no Brasil. Na época de lançamento, recebeu prêmios no Festival de Brasília e no Festival Internacional de Mar Del Plata, na Argentina, além de entrar para a lista de 100 melhores filmes da Abraccine.
Estômago (2007)
No longa conhecemos a história de Nonato, um homem nordestino que se muda em busca de oportunidades melhores de vida. Ele então começa a trabalhar em uma lanchonete e descobre que tem ótimos dons para a culinária. Nonato se apaixona pela garota de programa Iria e a partir de então sua vida toma novos rumos.
Um dos filmes de maior sucesso do diretor Marcos Jorge, foi elogiado por juntar humor e suspense em uma crítica social. Além disso, uma continuação da história estreia ainda em 2024.
Carandiru (2003)
Baseado no livro Estação Carandiru (1999), do médico Drauzio Varella, o filme dirigido por Hector Babenco mostra a difícil realidade enfrentada por aqueles que vivem atrás das grades na Casa de Detenção São Paulo, mais conhecida como Carandiru. Considerada a maior penitenciária da América Latina, foi o lugar onde um massacre que assassinou 111 presos em 1992 aconteceu.
A narrativa acontece a partir das memórias do Dr. Drauzio, que trabalhou no local como médico voluntário durante muitos anos. O diretor do longa ganhou o Prêmio do Público e o Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Cinema de Havana.
Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)
Na obra do cineasta Glauber Rocha acompanhamos Manoel e Rosa, um casal que leva uma vida cheia de dificuldades no interior do sertão. Após passar por uma injustiça, Manoel toma atitudes que o obrigam a fugir com Rosa. Os dois passam então a morar com um grupo religioso que luta contra injustiças.
O filme gravado no interior da Bahia é considerado um clássico nacional, tendo representado o país no Festival de Cannes e no Oscar na época de seu lançamento.
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Celebração acontece em todo o mundo como ato de fé e devoção
Conhecida como Eid al-Adha (em árabe) ou Kurban Bayramı (em turco), essa é uma das celebrações religiosas mais importantes docalendário islâmico. Ela ocorre no décimo dia do mês Dhu al-Hijjah e coincide com a peregrinação anual — Hajj — a Meca.
Na Turquia, a Festa do Sacrifício é celebrada em diversas regiões e é uma ocasião para fortalecer os laços com a família e com a comunidade. As celebrações se iniciam após os 70 dias de jejum do ramadã, e fiéis que estão participando ou não dos rituais podem comparecer.
Dias antes das festividades, as famílias turcas já começam a se preparar comprando os animais que serão sacrificados, o que gera um grande movimento no mercado de gado. As casas são limpas e arrumadas, e as pessoas compram roupas novas para usar durante a celebração. Em lugares como as áreas rurais, as tradições podem incluir danças e músicas folclóricas.
Em áreas urbanas, muitos preferem contribuir com organizações de caridade, que realizam o sacrifício em nome dos doadores e distribuem a carne entre os fiéis. Essa prática tem facilitado a participação daqueles que vivem em locais onde o abate de um animal poderia ser de difícil execução.
Significado
A data comemora a obediência do profeta Abraão durante um ato de fé. Deus ordenou que ele sacrificasse um dos filhos, o profeta Ismael, e logo soube que se tratava de um sinal de Deus. Abraão então falou com o filho, e os dois concordaram que aquilo deveria ser feito em razão da vontade divina.
No entanto, no momento em que o pai concretizaria a ação, Deus interveio, dizendo: “Ó Abraão, já realizaste a visão! Em verdade, assim recompensamos os benfeitores.”, e ordenou ao anjo Gabriel que entregasse ao profeta um carneiro para ser sacrificado no lugar do filho.
Para lembrar esse ato de fé e generosidade, os muçulmanos realizam o sacrifício de um animal, geralmente um carneiro, cabra ou vaca.
Celebrações
A Festa conta com rituais como:
Oração especial: o dia começa com uma oração chamada Salat al-Eid, realizada nas mesquitas.
Sacrifício do animal: após a oração, o comum é que as famílias mais abastadas realizem o sacrifício. Segundo a tradição, o animal deve ser um macho adulto e saudável. Parte da carne do animal sacrificado, conhecida como Qurbani, é distribuída aos pobres e necessitados, outra parte é compartilhada com amigos e vizinhos, e o restante é consumido pela própria família.
Visitas e festividades: as famílias visitam parentes e amigos para trocar presentes. É comum preparar refeições e doces tradicionais.
Ajuda aos necessitados: além do sacrifício, caridade e ajuda aos mais pobres são ações comuns durante as festividades. Os fiéis fazem doações e auxiliam aqueles que estão necessitados
Acidentes
Os rituais de sacrifício acabam trazendo problemas para os próprios participantes das celebrações. A última festa realizada na Turquia, em 2023, resultou em mais de 29 mil pessoas feridas, de acordo com o governo do país.
Os acidentes acontecem durante o abate dos animais, e muitas das pessoas feridas (algumas até em estado grave) precisam deixar o local em ambulâncias.
A fé na Turquia
O país é formado por 99% de muçulmanos e 1% de judeus e cristãos; cada turco é livre para escolher qual religião deseja seguir, e ninguém é obrigado a participar de nenhum tipo de cerimônia religiosa.
Apesar de a maioria dos cidadãos turcos serem muçulmanos, a Turquia é o único país islâmico que determina constitucionalmente a laicidade de Estado.
Mas o local ainda possui uma forte presença religiosa: por exemplo, o chamado para as orações diárias nas mesquitas, realizado por meio de megafones, além do jejum durante o Ramadã – se inicia no nono mês do calendário islâmico, data em que muçulmanos acreditam que o profeta Maomé recebeu a revelação do Alcorão, sendo assim consideram um período sagrado, fazendo jejum absoluto do nascer ao pôr do sol.
A fé durante também é demonstrada com a peregrinação à Meca – cidade considerada sagrada pela religião –, feita pelos mulçumanos, sendo obrigatório que se realize ao menos uma vez na vida.
Celebrações ao redor do mundo
A cidade de Meca já chegou a receber três milhões de peregrinos durante a Festa do Sacrifício. Na data, associações muçulmanas de diversos países, incluindo o Brasil, realizam doações.
A Fambras (Federação das Associações Muçulmanas do Brasil) declarou, em 2021, que havia realizado doações com orçamento próprio e de países islâmicos. Essa contribuição teve como objetivos o abate de animais e a distribuição de carne, tanto para mulçumanos quanto não-mulçumanos, para ao menos 10 estados do Brasil.
As celebrações da Festa do Sacrifício em 2024 têm início hoje (15) e se estendem até a próxima quarta-feira, 19 de junho.
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Esses e muitos outros livros são a prova do poder da literatura em ultrapassar fronteiras
A literatura brasileira é rica em diversidade, profundidade e boas histórias, e muitas dessas obras conseguiram ultrapassar fronteiras, conquistando reconhecimento e sucesso internacional. Estes livros não apenas mostram a cultura e a história do Brasil, mas também oferecem pontos de vista diversos que geram identificação com leitores ao redor do mundo.
Recentemente a versão em inglês do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas entrou para a lista de mais vendidos da Amazon nos Estados Unidos na categoria Literatura Latino-Americana e Caribenha.
O romance de Machado de Assis foi lançado pela primeira vez em 1881 e já é um clássico nacional, assim como diversos outros livros do autor. O sucesso internacional aconteceu após o vídeo da escritora Courtney Henning Novak avaliando o livro viralizar no TikTok.
Desde então o vídeo de Courtney conta com mais de 200 mil curtidas e 1 milhão de visualizações, e a repercussão da notícia fez a procura pelo livro crescer ainda mais, ultrapassando best-sellers como Amor nos Tempos de Cólera (1985), de Gabriel Garcia Marquez.
Embora seja o livro mais recente, Memórias Póstumas não foi o único livro de um autor nacional a furar a bolha. Preparamos alguns títulos incríveis que também alcançaram fama em outros países, confira:
1. O Alquimista (1988) – Paulo Coelho
O livro brasileiro mais famoso internacionalmente, O Alquimista é um fenômeno mundial. A saga do pastor Santiago em busca de um tesouro no Egito mostra uma história inspiradora sobre seguir os próprios sonhos. Essa obra de Paulo Coelho foi traduzida para mais de 80 idiomas, vendendo milhões de cópias em todo o mundo, além de se tornar um dos livros mais traduzidos da história.
2. Dom Casmurro (1899) – Machado de Assis
Outro sucesso do autor, publicada em 1899, é considerada a obra-prima de Machado de Assis e um dos maiores romances da literatura brasileira. A narrativa acompanha Bento Santiago (Dom Casmurro) e seu relacionamento com Capitu. O livro foi, e ainda é, traduzido e estudado em diversas escolas e faculdades pelo mundo. O mistério sobre a fidelidade de Capitu gera dúvidas nos leitores até hoje, tornando a obra um clássico universal.
3. Grande Sertão: Veredas (1956) – João Guimarães Rosa
Um clássico nacional e a obra de maior sucesso de Guimarães Rosa, o romance já foi traduzido para diversos idiomas. Mesclando poesia, filosofia e uma narrativa social, o livro é aclamado por críticos e acadêmicos, que consideram o autor um gênio literário.
4. A Hora da Estrela (1977) – Clarice Lispector
O último romance de Clarice Lispector retrata a trágica história de Macabéa, uma jovem nordestina vivendo no Rio de Janeiro; a narrativa é contada de uma forma introspectiva, característica de Clarice. Sua escrita profunda é reconhecida mundialmente e traduzida para diversos idiomas, sendo seu último livro um dos mais acessíveis ao público internacional.
5. Capitães de Areia (1937) – Jorge Amado
Jorge Amado é um dos autores brasileiros mais conhecidos fora do país, e Capitães de Areia é uma de suas obras mais populares. A história acompanha um grupo de crianças que foram abandonadas e vivem nas ruas de Salvador, fazendo uma crítica social que permanece atual. Traduzido para 48 idiomas, o clássico nacional também foi adaptado para o cinema, rádio, teatro e televisão.
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A adaptação feita por Guel Arraes se passa em um complexo de favelas brasileiro
O clássico literário Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa, lançado em 1956, passa pela sua terceira adaptação para o audiovisual. A primeira releitura aconteceu em 1965, quando os irmãos Geraldo Santos Pereira e Renato Santos Pereira levaram a história para as telas de cinema. Já em 1985 uma adaptação para a TV Globo entregou uma minissérie dirigida por Walter Avancini.
Guel Arraes – diretor do longa – é responsável por filmes que se transformaram em clássicos nacionais, como O Auto da Compadecida (2000) e Lisbela e o prisioneiro (2003), ambos adaptações literárias.
Nessa produção, o diretor aborda a história do livro de uma nova forma, levando a trama para uma guerra entre policiais e bandidos que acontece em um complexo de favelas que se chama Grande Sertão. A adaptação leva o espectador para dias mais atuais, no mundo urbano, onde a realidade de violência se acentua quando o fator social aparece.
Enredo
A releitura de Arraes transporta a trama ambientada na realidade violenta dos jagunços no sertão para o das facções criminosas da periferia. Aqui acompanhamos Riobaldo (Caio Blat), um jovem professor que começa a dar aulas em uma escola do complexo, e em meio à violência e à falta de esperança por dias melhores, entra para o bando de Joca Ramiro (Rodrigo Lombardi). Após eventos cruéis, uma guerra entre o bando e a polícia se inicia e todos são afetados por esse conflito.
Elenco
Além de grandes nomes como Guel Arraes, Jorge Furtado, Caio Blat e Rodrigo Lombardi, a produção ainda conta com Eduardo Sterblitch (Hermógenes), Luisa Arraes (Diadorim), Luiz Miranda (Zé Bebelo) e Mariana Nunes (Otacília).
Caio Blat, na pele do protagonista, faz uso do maior tempo de tela do longa, com cenas de ação intercaladas com a narração dos fatos em tom de prosa, junto a uma interpretação que fisga o espectador e emociona em diversos momentos.
De modo geral, todas as escolhas de atuação foram bem sucedidas, os personagens comovem e entregam de forma concisa, com uma interpretação difícil, sendo a violência narrada de forma teatral.
Contexto Social
A escolha da narrativa modificada introduz a violência nas periferias do Brasil, mostrando no contexto social, situações que, mesmo que no longa sejam apresentadas de uma forma um tanto poética, acontecem na vida real. Mães perdem seus filhos para o crime, as escolas não recebem nenhum tipo de valorização, assim como as crianças que nelas estudam.
A violência está em todos os lugares, e uma estudante indo embora da escola pode ser atingida por um tiro durante um conflito entre criminosos e a polícia, sofrendo as consequências de uma disputa que nada tinha a ver.
Destaque para o momento em que uma das alunas de Riobaldo é assassinada em um conflito e, na escola, sua mãe, interpretada por Mariana Nunes, aponta para os lápis que estavam na mochila da filha morta e diz que “essas eram as únicas armas que ela tinha”.
Esse é um dos fatos representados no filme que mais emociona, não apenas pela forma como esse ponto da narrativa é conduzido, mas por de uma forma trágica, acabar relatando casos reais e recorrentes.
Vale a pena assistir?
Embora o fato de mudança no ambiente central da narrativa incomode quem leu a obra de Guimarães Rosa, levar esse texto a outra realidade aproxima aqueles que se identificam com o que é contado na releitura.
A forma teatral como os diálogos entre os personagens acontece é outro ponto positivo. No roteiro, as falas seguem, mas não tão ao pé da letra, as palavras escritas pelo autor do livro. Dessa forma, ainda que a história seja diferente em alguns pontos, fica bastante parecida em outros.
Atuações surpreendentes também fazem parte da produção: Eduardo Sterblitch e Luiz Miranda, entregam atuações diferentes do habitual para ambos, contribuindo para a narrativa de violência que o filme retrata. Hermógenes e Zé Bebelo talvez sejam os personagens mais marcantes da história.
Mesmo com momentos que talvez pudessem ser abordados de outra forma – como a relação entre Diadorim e Riobaldo – a distopia apresentada entrega um bom enredo, fazendo quem assiste refletir sobre a vida ao nosso redor, além de ser uma produção ousada e de certa forma inovadora para o audiovisual brasileiro.
Grande Sertão estreia hoje, 6 de junho, nos cinemas de todo Brasil.
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