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Entrevista | Carina Sacchelli fala sobre seu novo filme Morando com o Crush

Em conversa com o Entretê, a atriz também conta sobre seus próximos projetos e filmes preferidos

A atriz Carina Sacchelli acumula diversas produções em seu currículo, com trabalhos na TV, no cinema e teatro. Participou de obras como Sítio do Picapau Amarelo, Chiquititas e a série O Negócio, além de filmes como Destinos Opostos de Walter Neto e Um Dia Cinco Estrelas dirigido por Hsu Chien.

E é no novo projeto do diretor Chien que Carina ganha as telas de cinema esse mês, o filme Morando com o Crush, que estreou na última semana (23). O enredo traz a artista dando vida a Antônia, mãe do protagonista Hugo (Vitor Figueiredo), que, para surpresa do filho, acaba namorando com o pai da sua namorada antes mesmo que eles pudessem contar que se gostavam.

O filme ainda conta com Marcos Pasquim e Giulia Benite no elenco e entrega uma comédia romântica leve e apaixonante.

Com mais de 15 anos de carreira, Carina Sacchelli se aventura em seus trabalhos e diz que “está apenas no começo da caminhada”. Formada pelo CAL (Centro de Artes das Laranjeiras), com especialização feita em Nova York, a atriz e produtora já participou de mais de 15 peças de teatro, além de filmes, séries, novelas e curtas. Um de seus próximos projetos será interpretar Helena Jobim em sua juventude no filme-documentário Helena, que irá contar a história da escritora e irmã de Tom Jobim. O longa ainda tem momentos com poesias da escritora declamadas por artistas nacionais.

Ao Entretê, a atriz falou sobre esses projetos e a importância de cada um na sua carreira, além dos seus objetivos e metas. Confira!

Entretetizei: Começando com sua mais nova estreia, o filme Morando com o Crush, pode nos contar um pouco sobre como foi viver a Antônia e trabalhar novamente com o diretor Hsu Chien?

Carina Sacchelli: Antônia tem muito de mim. É uma mulher positiva, independente e também é mãe. Foi a primeira vez que interpretei uma mãe de adolescente. Adorei a troca e a construção da intimidade com meu filho Hugo, feito pelo Vitor (Figueiredo), que é supertalentoso e querido. Hsu é uma enciclopédia do cinema, um consumidor voraz de filmes e cultura, no modo geral. Trabalhar novamente com ele é ter a oportunidade de aprender muito, de ouvir curiosidades sobre os filmes, os bastidores. Sou apaixonada por ele e amo a dinâmica dele dentro do set de filmagem.

E: A sua carreira na atuação começou desde muito nova. Em algum momento você pensou em seguir outra profissão ou se identificou com outra área?

CS: Me formei em Publicidade e Propaganda na faculdade e, se não fosse atriz, com certeza, trabalharia com criação em agência de publicidade.

E: Você possui trabalhos incríveis na TV, no teatro e cinema, e cada uma dessas mídias costuma chamar a atenção de diferentes tipos de público. Essa diferença e o retorno é muito perceptível para você ou o carinho dos fãs é o mesmo?

CS: No teatro, o público é geralmente mais velho. Eles vêm conversar conosco após a peça, debater sobre o espetáculo, dizer quais foram suas impressões com o texto, com os personagens. Eu acho importantíssimo ouvir a opinião do público sempre e debater com ele sobre a peça. O público da TV interage mais através das redes sociais, o que é gostoso também.

E: A novela Chiquititas completa dez anos de sua estreia e ainda é um sucesso no streaming, está em seus planos futuros voltar a fazer novelas?

CS: Chiquititas é um sucesso mesmo! Está há meses no top 10 da Netflix, as crianças adoram. Quero muito voltar a fazer novelas.

E: Existe algum sonho profissional que ainda deseja realizar?

CS: Muitos! Estou apenas no começo da caminhada, que é longa! Quero fazer personagens relevantes, cheios de camadas, independente da mídia. Também tenho muita vontade de fazer um monólogo no teatro. Quem sabe no ano que vem.

E: As produções nacionais costumam não receber o mesmo prestígio que as internacionais aqui no Brasil. Como atriz e produtora, qual sua opinião sobre isso?

CS: A oferta de filmes internacionais é muito maior que a de nacionais, não faltam blockbusters para impulsionar o mercado de fora. Além disso, o público brasileiro não tem o costume de prestigiar o cinema nacional, infelizmente. Eu fico aqui na torcida para que as pessoas descubram o quão rico e múltiplo é nosso cinema.

E: Um de seus próximos trabalhos será dar vida à escritora Helena Jobim. Como você se sente participando desse projeto? 

CS: Esse projeto é muito especial para mim. Fui apresentada a ele há quase dez anos e me encantei na hora. Será uma honra e uma responsabilidade grande interpretar alguém como Helena Jobim, uma escritora talentosa e uma mulher vanguardista, cheia de vida. Helena merece essa homenagem.

E: Observando seu trabalho, percebemos que o cinema é uma das suas grandes paixões, certo? Levando em conta que existem obras e profissionais incríveis na indústria, pode nos contar quais filmes te inspiram ou inspiraram em algum momento da vida?

CS: A lista de filmes é grande. Adoro Bacurau, Que Horas Ela Volta?, Closer, O Tigre Branco. Recentemente assisti Pobres Criaturas e Anatomia de uma Queda e fiquei enlouquecida com o trabalho da Emma Stone (que levou o Oscar por esse personagem) e da Sandra Hüller. Grandes atrizes sempre me inspiram.

E: Para finalizarmos, o que podemos aguardar de seus projetos futuros?

CS: Eu e Eduardo Martini voltaremos em cartaz com a peça Pra Você Lembrar de Mim, de Regiana Antonini. A peça, dirigida por Elias Andreato, conta a história de um pai (Martini) e sua filha Bruna (eu), quando ele é diagnosticado com Alzheimer precoce. A partir dessa triste notícia, a vida de Bruna muda completamente, pois ela abre mão do seu trabalho para se dedicar totalmente aos cuidados com o pai. Já fizemos a peça em São Paulo e no Rio de Janeiro, e agora faremos teatro circulação em várias cidades no interior de São Paulo.

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Texto revisado por Michelle Morikawa

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Cinco motivos para assistir à série Bridgerton

Confira razões que vão te convencer a conhecer a alta sociedade 

 

Bridgerton é uma série de drama histórico baseada nos romances de Julia Quinn, produzida pela Shondaland e criada por Chris Van Dusen. A série estreou na Netflix em 25 de dezembro de 2020 e rapidamente se tornou um grande sucesso, sendo aclamada tanto pelo público quanto pela crítica.

Ambientada na alta sociedade londrina nos anos 1800, a série explora a vida e os amores dos oito filhos da Viscondessa Violet, membros da família Bridgerton. A história é narrada por Lady Whistledown, uma misteriosa escritora de colunas de fofocas, que muitas vezes influencia a elite com suas opiniões. 

Bridgerton entrega ainda um toque de modernidade com sua trilha sonora adaptada de músicas atuais para versões orquestrais, além de um elenco diversificado e figurinos belíssimos. A série não só destaca os luxuosos bailes e a pompa da aristocracia, mas também aborda temas relevantes como o papel das mulheres na sociedade, questões de classe e raça, e os desafios do amor e do casamento.

Com sua combinação de romance, cenas quentes e drama sofisticado, Bridgerton conseguiu capturar a imaginação de espectadores ao redor do mundo, se tornando uma das séries mais populares da Netflix.

Cada temporada da produção adapta um dos livros de Julia Quinn, e conta a história de amor de um dos irmãos Bridgerton. Até o momento já foram três temporadas lançadas pela Netflix, com a adaptação dos livros: O Duque e Eu (2000), O Visconde que me Amava (2000) e Os Segredos de Colin Bridgerton (2002).

A terceira temporada da série foi dividida em duas partes tendo seus quatro primeiros episódios lançados em 16 de maio, e os quatro ultimos ficarão disponíveis em 13 de junho.

O Entretê separou alguns motivos para você que ainda não assistiu a produção correr e maratonar a tempo de acompanhar os novos episódios. Confira:

 

Feminismo
Foto: reprodução/Netflix

Embora Eloise Bridgerton (Claudia Jessie) não saiba, ela é uma feminista. Ela é o oposto de suas irmãs e das demais moças com quem convive, pois em vez de se casar, sonha em ser livre, estudar, viajar e escolher seu próprio destino, assim como os homens da época. A personagem levanta pontos sobre a obrigação das mulheres a se casar, a se comportarem de determinada maneira ou simplesmente não serem incentivadas ou sequer terem o direito a estudar e ir à faculdade.

Toda a narrativa da série levanta essas reflexões sobre como a mulher era tratada na sociedade, onde milhares de regras eram impostas a elas e caso alguma fosse quebrada toda sua reputação se perderia, enquanto para os homens nada disso existia.

Inclusão 
Foto: reprodução/Netflix

A série inovou desde seu primeiro ano, quando incluiu na história personagens de diferentes etnias algo que não acontece nos livros. Diversos personagens que nas páginas eram descritos como brancos são interpretados por atores negros na série. 

Fugindo dos estereótipos, a série mostra que a diversidade existe e deve ser aderida em todos os ambientes, trazendo nomes como Regé-Jean Page, Simone Ashley, Martins Imhangbe e Adjoa Andoh em papéis de destaque e protagonismo.

Romance
Foto: reprodução/Netflix

Os casais formados ao decorrer da série são um sucesso à parte. Cada temporada entrega a vida de um irmão Bridgerton e sua história de amor até chegar ao casamento. Mostra os altos e baixos de casa casal, as dificuldades enfrentadas na época e as escolhas que cada um teve que fazer. 

Além disso, a série narra ótimas e envolventes histórias de amor como a de Daphne (Phoebe Dynevor) e o Duque de Hastings (Regé-Jean Page) na primeira temporada, ou o ódio que virou rapidamente amor de Anthony (Jonathan Bailey) e Kate (Simone Ashley) no segundo ano da série, até chegarmos na atual temporada que mostra a história de amizade e amor entre Colin (Luke Newton) e Penélope (Nicola Coughlan). 

Trilha Sonora 

 

No começo do século XIX não existiam músicas como as que ouvimos agora, mas isso não foi um problema para a produção, já que eles conseguiram trazer nomes como Harry Styles, Madonna, Nick Jonas, Taylor Swift, Billie Eilish e diversos outros para sua trilha sonora.

O modo como isso aconteceu é simples, grandes sucessos dos artistas foram refeitos por uma orquestra, onde só a parte instrumental é tocada na série em momentos marcantes como danças entre casais especiais ou cenas de romance. Na temporada mais recente, uma das músicas que recebeu essa releitura foi Give Me Everything de Ne-yo e Pitbull, que marcou um momento icônico do casal Colin e Penelope.

Adaptação Literária
Foto: reprodução/TechMundo

Existem muitas adaptações literárias circulando por aí e se existe algo em comum entre os fãs de todas essas obras é a criação de teorias. Com Bridgerton não seria diferente e diversas teorias, suposições ou críticas se formaram ao longo do tempo. 

Embora a série mude alguns fatos que aconteceram – como a adesão da Rainha Charlotte que não existe nos livros – ou entregue uma abordagem diferente sobre algo, a premissa seguida em cada história adaptada na obra até aqui foi a mesma porém, suposições sobre o futuro da história não param de surgir nas redes sociais, o que se torna um crossover entre quem está apenas assistindo a série e quem leu os livros, onde cada fã dá sua opinião e debate sobre a história.

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Texto revisado por Thais Moreira

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Sofia Coppola: de prodígio a diretora renomada, conheça o trabalho da cineasta

Seus 25 anos de carreira não negam seu talento como diretora e roteirista de filmes autênticos

 

Desde 1999 quando dirigiu seu primeiro longa, As Virgens Suicidas, Sofia Carmina Coppola se tornou um nome de destaque em Hollywood. A cineasta sonhava em ser artista desde muito nova. Inicialmente pensou em ser fotógrafa, mas mudou para o cinema após lançar o curta Lick the Star (1998), que aborda a história de uma adolescente enfrentando os dilemas do ensino médio. 

Em 2023, Sofia lançou o livro Sofia Coppola Archive: 1999-2023, que reúne memórias de todas as produções feitas pela diretora; como anotações, roteiros e fotos tiradas no set por ela mesma ou por amigos fotógrafos. O livro é uma espécie de álbum de recortes de toda a trajetória cinematográfica de Sofia.


Foto Sofia e Francis Ford Coppola: reprodução/Mubi
Família Coppola

Sofia possui fortes referências de cinema e já cresceu rodeada pela sétima artes. Seu pai é Francis Ford Coppola, ganhador do Oscar de Melhor Diretor, e responsável por dirigir filmes como a trilogia O Poderoso Chefão (1972-1990), Apocalipse Now (1979) e Drácula de Bram Stoker (1992). Eleanor Coppola, sua mãe, é documentarista e escritora, responsável por filmar os making of das produções de Francis e Sofia. 

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A família Coppola seguiu realmente o ramo artístico, o irmão da cineasta, Roman Coppola, é produtor e diretor de videoclipes, além de já ter colaborado com filmes de Wes Anderson como Moonrise Kingdom (2012) e Asteroid City (2023).

 

O início da carreira

Sofia iniciou sua carreira ainda bebê, quando em 1972 estreou no cinema como a versão recém-nascida de Michael Corleone – personagem de Al Pacino em O Poderoso Chefão. Após esse primeiro contato, participou de outras obras de Francis Coppola fazendo pequenos papéis em filmes como: Vidas Sem Rumo (1983), Cotton Club (1984) e Peggy Sue – Seu Passado a Espera (1986). 

Mas foi em 1990 quando interpretou um papel de maior destaque, dando vida a filha de Michael Corleone no terceiro filme da franquia de sucesso do pai, que Sofia foi alvo de críticas por parte da mídia, que fazia acusações de nepotismo sobre sua participação.

Foto: reprodução/Fotogramas

Após a polêmica, ela não fez mais participações nos longas do pai, mas anos depois realizou uma rápida participação em Star Wars: A Ameaça Fantasma (1999), tendo também participado de diversos videoclipes.

 

As Virgens Suicidas

Após ler o livro As Virgens Suicidas, lançado em 1993 e escrito por Jeffrey Eugenides, Sofia se apaixonou pela história e soube que precisava desenvolver uma adaptação, em seu livro ela diz: Eu não sabia que queria ser diretora até ler As Virgens Suicidas e ver tão claramente como a adaptação tinha de ser feita.

O filme marcou a estreia da cineasta no Festival de Cannes, quando a mesma tinha 28 anos, mas não teve grande repercussão na mídia ou sucesso de bilheteria.

Sofia foi responsável pelo roteiro e direção do filme, que apresenta um drama nos anos 1970, onde acompanhamos a vida de cinco irmãs que vivem sob uma rígida supervisão dos pais religiosos. A narrativa é feita por um grupo de meninos que as conhece e muito tempo depois ainda tentam entender os eventos trágicos que aconteceram com as irmãs.

A diretora entregou um retrato melancólico e poético sobre a juventude, abordando temas como repressão, a mente feminina, a adolescência e a dor. Além de contar com atuações incríveis como de Kirsten Dunst, que interpreta uma das irmãs. Anos após seu lançamento, o filme se tornou um clássico cult.

 

A estética de Sofia

Sempre ligada à moda, Sofia Coppola chegou a realizar um estágio na Chanel quando tinha 15 anos, um tempo depois criou sua própria grife, intitulada Milkfed. Alguns de seus primeiros contatos com a direção foram quando dirigiu alguns comerciais para marcas como Dior, Cartier e Chanel.

Devido a isso, os figurinos de seus filmes são sempre pensados com cuidado, com o intuito de também deixarem transparecer as personalidades de seus personagens. 

Um exemplo disto é o filme Maria Antonieta (2006), onde Sofia buscou referências em coleções de estilistas como Marc Jacobs e John Galliano, além de visitar museus que contavam com exposições de vestidos de época.

O mesmo aconteceu com seu filme mais recente, Priscilla (2023), onde buscou estilistas renomados para recriar os looks usados por Priscilla e Elvis Presley.

Os filmes da diretora são pensados em todos os detalhes possíveis e a estética feminina traz cores suaves, uma fotografia lindíssima e delicada. Sofia consegue imprimir a feminilidade em suas obras e nos personagens de seus filmes; essa se tornou a marca de seus longas.

Foto: reprodução/Mubi
Filmografia 

Após o lançamento de As Virgens Suicidas, Sofia apostou em Encontros e Desencontros (2003), também com roteiro e direção assinados por ela. O filme fez sucesso imediatamente após o lançamento. O longa é protagonizado por Bill Murray e Scarlett Johansson e possui fortes referências à própria vida da cineasta; como um período em que morou no Japão e seu casamento com o também cineasta Spike Jonze, com quem foi casada até o ano de lançamento do filme. 

A produção rendeu três indicações ao Oscar 2004, onde Sofia concorreu a Melhor Filme, Melhor Direção – se tornando a terceira mulher na história a receber essa indicação –  e Melhor Roteiro – categoria na qual saiu vitoriosa. 

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Desde então, ela vem conquistando seu espaço na indústria cinematográfica, tendo vencido outros diversos prêmios pelos seus nove filmes lançados até o momento. Confira os títulos:

  • As Virgens Suicidas (1999)
  • Encontros e Desencontros (2003)
  • Maria Antonieta (2006)
  • Um Lugar Qualquer (2010)
  • Bling Ring: A Gangue de Hollywood (2013)
  • A Very Murray Christmas (2015)
  • O Estranhos que Nós Amamos (2017)
  • On The Rocks (2020)
  • Priscilla (2023)
Foto: reprodução/Vogue
Protagonismo feminino 

Os filmes de Sofia contam com protagonismo feminino e personagens fortes. Seus longas apresentam o trabalho feminino em cena e nos bastidores, entregando narrativas que demonstram a solidão, as reflexões e os desejos; retratando o universo feminino na sociedade atual.

Um filme feito por mulheres sobre mulheres entrega uma perspectiva muito mais ampla e profunda sobre diversos assuntos, que são abordados de um local diferente quando dirigidos por homens. Os longas da diretora trazem essa abordagem de uma maneira única e delicada. 

Mas nem sempre isso é visto como algo positivo na indústria, já que um dos trabalhos da cineasta protagonizado por Kirsten Dunst, Maria Antonieta, foi recebido com vaias – o que acabou apontando o filme como um fracasso de Sofia e a fez se afastar da mídia por um tempo. No entanto, a reparação foi concretizada, já que atualmente o longa inspirou diversos filmes e séries que relatam as histórias de época com maior foco nas mulheres e não em seus maridos.

Sofia Coppola inspirou e ainda inspira muitas mulheres, seus filmes abordam temas únicos e necessários. Ela conseguiu mostrar todo seu talento através de suas histórias e personagens únicos, evidenciando que não foi o nepotismo que a fez ser reconhecida e admirada. 

Hoje, aos 53 anos, Sofia possui uma trajetória onde coloca as mulheres em evidência, enaltecendo suas histórias e seu protagonismo. Além de acumular prêmios, críticas positivas e a admiração daqueles que se permitem conhecer suas obras.

 

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Texto revisado por Kalylle Isse

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Estreia de Fúria Primitiva traz Dev Patel como diretor e protagonista

Filme estreia nesta quinta (23) em todo o Brasil

 

Em Fúria Primitiva, Dev Patel faz sua estreia como diretor. O ator ganhou reconhecimento ao interpretar Jamal Malik em Quem Quer Ser um Milionário (2008), vencedor de oito Oscars em 2009. Sobre essa nova experiência, o artista britânico diz: O filme é uma carta de amor para minha família. É sobre unir a mitologia que meu pai e meu avô me contaram e honrar o poder da mulher mais incrível da minha vida, a minha mãe. E também é sobre o quão longe alguém pode ir para vingar alguém que ama tão profundamente.

O filme foi gravado em Batam, na Indonésia, e tanto a produção quanto o elenco enxergaram como um lugar incrível e inspirador. O vencedor do Oscar, Jordan Peele, responsável por filmes como Corra! (2017), Nós (2019) e Não! Não Olhe (2022), foi produtor da obra. Para ele, é um filme que explora a jornada de um vingador/defensor, trazendo temas emocionais profundos que cativam o público desde o primeiro momento.

Foto: divulgação/Diamond Films

O longa foi um grande sucesso no Festival SXSW e recebeu o selo fresh no Rotten Tomatoes. A história original é do ator e diretor, que também assina o roteiro ao lado de Paul Angunawela e John Collee.


Sinopse 

Fúria Primitiva acompanha a jornada violenta de um homem em busca de vingança. Patel é Kid, um jovem que ganha a vida em um clube de luta clandestino, onde, usando uma máscara de gorila, é brutalmente espancado todas as noites por lutadores mais populares. Após anos de raiva contida e uma vida muito dura, Kid encontra uma maneira de se infiltrar na elite da cidade. À medida que seu trauma de infância ressurge, ele não mede esforços para acertar as contas com os homens da alta sociedade que tiraram o pouco que ele tinha.

Além de Dev Patel, conhecido também por filmes como Lion: Uma Jornada para Casa (2016) e A Lenda do Cavaleiro Verde (2021), o elenco principal do filme também conta com Sharlto Copley, Pitobash, Vipin Sharma, Sikandar Kher, Adithi Kalkunte, Sobhita Dhulipala, Ashwini Kalsekar e Makarand Deshpande.

 

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Texto revisado por Kalylle Isse

 

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Billie Eilish: novo álbum entrega viagem sentimental e cinematográfica

O aguardado terceiro álbum de estúdio da cantora foi lançado na última sexta – feira (17) 

 

Com dez faixas originais, HIT ME HARD AND SOFT entrega referências e composições que se interligam, levadas pelo som mais melancólico de Billie que leva os fãs da cantora a mergulharem na experiência de ouvir o álbum do início ao fim. Tudo envolto por uma estética azul, cor favorita da cantora.

O lançamento ocorreu após dois eventos gratuitos de audição do álbum em Nova York e Los Angeles, com mais de 10 mil pessoas em cada um. Os fãs também compareceram aos cinemas em toda a América do Norte, onde tiveram a oportunidade de celebrar a chegada do álbum e ouvi-lo do começo ao fim antes de seu lançamento oficial.

O álbum foi composto por Billie Eilish e FINNEAS, seu irmão e parceiro de trabalho em seus dois últimos álbuns When We All Fall Asleep, Where do We Go?(2019) e Happier Than Ever (2021).

Foto: divulgação/Universal Music

 

Referências ao Studio Ghibli

Uma das faixas de lançamento que mais chamou a atenção nas redes sociais foi  CHIHIRO, que faz referência ao filme ganhador do Oscar de Melhor Animação, As Viagens de Chihiro (2001), de Hayao Miyazaki, que se tornou um clássico das animações e do Studio Ghibli. Billie disse em entrevista à Rolling Stone que esse é um de seus filmes favoritos. Sobre a música, ela explicou: 

“Á música é meio que o ponto de vista dela misturado com o meu. O visual desse filme é um dos melhores de todos os tempos […] Toda aquela coisa do Studio Ghibli é inacreditável. Eu tinha acabado de assistir A Viagem de Chihiro e o Finneas tinha feito essa batida. Eu amo esse filme. Já vi muitas vezes.”

O anime gira em torno de Chihiro, uma menina que está se mudando com sua família. Porém, após eventos estranhos acontecerem, ela embarca em um mundo diferente sem saber como voltar para sua realidade, e acaba se sentindo totalmente perdida. Na letra da música Billie canta: “Quando eu voltar, será que saberei o que dizer?” Os sentimentos da personagem estão presentes na letra, assim como os da cantora, gerando ainda mais conexão com os ouvintes.

Resenha | A Viagem de Chihiro: um manifesto em favor da força feminina e da imaginação

Foto: reprodução/The Telegraph
Hit Me Hard and Soft 

O lançamento não contou com nenhum single liberado antes de sua estreia, algo que costuma acontecer com frequência no mundo da música para que comecem a falar do lançamento com antecedência. Mas não optar por essa estratégia só mostrou a influência de Billie Eilish na indústria, já que após o lançamento nos streamings a produção vem sendo muito elogiada pelo público e crítica, além de ocupar a primeira colocação da Apple Music dos EUA poucas horas após seu lançamento.

A Rolling Stone declarou que este é “O melhor álbum de Eilish”, assim como a Variety que a elogiou dizendo: “Billie Eilish mantém sua sequência vencedora com o surpreendente e íntimo Hit Me Hard and Soft”.

O jornal britânico The Telegraph deu a nota máxima ao lançamento, além de declarar em sua crítica que “Eilish fez algo rico, estranho, inteligente, triste e sábio o suficiente para ser comparado com os clássicos. Uma obra-prima de partir o coração.”

A cantora e compositora é conhecida por entregar músicas melancólicas e repletas de sentimentos, neste lançamento ela declarou que seria um reencontro com sua versão adolescente. O primeiro videoclipe foi lançado no mesmo dia do álbum, a faixa LUNCH já acumula mais de 15 milhões de visualizações em dois dias de lançamento.

 

 

As músicas entregam letras sobre amor, auto estima, reflexão e experiências sexuais, com letras sensíveis e bem feitas, como na faixa Skinny, em que Billie canta: “As pessoas dizem que pareço feliz, só porque fiquei magra. Mas o velho eu ainda sou eu, talvez o verdadeiro eu, e acho ela bonita.”

É possível perceber que todas as faixas mostram uma construção de processos bons e ruins que todos passam na vida ao se tornar um adulto. Toda a produção mostra que Billie ainda tem muito a dizer, e faz seu trabalho com excelência. 

E por isso com apenas 22 anos, ela acumula nove Grammys e dois Oscars, e se destaca na indústria por acumular hits de sucessos, prêmios e um trabalho autêntico, repleto de criatividade.

No início deste mês, foi anunciado também a turnê HIT ME HARD AND SOFT: THE TOUR, que começa em setembro de 2024. Eilish embarca na etapa norte-americana da turnê, que vai até o final de dezembro de 2024 e continua na Austrália a partir de fevereiro de 2025, antes das datas em arenas na Europa, Reino Unido e Irlanda, que começam em abril e vão até o final de julho.

 

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Texto revisado por Thais Moreira 

 

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Salve o Sul: produtoras e artistas se unem em festival beneficente para ajudar o Rio Grande do Sul

Serão dois dias de muita música com o propósito de arrecadar doações para as regiões afetadas pelas chuvas no estado

 

O Rio Grande do Sul precisa de ajuda após as chuvas e enchentes que atravessaram as cidades no início de maio, dessa maneira, o setor de eventos mostra solidariedade e compromisso. Por meio da Associação Brasileira de Promotores de Eventos – ABRAPE, houve a união de artistas, venues, fornecedores e mídia para criação do Salve o Sul, festival 100% beneficente em prol do estado. 

Nos dias 7 e 9 de junho, o Allianz Parque, em São Paulo, cede gratuitamente dois dias de locação que mostram a união do país para essa importante causa. O Multishow e a TV Globo irão transmitir e fazer a cobertura do Festival.

No dia 7 de junho, um show especial dos AMIGOS (Chitãozinho e Xororó, Zezé Di Camargo e Luciano e Leonardo) acontece a partir das 20h, com transmissão ao vivo do Multishow.
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Foto: divulgação/Eventim

Já no dia 9 de junho, o palco é comandado pela gaúcha Luísa Sonza que movimentou as redes em cima desta iniciativa e junto com Pedro Sampaio levantaram um show com grandes nomes da música que se apresentam a partir das 13h

O evento contará com a presença e participação de vários artistas especiais, como: Lulu Santos, Menos é Mais, Preta Gil, Xand Avião, Ferrugem, L7NNON, Gloria Groove, Turma do Pagode, Xamã, Neto Fagundes, Zé Felipe, Duda Beat, Pocah, Lexa, MC Daniel, Luan Pereira, Hariel, IG, Ryan Sp, PH, Don Juan, Davi e mais. 

O show de domingo será exibido ao vivo e na íntegra no Multishow, enquanto a TV Globo exibe 90 minutos do festival a partir das 14h40.    ‏  

O Sul é a minha casa, minha terra, e neste momento eles pedem socorro. Ajudar é urgente e atender às necessidades básicas é o mínimo que precisamos agora. Uma tragédia como essa merece a atenção e o esforço de todos. Agradeço muito aos que toparam entrar nessa iniciativa e estão fazendo acontecer. Hoje, independentemente de onde estamos, todos nós queremos salvar o Sul”, diz Luísa.
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Foto: reprodução/UOL

O festival é uma realização da ABRAPE, em conjunto com a produtora 30e, a Mynd, a agência We Make Ideas, o Allianz Parque e fornecedores do setor. Como apoiadora de mídia do evento, a Globo investirá na divulgação do festival, captação e transmissão dos shows e doará a receita da comercialização dos patrocínios da transmissão para os projetos apoiados por meio da plataforma Pra Quem Doar.

A venda dos ingressos, sem nenhuma taxa de conveniência, inicia em breve, através do site Eventim. O valor arrecadado em bilheteria será integralmente revertido em doações para as vítimas do desastre climático do Rio Grando do Sul, auxiliando a população em situação de vulnerabilidade.    ‏  

Com auditoria desenvolvida pela Grant Thornton, 50% do valor será destinado em doações diretas de bens aos atingidos e os 50% restantes para instituições a serem definidas.

 

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Texto revisado por Kalylle Isse

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Nomes da música alternativa que você precisa conhecer

Com estilos únicos e músicas com letras reflexivas, conheça artistas e bandas que precisam estar na sua playlist

 

Ao longo dos anos, os estilos de música alternativa e indie conquistaram um grande número de fãs, e certamente você conhece alguma banda ou artista solo que prefere não estar inserido na grande mídia, optando receber uma parcela menor dos holofotes.

As bandas de rock alternativo, por exemplo, resumem bem a premissa de muitos artistas desse gênero musical, levando uma vida mais reclusa e fazendo shows menores, e embora algumas dessas bandas tenham furado essa bolha e atingido o grande público como Radiohead, The Smiths, Oasis e a icônica Lana Del Rey, muitos outros preferem continuar com esse movimento.

Bandas mais antigas e artistas solo como R.E.M, The Smashing Pumpkins, Arctic Monkeys, HAIM, Conan Gray, Phoebe Bridgers e diversos outros conquistaram seu publico com a criatividade, se consolidando no gênero e no mundo da música. 

O que existe em comum entre todos os artistas do cenário alternativo e indie é a atitude dos artistas, que escrevem sobre diversos assuntos densos com letras cheias de significado, sem deixar de entregar a potência dos instrumentos e da musicalidade da banda.

Pensando nesse gênero que se tornou o queridinho de tantas pessoas, separamos nomes que estão começando a conquistar seu espaço na mídia e merecem um espaço nas suas playlists: 

Suki Waterhouse 

 

Suki, além de cantora, também compõe suas músicas e é atriz – talvez você lembre dela como a Karen de Daisy Jones & The Six – A britânica escreve sobre sua vida, relacionamentos e pontos de vista femininos, com uma voz marcante e ao mesmo tempo sutil, e foi com a música Good Looking, que viralizou nas redes sociais em 2023, que o nome da artista se tornou um dos mais comentados. Se você gosta das músicas da Lana Del Rey e Marina and the Diamonds existem grandes chances de adorar a Suki.

 

Mt. Joy 

 

A banda nasceu em 2016 e possui 4 álbuns lançados, mas ainda é pouco conhecida. Os ótimos integrantes da Mt. Joy entregam músicas sensíveis, letras diversas e ótimos hits, tudo isso com uma pegada mais indie. Seus maiores sucessos são as músicas Silver Lining, Dirty Love e Strangers. Perfeito para quem curte The Killers ou Supergrass.

 

Artemas

 

Talvez você já tenha ouvido i like the way you kiss me em algum canto da internet. A música tem viralizado nas redes sociais e trazido uma maior visibilidade para o cantor que possui músicas com uma pegada mais animada, algo um pouco mais difícil de ser encontrado no gênero. O músico possui muita influência dos anos 80 e lança suas produções de forma independente. Se você é fã do estilo musical da banda Depeche Mode ouça Artemas!

 

Noah Kahan 

 

O músico americano começou cedo no mundo da música, e com 8 anos já tocava guitarra. Em 2017 lançou seu primeiro singles, mas foi com as músicas Stick Season e Dial Drunk – que conta com a participação do Post Malone – que ele começou a ser um nome com mais impacto na mídia. Suas músicas misturam o gênero alternativo e o folk. Quem acompanha as produções do Hozier tem grandes chances de começar a acompanhá-lo também.

 

Paris Paloma 

 

Com músicas profundas sobre amor, luto e feminilidade, a cantora do Reino Unido tem uma vibe mística em seu trabalho, o que nos faz lembrar de outra inspiração do gênero, Florence Welch, vocalista da banda Florence + The Machine. Paris Paloma ficou mais conhecida em 2023 pelos singles labour e sua sequência, as good a reason, músicas que ao mesmo tempo que contam com uma melodia calma, possuem letras marcantes.

Royel Otis 

 

A dupla australiana existe desde 2019 e começou a ganhar a mídia com sua versão mais rápida da música Murder On The Dancefloor, da cantora Sophie Ellis Bextor, que viralizou após o lançamento do filme Saltburn (2024). Royel Madell e Otis Pavlovic são amigos desde a infância e lançaram seu primeiro álbum de estúdio em 2024. Existem muitas semelhanças com o som do Tame Impala, quem é fã da banda certamente pode gostar da dupla.

 

Olívia Dean 

 

Nascida em Londres, após participar de uma banda por um tempo, se aventurou na carreira solo, lançando um EP em 2019, com músicas mais intimistas. Mas foi em 2023, com o lançamento de seu primeiro álbum, Messy, que Olivia foi indicada ao Brit Awards 2024 como Artista Revelação e Artista Britânica do Ano. O som da britânica tem semelhanças com a boygenius e com a própria Suki Waterhouse.

 

Wallows

 

A banda de rock alternativo existe desde 2017, e tem um vocalista já conhecido do público em outro tipo de mídia, Dylan Minnette é ator e interpreta Clay Jensen na série da Netflix 13 Reasons Why (2017). Junto com mais dois amigos formaram a banda que vem conquistando fãs ao redor do mundo com hits como Are You Bored Yet?, que se tornou um sucesso, e está presente no álbum de estreia da banda, Nothing Happens lançado em 2019. Para quem é fã de bandas como Arctic Monkeys e The Srtokes não podem deixar de conhecer Wallows.

 

Teddy Swims 

 

Teddy Swims mistura diversos gêneros em suas músicas, indo desde um estilo mais alternativo até o R&B. Ganhou o cenário internacional após o lançamento do single Lose Control, que viralizou nas redes sociais, presente em seu álbum I’ve Tried Everything But Therapy lançado em 2023. Com músicas mais animadas e outras mais calmas e românticas. Se você gosta de Jungle vai curtir as musicas do Teddy.

 

Já conhecia esses nomes? Qual seu preferido? Conte pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, Facebook, X) e nos siga para não perder nenhuma novidade do entretenimento e da música!

Leia também: 6 documentários sobre música e artistas que você precisa assistir

 

Texto revisado por Luiza Carvalho

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10 filmes e séries sobre mães solo

Essas produções mostram mulheres fortes vivendo a maternidade, criando laços e construindo histórias de coragem e amor

 

As mães solo enfrentam diversos desafios, desde questões financeiras até pressões sociais. Assumem a responsabilidade exclusiva de sustentar suas famílias, tendo que dar conta do trabalho e do cuidado com os filhos sem um parceiro. Essa carga pode ser ainda mais pesada se, além de tudo, essa mulher não tiver nenhum outro tipo de rede de apoio. 

Essas guerreiras representam uma força essencial na sociedade. Suas experiências, lutas e conquistas são uma narrativa de empoderamento e garra. Apoiá-las é fundamental para uma sociedade onde todas as famílias possam viver bem e felizes.

A maternidade solo muitas vezes é retratada como uma jornada desafiadora e cheia de emoções, e tudo isso tem sido tema de diversos filmes e séries ao longo dos anos. Essas produções oferecem uma visão mais realista da experiência dessas mães, abordando questões como amor, sacrifício e autodescoberta. 

Ao retratar essas personagens e histórias emocionantes, essas obras nos lembram da força e do amor inabalável das mães que enfrentam o mundo sozinhas. Confira uma lista de filmes e séries que abordam esse tema: 

 

1. Mães Paralelas (2021)
Foto: reprodução/Omelete

Sinopse: O filme dirigido por Almodóvar narra a história de duas mulheres que compartilham o momento especial de darem à luz no mesmo hospital. Mesmo que sejam de diferentes origens e tenham personalidades opostas, elas encontram um vínculo ao perceberem que seus destinos estão ligados de maneiras surpreendentes. 

Onde assistir: Netflix

2. Mãe Solo (2021)
Foto: reprodução/Academia Brasileira de Cinema

Sinopse: Documentário sobre duas mães solo moradoras de comunidades da Bahia. A narrativa aborda questões como a responsabilidade da criação dos filhos sempre ser um fardo maior para as mães e a falta de apoio por parte dos pais das crianças e da sociedade como um todo.

Onde assistir: CurtaOn

3. Fora de Série (2019)
Foto: reprodução/Omelete

Sinopse: Quando duas amigas decidem aproveitar tudo o que podem em seu último dia de aula no ensino médio, questões como amizade, empoderamento e identidade são abordadas, além da pressão da sociedade sobre a sexualidade feminina e a maternidade solo.

Onde assistir: Prime Video

4. MAID (2021)
Foto: reprodução/UOL

Sinopse: Alex (Margaret Qualley) é uma mãe solo que, para dar uma vida de qualidade para sua filha, foge de um relacionamento abusivo. Sem rede de apoio, ela precisa lidar com diversos desafios para encontrar um novo lar e novas oportunidades.

Onde assistir: Netflix

5. Gilmore Girls (2000)
Foto: reprodução/Paris Match

Sinopse: Lorelai, uma mãe solteira, cria Rory sozinha desde que era uma adolescente. A série retrata seus relacionamentos pessoais, amizades e desafios enquanto passam por todos altos e baixos da vida e da relação entre mãe e filha.

Onde assistir: Netflix

6. Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento (2000)
Foto: reprodução/Netflix

Sinopse: Baseado em uma história real, acompanhamos Erin Brockovich, interpretada por Julia Roberts, uma mãe solteira e determinada que luta para sustentar seus filhos. Enquanto trabalha como assistente jurídica se envolve em uma batalha judicial contra uma grande corporação 

Onde assistir: Prime Video

7. Joy: O Nome do Sucesso (2015)
Foto: reprodução/Pinnaxis

Sinopse: Trata-se de um filme biográfico sobre a vida de Joy Mangano, interpretada por Jennifer Lawrence, uma mãe solteira que se torna uma inventora de sucesso ao criar o Miracle Mop (esfregão que retira o excesso de água sem precisar usar as mãos). No longa, ela enfrenta desafios pessoais e profissionais ao longo do caminho.

Onde assistir: Star+

  8. Ginny & Georgia (2021)
Foto: reprodução/Netflix

Sinopse: A série segue a história de uma mãe solteira, Georgia, e sua filha adolescente, Ginny, enquanto elas tentam construir uma nova vida em uma cidade pequena após diversos acontecimentos. A trama oferece uma narrativa sobre família, amizade e autodescoberta em meio aos desafios da vida e do relacionamento entre as duas.

Onde assistir: Netflix

9. Perfeita é a Mãe (2016)
Foto: reprodução/Netflix

Sinopse: Comédia que acompanha a vida de três mães que estão cansadas de tentar atender às expectativas da sociedade sobre a maternidade. As três decidem se libertar da pressão de serem mães perfeitas, começando a agir sem medo dos julgamentos.

Onde assistir: MAX

10. One Day at a Time
Foto: reprodução/Série Maníacos

Sinopse: Nesta série, acompanhamos a vida da família Alvarez, incluindo Penélope (Justina Machado), uma veterana do exército que trabalha como enfermeira e é mãe solo, criando seus dois filhos com a ajuda da mãe.

Onde assistir: Netflix

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Texto revisado por Michelle Morikawa

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MUBI homenageia as diversas figuras maternas em nova coleção

A seleção conta com títulos que exploram a maternidade de forma pouco convencional, como Ninjababy, El Planeta e Os Cinco Diabos, entre outros

 

Celebrando o Dia das Mães, a MUBI, distribuidora global, serviço de streaming e produtora, lança a coleção Mommy Issues, apresentando filmes que abordam de forma variada os conceitos sobre a maternidade. As produções navegam entre os gêneros de comédia, terror e melodrama. Seus temas retratam as alegrias,realizações e batalhas que as mulheres encaram durante a maternidade, as questões familiares e os diversos tipos de relacionamentos maternos.

Entre os títulos já disponíveis, destaque para Ninjababy (2021), longa de Yngvild Sve Flikke sobre a jornada hilária de uma jovem cartunista que precisa enfrentar problemas da vida adulta ao ficar grávida. El Planeta (2021), dirigido e estrelado por Amalia Ulman, entra na coleção retratando uma dupla real de mãe e filha que se une para dar golpes inteligentes, ao lidarem com uma tragédia e um despejo iminente na Espanha pós-crise.

Foto: divulgação/MUBI

Também na coleção, o surpreendente drama queer de Léa Mysius, Os Cinco Diabos (2022), em que Adèle Exarchopoulos interpreta a mãe de uma garota com um dom misterioso de recriar qualquer cheiro que encontra e que, com isso, desvenda segredos familiares do passado.

A coleção apresenta também a fábula Lamb (2021), de Valdimar Jóhannsson, premiado em Cannes – no filme, Noomi Rapace e seu marido decidem criar como sua filha uma criatura recém-nascida entre as ovelhas de sua fazenda. Outro destaque é Mamã (2014), drama familiar de Xavier Dolan sobre as dificuldades que uma mãe solteira e viúva precisa enfrentar com a custódia de seu imprevisível filho adolescente que tem TDAH.

Foto: divulgação/MUBI

Premiado com o Oscar de melhor curta-metragem em 2005, Wasp (2004), dirigido por Andrea Arnold, apresenta uma mãe solteira com quatro filhos que confronta as condições injustas da maternidade da classe trabalhadora. O audacioso longa de Julia Ducournau vencedor da Palma de Ouro, Titane (2021), conta a história de uma jovem que encara uma gestação inusitada, além de uma série de assassinatos.

 

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Texto revisado por Karollyne de Lima

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Entrevista | Nina Frosi fala sobre carreira e falta de incentivo cultural no Brasil

A atriz atualmente faz parte da novela Família é Tudo, na TV Globo, e fala mais sobre sua personagem e projetos futuros

 

Nina Frosi, de 38 anos, é formada em cinema e teatro pela CAL, e foi na atuação que encontrou a profissão que seguiria. Com mais de cinco novelas na TV Globo, diversas peças musicais e um filme premiado mundialmente, Nina está em um ótimo momento de sua carreira.

Em Família é Tudo, ela dá vida a Bia, que participa de uma instituição para apoio a jovens ao lado de sua amiga Vênus (Nathalia Dill). Com isso, a atriz completa sua quarta novela ao lado do autor Daniel Ortiz

Em um de seus outros projetos, interpretou Eulália no filme de mesmo nome, lançado no segundo semestre de 2023 pela Prime Video. O longa, que conta ainda com atuações de Luciano Szafir, Zezé Motta e Cássio Reis, foi exibido em diversos festivais pelo mundo, conquistando o prêmio de Melhor Filme Latino no Festival de Cannes, e o prêmio de Melhor Atriz para Nina Frosi no Berlim Indie Film Festival e no New York International Film Awards.

Em conversa com o Entretetizei, a atriz fala sobre a importância que interpretar Eulalia teve na sua carreira, suas maiores referências e muito mais. Confira a entrevista na íntegra!

Foto: divulgação/Nina Frosi
Entretetizei: Quando você percebeu que queria ser atriz? O que essa profissão representa para você? 

Nina Frosi: Aos sete anos de idade, eu falei pro meu pai que queria ser atriz, e ele prontamente disse que eu deveria fazer um curso de teatro. E foi o que fiz. Ele me matriculou no teatro de Lona, no Rio, que hoje nem existe mais! Minha primeira professora foi a Natália Grimberg (atual diretora de novelas da Globo). Ser atriz representa muita coisa! Não imagino minha vida sem ser atriz. Realmente não sei que outra profissão teria. 

E: Atualmente você está no ar com a novela Família é Tudo na TV Globo, na qual interpreta a Bia, que atua em uma instituição de acolhimento para jovens. Como foi o processo de desenvolvimento da sua personagem? Você já esteve envolvida mais ativamente em algum projeto social? 

NF: Tivemos leituras de mesa com os diretores e atores e também tivemos preparação corporal com o Marcelo Aquino. Vi alguns filmes e fui estudando o texto mesmo. Eu ajudo orfanatos, asilos. Acho muito importante essa ação social. Se cada um puder ajudar um pouco, já melhora a situação de quem precisa. E eu me sinto bem fazendo o bem.

Foto: divulgação/Nina Frosi
E: Nos últimos anos, você tem se dedicado mais às novelas, tendo atuado em Haja Coração, Orgulho e Paixão e Salve-se Quem Puder, mas também possui uma longa carreira no teatro. Quais os pontos mais diferentes em atuar em cada um desses meios? O retorno do público é diferente em cada um? 

NF: A dimensão de retorno do público é bem diferente, sim! A televisão alcança lugares em que o teatro não chega. O teatro é mais local, mas o retorno vem ali, pessoalmente e de imediato. E isso é muito gostoso! A resposta da plateia junto com o espetáculo faz parte, me motiva a estar ali presente, atuando. Eu adoro tanto teatro quanto TV e cinema. Aprendo sempre e vejo as diferenças nas sutilezas de interpretação pelo veículo mesmo, pela linguagem. Na TV, seu rosto está dentro da casa das pessoas. São, geralmente, três a quatro câmeras, então é uma outra maneira de interpretar, mais cotidiana, eu diria, natural, dependendo também do gênero que é a novela e como é a personagem. Então você vai observando e se adaptando.

E: O filme Eulália, lançado pela Prime Video, recebeu diversos prêmios, e nele você é não apenas a protagonista mas produtora executiva. Foi a primeira vez que  participou de outra forma nas produções? 

NF: No cinema, sim! Antes havia produzido e atuado no teatro a peça Mansa, dirigida por Diogo Liberano. Estreamos no festival Cena Brasil Internacional, no CCBB, e depois entramos em cartaz em SP e no RJ. Tenho muito orgulho dessa peça!

E: Ainda sobre o filme Eulália, qual foi o impacto dessa obra na sua carreira?

NF: Me abriu portas para outros projetos. E me fez querer fazer mais! Estar à frente dos meus projetos me deu uma outra visão de mercado como atriz e empresária. 

E: Na sua opinião, quais as maiores dificuldades e alegrias de trabalhar com artes cênicas no Brasil?

NF: Dificuldade é a falta de incentivo na cultura. Ainda temos poucas opções, embora eu esteja no eixo Rio/SP. Tem que existir mais editais plurais. Mais salas de cinemas e teatros no Brasil. E educar o público, principalmente, a prestigiar o conteúdo nacional. Ainda existe um preconceito que só afasta e prejudica a nossa arte. Damos valor demais a tudo que vem de fora e esquecemos que nosso país é rico e muito capaz de produzir excelentes trabalhos. E quando eu vejo um filme, uma peça sendo reconhecida, com plateia cheia, dá um quentinho no coração. Acende uma luz de esperança!

Temos as novelas, que nós produzimos como ninguém e são vendidas até hoje pelo mundo! É lindo de ver também como a arte comove, faz refletir, pensar, indagar e entreter. Te abre um novo caminho, e por isso a cultura é tão importante para um povo. Uma pena que muitos ainda não vejam isso!

E: Quais são suas maiores referências na profissão? Existe algum ator ou atriz que você queira muito conhecer e ainda não teve oportunidade? 

NF: Ah, existe! Tony Ramos e Glória Pires! Não os conheço pessoalmente e gostaria muito de trabalhar com eles. São profissionais excelentes e pessoas ótimas também (é o que mais dizem e eu levo isso em consideração). Agora uma atriz que eu admiro e me inspiro é a Marjorie Estiano. Acho que ela trilhou um caminho muito bacana na profissão. Os trabalhos que ela faz são desafiadores e ela arrasa sempre! Admiro também a discrição, você a conhece por seus trabalhos e eu me inspiro muito nisso, porque é exatamente o que eu quero pra mim.

E: Por fim, o que podemos esperar de seus próximos projetos? 

NF: Tenho um longa de comédia que está na pós-produção, que deve estrear no final do ano ou ano que vem. Já adianto que o elenco é maravilhoso e está um pouco diferente das comédias brasileiras que costumamos ver. Sou produtora executiva e faço uma participação nesse filme.

 

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Texto revisado por Michelle Morikawa

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