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Anne with an E: uma conversa com Amybeth McNulty

Poesia, Literatura e Feminismo refletidas em uma série imperdível: conheça Anne with an E e nosso bate-papo com a atriz principal!

To everyone from other countries: the article is in portuguese AND in english!

(Divulgação: Netflix)

Ela chegou como uma estranha em uma nova cidade. Era tagarela, falava o que pensava e tinha uma fisionomia diferente do “padrão”. Quando chegou a Green Gables, foi muito criticada, afinal, lá nos anos 1908, ser uma adolescente adotada não era muito comum. Essa é Anne, uma personagem que veio de um livro e que hoje está presente na série da Netflix, Anne with an E (Anne com um “E”, em português).

(Divulgação: Netflix)

Falar dessa série é quase como tentar explicar o livro “O Pequeno Príncipe” para as pessoas (quem já assistiu, deve concordar com isso). Na verdade, é essa a comparação que costumo dar quando falo sobre a série com as pessoas. Assistir Anne é tão necessário quanto ler O Pequeno Príncipe um dia, sendo ambos necessários para TODAS as idades.

O interessante em ter uma série como Anne, é conseguir conectar os assuntos abordados no livro de 1908 com os dias atuais. É tudo TÃO atual e contado de uma forma leve, clara e sincera, que todos entendem a mensagem e conseguem trazer pro dia a dia. Um exemplo, é a figura da mulher, retratada ali com Anne, chegando num lugar desconhecido e enfrentando o bullying, o preconceito e a inveja por ser muito inteligente com as palavras. Ter acesso à educação era muito raro, principalmente para a mulher, que era ensinada a cuidar do lar e de seu marido/família, o que tomava todo o seu tempo. Mas aí vem uma nova geração que muda a regra do jogo: agora, elas vão estudar, ler, aprender e se destacar numa turma diversificada. O amor também é muito bem representado, como o amor de Anne por seus pais adotivos, amigos e a natureza.

(Divulgação: Netflix)

Em entrevista ao Entretetizei, Amybeth McNulty (Anne) conta sobre a importância da série e de sua personagem: “Anne me ensinou muito, não apenas como pessoa, mas como atriz. Eu ainda sou jovem e estou aprendendo a tomar meu espaço e a falar o que penso, mas ela tem sido uma grande parte desse crescimento. Eu espero que esse seja o caso para outras mulheres ao redor do mundo também.” Além disso, ela também falou sobre o processo de seleção para a série, temas abordados e mandou uma mensagem carinhosa para o Brasil.

Confira a entrevista exclusiva com a atriz que interpreta essa personagem mais que especial:

Entretetizei – Olá, Amybeth! Primeiramente, eu quero te agradecer por essa entrevista. É um prazer ter a oportunidade de falar com você (eu sou uma grande fã da série)!

Muito obrigada. Você é muito gentil em dizer isso!

Entretetizei – Anne é uma personagem especial e toda feminista. Como você se sente em interpretá-la?

Tem sido uma grande honra interpretar uma personagem que eu sinto ter uma mensagem tão importante em sua história. Ela apresenta diversos temas importantes, pelos quais eu sou apaixonada. Sou muito grata por isso. Eu acho que a série gira ao entorno de tantos personagens diferentes que, mesmo que você não se identifique com nenhum, você certamente pode aprender algo com eles.

(Bastidores de Anne | @amybethmcnulty)

@Monique_Skills: como foi o processo de seleção para o papel de Anne na série?

Foi bem rápido! Eu enviei duas gravações minhas online e a próxima coisa que eu lembro é de ter sido chamada para ir até Toronto! Eu realmente não achei que ganharia o papel, então pensei na viagem como um passeio de graça para um lugar que não conhecia! Então eu participei de duas audições, uma foi feita do lado de fora de uma mansão, onde pediram que eu improvisasse uma fala com algumas flores e fazendo um trono de galhos. Eu entendo agora que eles estavam testando a minha imaginação, mas eu estava apenas me divertindo!

Você precisou se mudar da Irlanda para o Canadá durante as filmagens, como foi essa mudança para você?

Pode ser difícil quando você deixa seus amigos e família para trás por meio ano, mas, com apenas algumas semanas de gravação, já havia feito tantos amigos que eu fiquei bem. Agora eu sinto como se Toronto realmente fosse minha segunda casa e minha segunda família. É adorável!

(Divulgação: Modo Meu)

Entretetizei – Fãs ao redor do mundo se juntaram para renovar Anne with an E, colocando cartazes pelas cidades. Eu imagino que esse foi um momento especial para você e para o elenco. Como você se sentiu?

Eu ainda estou impressionada com isso! Eles se juntaram, investiram seu tempo e energia na campanha e foi uma loucura. Ainda não acredito que tudo isso aconteceu! Eu não tenho como agradecê-los o suficiente.

 

(#SaveAnneWithAnE | @amybethmcnulty)

Entretetizei – Por que, na sua opinião, a série é tão necessária para o mundo – falando sobre mulheres, poder, falta de valores…? O que nós podemos aprender com ela? E o que você aprendeu?

Anne me ensinou muito, não apenas como pessoa, mas como atriz. Eu ainda sou jovem e estou aprendendo a tomar meu espaço e a falar o que penso, mas ela tem sido uma grande parte desse crescimento. Eu espero que esse seja o caso para outras mulheres ao redor do mundo também. Na terceira temporada, há uma grande discussão sobre empoderamento feminino, e aquele episódio foi incrível de ser filmado. Também surgiram ótimas conversas com o elenco e com a equipe de filmagem, que é exatamente o que eu espero realizar nas casas das pessoas que assistem a série.

(Cena sobre empoderamento da terceira temporada | Anne with an E Brasil)

@itsmarianitaa – Qual é a coisa mais interessante que aconteceu com você durante as filmagens?

Bom, eu aprendi a andar a cavalo novamente! Eu sou muita grata por isso, porque eu tinha um grande medo de cavalos e isso me tirou bastante da minha zona de conforto e agora eu amo cavalgar!

(Bastidores | @amybethmcnulty)

@schreavebeauty – Você sabia algo sobre o elenco antes do início da série? Como o elenco se enturmou no primeiro dia de filmagem?

Eu não conhecia uma alma viva quando começamos a filmar! Mas, de verdade, eu não posso falar bem o suficiente sobre cada pessoa nessa série. Desde a primeira interação até a última, eles foram completamente gentis comigo. Eu aprendi muito com cada indivíduo e vou levar essas lições comigo pelo resto da vida.

Finalmente, o Brasil tem muitos fãs que AMAM você e a série. Você pode deixar uma mensagem para essas pessoas?

Olá, Brasil!! Eu realmente espero que um dia eu possa viajar até aí para conhecer todos vocês. Eu sempre vejo as mensagens carinhosas de vocês e quero que saibam o quanto isso significa para mim! Divirtam-se com a terceira temporada e sempre sejam gentis! Eu te amo! xoxo

 

 

(Bastidores | @amybethmcnulty)

English

She was a different girl in a new town. She was very communicative and kind, but the first impression didn’t happen the way she imagined.

Talking about Anne with na E is almost like trying to explain “The Little Prince” for the world. In fact, that’s what makes this series so much important: it’s a mix of literature, poetry, feminism and love, told in a poetic and simple way. She’s an example of a girl who breaks all standards to show the world who she really is, facing rejection, bullying, prejudice and always defending women’s rights.

We interviewed Amybeth McNulty, who plays Anne and, of course, asked about her character, routine and all the moves around the world in favor of renewing the series. Let’s check what she told us:

Entretetizei – Hello, Amybeth! First, I want to thank you for this interview. It’s a pleasure to have the opportunity to interview you (I’m a big fan of the series)!

Thank you so much, that’s really kind of you to say!

Entretetizei – Anne is a special and feminist character. How do you feel about playing Anne?

It’s been such an honor to embody a character that I truly feel has such a meaning behind her story. She brings forward so many issues that I’m also so passionate about, so I’m really grateful for that.  I feel like the series revolves around so many different characters so if you don’t relate to one you can certainly learn something from them.

(Divulgação: @amybethmcnulty)

@Monique_Skills: How was the selection process to be cast as Anne in the series?

It was pretty quick! I sent two self-tapes online and next thing I know I’m being asked to come to Toronto! I really didn’t think I was going to get the role, so I took it as a bit of a free trip to somewhere I’ve never been before! Then I had 2 live auditions, one of which was held outside of a mansion where I was asked to improv talking to flowers and making a throne out of sticks. I understand now they were testing my imagination, but I was just having a fun time!

– You had to move from Ireland to Canada for the shootings, how was that change for you?

It can be difficult when I leave my friends and family behind to be away for half of the year, but even just a few weeks into the first season I had already made so many friends that I was okay. Now I truly feel I have a second home in Toronto and a second family. It’s so lovely!

Entretetizei – Fans around the world came together in order to renew Anne with an E, putting billboards through the cities. I imagine it was a special moment for you and the cast. How did you feel about that? 

I am still amazed by it to this day! For them to come together and put in their time and energy for the campaign was wild. I’m still in disbelief that it happened! I can’t thank them enough.

 

(An unforgettable moment | Radio.com)

Entretetizei – Why, in your opinion, the series is so necessary for the world – talking about women power, lack of values…..? What can we learn from it?  And what have YOU learned from her?

Anne has taught me so much, not only as a person but as an actor. I’m still young and learning how to take up space and speak up, but she’s been a big part of that learning curve. I hope that can be the case for other women around the world.  In season 3 there is a big discussion about women empowerment, and that episode was so wonderful to film. It also brought up some great conversations within the cast and crew, which is exactly what I hope we can accomplish in the homes of those who watch the series!

@itsmarianitaa – What’s the most interesting thing that happened to you during the shootings?

Well, I did learn how to ride a horse again! I was so grateful for that because I had a huge fear of horses and it really pushed me out of my comfort zone and now I absolutely love it!

@schreavebeauty –  Did you know someone from the cast prior to the start of the series? How did the cast get along on the first day of shooting?

I didn’t know a soul when we began filming! But genuinely, I cannot sing enough praise for each and every person on this show. From the first interaction to the last they were nothing but kind to me. I’ve learned so much from each individual that I’ll carry with me for the rest of my life.

Entretetizei – Finally, Brazil has many fans who LOVE you and the series. Can you leave us a message?

Hello Brazil!! I really hope that one day I can take a trip over to see you all. I only ever see messages of love from each of you and I want you to know how much that means to me! Enjoy season three and always be kind! eu te amo! xoxo

(Amybeth is such a lovely girl as Anne. Amy, Brazil loves you! | Divulgação: @amybethmcnulty)

Foi um PRAZER entrevistar essa menina tão especial. Aproveitem esse momento que estamos passando para maratonar Anne with an E. É uma série que, antes de tudo, fala das virtudes e valores de cada cidadão. Vale a pena conferir!

It was a pleasure talking to Amybeth, such a special girl. We encourage you to watch Anne with an E to reflect on each other’s virtues and values. After all, this is what really matters.

 Clique AQUI e assista a série.

Até a próxima!

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Em Nome dos Pais: Entrevista com Matheus Leitão

Em entrevista EXCLUSIVA para o Entretetizei, Matheus Leitão conta sobre a produção de seu documentário, “Em Nome dos Pais”, disponível na HBO. Nele, Matheus faz uma busca insensata pelos torturadores de seus pais e encontra figuras reais desse período que marcou a história de nosso país. 

 

Um cenário de guerra. Uma dor que não tem fim. A Ditadura Militar no Brasil aconteceu entre 1964 e 1985 e deixou marcas que jamais serão esquecidas. Nesse período, os militares tomaram o poder e prenderam, torturaram e mataram pessoas que não estavam de acordo com suas ações – a maioria, estudantes que lutavam por seus direitos e nunca tinham sequer tocado numa arma.

Os militantes distribuíam panfletos, pichavam muros, deixando claro que eram contra o que estava acontecendo. Um exemplo é Miriam Leitão e Marcelo Netto, dois jovens, ele com 23 anos e ela com 19 anos, alunos da Faculdade Federal do Espírito Santo e militantes do PCdoB. Apesar de nunca terem encostado em uma arma, foram presos, torturados e levam consigo essa dor até hoje. Toda essa história foi narrada no documentário “Em Nome dos Pais”, de Matheus Leitão, filho de Miriam e Marcelo. A produção que estreou esse mês no HBO, retrata todo esse período, com personagens reais e a busca insensata de Matheus pelos militares que torturaram seus pais.

 

(Foto: Divulgação)

O projeto parece ter surgido num momento um tanto quanto curioso, já que estamos passando por graves censuras por parte do governo atual, afetando diversas produções audiovisuais. Curioso, mas necessário, já que grande parte do que foi noticiado no documentário, nunca foi mostrado ou falado nas escolas. É uma aula de realidade e história para que nunca mais aceitemos nada parecido com o que aconteceu naquela época.

(Foto: Divulgação)

Em entrevista ao Entretetizei, Matheus comentou sobre a série, produzida ao mesmo tempo em que escrevia seu livro, de mesmo título. “Na verdade, nada foi planejado. O projeto ‘Em Nome dos Pais’ começou com uma reportagem que eu fiz. Achei que não teria muita repercussão. Saiu numa plataforma multimídia que estava fazendo sucesso na época, isso chamou a atenção de muita gente e me chamaram para escrever o livro”, comenta.

(Foto: Divulgação)

Ao longo dos episódios/capítulos temos uma imersão na história da Ditadura Militar, contada por aqueles que viveram na pele a dor da tortura e da perda de seus direitos humanos.

Marcelo Netto, era estudante de medicina, quando as universidades brasileiras eram foco de resistência política e Miriam Leitão, estudante de Filosofia. O sonho da graduação foi interrompido em 1972, quando foram presos e, com a assinatura do AI-5, ameaçando o Congresso Nacional e causando a proibição do pedido de habeas corpus, o processo piorou ainda mais.

(Foto: Divulgação)

Matheus conta que “Em nome dos Pais e demais projetos sobre a Ditadura, ajudam a mostrar que existem valores que estão acima da polarização. Fala de valores universais, sem negar os erros históricos dos militares que se perpetuam até hoje, porque não pediram desculpa pelos crimes cometidos e ao país.”

Ele deixa bem claro que ser contra a tortura não tem a ver com ser “de esquerda” ou “de direita”, mas sim, ser a favor dos Direitos Universais dos cidadãos.

(Foto: Divulgação)

Além de conhecermos alguns dos militares que torturaram– e muitas vezes mataram – jovens que lutavam por seus direitos, também acompanhamos a busca insensata de Matheus pelos torturadores de seus pais e o homem que entregou todo o grupo aos militares – Foedes. Será que ele consegue encontra-lo?

O documentário leva o telespectador à realidade, como se estivesse ao lado de Matheus nas buscas e pesquisas. Ele conta que “a história está bem fiel à forma como aconteceu. O bom de documentário é isso: é a história real”.

(Foto: Divulgação)

Ao fim da entrevista pergunto a mensagem que ele deseja deixar e ele fala: “Minha mensagem é pra que as pessoas se conscientizem de que os Direitos Universais estão cima dessa polarização brasileira. Tenho em meu coração que o Brasil precisa discutir esse tema, até pela educação, para que o assunto seja mais debatido nas escolas, universidades e todos os lugares possíveis pra criar essa conscientização que falta em relação ao período da Ditadura.”

Toda a conversa está nesse áudio abaixo:

Em Nome dos Pais já está disponível no HBO Go e o quarto e último episódio vai ao ar na próxima quarta (25), às 20h, no HBO Mundi.

Lembrando que esta entrevista não tem nenhum propósito político. Nosso objetivo é levar aos nossos leitores a realidade dos fatos para que possam conhecer a história de pessoas reais que passaram pela Ditadura Militar.

Clique AQUI e assista agora o documentário. Para adquirir o livro, basta clicar AQUI.

Assista o trailer oficial do documentário:

*Agradeço à Intrínseca por me colocar em contato com o Matheus; ao Matheus, pelo tempo disponibilizado para conversar comigo e à Miriam Leitão e Marcelo Netto, pela força que têm de contar toda essa história para nós e o mundo. 

Até a próxima!

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Elite: Entrevista com Mina El Hammani

Conhecida por interpretar a personagem Nadia na série espanhola ’Elite’, Mina El Hammani é uma atriz espanhola e vem de uma família do Marrocos. Cheia de representatividade, sua personagem é uma menina muçulmana, que faz questão de lutar contra o preconceito e a xenofobia, já que sua família vive na Espanha e não é bem aceita pelos colegas. Mina é um exemplo de atriz e é incrível vê-la interpretando tão bem sua personagem, ao mostrar o poder feminino e a representatividade do povo muçulmano, num momento em que a mídia e as produções contemporâneas têm grande influência sob a sociedade, quebrando tabus e mostrando a realidade de cada pessoa.

Foto: Divulgação | Purebreak

A atriz já esteve presente em algumas produções espanholas anteriormente: em 2014, interpretou a personagem ‘’Nur”, na segunda temporada da série “El Príncipe”; em 2015, esteve na série “Centro Médico”, como “Amina” e, em 2016, na série “The State”, dirigida por Peter Kosminsky para a BBC. Segundo o site El Comercio, Mina é uma das poucas atrizes que falam três idiomas: árabe, espanhol e inglês.

Numa sociedade repleta de preconceito e falta de empatia, interpretar uma personagem como a Nadia é poder mostrar ao mundo como é conviver com a Islamofobia (repúdio em relação aos muçulmanos), vivendo num país estrangeiro e tendo que lidar com os choques culturais. Em entrevista para o Blog Sobre Tudo com Elas, a atriz conta como está sendo a experiência de representar o povo muçulmano na Europa, pois, segundo ela, “é importante que esses casos sejam representados, porque nós vivemos com eles todos os dias e fazem parte de nossa vida diária”. Confira a entrevista completa a seguir:

Mina é Nadia, em Elite | Moldura Literaria

Blog – La vida de Nadia es muy limitada por las exigencias de su religión. Cuéntanos cómo fue la preparación para el personaje y lo que más admiras en ella 🙂

Mina: Desde el principio me sentí muy identificada con Nadia y deseaba interpretar un personaje con el que pudiera dar voz a todas las personas que comparten con ella vidas similares. Yo nací en Madrid, pero mis padres son de Marruecos y con ellos traen su cultura y costumbres. Esto ha supuesto una lucha conmigo misma como persona nacida en este país y con acceso a infinidad de experiencias que me ha costado comprender a mi misma. Ensayamos durante un mes – mis compañeros y yo -bajo la dirección de Ramón Salazar y Dani de la Orden, quienes rebuscaron dentro de nosotros para entender todas las situaciones que vivían nuestros personajes. Admiro mucho de Nadia su tenacidad y ganas de crear su futuro.

Português: A vida de Nadia é muito limitada pelas exigências de sua religião. Conte-nos como foi a preparação para essa personagem e o que mais admira nela 🙂

Desde o começo me identifiquei muito com a Nadia e queria interpretar um personagem com quem eu pudesse dar voz à todas as pessoas que compartilham vidas semelhantes à dela. Nasci em Madri, mas meus pais são de Marrocos e, com eles, trouxeram sua cultura e costumes para cá. É uma luta comigo mesma, como pessoa nascida neste país (Madrid) e com acesso a inúmeras experiências que eu demorei a entender.

Eu e meus colegas ensaiamos durante um mês, sob a direção de Ramón Salazar e Dani de la Orden, que nos pesquisaram para entender as situações que nossos personagens viviam. Admiro muito a tenacidade/força de Nadia e seu desejo de criar seu próprio futuro.

Divulgação | Islamic Finder

B – Muchas niñas llevan una vida muy reprimida por la religión y también por su familia. ¿Cuál es la importancia de interpretar a una niña musulmana?

La mezcla de culturas esta muy presente en la serie. Es un tema muy universal y que refleja como puede llegar a ser la vida de una adolescente de 16 años que convive entre dos culturas. No quiere defraudar a los suyos, pero siente que tiene que seguir probando por si misma. Es importante que se representes estos casos, porque convivimos con ellos cada día y forman parte de nuestra vida cotidiana. La gente tiene que conocerlo.

Português: – Muitas meninas levam uma vida muito reprimida por suas religiões ou famílias. Qual a importância de interpretar uma garota muçulmana?

A mescla cultural está muito presente na série. É um tema universal que reflete como pode ser a vida de uma garota de 16 anos, que vive entre duas culturas. Ela não quer desapontar o seu povo, mas sente que tem que seguir tentando por ela mesma.

É importante que esses casos sejam representados, porque nós vivemos com eles todos os dias e fazem parte de nossa vida diária. As pessoas têm que saber disso.

B – Nos emocionó la actitud de Guzmán al enterarse que Nadia iba a dejar la escuela. En tu opinión, es posible tener una relación sana entre personas de religiones y ideologías diferentes?

Por supuesto. Creo que con el respeto, el amor y la tolerancia, no debe haber ninguna barrera que impida una relación. Cada persona tiene que poder elegir con quien estar.

Português: Ficamos comovidos com a atitude de Guzmán, quando soube que Nadia ia deixar a escola. Na sua opinião, é possível ter um relacionamento saudável entre pessoas de diferentes religiões e ideologias?

Claro. Acredito que, com respeito, amor e tolerância, não deve haver qualquer barreira que impeça um relacionamento. Cada pessoa deve poder escolher com quem ficar.

Nadia e Guzmán em Elite – Mina e Miguel Bernardeau | Daily Express

B: ¿Te há dejado algún aprendizaje tu personaje o hay algo que quieras destacar de su personalidad?

La valentía de Nadia es algo que me llevo. Recuerdo muy bien la primera vez que leímos el capitulo 8. Fue dos semanas antes de rodar y no teníamos ni idea de quién era el asesino o asesina, ni supimos cómo iban a continuar nuestras tramas después del capítulo. Cuando ley la escena final de Nadia con su padre me sorprendió el coraje que sacó confesar a su padre lo que realmente deseaba.

Português: Sua personagem te deixou algum aprendizado ou há algo que você gostaria de destacar de sua personalidade?

A valentia/coragem de Nadia é algo que eu carrego comigo. Me lembro bem da primeira vez que lemos o capítulo 8. Foram duas semanas antes de gravar e não tínhamos ideia de quem era o assassino ou a assassina, ou como continuariam nossas histórias depois do capítulo. Quando li a cena final de Nadia com o pai dela, fiquei surpresa com a coragem que ela teve de confessar ao pai o que realmente queria.

B – Para quien todavía no ha visto la serie: ¿Qué podemos esperar de esta temporada?

Es un thriller muy potente que cuenta con un gran abanico de historias, con el que todo el mundo se podrá sentir identificado, no te dejará indiferente.

Português: Para quem ainda não assistiu à serie: o que podemos esperar desta temporada?

É um thriller (suspense) muito poderoso, que tem uma vasta gama de historias, com as quais todos podem se sentir identificados. Não o deixará indiferente.

Mina e Danna Paola em Elite | Divulgação Netflix Espanha

– La pregunta más esperada: habrá una segunda temporada? Si es así, ¿Que podemos esperar de Nadia y como continuará la historia?

La verdad es que me alegra mucho poder confirmar que, como ha anunciado Netflix muy recientemente, sí, habrá segunda temporada. Los guionistas están trabajando ya en esta próxima temporada y aun no sabemos que sucederá. Estoy ansiosa por ver como continua la historia de Nadia y de Las Encinas.

Português: A pregunta mais esperada: Haverá uma segunda temporada? Se sim, o que podemos esperar de Nadia e como continuará sua história?

A verdade é que me alegra muito poder confirmar que, sim, haverá uma segunda temporada. Os escritores já estão trabalhando nesta próxima temporada e ainda não sabemos o que vai acontecer. Estou ansiosa para ver como continua a história de Nadia e Las Encinas.

B – ¿Qué mensaje te gustaría dejar a todos los fans de la serie, especialmente a los brasileños?

Me gustaría agradecer mucho a todos los espectadores de Brasil porque recibo mucho apoyo desde esta maravillosa tierra. Mando un gran abrazo a todos y todas y espero que sigan disfrutando la próxima temporada tanto como con la primera. ¡La haremos con mucho amor!

Português: – Que mensagem você gostaria de deixar para todos os fãs da série, principalmente os brasileiros?

Eu gostaria de agradecer muito a todos os espectadores do Brasil, porque recebo muito apoio dessa terra maravilhosa. Eu envio um grande abraço a todos e todas, e espero que continuem curtindo a próxima temporada tanto quanto a primeira. Nós vamos fazer isso com muito amor!

Nadia com parte do elenco da série | Instagram

A série Elite está disponível na Netflix Brasil, com oito episódios e a segunda temporada, que já foi confirmada, ainda não tem data de estreia. Além da segunda temporada, a terceira já está confirmada e o espaço de tempo entre as duas será menor, pois estão sendo gravadas juntas. Serão oito episódios para cada temporada, com previsão de estreia para 2019 (segunda temporada) e 2020 (terceira temporada). Mais informações em nosso Instagram, assim que for divulgado.

Gostaríamos de agradecer à atriz Mina El Hammani a e sua agente, pela disponibilidade e atenção!

*Muchas gracias, Mina y su asesoría, por la atención. ¡Esperamos un día conocerlas personalmente! Deseo mucho éxito para tus carreras 🙂

*Gracias (again) a mis amigas, Tamara y Lara, porque me ayudaron con el desarrollo de la entrevista. ¡Adoro mucho ustedes, chicas <3!

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Lucifer: Bate-papo com Lesley-Ann Brandt

A atriz bateu um papo incrível com a gente!

To everyone from other countries: the article is in portuguese, but you can swipe down to read to the full interview in english!

Bonita e talentosa, Lesley-Ann Brandt tem feito grande sucesso na série americana Lucifer, da FOX, como Mazikeen. A atriz tem descendência sul-africana e começou sua carreira artística como modelo e em um programa Neozelandês de TV. Seu primeiro trabalho com produções americanas foi em Spartacus: Blood and Sand, no papel de Naevia, amante do gladiador gaulês Crixus. Além da série, ela já esteve presente em outros sucessos da TV, como CSI: Nova York, Spartacus: Gods of the Arena, The Librarians, Gotham, entre outros.

Divulgação: IMDb

Em Lucifer, ela interpreta a personagem Mazikeen (apelidada de ‘Maze’), um demônio em forma de mulher, que seguiu Lucifer Morningstar até a Terra. Ela é muito poderosa e sempre está atenta ao que acontece ao redor dele. É uma guarda-costas e “esconde” sua verdadeira identidade ao trabalhar como bargirl no luxuoso clube de seu chefe (Lucifer).

E pra variar, o Entretetizei entrou em contato com a produção da atriz (essa Anna não tem jeito, né?) e conseguiu uma entrevista. Dessa vez, a conversa teve que ser por e-mail, pois a atriz estava com pouco tempo para um telefonema. Ela contou para o blog sobre como se sentiu após a notícia da renovação de Lucifer, falou sobre carreira e também deixou um recadinho para os fãs brasileiros! Vamos conferir? *Já adianto que ela é muito engraçada e adora o carinho do Brasil. 

English: Lesley-Ann Brandt is a talented South African-born actress, who plays Mazikeen, on the Netflix television series ‘Lucifer’. She has acted in many famous productions: CSI, Spartacus (her 1st work on American series), Gotham, and so on. You will read an exclusive interview for the Brazilian website “Entretetizei” bellow. Enjoy it!

 

1 – Anna: To start off the interview, I would like to ask you: how did you feel after Lucifer was renewed for Season 4?

(Para começar, eu gostaria de saber: como você se sentiu depois que ‘Lucifer’ foi renovada para a quarta temporada?)

Lesley: I was extremely happy and surprised to be honest. Of course, so humbled by the fans reaction to the cancellation and how much they rallied. 

(Eu fiquei extremamente feliz e surpresa, para ser sincera. Claro, tão triste com a reação dos fãs ao cancelamento e o quanto mobilizaram-se.)

 

2 – Anna: Mazikeen is a kind of demon and is very devoted to Lucifer. How was the construction of your character and what characteristics do you prefer about her?

(Mazikeen é um tipo de demônio e é muito devota a Lucifer. Como foi a construção dessa personagem e quais características você mais gosta nela?)

Lesley: Mazikeen is probably the character I share the most traits with. Loyalty, very protective of my family and friends, sense of humor. And yes, I do own leather pants. 

I had such a wonderful starting point in that she is one of the comic book characters, but a lot of what you see is me pulling from my real life. Maze trying to fit in on earth was very much me at 17 moving from South Africa to New Zealand when I was 17 and struggling to fit in. 

(Mazikeen é provavelmente a personagem com a qual eu mais compartilho traços. Fiel, muito protetora da família e amigos, senso de humor… Sim, eu tenho/uso calças de couro – detalhe que ela enfatizou com ‘’do own’’ hahaha adorei).

(Eu tive um incrível ponto de partida, já que ela é uma das personagens das histórias em quadrinhos, mas muito do que você vê, sou eu, trazendo um pouco da minha vida real. Maze tentando se adequar na Terra foi muito eu, me mudando da África do Sul para a Nova Zelândia, quando eu tinha 17 anos e estava lutando para me encaixar.)

 

3 – Anna: Can you tell us about the character “Naevia” in Spartacus and how did you feel in your first experience as an actress on an American television series?

(Você pode nos falar sobre a personagem ‘Naevia’, de Spartacus e como foi sua primeira experiência como atriz numa série de TV Americana?)

Lesley: That was my second acting job and it was where I learnt so much. The size and scope of that show as well as the writing and language made it a dream job. Naevia is very different to Maze. A slave, softer on the outside and more reserved but they share a strength that attracted me to the roles respectively. 

(Foi meu segundo trabalho de atuação e onde eu mais aprendi. O tamanho e o âmbito do show, assim como a escrita e a linguagem, fizeram disso um trabalho dos sonhos. Naevia é bem diferente de Maze: uma escrava, mais leve do lado de fora e mais reservada. Mas eles compartilharam uma força que me atraiu respectivamente para os papéis.)

 

4 – Anna: About your career: which role did you like the most since you started acting and why?

(Sobre sua carreira: qual dos papéis você mais curtiu fazer desde que começou a atuar e por quê?)

Lesley: Naevia and Mazikeen are my top two. I can’t choose. I think because they are both women who no matter what life threw at them, they remained who they are to the core of them. When I was younger, I’d often find myself at odds with parts of me in an attempt to fit into a group. It wasn’t till I started down this path of acting that I found my fellow “weirdos”. I mean, what 10 year old looks at herself in the mirror asking things like, how are we on earth. Who told us Levi’s were cool, Why am I here? I was a strange child at times but I love my strangeness. 

(Naevia e Mazikeen estão no meu ‘top two’ – dois principais. Eu não consigo escolher. Eu acho que é porque elas são duas mulheres que, não importa onde a vida as colocou, elas manteram-se sendo elas mesmas até o topo/fim.)

(Quando eu era mais nova, eu costumava me encontrar em conflito, com partes de mim tentando se encaixar em um grupo. Não encontrei, até que comecei a fazer esse caminho da atuação e encontrei meus companheiros ‘’esquisitos”. Quero dizer: uma pessoa de 10 anos olha para si mesma no espelho e pergunta coisas do tipo: “como somos na terra’”? Quem disse que Levi’s são legais? Por que estou aqui? Eu era uma criança estranha de vez em quando, mas eu amo minha “esquisitice”.)

Divulgação: TV series

5 – Anna: How important can a fanbase be to reach a level where they can rescue series like Lucifer? What do you think of Lucifer fans?

(O quão importante uma base de fãs pode ser a ponto de alcançar um nível onde conseguem recuperar uma série, como Lucifer?)

Lesley: I’m so humbled by all our fans who helped make a season 4 possible. I have to shout out our passionate Brazilian fans who just never quit. I think the landscape of television is changing, the power of social media is evident, how content is viewed is ever evolving, so Lucifer in Netflix makes sense. We have an international fan base. 

(Eu estou tão emocionada com todos os fãs que ajudaram a tornar possível a quarta temporada. Eu preciso exaltar nossos apaixonados fãs brasileiros, que simplesmente nunca desistiram. Eu acho que o panorama da televisão está mudando. O poder das mídias digitais é evidente; como o conteúdo é visto, está sempre evoluindo…. então Lucifer na Netflix faz sentido. Nós TEMOS uma base internacional de fãs.)

 

6 – Anna: Mazikeen has a strong and powerful personality and these characteristics attracted the public’s attention, especially women’s attention. Do you think this character has helped women’s around the world recognize their importance and power?

(A Mazikeen tem uma personalidade forte e poderosa e essas características atraíram a atenção do público, especialmente o público feminino. Você acha que essa personagem tem ajudado mulheres ao redor do mundo a reconhecer sua importância e poder?)

Lesley: I sure hope so. I’ve certainly learnt a lot just from playing her. Vulnerability is strength too. As someone who grew up in South Africa, you are raised to be tough, especially as a girl to prepare you for the world because the world still does not see women as they should be. If Mazikeen helps remind women just how strong they are, that our feminine qualities are equally as important as our masculine ones, then I’m doing my job. 

(Eu realmente espero que sim. Certamente eu aprendi muito interpretando-a. Vulnerabilidade é força também. Como alguém que cresceu na África do Sul, você é criado para ser resistente, especialmente como uma menina, para se preparar para o mundo; porque o mundo ainda não vê a mulher do jeito que deveria ser vista. Se Mazikeen ajuda a lembrar as mulheres o quanto poderosas elas são, que nossas qualidades femininas são tão importantes quanto as masculinas, então eu estou fazendo meu trabalho.)

 

7 – Anna: What can we expect from Lucifer season 4, especially from Mazikeen?

(O que podemos esperar da quarta temporada de Lucifer, especialmente da Mazikeen?)

Lesley: I don’t know too much, but I will say, I think she will find love. 

(Eu não sei muito, mas eu acho que ela encontrará um amor.)

 

8 – Anna: What about your future projects? Anything coming soon?

(E sobre seus trabalhos futuros? Alguma coisa vindo por aí?)

Lesley: My focus fit the next 6 months is Lucifer. I have some film projects I can’t say too much about. 

(O meu foco, nos próximos seis meses, é Lucifer. Eu tenho alguns projetos de filmes, mas não posso falar muito sobre eles.)

 

9 – Anna: To finish, can you send a message to your Brazilian fans?

(Para terminar, você pode mandar uma mensagem para os seus fãs Brasileiros?)

Lesley: Brazil I want to thank you so much for your support. I hope to visit really soon and I send you all so much love. 

(Brasil, eu quero agradecer muito pelo seu apoio. Eu espero poder visitar vocês em breve e envio a todos vocês muito amor #fofa.)


 

English: What a wonderful interview! I’m so glad because I had the opportunity to interview Lesley. She’s such an inspiration to me and I really appreciate her career, kindness and personality. I hope you  enjoyed the interview as much as I did. I hope to get the chance to meet her one day. (Lesley, please, you REALLY have to visit Brazil! Hahaha. Thanks for the interview!).

Que entrevista maravilhosa! Eu (Anna) adoro a Lesley. Acho que ela é um exemplo muito legal pra nós mulheres e sua personagem (Maze) também. Foi incrível ter feito essa entrevista e estou muito feliz por mais uma vez realizar um sonho. Peço para que deem os devidos créditos, caso usem esta entrevista, áudio ou qualquer parte dela, ok?

E por favor, quem ainda não assistiu Lucifer, ASSISTA! É uma série muito boa e o elenco é de um talento só. Onde assistir? Na Netflix. Lá você encontra as duas primeiras temporadas; já a terceira, está passando na Universal Channel, toda quarta-feira, às 23h (canal fechado) e online – achei um link pra vocês, com a terceira temporada completa: https://www.luciferbrasil.com.br/p/3-temporada-episodios.html

 

Obrigada pela companhia e até a próxima!

Revisão de Texto: REVISA (@revisatextos)

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