Com excelência, Maite Perroni fala sobre carreira, os paradigmas envolvendo o RBD e futuros projetos

Confira uma entrevista inspiradora e repleta de empoderamento, à revista mexicana GQ, em que Maite Perroni abre seu coração sobre a carreira, a importância do RBD e o seu futuro

Certamente a carreira de um artista é feita por altos e baixos e, na maioria das vezes, conta com muita luta, quebra de padrões e uma pitada de força do destino. Quando se é latino, os desafios podem ser ainda maiores e Maite Perroni é uma dessas atrizes que olhamos e sentimos uma tremenda sensação de conquista e orgulho.

Em recente entrevista à revista mexicana GQ, Maite abre seu coração sobre vários temas que envolvem sua trajetória, incluindo, claro, o nosso querido e amado RBD.

Mas será que atuar sempre esteve em seus planos?

Eu vou ser sincera com você. Eu não pensava em me dedicar à atuação, queria estudar marketing ou publicidade”, comenta Maite que, no momento, está fazendo promoção da segunda temporada de El Juego de las Llaves, série do Amazon Prime Video.

O início de tudo

Maite Perroni é a estrela latina do momento, mas isso não estava em seus planos. “Eu gosto de design e da arquitetura e era isso que queria estudar. Mas a vida te dá oportunidades e há pessoas que se tornam cúmplices do seu destino e mudam tudo”, afirma. Essa pessoa era um pai de um colega de classe, que notou o talento de Maite nas peças e projetos de escola que apresentavam. “Um dia ele se aproximou e disse: Você não gostaria de ser atriz? Se tratava de Eugenio Cobo, Diretor, naquela época, da escola de atores da Televisa” e a resposta de Maite foi: “Eu lhe respondi que não, porque eu não sabia chorar e não queria beijar desconhecidos… e olha agora, estou em El juego de las llaves (risos)”.

A foto mostra Maite Perroni em uma sessão de fotos, em preto e branco, olhando, com sensualidade, para a câmera
Foto: Divulgação | GQ Mexico

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Depois desse encontro, Maite decidiu se arriscar, entrou em contato com Eugenio Cobo e entrou para a tão sonhada CEA (Centro de Educação Artística da Televisa), onde descobriria a maior paixão de sua vida e entraria para um projeto que mudaria, para sempre, sua carreira.

A sorte chamada RBD

Após dois anos, uma telenovela mexicana seria o divisor de águas, não somente na carreira de Maite Perroni, mas também na história da TV mexicana e internacional – e na carreira dos demais atores: Rebelde. “Quando eu entrei para o projeto, pensei que era uma grande oportunidade. Na versão da argentina, minha personagem durava seis meses, então, eu estava convencida de que seria algo incrível poder estar na novela durante esse tempo”, disse.

Mas os planos mudaram. Para quem conhece bem a personagem Lupita, sabe como Maite se empenhou e fez a menina que, no início, não era tão valorizada, crescer e conquistar o coração do público. E quando anunciaram que estavam em busca de uma terceira mulher para integrar a banda principal, Maite foi surpreendida com a oferta para o posto.

Maite Perroni aparece em uma sessão de fotos, em preto e branco, com um look formal
Foto: Divulgação | GQ Mexico

Na minha cabeça, nunca passou que eu me dedicaria à música. E outra, eu não cantava nem no karaokê com minhas amigas. […] Felizmente eu tinha quatro companheiros que cantavam muito bem. Procurei o Eugenio Cobo novamente e ele me ajudou a conseguir aulas para não desafinar tanto. Logo eu me tornei expert do playback e pouco a pouco fui aprendendo. Foi um processo de cinco anos e depois desse tempo, eu relaxei”, completa.

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Detalhe que, após o fim da banda, Maite ainda chegou a se dedicar à carreira solo e lançou sucessos que até hoje são lembrados na música latina, como seu álbum, Eclipse De Luna (2013) e o single Loca, em parceria com Cali y El Dandee.

A importância do RBD e os paradigmas 

O RBD é um daqueles grupos que, como um cometa, aparecem no cenário musical uma vez a cada década: eles venderam milhões de discos, lotaram todos os locais em que se apresentaram e sua base de fãs inclui fãs de todo o mundo“, comenta Sergio Valenzuela, da GQ México.

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A foto mostra o grupo RBD em 2007
RBD em 2007 | Foto: Divulgação | RBD Fotos

Para Maite, esse encontro com o projeto foi desafiador, mas, ao mesmo tempo, proporcionou viver coisas que ela nunca havia sonhado, graças à banda. “RBD é e sempre será um amor para mim. Depois veio o meu projeto solo, com o qual consegui discos de ouro e platina. Isso foi um mimo para a alma”, disse.

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Mesmo assim, a artista decidiu fazer uma pausa nesse fenômeno para mirar no futuro. “Me imaginei cantando, aos 55 anos e pensei que não era o caminho que eu quero seguir. Queria uma carreira de atuação. Foi então que decidi deixar a indústria”, completou. Não é à toa que hoje temos, em Maite, uma das maiores atrizes latinas da atualidade.

Os preconceitos e quebras de padrões num mercado dominado por homens

Assim como na vida, há pessoas que acreditam no destino e outras não, também encontramos aquelas que, após o sucesso, decidem sentar-se e viver dessas conquistas. Maite faz parte do outro grupo: aquela que luta e trabalha incansavelmente para realizar seus sonhos. Claro que muitos pensam que, com todo o êxito de Rebelde, diversas portas se abriram – e assim se fez – mas todo o sucesso vem acompanhado de críticas e pré-julgamentos.

Maite Perroni aparece em uma sessão de fotos, em preto e branco, com um look formal
Foto: Divulgação | GQ Mexico

Nessa indústria eles te classificam. É uma batalha interna, já que creio que todos vamos formando nossas carreiras de acordo com as oportunidades, porque quando estas chegam, você precisa aproveitá-las. A mim chegou o RBD e me encheu de bençãos. É algo que você abraça e agradece, mas que te distancia do que você projetava para seu futuro. Você está num projeto oposto, porque essa foi a primeira oportunidade, mas depois, não tiram te tiram mais dali”, disse Maite. 

Lendo isso, entendemos o porquê de muitos dos ex-RBD’s, terem escolhido seguir em frente com suas carreiras solos. Era preciso crescer e ser reconhecido por outros papéis, outros trabalhos, porque era possível ir muito além. “Quando eu dirigia minha carreira para filmes ou outros papéis, aparecia, automaticamente, essa imagem do grupo. Então veio o fato de ser rotulada como atriz de novela. Você passa por estágios e o interessante é quando você se agarra para realizar outras coisas. Só você sabe quantas vezes eles dizem sim e quantas vezes não, mas é muito bom ver como você contorna essas dificuldades, disse.

 

Maite Perroni aparece sentada em um banco, numa sessão de fotos em preto e branco
Foto: Divulgação | GQ Mexico

Ainda assim, foi preciso superar muitos comentários, preconceitos e boatos só pelo de ser mulher. “Por exemplo, há muitos anos, os produtores me diziam: “Ui, é do RBD. Vai se casar e sair da indústria. […] Naquele tempo eu ia me casar, mas no fim, decidi não fazer isso e, ao devolver o anel, me fizeram sentir como a pior mulher do mundo. Existe uma crítica constante, tudo está exposto”, comentou.

E qual o maior aprendizado de tudo isso?

Minha conclusão foi viver minha vida. Você tem que ser você sem se trair. Acho que um dos meus pontos fortes é ser honesta comigo mesma e isso me permite viver as coisas e apreciá-las. É se adaptar e se aceitar, ser grato pelas oportunidades. E se você quiser mudar, tem que ir em frente, usar seus recursos e buscar suas opções. Mas é vital que você não se traia, porque isso faz a diferença. Além disso, ao longo dos anos, aprendi que você não deve deixar o que o outro pensa determinar você. Essa congruência vai te ajudar e vai dar certo no final ”, completou brilhantemente Maite Perroni.

O sucesso de El Juego de la Llaves

Ainda bem que Maite soube silenciar os comentários alheios e ouvir a si mesma, porque hoje, podemos acompanhar seu desabrochar e vê-la voar, cada vez mais alto. Após a estreia de El Juego de las Llaves, nos deparamos com uma nova fase de Maite, em que se encontra mais madura, confiante do que quer e pronta para ir muito além do que imaginava.

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Maite Perroni aparece segurando uma chave, com batom vermelho e semblante sério
Maite em El Juego de las Llaves | Foto: Divulgação | Twitter

A série retrata temas modernos e explora um lado mais sexual dos personagens, mas, para Maite Perroni, esse não é o ponto principal, mas sim, contar a história do personagem. “Meus pais me ensinaram a ser uma mulher sem culpa e me deram ferramentas para viver minha vida sexual com responsabilidade e amor”, disse.

Ela também comenta sobre a importância de se falar, com naturalidade, sobre esse tema, que ainda é um tabu em tantos países da América Latina. “Veio esse processo de normalização do corpo e do desnudo que tem a atriz e foi um desafio, porque isso te expõe e te deixa vulnerável”. Ela explica que o desafio maior é mostrar que a nudez tem sentido para sua personagem. “A sexualidade é normal e devemos educar, compartilhar e normalizar. Ao homem, o aplaudem de seus triunfos sexuais e à mulher, ela tem que ser casta e pura na cultura latina, mas não é certa essa percepção. Somos seres humanos e temos que compartilhar desde esse lugar”, finalizou.

E o que podemos esperar do futuro?

Além de El Juego de las Llaves, Maite Perroni vai estrear em 2022 na tão esperada continuação de Desejo Sombrio, outra série que a desafiou como atriz e em um nível pessoal, além de ter apresentado o trabalho impecável da artista para diversos países do mundo, através da Netflix. Ela também anuncia que acaba de gravar um novo longa, o que nos deixa ansiosas para o futuro. “Realizei um filme na Espanha que me desafiou e me permitiu sair da minha zona de conforto. Chama-se Sin ti no puedo e também será lançado no ano que vem”, disse.

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Mas e o RBD? Eles terão uma reunião definitiva?

O encontro virtual foi um belo presente para os fãs que tiveram um ano difícil. Não sei o que vai acontecer depois, porque isso moveu as fibras, mas cada um está em um processo”, disse. 

A mostra Maite Perroni, Anahi, Christian Chávez e Christopher Uckermann na divulgação do concerto Ser o Parecer 2020
Maite, Anahi, Christian Chávez e Christopher Uckermann na divulgação do concerto Ser o Parecer 2020 | Foto: Divulgação

Ao fim da entrevista, Maite foi questionada sobre o que diria para o seu eu mais jovem e ela respondeu com inteligência: Não esteja à frente do futuro. Antes costumava pensar no futuro, então eu diria a mim mesma para aproveitar ao máximo o seu presente. Acredito no destino e a vida me ensinou isso, mas você tem que viver hoje, em congruência e curtir. Sinto-me satisfeita, mas tenho desejo e motivação, e um limite ainda maior. Sinto-me plena e grata”, finaliza.

Portanto, temos aqui uma inspiração de mulher e artista, que não aceitou ser rotulada e mostrou versatilidade, personalidade e congruência com o que acredita para seu futuro e que ainda vai nos encher de orgulho.

Para ler a entrevista completa, clique AQUI.

 

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*Crédito da foto de destaque: Divulgação / Revista GQ México

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