Filme importante e emocionante ganha vida nas telas da Rede Globo hoje (21) na Tela Quente
Quando falamos de obra buscamos pensar em recortes produzidos e o quão relevante foi para a sociedade de forma geral. Extraordinário começou sua história muito antes de R.J. Palacio colocar em palavras aquele que se tornaria o ponto mais alto de sua carreira. Foi em uma sorveteria que a escritora presenciou a surpresa de ver seu filho chorar após ver uma criança com a mesma doença de Auggie (Jacob Tremblay) – portador da Síndrome de Treacher Collins.
Extraordinário conta a história de Auggie, criança portadora de uma síndrome que deforma o rosto e provoca a necessidade de muitas cirurgias. Na mesma proporção que Auggie tenta viver e se esconder do mundo, sua mãe, Isabel Pullman (Julia Roberts), exerce o papel de protetora máxima, o que nem sempre contribui para a autonomia do jovem. A família é composta por mais dois integrantes: a filha, Olivia (Izabela Vidovic), e o pai, Nate (Owen Wilson) e no final, todos giram em torno da vida de Auggie.
O desafio maior da história começa quando entendem que Auggie precisa frequentar a escola. Ainda que precisando de capacete para tentar não ser visto, o menino só queria o oposto disso: ser visto pelo que é de verdade, não pelo que viam em seu rosto. O filme nos mostra o quão difícil pode ser a vida de uma criança diferente da maioria e a necessidade de se criar seres humanos capazes de amar.
Auggie sem dúvidas era o mais inteligente e amoroso da turma, mas há um personagem que se destaca nessa luta: Jake Will (Noah Jupe). O garotinho que, assim como todos, é apenas uma criança, ensina muito mais do que qualquer outro adulto. Ele não só abraça a luta de seu mais novo amigo, como entende a importância da luta para Auggie.
A questão principal do livro, que mais tarde virou filme, não é a doença do jovem, mas sim, a forma como todos lidam com isso. Seja com amor e compaixão, seja com ódio e indiferença, Extraordinário é sobre escolhas e a principal delas é: precisamos escolher quem queremos ser na história de alguém.
A família Pullman não é diferente das outras famílias. Sentimos raiva, dor e tristeza na mesma proporção que comemoramos cada vitória e sorrimos com cada diálogo. No final de tudo, o que Palacio quis dizer com tudo isso foi: sejamos gentis com a gente e com o outro sempre.
Auggie termina seu discurso emocionante agradecendo à mãe, ao pai, à irmã, à Jake Will. Talvez ele não saiba, mas quem precisava agradecer somos nós na posição de telespectador. “Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo.” é a frase que narra a esperança que o filme passa.
O progresso dos atores, a sensibilidade de cada momento narrado é o ponto incrível dessa história que precisava ser contada. Se há leituras e filmes necessários nesse mundo, Extraordinário precisa estar nessa lista.
O filme passa hoje na tela quente e não sabemos se ficamos felizes, tristes ou gratos por poder ver essa obra mais uma vez nas telas. O que podemos dizer é: assistam e assistam novamente. Que sejamos sempre Auggies na vida das pessoas: surpreendentes e gentis.
Assista o trailer!
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*Crédito foto de capa: Unasp