Categorias
Entretenimento Música

Pomme: top 5 músicas irresistíveis para não faltar na sua playlist

Ela é uma das nossas queridinhas no cenário do pop francês, então fizemos seu próprio top 5

Pomme é uma das nossas cantoras preferidas, e tínhamos que ter um post só para ela.

Mas já fizemos uma pequena seleção de músicas francesas que representam a nossa geração, e também já temos um top 5 com as melhores músicas da cantora Zaz.

Dessa vez o foco é um top 5 só da Pomme, e a gente quer que você pegue essas dicas e preencha a sua playlist com essas músicas sensacionais!

Pauline

Foto: divulgação

A música fala sobre Pauline, uma amiga de infância da protagonista da música.

Pauline é uma mulher atraente e que cativa todos ao seu redor, especialmente o sexo oposto, o que faz com que a protagonista fique insatisfeita.

Agora que a protagonista conheceu um rapaz de quem gosta, Pauline é um risco para essa relação, e a música gira em torno dessa relação de amizade complexa entre as duas e a relação entre a protagonista e o rapaz.

Sorcières

Foto: divulgação

Essa letra fala sobre coisas rotineiras que tornam uma mulher diferente, e como são o suficiente para torná-las  uma bruxa perante a sociedade.

A própria Pomme já afirmou que essa música foi escrita com o intuito de falar sobre feminismo, liberdade e espaço feminino, que está sempre sendo criticado pelo patriarcado.

La Lavande

Foto: divulgação

Apesar de dramática e trágica, a música La Lavande coloca Pomme no pedestal das boas artistas.

A letra fala sobre a melancolia de um modo geral, sem focar em um problema único, e isso joga toda a nossa noção de vida em um compartimento que equilibra sentimentos bons e certo grau de tristeza, para que saibamos valorizar as coisas boas.

Grandiose

Foto: divulgação

Tocando em mais um tema polêmico, Pomme exibe as dores de ser mulher em uma sociedade machista e antiquada pela letra de Grandiose.

Nessa música, a cantora explora o tema da maternidade e da real escolha dela, já que nascemos mulheres e logo já somos confrontadas com o que a sociedade acha que devemos querer para nossas vidas: um casamento feliz e a maternidade. A música questiona se toda mulher que quer ser mãe realmente fez essa escolha, e se essa é mesmo a coisa certa a fazer.

Sans Toi

Foto: divulgação

Como quase tudo que Pomme tem em sua discografia, Sans Toi é melódica e forte, com um ritmo que nos conquista logo nos primeiros versos.

A música conta sobre um término e a sensação de vazio, explorando os novos lugares da dor da perda de um amor que fazia todo o sentido, e que parecia único.

Essa é a nossa seleção de músicas da Pomme para você adicionar na sua playlist nesse exato minuto! Agora conta pra gente quais são as músicas dela que você não consegue viver sem… Estamos te esperando nas nossas redes sociais: Twitter, Insta e Face. Para mais conteúdos sobre a França e sobre a cultura pop, o Entretê é a pedida certa, então não se esqueça de nos seguir e acompanhar nossos textos diários.

*Crédito da foto de destaque: divulgação

Categorias
Cinema Cultura asiática Entretenimento Especiais

Hayao Miyazaki: a obra do diretor japonês mais amado do mundo

Hayao Miyazaki está completando 81 anos de idade e tem o título de diretor japonês mais amado do mundo, segundo as vozes das nossas cabeças

Não é fácil chegar aos 81 anos de idade, ainda mais tendo vivido no Japão durante a Segunda Guerra Mundial, mas Hayao Miyazaki fez isso muito bem.

Usando experiências pessoais e consciência coletiva e necessidade de silêncio, Hayao Miyazaki conquistou o mundo inteiro com seus filmes delicados e inspiradores, além de bem feitos.

Hoje, para comemorarmos essa data tão importante da história do mundo (porque Hayao Miyazaki é sim uma obra de arte histórica), decidimos explorar a existência do diretor de cinema mais amado do Japão e do mundo. Vem com a gente comemorar o aniversário desse gênio da animação.

Vento, Areia e Estrelas

Foto: divulgação

Se você já se perguntou como Hayao Miyazaki consegue ter tanta delicadeza e sensibilidade em seus filmes, deveria parar um pouco e analisar os gostos dele.

O livro Wind, Sand and Stars, escrito por Antoine de Saint-Exupéry, é uma das obras preferidas do diretor, e isso fica muito nítido em seus filmes.

Junto com sua paixão pelo Ma (o termo usado para determinar minutos ininterruptos de silêncio), Hayao Miyazaki tirou da obra de Saint-Exupéry o prazer por apreciar os detalhes e observar ao seu redor com cuidado e sutileza.

Fora isso, Hayao Miyazaki aprendeu com Saint-Exupéry a amar a aviação, e desse amor criou as mais belas cenas de voos em seus filmes. E as mantém como uma arte infinitamente sua, com exclusividade da beleza em estar no céu.

Miyazaki já assumiu que leu e releu a obra de Saint-Exupéry muitas vezes na juventude, e que nunca se cansou, pois acha linda a forma como o autor se expressava e descrevia a vida como piloto, assim como suas observações sobre o céu e o clima.

O cenário de guerra

Foto: divulgação

Hayao Miyazaki nasceu em meio da Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937 – 1945) e também entre os conflitos da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945).

Tudo isso lhe rendeu um peso histórico sem medidas, e transformou a criança em um adulto observador e valoroso, disposto a ouvir e compreender, além de observar antes de criar.

Ao pegar o projeto O Castelo Animado, que é inspirado em uma obra literária da inglesa Diana Wynne Jones, e originalmente batizado de Howl’s Moving Castle.

O roteiro do filme seguiu a história original com esmero, e conseguiu descrever a guerra da história com muita delicadeza.

Sua experiência como uma criança vítima de homens tiranos que queriam dominar o mundo aos seus próprios jeitos, Hayao Miyazaki usou de cuidado para passar uma mensagem linda na trama, e lembrar ao público que podemos encontrar humanidade em todos ao nosso redor, mesmo que tenha bombas explodindo do lado de fora de nossas janelas. E apesar de não querermos bombas do lado de fora das nossas janelas, podemos sempre rememorar a capacidade humana em transformar dor e sofrimento em um tipo único de arte. E não à toa, O Castelo Animado bebe muito dessa fonte de inspiração, e faz da Guerra um acontecimento inevitável, mas também faz dela apenas o cenário de uma história sobre relações humanas calorosas e amores gentis.

O filme Nausicaä do Vale do Vento também explora essa temática da guerra em um sentido pacifista, e é um filme com roteiro do próprio Miyazaki, já que foi ele quem criou o mangá da história, anos antes da adaptação cinematográfica ser lançada. E claro, por ser do Hayao Miyazaki, a gente indica que você assista esse filme o mais rápido possível!

A feminilidade

Foto: divulgação

Hayao Miyazaki teve uma relação amorosa e próspera com sua mãe durante seu crescimento, e sempre ligado aos acontecimentos sociais que movimentavam o mundo ao seu redor, tomou o cuidado de explorar a feminilidade em suas obras.

Com narrativas quase sempre vividas pela perspectiva feminina, Hayao Miyazaki se contrapõe ao padrão ocidental de feminino e masculino, e apresenta protagonistas fortes e determinadas, que jamais esperam por um homem para salvá-las de seus problemas.

Por muito tempo a cultura pop o comparou com Walt Disney, e insinuou que Miyazaki fosse uma versão japonesa do diretor estadunidense, mas esse foi um apelido rejeitado por ele desde o começo.

Sua forma de representar o feminino casa muito melhor com as posições feministas, expondo a força feminina como uma tempestade libertária que só serve para trazer prosperidade para um mundo em equilíbrio, enquanto as produções da Disney tendem a reforçar mulheres passivas e esperançosas (mesmo que no atual momento a Disney esteja se esforçando para criar protagonistas mais independentes e questionadoras).

Hayao Miyazaki tem o hábito de abordar caráter, mesmo que as relações heterossexuais estejam presentes em tela. Ele nunca representa mulheres como seres indefesos usando vestidos e saltos de cristal, mas sim como pessoas tão racionais e guerreiras quanto os homens, e com isso cria relações muito mais sinceras e realistas, sem se importar com ensinamentos focados em gêneros e papéis sociais considerados importantes para as sociedades baseadas no patriarcado.

Capacidade de inspirar

Foto: divulgação

Hayao Miyazaki é uma referência para muitos diretores e artistas, e segue inspirando o público de formas curiosas e afetivas.

Em filmes como A Viagem de Chihiro, o diretor ensina ao público infantil sobre imaginação e princípios, além de lealdade e senso de aventura. Já para o público adulto, o mesmo filme fala sobre o tobogã capitalista e a pressão social por uma vida de aprendizados e trabalhos intensos.

Outro queridinho aqui do portal é o diretor Wes Anderson, que cria roteiros, cenários e personagens com profundidade observadora e crítica posturas sociais padronizadas, assim como reforça a força feminina e apresenta um constante humor ácido na tela. E não por acaso, Wes Anderson já declarou seu amor à obra de Hayao Miyazaki, e é muito fácil encontrar todas essas referências em seus próprios filmes.

Guillermo del Toro é outro grande fã do diretor, e como tal, exibe filmes com um trabalho cuidadoso e apaixonado, conquistando o público com delicadeza, perfeccionismo e universos mágicos e complexos.

Hoje nós desejamos um feliz aniversário para o diretor japonês mais amado do mundo, e celebramos a obra de alguém que sempre lutou por seus ideais e nunca perdeu o amor por seu trabalho.

Hayao Miyazaki é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores diretores de todos os tempos, e as vozes das nossas cabeças reafirmam o sentimento de amor por sua obra.

“Quando você olha de cima, as coisas se revelam para você. É assim que qualquer cidade vira um filme mágico” – Hayao Miyazaki 

Vem conversar com a gente sobre o diretor japonês! Estamos te esperando lá nas redes sociais –  Twitter, Insta e Face -, para celebrarmos esse aniversário com uma lista dos melhores filmes de Miyazaki.

*Crédito da foto de destaque: divulgação

Categorias
Entretenimento Livros

Virginia Woolf: três títulos antes de ler seus diários

Virginia Woolf foi uma das escritoras mais feministas do século passado, e trouxemos três livros dela para você conhecê-la melhor

Nas últimas semanas, a editora Rocco lançou a primeira edição de um livro com os diários de Virginia Woolf.

A obra reúne escritos pessoais da autora durante os anos de 1897 e 1941. E como nós sabemos que nosso público está sempre ligado nas publicações de livros, decidimos reunir três obras imperdíveis da autora para você ler o mais rápido possível. E, claro, se apaixonar por ela no processo.

Foto: divulgação/Amazon

Um Teto Todo Seu

Foto: divulgação/Amazon

Essa obra imperdível reúne referências históricas femininas pela voz de Virginia Woolf, que faz uma crítica imperdível sobre as limitações femininas durante o século XIX.

Virginia Woolf usa esse ensaio para panfletar o movimento feminista, que ainda nem tinha surgido, e estimular mulheres a assumires as rédeas de suas próprias vidas.

Orlando

Foto: divulgação/Amazon

A obra abraça o movimento feminista com mais força e acolhe a comunidade LGBTQIA+, criando um impacto forte sobre a ideia de gênero fluido.

Orlando é uma pessoa que transita em séculos diferentes, e se passa por homem e por mulher, sempre encontrando caminhos que mais lhe agradam dentro de uma sociedade focada em determinar gêneros. A leveza da obra a torna atemporal, e abocanha debates modernos com um tom ácido e observador.

Mrs. Dalloway

Foto: divulgação/Amazon

Sem dúvida uma das obras mais famosas de Virgínia Woolf, Mrs. Dalloway a tira do centro de uma autobiografia complexa escrita em Orlando e a centraliza em uma apreciação da vida pacata da Inglaterra de seu tempo.

Com uma protagonista irresistível, Woolf aborda temas como sexualidade, estresse pós-traumático, padrões sociais e papel da mulher em um círculo burguês. Ainda mais fluente no sistema de fluxo de consciência, Virgínia Woolf abraça todas as causas que se sente capaz, e expõe questões de saúde mental e sexualidade em um tempo onde tudo isso era um tabu rigoroso na sociedade inglesa.

Nós, as minas aqui do Entretê, sabemos que ler Virginia Woolf é de extrema importância para qualquer mulher em busca de autoconhecimento, e como um projeto feito delas e para elas, enaltecemos escritoras e obras que seguem o mesmo conceito. Foi por isso que reunimos essas três indicações (de forma bem reduzida para causar vontade de ler mesmo) nesse post.

E, claro, indicamos que você compre o livro dos diários dela, caso isso seja possível, para mergulhar ainda mais na mente dessa mulher sensacional que foi Virginia Woolf.

Mas nossa conversa sobre ela não acaba por aqui! Estamos te esperando lá nas redes sociais – Twitter, Insta e Face – para conversarmos sobre o lançamento da editora Rocco e para sabermos quais são os seus livros preferidos da autora.

*Crédito da foto de destaque: divulgação

Categorias
Entretenimento Latinizei

Latinizei | Hilda Hilst: poeta por opção, fascinada pelo ocultismo e dona do Sol brasileiro

Hilda Hilst foi responsável por criar um verdadeiro centro cultural em sua casa, além de levar poesia para todos os cantos do Brasil

ALERTA DE GATILHO: ESQUIZOFRENIA/ASSÉDIO 

Hilda Hilst é uma porta de entrada para a literatura nacional e feminina, poeta por escolha e curiosa por questões ocultistas, ela criou um verdadeiro Sol para a arte brasileira.

Viveu plenamente, aproveitou tudo que a vida lhe ofereceu, escreveu obras maravilhosas e alimentou a cultura nacional com tudo que podia dar, ou seja: ela mesma e todas as suas complexidades.

As complexidades de berço

Foto: divulgação

Nascida em 21 de abril de 1930, no interior de São Paulo, Hilda era filha única da relação matrimonial de seus pais, mas tinha um irmão por parte materna, de um primeiro casamento.

Filha de fazendeiros, Hilda teve noção de arte com o pai durante a infância, que era um apaixonado por arte e chegou a escrever cartas para o Correio Paulistano, nas quais ele falava sobre sua frustração em relação ao movimento modernista.

Apesar de ter tido o exemplo do pai como um grande admirador das artes, Hilda Hilst não tinha proximidade direta com ele, porque seu pai esperava um filho e não uma menina da gravidez da esposa. Foi seu pai o responsável por declarar a frase “Que azar!”, quando soube que o bebê era do sexo feminino.

Quando falamos que ele foi um exemplo para Hilda, é porque foi ele quem sempre marcou a escrita tão direta da filha, presente das mais diversas formas em sua obra crítica.

“Escrever, então, é para mim sentir meu pai dentro de mim, em meu coração, me ensinando a pensar com o coração, como ele fazia. […]” – Hilda Hilst

Espírito anarquista

Foto: divulgação

Hilda Hilst estudou em um internato paulista chamado Santa Marcelina, e por lá foi marcada por atos determinados como delinquentes pelas freiras que comandavam o local.

Talvez sua anedota mais popular seja sobre o dia em que Hilda Hilst roubou o vinho que seria usado na missa de domingo e se embebedou, o que causou uma comoção geral entre a comunidade religiosa, especialmente por ser tão jovem.

Mas talvez Hilda estivesse se preparando para o peso de reencontrar o pai, aos 16 anos. Diagnosticado com esquizofrenia, o pai de Hilda Hilst a confundiu com sua mãe e propôs a ela que passasse com ele o fim de semana de forma romântica.

Não sabemos ao certo o que houve entre eles além do constrangimento da situação que aconteceu em ambiente público, mas fica a suspeita de que Hilda tenha se sentido assediada pelo pai – e seguimos com a esperança de que nada mais grave tenha acontecido entre eles.

Depois disso, Hilda Hilst estudou advocacia (tal como Clarice Lispector), mas foi no ambiente estudantil que Hilda teve a oportunidade de conhecer a também escritora Lygia Fagundes Telles, que foi homenageada na faculdade onde Hilda estudava. O encontro marcou o início da compreensão de Hilda Hilst como poeta, pois ela se apresentou para Lygia como tal, chegando até a entregar alguns de seus manuscritos para a autora renomada.

Vale lembrar que Lygia Fagundes Telles foi uma grande amiga de Hilda Hilst, e tudo graças a esse encontro entre as duas.

Vinícius de Moraes e as questões femininas

Foto: divulgação

Depois de publicar três livros muito bem elogiados pela crítica e subir os patamares de reconhecimento como a artista que era, Hilda Hilst conheceu o poeta Vinicius de Moraes.

Existem textos conflitantes sobre a dupla, já que há quem alegue que Hilda e Vinicius tiveram uma relação de amantes durante um curto período de tempo, mas há quem diga que ambos jamais se envolveram. A biografia de Hilda Hilst confirma a curta relação e exibe o par como apaixonados em um primeiro momento, para se tornarem trovões raivosos e ressentidos um do outro em seguida.

Para curar a alma ferida, Hilda Hilst partiu do Brasil rumo à Europa, e por lá tentou se aproximar do ator Marlon Brando. Em uma aventura na madrugada, Hilda se passou por uma jornalista a fim de entrevistar o ator, mas foi descartada sem hesitação.

De volta ao Brasil, em 1959, Hilda Hilst publicou o livro Roteiro do Silêncio, onde aborda suas confidências mais pessoais em poemas e sonetos, descartando os amores frustrados que tinha vivido até então. E por esse livro, Hilda Hilst se tornou um alvo para os críticos, que deram mais importância à sua aparência do que ao seu talento, e esqueceram que Hilda Hilst já era um nome na sociedade literária.

Anos mais tarde, Hilda apadrinhou de volta seu anarquismo juvenil e escreveu o livro Sete Cantos do Poeta, Para o Anjo, inspirada por seu romance com um homem oito anos mais novo que ela.

Casa do Sol

Foto: divulgação

Ao encontrar um parceiro ideal, Dante Casarini, Hilda se mudou com ele para Campinas, no interior de São Paulo, onde constrói uma casa.

Nesse momento de sua vida, ela se conectou com a natureza que abraçava a nova casa e então começou a se ver mais ligada ao misticismo, o que foi um grande impacto na sua obra a partir de então.

A Casa do Sol, como era conhecida, foi a casa em que Hilda morou pelo resto de sua vida, e onde viveu cercada de amigos e personalidades famosas, sempre com muitas festas e encontros.

No período inicial na nova casa, ela se dedicou a escrever peças de teatro, todas encenadas por alunos universitários e, justamente por isso, em 1969, Hilda Hilst recebeu o prêmio Anchieta.

Foi por volta do fim dos anos 1960 que Hilda se separou de Dante, mas continuou vivendo com ele sob o mesmo teto até o fim de sua vida. A Casa do Sol ainda abrigou uma nova parceira de Dante Casarini, e eles viveram em harmonia completa, já que a paixão tinha se tornado companheirismo amistoso.

Na Casa do Sol, Hilda também alegou ter visto um disco voador e declarou que vivia situações sobrenaturais na sua rotina, e tudo isso a deixava extremamente curiosa e interessada pelo oculto. Inspirada por uma leitura que falava sobre conversas com pessoas mortas por meio de rádio, Hilda Hilst se arriscou a tentar alguma coisa nesse sentido, buscando conversar com o pai e a mãe, ambos já falecidos.

Em vida

Foto: divulgação

Hilda Hilst publicou mais de 28 livros durante sua vida, mas não era lida como outros grandes nomes do mercado editorial. Pelo contrário, Hilda foi abandonada pelas grandes editoras e o grande público, marginalizada por seu temperamento intempestivo e sua força considerada bruta em demasia.

Ela foi uma das principais críticas do mercado editorial brasileiro, que dava um espaço enorme para nomes estrangeiros e desprezava a cultura nacional. Hilda Hilst também foi uma grande inimiga do sucesso de Paulo Coelho, porque alegava que o autor era fantasioso em sua obra e que sua capacidade em se tornar um best seller ofendia as outras publicações nacionais que não fossem escritas por ele.

Seu maior sonho era ser comprada por uma grande editora e conseguir alcançar o mercado literário de modo mais relevante, mas apenas em 2018 Hilda Hilst se tornou um nome nos grandes catálogos literários. Como muitos outros nomes da cultura mundial, Hilda Hilst só ganhou reconhecimento depois de sua morte.

Cansada da falta de amor do seu povo por sua obra, Hilda mergulhou de cabeça em obras mais pornográficas, e assim satiriza que sua obra seria finalmente lida, pois estava descendo muitos níveis de qualidade.

Agora e para sempre, Hilda Hilst

Foto: divulgação

Diagnosticada com câncer de pulmão, Hilda Hilst se submeteu a uma cirurgia de remoção do tumor, o que comprometeu sua saúde de forma irreversível.

Em fevereiro de 2004, Hilda Hilst faleceu por complicações de saúde, e deixou para trás uma obra crítica e de grande importância para a literatura feminina e brasileira.

A Casa do Sol resistiu ao tempo e hoje serve de um tipo de museu que homenageia Hilda Hilst. Fora isso, Hilda foi homenageada – finalmente – pela FLIP, em 2018.

Sua obra e sua vida também foram lembradas na biografia Eu e Não Outra, organizada por Laura Folgueira e Luisa Destri, que reúne muito mais sobre a existência da poeta.

Essa foi Hilda Hilst, uma mulher que enfrentou o descaso editorial, foi desprezada pelo pai e driblou as normas de moral social para ser lida e conhecida como autora. E agora que você já aprendeu um pouco mais sobre ela, te esperamos lá nas redes sociais – Twitter, Insta e Face – para conversar sobre quais os livros dela que você mais gosta, ou que mais quer ler.

*Crédito da foto de destaque: divulgação

Categorias
Cinema Entretenimento Resenhas

Resenha | Malcolm & Marie: trágico, sufocante e essencial

Em preto e branco, Malcolm & Marie fala sobre a tragédia de vidas complexas e relacionamentos viscerais

Malcolm & Marie conta sobre a discussão do casal homônimo que acabou de voltar para casa depois da estreia do filme de Malcolm.

Enquanto tenta desfrutar os louros de ter tido uma estreia estonteante e sem comparações, Malcolm (John David Washington) compartilha com a namorada, Marie (Zendaya), suas alegrias e frustrações com a noite. Ela, por outro lado, quer satisfações importantes sobre ter sido esquecida no discurso de agradecimento e substituída em um papel que narra, essencialmente, sua história de vida.

Com um cenário único que se concentra em uma casa afastada e com apenas os atores principais durante todo o filme, a obra retrata relações de tragédia, amores falidos e sensações distorcidas de pertencimento. E é lindo!

Detalhes técnicos

Foto: divulgação

A atuação de John David Washington e Zendaya hipnotiza o público durante todos os minutos de filme, e sem nenhum momento de descanso de seus rostos em cena, compartilham suas frustrações em relação à noite e em relação um ao outro.

Todo filmado em preto e branco, o roteiro transborda drama e tragédia, expondo as relações humanas em pratos limpos. Sonhos, desejos, infortúnios e mágoas compõem um roteiro cheio de verdades quase nunca ditas em voz alta.

A iluminação também ajuda a contar essa história, e coloca focos mais claros em momentos tensos, e enquadramentos mais escuros em situações que deveriam ser vistas como pontos positivos naquela relação.

Malcolm & Marie dialoga com o público de forma limpa, priorizando bons resultados e uma visão emocional sobre aquele casal complexo, e usa de jogos de câmeras, cortes, iluminação e takes longos em monólogos dramáticos para conquistar a crítica técnica, enquanto abraça as pessoas leigas que assistem ao longa.

Os debates

Foto: divulgação

Com monólogos inteiros que assustam de tão profundos, Malcolm impõe sua opinião sobre a indústria do cinema e de como ele, por ser negro, sempre será responsável por criar filmes transcendentes segundo a crítica. Suas posições sobre uma repórter branca que os adulou e resenhou se estendem, e o tema vira piada nos momentos de tranquilidade em que o casal não está brigando.

Marie, por outro lado, quer explicações sobre ter sido abandonada no projeto, sobre ter sua história de vida exposta de forma tão crua em cena, e usa o discurso do namorado como desculpa para tocar nos pontos importantes da sua crítica.

Com um monólogo final extremamente emotivo, Zendaya eleva Malcolm & Marie para o tipo de filme que deve ser assistido por casais em todos os tipos de relações. O peso da sensibilidade conjugal estraçalha o público, e somos atingides por sensações familiares de descontentamentos emocionais e afetivos.

Representatividade

Foto: divulgação

A principal crítica de Malcolm é sobre como, por ele ser preto, seus filmes sempre serão vistos como algo crítico e fora dos padrões. Em determinado momento em que ele critica o sistema social em relação ao seu trabalho, Marie toca no nome de Angela Davis, acusando que ele ser preto e fazer arte sempre será um ato de resistência.

E eis aí a maior questão: a cor da pele realmente muda alguma coisa?

Obviamente que as perspectivas sempre serão diferentes entre raças e gêneros pela simples questão de vivências e preconceitos, mas na verdade nem toda obra é um grito político só porque foi feita por uma pessoa preta, asiática, indígena, judaica, muçulmana e assim por diante. Nem toda existência artística é resistência, apesar de toda existência diversa ser um tipo de resistência.

As complexidades humanas estão escancaradas em Malcolm & Marie, e nós só podemos sentar e ver todo esse drama se chocar com força contra a nossa própria vivência.

A produção é trágica e fatalista, tal como é realista, e ganha créditos de essencialidade para autoconhecimento e estudo de relações. Vale muito a pena essa estreia não tão recente.

E você, também gostou do filme? Acha que ele ofereceu tudo que prometeu? Queremos saber a sua opinião sobre ele lá nas nossas redes sociais: Twitter, Insta e Face.

*Crédito da foto de destaque: divulgação

Categorias
Entretenimento Latinizei

Latinizei | Ana C.: poeta marginal, depressiva e crítica

Ana C. foi um nome de impacto na cultura nacional e marcou a poesia marginal em seu tempo

ALERTA DE GATILHO: DEPRESSÃO/SUICIDIO

Ana Cristina Cesar, ou Ana C., como assinava em suas obras, foi uma mulher incomparável em seu tempo. Com olhar aguçado e facilidade de se expressar por meio da escrita, ela cumpriu bem o papel de marginalizar a poetisa que vivia dentro da sua pele, e com muita energia mudou os rumos da poesia feminina brasileira para sempre.

Crítica literária e figurinha importante do movimento marginal, Ana C. é um respiro feminino (e feminista) em um país obscurecido pelo peso de um masculino que rouba as cenas da anarquia.

Carioca poeta

Foto: divulgação

Nascida em 1952, no Rio de Janeiro, Ana C. herdou de seu signo o dom da comunicação fácil por meio das artes, coisa que só geminianos conseguem fazer com clareza.

Ana C. foi filha de Waldo Aranha Lenz Cesar, um dos fundadores da editora Paz e Terra, que se destacou como uma das principais e mais importantes editoras no período da Ditadura Militar brasileira.

Ainda muito nova, Ana C. ditava para a mãe os poemas que gostaria de escrever mas ainda não sabia como, e aos 6 anos de idade recitou um poema autoral para uma professora da escola, e a consequência disso foi a publicação dele no Jornal da Tribuna. E com 9 anos criou um jornal completamente autoral, no qual publicava pequenas matérias e textos autorais.

Por volta dos 11 anos de idade, Ana C. já tinha um caderno em que reuniu suas memórias como poeta, porque sua obra, nessa idade, já se mostrava crescente em volume e qualidade, e movida por esse sentimento incontrolável, ela registrou seus feitos e recordou sentimentos sobre cada uma de suas poesias infantis.

Estrangeira

Foto: divulgação

No fim do seu estudo formal, Ana C. se mudou para a Inglaterra para fazer um intercâmbio, mas assim que voltou, pouco tempo depois, se inscreveu na PUC, e lá se formou com licenciatura em letras.

Foi nesse período que Ana C. conheceu a professora Clara Alvim, a mulher que mudaria sua vida para sempre. Foi essa mulher que conheceu a obra de Ana C. e se apaixonou e, por consequência, apresentou a aluna a uma amiga particular: a escritora Heloísa Buarque de Holanda.

No período do encontro, a Ditadura Militar estava comandando o país, e todas as artes estavam sendo perseguidas e censuradas, e então Ana C. entrou para o cânone dos poetas marginais: um grupo de autores poetas que ultrapassavam os limites impostos pelo governo e faziam suas artes, levando ao público posições políticas e sentimentais, tratando de melancolias, perdas e temas considerados um problema perante o governo. Justamente porque a poesia sempre foi uma arte mais esquecida, que os poetas marginais brilharam sob os holofotes de um país censurado.

Ana C. viajou pela América Latina e usufruiu da possibilidade de beber de outras culturas – que era algo que ela amava -, e com isso enriqueceu e lapidou ainda mais a sua obra poética.

Heloísa Buarque de Holanda

Foto: divulgação

No primeiro encontro, marcado com Heloísa Buarque de Holanda, foi realizado graças a Clara Alvim, que obrigou Ana C. a encontrá-la, foi lembrado eternamente pela timidez da poeta. Segundo Heloísa, Ana C. disse um bom dia educado, corou com o encontro e sumiu de vista. O próximo encontro só aconteceu com a publicação pronta.

Mas que publicação?! Bom, a professora de Ana C. era amiga de Heloísa, e assim, apresentou um texto da aluna para amiga, que se encantou instantaneamente pela obra e quis publicá-la em uma antologia poética junto de textos de mais 25 autores.

Foi Heloísa Buarque de Holanda que transformou Ana Cristina Cesar em um nome popular nos círculos de poesias dos anos 1960 e 1970. E como tal, é Heloísa quem mais recobra a memória afetiva do Brasil sobre a amiga.

O termo feminista na vida de Ana C. também vem da boca de Heloísa Buarque de Holanda. Apesar de ser rejeitada no círculo feminista por pessoas que não a compreendem tão bem, a amiga já afirmou que Ana C. se recusou a ceder ao essencialismo de gêneros que marcavam o movimento feminista nas décadas de 60 e 70, e seguiu uma vida revoltada contra o tipo de feminismo popular em seu tempo.

Depressão e ansiedade

Foto: divulgação

Assolada por crises de ansiedade de uma mente inquieta, Ana C. é lembrada pelos amigos como uma pessoa intelectual, extremamente apaixonada por escrever e igualmente incapaz de o fazer. Ela se atirou da janela do apartamento dos pais, no próprio Rio de Janeiro em que tinha nascido.

Heloísa Buarque de Holanda já afirmou que entende o peso de estar sempre criando literatura que a amiga carregava, já que era alguém que estava sempre no meio de um processo criativo e criador. E com tantas coisas acontecendo dentro de sua própria cabeça, Ana C., inevitavelmente, sofria com crises ansiosas e depressivas, mergulhando em momentos melancólicos e insatisfeitos com a vida.

Ana C. decidiu que a vida andava melancólica demais, soturna e se viu diante da desesperança, e motivada por toda essa agonia que lhe afligia o peito, tirou sua própria vida com apenas 31 anos de idade, em outubro de 1983.

Seus sentimentos depressivos são facilmente encontrados em sua obra, em cartas e revividas em entrevistas dadas pelos amigos mais próximos, que ressaltam que Ana C. era uma tempestade vívida, mas carregava uma forte melancolia em sua alma.

Publicações e legado

Foto: divulgação

Em vida, Ana C. publicou o livro A Teus Pés, mas em morte acumulou infinidades de obras que possivelmente nem sonhou um dia compartilhar.

Depois de falecer, Ana C. continuou existindo entre os amigos e os fãs, e deixou cartas e diários, todos manuscritos, que foram organizados por quem revive sua memória com constância.

No ano de 2016, Ana C. foi homenageada na 14ª Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), e teve destaque para suas obras que, infelizmente, parecem seguir atingindo um público reduzido demais para o tamanho da sua grandiosidade.

Antes de tudo isso, aos 14 anos, Ana C. já tinha dado as caras como escritora, editora e ilustradora de um livro autoral que seria o presente para o pai, mas usando um pseudônimo, o que já dava indícios de que depois seguiria com um tipo de pseudônimo literário para o resto de sua vida como escritora. Esse livro segue intacto, e pode ser encontrado nos arquivos de Ana C., que resistem para o público em exposições honrosas.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre essa mulher inigualável para a cultura nacional, te esperamos nas nossas redes sociais – Twitter, Insta e Face -, para conversar um pouco mais sobre Ana C. e poesia marginal.

*Crédito da foto de destaque: divulgação

Categorias
Entretenimento Especiais

Jane Fonda: a mulher forte por trás da carreira de ouro de Hollywood

Jane Fonda é um dos maiores nomes do cinema e coleciona trabalhos exemplares em sua filmografia, mas é ainda mais interessante fora das telas

ALERTA DE GATILHO: ABUSO SEXUAL/DEPRESSÃO E SUICÍDIO/DISTÚRBIOS ALIMENTARES

Você obviamente já ouviu falar sobre Jane Fonda, a mulher que dá vida a papéis memoráveis e que brinca com o seu envelhecimento como ninguém, mas você conhece a pessoa por trás das personagens?

Muito além da sogra infernal de Jennifer Lopez (A Sogra), da esposa traída pelo marido gay (Grace & Frankie) e da idosa libertária dona de um hotel (Do Jeito Que Elas Querem), Jane Fonda é uma mulher empoderada e não deixa que a sua idade impeça seus grandes atos revolucionários de acontecer. E hoje, dia 21 de dezembro, no aniversário dessa grande dama do cinema, reunimos algumas curiosidades sobre ela, para muito além de seus papéis.

Hanoi Jane

Foto: divulgação

Entre as décadas de 1950 e 1970, os Estados Unidos declararam guerra contra o Vietnã e abriu fogo contra os civis, e até aí você não se surpreende porque esse é um assunto comum nas aulas de história. O que não é corriqueiro é aprendermos sobre uma atriz ter se enfiado entre o conflito sem medo algum de represálias.

Bom, essa atriz existe e se chama Jane Fonda!

O ano era 1972 e os Estados Unidos se diziam fazer parte da guerra apenas para ajudar seu aliado, o Vietnã do Sul, tudo porque eles queriam impedir que o comunismo se instalasse no país como um sistema de governo permanente. E indo contra todas as expectativas sobre uma atriz ganhadora do Oscar, Jane Fonda recebeu um convite para visitar o país e ver de perto os impactos da guerra por lá.

Fazendo o inimaginável, Jane não só foi ao Vietnã, como fez uma declaração na rádio local, implorando para que os soldados estadunidenses cessassem fogo e deixassem que áreas rurais e agrícolas fossem mantidas fora da guerra de poder.

A radialista local, Trinh Thi Ngo, fazia declarações em inglês pedindo pelo cessar fogo, assim como contava boletins sobre as atrocidades cometidas pelo Sul e pelo exército dos Estados Unidos, e como forma carinhosa, ela era reconhecida como Hanoi Hannah pelos soldados.

Quando Jane Fonda foi à rádio fazer seu apelo pelo fim daquele conflito bélico, os soldados a apelidaram de Hanoi Jane. E é óbvio que Jane Fonda nunca se arrependeu de ter protestado contra a guerra, e a prova disso é o próximo tópico…

Women’s March

Foto: divulgação

Apesar de ter sido chamada de traidora da nação quando foi ao Vietnã, Jane Fonda seguiu defendendo seu pensamento sobre a intrusão dos Estados Unidos na guerra, e levou em frente seu espírito revolucionário e contestador.

Em 2017, indignada com os rumos da política de seu próprio país, Jane foi para as ruas ao lado de milhares de mulheres – incluindo mulheres famosas, como Emma Watson, Scarlett Johansson e Janelle Monae -, para protestar contra o novo governo que estava começando.

O movimento Women’s March começou para deixar claro que todo um país era contra o sistema político de Donald Trump e contra o sexismo.

Mas claro que sendo Jane Fonda quem é, isso foi só parte do seu lado político. A atriz já foi detida mais de duas vezes em protestos variados, seja contra o governo, o machismo de um modo geral ou contra as mudanças climáticas, que ainda não têm uma política eficiente.

Fora isso, Jane Fonda fundou uma organização, em 1995, que tem o objetivo de proporcionar educação sexual aos jovens e prevenir a gravidez na adolescência.

Jane teve uma vida triste, com abusos sexuais durante a sua infância, além dos problemas familiares que enfrentava com o pai e o dilema emocional de ter uma mãe depressiva. Apoiar mulheres, lutar contra injustiças e sexismo, ir a favor dos direitos humanos e protestar contra absurdos governamentais fazem com que Jane Fonda prove ao mundo que Hollywood não é composta apenas de rostinhos bonitos.

A mulher perfeita

Foto: divulgação

Sabemos que Jane Fonda tem um rosto lindo, e desde nova esse foi seu grande marco nas telas. Sua postura elegante, seu corpo padrão em seu tempo e o rosto que se destacava com traços apreciados por Hollywood, ela se tornou um sex symbol logo no início de sua carreira. Mas os padrões de Hollywood são vingativos com mulheres que repudiam essas ideias e cruéis com as que aceitam as exigências.

Durante a sua juventude, Jane foi do segundo time de mulheres que compunham o time feminino de Hollywood. Isso se já não bastasse seu pai.

“As mães costumam ser culpadas por isso, mas para mim meu pai era o culpado. Eu o deixei envergonhado. Ele achava que eu era gorda. Eu sabia que ele não me queria por perto porque eu o envergonhava. Ele disse isso às pessoas. Eu ouvi meu pai dizer coisas sobre meu corpo que acabou com minha vida desde então. A maioria de suas esposas sofria de distúrbios alimentares, inclusive minha mãe”, disse Jane sobre seu pai.

Henry Fonda era um homem insensível, machista e cruel, e causou na filha problemas irrecuperáveis, isso além de já ter sido desumano em relação ao suicídio de sua esposa.

Para se manter dentro de uma pele que fosse capaz de amar, Jane Fonda recorreu a cirurgias plásticas e cobrou de si mesma uma figura perfeita e jovem, mesmo que tenha se arrependido no futuro. Ela disse que já entendeu que passou por momentos difíceis demais em sua vida, que foram responsáveis por a fazerem acreditar que cada uma daquelas mudanças eram necessárias, e listou sua relação problemática com o pai e os abusos sofridos na infância, que causam nas vítimas sintomas de dissociação, como causas principais para suas escolhas sobre sua aparência.

Projetos que mudam vidas

Foto: divulgação

Óbvio que não íamos terminar esse especial de aniversário de Jane Fonda sem mencionar sua carreira no cinema e na televisão que está repleta de trabalhos importantes e reflexivos.

A foto desse tema não poderia ser outra, se não o projeto de longa data mais recente em sua filmografia: o seriado original da Netflix, Grace & Frankie. Estrelado por Jane Fonda e – a igualmente maravilhosa – Lily Tomlin, Grace e Frankie são duas senhoras aposentadas, casadas em longa data com maridos exemplares e que esperam pela aposentadoria deles também, para que possam viver a melhor fase de suas vidas como qualquer casal normal. Fora do que esperavam, eles assumem que são gays e que mantém uma relação de 20 anos, e então os divórcios começam a correr, enquanto as duas passam a morar juntas na casa de praia que as duas famílias têm em conjunto.

Só nessa série já são debatidos temas como homossexualidade na terceira idade, relações quebradas, sexo e prazer feminino em idade madura e maternidade. Em outros trabalhos dela, como Do Jeito Que Elas Querem, Jane Fonda dá vida a uma mulher solteira e bem resolvida, que tem uma vida sexual completamente ativa apesar da sua idade e que usa seu empoderamento e conquistas profissionais como escudo contra relações intimista, o que é outro ponto na sua própria vida pessoal…

O medo do envelhecimento e da solidão ficam por conta do filme A Sogra, enquanto na comédia Sete Dias sem Fim fala sobre luto, bissexualidade e maternidade real.

Jane Fonda é um ícone incomparável, e agora que você já sabe disso, queremos conversar mais sobre ela lá nas nossas redes sociais – Twitter, Insta e Face -, para comemorarmos seu aniversário como fãs que somos. 

*Crédito da foto de destaque: divulgação

Categorias
Cinema Entretenimento Notícias Resenhas

Resenha | A Última Noite: um terror natalino que causa pesadelos conscienciosos

A Última Noite é um terror que nos causa culpa social e que se passa no natal

ALERTA DE GATILHO: SUICIDIO EM MASSA

O filme A Última Noite será lançado no dia 23 de dezembro, mas o Entretê já assistiu e adianta: o roteiro não veio para brincar.

Recomendamos novamente: o alerta de gatilho dessa vez não é só isso. A Última Noite é um filme realmente pesado e precisa de um psicológico saudável para ser assistido.

Com um clima inicialmente bem natalino, a história começa mostrando a casa da de uma família inglesa, composta por Nell (Keira Knightley), Simon (Matthew Goode) e seus três filhos, Art (Roman Griffin Davis) e os gêmeos Hardy (Hardy Griffin Davis) e Thomas (Gilby Griffin Davis). Eles estão reunidos na casa de campo da família de Nell e estão prestes a receber seus amigos de escola: o casal Sandra (Annabelle Wallis), seu marido Tony (Rufus Jones) e sua filha Kitty (Davida McKenzie); o casal formado por Bella (Lucy Punch) e Alex (Kirby Howell-Baptiste); e o casal James (Sope Dirisu) e sua parceira Sophie (Lily-Rose Depp).

Quando todos chegam, carregados de presentes e com muita alegria, a festa de natal começa em um clima de nostalgia e segredos escondidos entre todos eles.

Com o decorrer do filme, vamos entendendo que aquela não é apenas uma festa de natal, mas sim a última festa de natal de todos eles. A Inglaterra parece ser um dos últimos países que está enfrentando uma nuvem química causada pelas mudanças climáticas e lixos excessivos.

Roteiro e gatilhos

Foto: divulgação

Com um peso forte demais e o debate sempre presente de: “o que vamos fazer agora?”, o roteiro oferece duas escolhas aos seus personagens. Ou eles se suicidam com uma pílula oferecida pelo governo, ou aguentam a intoxicação causada pela nuvem e enfrentam convulsões dolorosas, derrames sangrentos e aflição para os familiares.

Todos na casa de Nell escolheram seguir as recomendações do governo e fizeram um pacto para se suicidarem juntos, então eles celebram o natal com muita festa e verdades sendo reveladas e cobradas,  para então tomarem as suas pílulas.

No decorrer da trama, descobrimos que nem todos eles estão dispostos a ingerir a pílula, especialmente Sophie e o jovem Art, que vem acumulando estresse com relação a situação atual do planeta.

A Última Noite critica com muita força a passividade humana sobre as mudanças climáticas, toca no nome de Greta Thunberg e desafia o público a pensar nas consequências finais: se fôssemos nós, tomaríamos a pílula ou escolheríamos a morte trágica que a nuvem tóxica promete?

Questões políticas e familiares

Foto: divulgação

Entre todas as coisas que A Última Noite questiona, as relações familiares são as mais óbvias e complexas, mas precisamos falar sobre o humor ácido que o filme usa para debater política.

Em determinado momento, a localização da Rainha é questionada, e em uma resposta rude, alguém na mesa a acusa de estar em um bunker, bem protegida e com estoques infinitos de comida de cachorro, então Nell questiona no calor do momento: “imagine comer comida de cachorro? Deve ser ruim”. Na mesma hora alguém a corrige e diz que isso deve ser para os cachorros da Rainha, então ela ri e o clima muda novamente.

O filme veio em boa hora para questionar as posições políticas e a relação do povo com esses sistemas, especialmente porque Art vive questionando o pai sobre as pessoas em condição de rua ou imigrantes ilegais, indignado por essas pessoas não terem recebido as pílulas, e ainda mais abismado quando seu pai alega que o governo diz que essas pessoas não existem de verdade. Mas nós estamos assim tão longe da realidade do filme? Será mesmo que não nos calamos para as mesmas coisas que Art estava tão empenhado em criticar?

A pandemia e suas vítimas podem confirmar que sim, estamos todos como os personagens de A Última Noite, e nossos governos são como a Rainha: seguros e cheios de comida de cachorro.

Voltando um pouco, vemos relações familiares sendo jogadas contra as relações políticas. Sandra e Tony disseram para a filha que são os Russos tentando invadir a Inglaterra, e também são eles os exibicionistas de seu dinheiro. Nell e Simon são mais realistas e diretos com seus filhos e, por consequência, são os mais racionais sobre a situação mundial e a posição do governo. Tudo isso cria um clima ainda mais questionador sobre até onde vamos em nossas próprias famílias também.

Clima natalino

Foto: divulgação

As nossas considerações finais ficam por conta do clima natalino.

Apesar de o filme acontecer nessa época do ano e a festa de natal ser realmente algo divertido para todos que se reuniram na casa de Nell e Simon, a verdade é que a mão do roteiro foi pesada demais.

A Última Noite promete ser um filme de comédia ácida, mas suicídio em massa não tem a mínima graça e, por mais drástico que seja esse humor, é um tanto quanto cruel usarem as festividades natalinas como o tema de algo tão terrível quanto a morte de toda a população mundial. Lançar o filme nas vésperas da comemoração real só nos dá ainda mais aflição.

Obviamente que isso não quer dizer que o filme seja ruim, porque ele não é. A Última Noite lava muita roupa suja, faz chamados importantes sobre a sociedade, questiona relações de todos os tipos e deixa claro que nem todas as confraternizações são verdadeiras, a menos que o fim de algo esteja próximo. Também debate sobre ideais e realizações, esperanças e medos, e explora todos os tipos de casais e suas realidades, tal como a maternidade em todas as suas formas e escolhas.

De certa forma, o roteiro até nos lembra que talvez esse seja mesmo o espírito natalino: união, independente da situação. Estar com quem se ama parece ser um chamado perfeito para lembrarmos de quem somos e de como devemos seguir dentro de nossos círculos sociais, especialmente nesta época do ano.

Mas vamos deixar bem claro: A Última Noite não te deseja um feliz natal.

Nossa opinião sobre o filme pode até parecer um pouco ácida, mas estamos dispostas a saber se você quer assistir ele mesmo assim… Vem contar pra gente nas nossas redes sociais: Twitter, Insta e Face.

*Crédito da foto de destaque: divulgação

Categorias
Entretenimento Latinizei

Latinizei | Catarina Paraguaçu: a mãe de todas as mães brasileiras

Catarina Paraguaçu foi a primeira indígena a se casar formalmente com um explorador português, e fundou a família miscigenada brasileira

Catarina Paraguaçu fundou a família brasileira, mesmo que hoje, quando falamos de família brasileira, não tenhamos o costume de pensar na origem do termo ou no peso que ele carrega.

Ela foi uma indígena Tupinambá, católica fervorosa e fundadora da primeira família formalmente brasileira. Inclusive, justamente por isso você já pode começar a nos perdoar por esse Latinizei não ter fotos como costumamos fazer, mas ainda assim precisamos falar sobre a mãe do Brasil.

Catarina Paraguaçu teve uma vida digna de filmes da Disney, com uma paixão ao estilo Pocahontas e um encontro ao estilo Ariel. Hoje o Latinizei faz o que a Disney não fará, e te conta sobre essa mulher excepcional e forte, de extrema importância para a nação brasileira.

Tupinambá 

É impossível saber ao certo a data de nascimento de Catarina Paraguaçu, mas se sabe que ela foi uma indígena Tupinambá, que viveu no início do século XVI.

Nessa época, as explorações estavam chegando ao Brasil por navios europeus. Até então, o território brasileiro se dividia entre povos nativos de várias etnias diferentes, e entre elas existiam os Tupinambá, que vivia no Sul baiano, ali pelos lados de Ilhéus.

Catarina de Paraguaçu era conhecida por sua grande beleza e pelo seu nome ancestral, Paraguaçu, que significa Água Grande.

Sabemos também que ela era filha de um Morubixaba, que era o líder da sua aldeia.

Catarina Paraguaçu era o equivalente a nossa própria princesa da Disney, nascida de um povo conhecedor das artes da guerra e completamente apaixonado pela dança, e a sobrevivência deles era feita de caça, pesca e agricultura, já que a terra era fértil e moravam em áreas cheias de animais e com espaços de pescaria fácil.

Por ser mulher, Catarina Paraguaçu foi ensinada sobre artesanato, plantio e colheita, além de atividades como cozinhar e responsabilidades que atualmente respondem ao termo doméstica.

O povo ancestral

Antes de se pensar em como Catarina Paraguaçu fundou o primeiro casal formalmente miscigenado do Brasil, temos que lembrar da origem da cultura Tupinambá.

Quando falamos de uma comunidade Tupinambá, pode-se entender de duas formas diferentes, por duas especificações diferentes.

A primeira classificação engloba uma situação geográfica. Sendo assim, povos que viviam entre a margem direita do Rio São Francisco até o Recôncavo Baiano, e sobre quem viviam entre o Cabo de São Tomé (atual Rio de Janeiro) até São Sebastião (no estado de São Paulo). Mas o povo que vivia entre o atual Rio de Janeiro e o atual São Paulo é mais conhecido por Tamoio, portanto, quando falamos do berço de Catarina Paraguaçu, estamos falando sobre a região baiana.

Mas Tupinambá também pode se referir aos indígenas falantes de uma variação do Tupi Antigo, e na verdade, tanto os Tupinambás quanto os Tamoios.

Esses povos falantes de Tupi eram as comunidades mais populares e reconhecidas entre os exploradores europeus. Povos falantes do Tupi Antigo se classificavam entre Tupiniquins, Potiguaras, Tabajaras, Caetés, Tupinaés, Tamoios e os Tupinambás.

Atualmente os Tupinambás residem em Vila de Olivença, na Bahia, e perto do Baixo Rio Tapajós, no Pará.

Primeira família brasileira

Sempre lembrada como a primeira mãe brasileira, Catarina Paraguaçu se apaixonou e se casou com o explorador português Diogo Álvares Correia, e por isso foi responsável por formar o primeiro casal miscigenado do Brasil, formalmente falando.

Mas o curioso é como seu futuro marido chegou ao Brasil. Diogo foi o único sobrevivente de um naufrágio que ocorreu por volta de 1508 e 1509, e por uma consequência do destino, era o único português embarcado em seu navio.

A lenda conta que ele foi encontrado no atual bairro do Rio Vermelho, por um grupo indígena, caído entre algumas pedras.

Na época, Diogo tinha por volta dos 18 anos e, ao ser encontrado, recebeu o nome indígena de Caramuru, pois foi comparado a um peixe de mesmo nome. O tal Caramuru é um peixe elétrico que vive entre as pedras.

Foi Diogo quem aplicou a ideia de monogamia na comunidade que foi acolhido, pois o povo Tupinambá vivia em um sistema poligâmico. Apaixonado demais pela indígena Paraguaçu, Diogo não tinha interesse em outras mulheres da comunidade.

Apesar disso, Diogo chegou a seguir a cultura local e teve relações com outras mulheres, tal como filhos nascidos dessas relações. Mas foi com Catarina Paraguaçu que Diogo morou junto e se estabeleceu como família, e viveram perto do bairro da Graça.

A Graça 

Mãe, esposa e católica fervorosa, Catarina Paraguaçu foi a responsável pela construção da Igreja da Graça, na região baiana.

Pouco depois da construção do templo, em 1524, uma expedição francesa em busca de pau brasil chegou à costa. No comando dela estava Girolamo Verrazano, e financiada por Jean Ango, um francês milionário que – supostamente – financiou a mesma expedição naufragada que trouxe Diogo Álvares Correia ao Brasil.

Jacques Cartier também estava no comando da expedição, e era um dos maiores navegadores franceses. Cartier foi responsável por descobrir o Canadá e fundar Quebec e Montreal. Mas vamos dar uma pausa para lembrar que Jacques Cartier foi responsabilizado pela descoberta do Canadá, mas entre aspas sem fim, e apesar de esse não ser o tema do nosso Latinizei, temos que lembrar desse fato histórico sobre Cartier, pois foi ele o responsável por levar à Europa o casal Diogo e Catarina Paraguaçu, ainda em 1524.

Foi justamente por causa dessa viagem que o casal oficializou a relação nos termos europeus, e nasceu, então, o primeiro casal miscigenado do Brasil.

Para o casamento, a indígena Paraguaçu teve que se batizar com um nome europeu, e passou a ser chamada de Catarina Paraguaçu, em homenagem à esposa de Jacques Cartier, Catherine des Granches, que foi a madrinha de batismo de Paraguaçu e também madrinha de casamento do casal, ao lado do marido, Cartier.

Naquele momento nascia Catarina Paraguaçu Álvares, a mãe de todas as mães brasileiras, já que Paraguaçu foi a primeira mulher das Américas a se casar com um fidalgo na igreja.

Falência e declínio

Foto: divulgação

Catarina Paraguaçu faleceu na década de 1580, muitos anos depois do marido. Em testamento, que resistiu ao tempo e ainda existe, Paraguaçu deixou bens físicos para o Mosteiro de São Bento, que foi o primeiro Mosteiro Beneditino da América, fundado em 1582.

Ela foi enterrada ao lado do marido, na igreja Nossa Senhora da Graça, perto de onde viveram quase a vida toda.

Mas antes de deixarem esse mundo, o casal que havia vivido no esplendor e servido de referência para os viajantes europeus que desembarcavam no Brasil, teve que ver a terra sendo explorada e segregada.

Em diversos tipos de explorações europeias, o casal foi despejado de sua terra no bairro da Graça e ganhou um terreno em uma área mais afastada, além de serem jogados nos esquecimento social depois de tantas capitanias e domínios das novas terras brasileiras, que eram exploradas e comandadas por europeus gananciosos.

O que resta em seu legado, hoje, é a simples igreja da Graça, na Bahia, e sua história de amor com seu português náufrago, além da numerosa família do casal.

Essa foi Catarina Paraguaçu, a mãe de todas as mães brasileiras, dona de uma história interessante e maravilhosa, e senhora de um destino romântico e trágico.

Mas não queremos que a história de Catarina Paraguaçu acabe aqui… Vem conversar com a gente, nas redes sociais – Twitter, Insta e Face -, sobre essa mulher genial. Estamos te esperando por lá!

*Crédito da foto de destaque: divulgação

Categorias
Cinema Entretenimento Séries

Star+: maratona em família com filmes e séries imperdíveis

10 filmes e séries que não podem faltar na sua maratona familiar estão disponíveis na Star+

Nessa época de final de ano, nós só queremos passar um tempo em família e, para nos ajudar com essa meta, o Star+ reuniu títulos que estão disponíveis na plataforma e que unem a família.

De Repente 30 (2004)

Foto: divulgação

Jenna Rink (Christa B. Allen/Jennifer Garner) é uma garota que está descontente com sua própria idade e a única amizade que possui é com Matt (Sean Marquette/Mark Ruffalo), seu vizinho. E em seu 13º aniversário, ela faz um pedido: virar adulta.

O pedido milagrosamente se torna realidade e, no dia seguinte, Jenna acorda com 30 anos de idade. Inicialmente assustada, ela fica cada vez mais encantada por ter se tornado o que sempre sonhou ser. Porém, quando tenta reencontrar Matt, ela descobre que perdeu contato com ele há anos e ele está prestes a se casar, assim como descobre que não é lá a melhor pessoa do mundo.

A comédia romântica é um clássico e vale ser revista uma e outra vez, sempre que possível.

Com amor, Simon (2018)

Foto: divulgação

Aos 17 anos, Simon Spier (Nick Robinson) aparentemente leva uma vida comum, mas sofre por esconder um grande segredo: nunca revelou ser gay para sua família e amigos. E tudo fica mais complicado quando ele se apaixona por um dos colegas de escola, anônimo, com quem troca confidências diariamente via internet.

Quando um dos colegas de escola de Simon descobre seu segredo, ele usa isso para chantageá-lo só para poder sair com uma das suas melhores amigas.

A história é inspirada no livro Simon vs. A Agenda Homo Sapiens, e já rendeu até uma série com o mesmo tipo de trama, a nossa queridinha Com Amor, Vitor.

Mamma Mia (2008)

Foto: divulgação

O filme se passa em 1999, na ilha grega de Kalokairi. Sophie (Amanda Seyfried) está prestes a se casar e, sem saber quem é seu pai, envia convites para Sam Carmichael (Pierce Brosnan), Harry Bright (Colin Firth) e Bill Anderson (Stellan Skarsgard).

Eles vêm de diferentes partes do mundo, dispostos a reencontrar a mulher de suas vidas: Donna (Meryl Streep), mãe de Sophie. Ao chegarem, Donna é surpreendida, tendo que inventar desculpas para não revelar quem é o pai de Sophie.

A trilha sonora é imperdível, e o filme tem um ritmo dançante e apaixonante que nos faz suspirar. Amamos!

Pequena Miss Sunshine (2008)

Foto: divulgação

Nenhuma família é verdadeiramente normal, mas a família Hoover extrapola. O pai desenvolveu um método de auto-ajuda que é um fracasso, o filho mais velho fez voto de silêncio, o cunhado é um professor universitário com tendências suicidas e o avô foi expulso de uma casa de repouso por usar heroína. Nada funciona para o clã, especialmente para o lado masculino, até que a filha caçula, a desajeitada Olive (Abigail Breslin), é convidada para participar de um concurso de beleza para meninas.

Durante três dias, eles deixam todas as suas diferenças de lado e se unem para atravessar o país numa kombi amarela enferrujada, só para que Olive realize seu desejo.

O filme fala sobre união, relações familiares e autoconhecimento, além de tocar em temas importantes e aquecer nossos corações.

Bohemian Rhapsody (2018)

Foto: divulgação

Freddie Mercury (Rami Malek) e seus companheiros Brian May (Gwilym Lee), Roger Taylor (Ben Hardy) e John Deacon (Joseph Mazzello) mudaram o mundo da música para sempre ao formar a banda Queen, durante a década de 1970.

Porém, quando o estilo de vida extravagante de Mercury começou a sair do controle, a banda teve que enfrentar o desafio de conciliar a fama e o sucesso com suas vidas pessoais cada vez mais complicadas.

O filme é inspirado na realidade por trás da icônica banda, e nos faz querer saber mais sobre suas trajetórias pessoais além da jornada que nos é apresentada em cena. E na verdade, quem não ama o Queen?

Modern Family (2009)

Foto: divulgação

O dia a dia de três famílias ligadas entre si. Jay Pritchett (Ed O’Neill) é um homem mais velho que se casa com a latina Gloria (Sofía Vergara), muitos anos mais nova que ele. Os dois moram com o filho dela, Manny (Rico Rodriguez), e convivem diariamente com os filhos do primeiro casamento de Jay: Claire (Julie Bowen) e Mitchell (Jesse Tyler Ferguson).

Claire é uma dona de casa casada com o corretor de imóveis Phil Dunphy (Ty Burrell) e que luta para dar a melhor educação para os filhos Haley (Sarah Hyland), Alex (Ariel Winter) e Luke (Nolan Gould). Já Mitchell vive um relacionamento com Cameron Tucker (Eric Stonestreet), que tem como fruto a filha adotiva Lily (Aubrey Anderson-Emmons).

A série conta com 11 temporadas, e a boa notícia é que todas estão disponíveis no Star+, então a maratona vai ser completa mesmo!

This Is Us (2016)

Foto: divulgação

This is Us acompanha o cotidiano da família Pearson durante várias linhas do tempo diferentes. Depois da morte de um dos seus trigêmeos durante o parto, o casal Rebecca (Mandy Moore) e Jack (Milo Ventimiglia) decidem adotar um recém-nascido que acabara de ser resgatado pelos bombeiros.

Durante os episódios, a série apresenta os problemas e dilemas dos Pearsons enquanto uma família e, também, a vida particular de seus filhos depois de adultos: Randall (Sterling K. Brown) um advogado lidando com a volta de seu pai biológico, Kevin (Justin Hartley), um belo ator de televisão buscando novas oportunidades no teatro e Kate (Chrissy Metz), uma mulher tentando lidar com seu peso e superar traumas da infância.

E se é para ter temporadas completas, essa série também vai deixar sua família bem feliz, porque todas as 5 temporadas estão no Star+, e é óbvio que merece a nostalgia em ser assistida de novo.

Only Murders in the Building (2021)

Foto: divulgação

Only Murders In The Building acompanha a história de três desconhecidos que compartilham uma obsessão por crimes e, de repente, se veem envolvidos em um quando investigam a misteriosa morte de um vizinho no prédio em que moram em Nova York.

O elenco principal tem Selena Gomez, Martin Short e Steve Martin, e revive o amor dos fãs de true crime em uma versão fictícia, com personagens que têm tudo a ver com o nosso fascínio por esses casos.

A primeira temporada está disponível com exclusividade na plataforma, e a gente indica muito a maratona.

Love, Victor (2020)

Foto: divulgação

A série segue Victor (Michael Cimino), um novato na escola Creekwood High, em sua própria jornada de autodescoberta, enfrentando desafios em casa, ajustando-se a uma nova cidade e batalhando com sua orientação sexual. Quando tudo parece demais, ele estende a mão para Simon (Nick Robinson) ajudá-lo a navegar pelos altos e baixos do ensino médio.

Lógico que você sabe de que Simon estamos falando, né? O queridinho de Com Amor, Simon (que acabamos de indicar ali em cima!), que roubou nossos corações nos cinemas em 2018, e que antes disso já tinha nos conquistado com o livro Simon vs. A Agenda Homo Sapiens, de Becky Albertalli.

Precisamos falar que o clima de romance convence e a gente fica querendo mais? Já tem resenha, aqui no Entretê, sobre a primeira temporada. Mas a segunda acabou de ser lançada, então corre para não perder o hype.

Grey’s Anatomy (2005)

Foto: divulgação

Este drama intenso acompanha Meredith Grey (Ellen Pompeo) e a equipe de médicos do hospital Grey Sloan Memorial, enquanto enfrentam diariamente decisões da vida ou morte.

Eles procuram conforto um no outro e, às vezes, mais do que apenas amizade. Juntos, descobrem que nem a medicina nem os relacionamentos são preto no branco.

Para zerar a vida, Grey’s Anatomy precisa estar na sua lista de séries assistidas, e a gente indica que comece a assistir agora, no início da temporada de festas, porque as 17 temporadas vão te encher de sentimentos complexos.

Agora que você já tem as nossas dicas para maratonar, se joga no Star+ e curte muito o seu tempo em casa com a família. E não esquece que queremos saber quais são as suas dicas, lá do Star+, para maratonar com todo mundo que você ama. Estamos te esperando lá nas redes sociais: Twitter, Insta e Face.

*Crédito da foto de destaque: divulgação

plugins premium WordPress

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Acesse nossa política de privacidade atualizada e nossos termos de uso e qualquer dúvida fique à vontade para nos perguntar!