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Especial | 10 anos da estreia de Game of Thrones

Relembre momentos marcantes de Game of Thrones, o fenômeno da HBO que conquistou o mundo

 

[Contém spoiler]

Baseada nas Crônicas de Gelo e Fogo, obras de George R. R. Martin, Game of Thrones foi um fenômeno mundial que abriu espaço para outras séries com temática medieval, como, por exemplo, Vikings, ou até mesmo The Last Kingdom.

O episódio piloto, O Inverno Está Chegando, foi ao ar há exatamente 10 anos, ou seja, em 17/04/2011. A cada nova temporada, a série de fantasia e drama foi conquistando mais espectadores ao redor do mundo.

Seus 73 episódios ao longo de 8 anos e 8 temporadas (embora eu particularmente prefira pensar em 67 episódios, 7 anos e 7 temporadas) fizeram história na televisão. Além disso, Game of Thrones, ou GoT, ganhou muitos prêmios ao longo de seus anos nas telas. Foram 59 Emmys, entre 160 indicações, além de quebrar vários recordes da televisão.

A história envolvente, com personagens cativantes, odiosos e singulares, muitas cenas de batalhas e lutas, representatividade feminina no poder, a imprevisibilidade, a quase falta de favoritismo com relação aos personagens, dentre tantas outras coisas, fizeram de Game of Thrones um sucesso.

Sinopse

Depois de um verão de 10 anos, um inverno ainda mais longo e devastador está às portas. Enquanto isso, no mundo de fantasias, guerras e política, entre massacres, acidentes, casamentos, festas etc., as famílias mais poderosas dos Sete Reinos brigam entre si por poder e status. Todos querem ocupar o Trono de Ferro e governar os Sete Reinos, ou ao menos estar do lado da família que conquistar isso.

Enquanto isso, criaturas fantásticas além da Muralha esperam o inverno chegar para destruir tudo. A Patrulha da Noite é tudo o que resta entre a Muralha e o resto do mundo, porém eles são menosprezados e não possuem os recursos necessários para isso.

Confira agora alguns dos momentos mais impactantes da série

(alguns muitos momentos, na verdade, porque a redatora não conseguiu decidir quais eram os melhores)

Mas antes, dê o play na abertura:

Arrepiou tudo, né, minha filha?

Agora vamos aos momentos:

Morte de Ned Stark (1×9)

A morte de Ned Stark (Sean Bean) é um marco em Game of Thrones, tendo em vista que até sua decapitação ele era visto como o protagonista da trama.

Logo depois de descobrir que os três filhos da rainha Cersei Lannister (Lena Headey) são bastardos e fruto de incesto com seu irmão gêmeo Jamie Lannister (Nikolaj Coster Waldau), Ned confronta Cersei. Ele aponta que Joffrey (Jack Gleeson) não teria direito algum ao trono e pede para que Cersei pegue seus filhos e parta do castelo. A rainha, porém, arma para Ned e o acusa de traição.

No dia do julgamento de Ned, Cersei planeja fazê-lo confessar a traição e, através de Joffrey mandar Ned à Muralha para vestir o preto, porém o imprevisível e cruel rei Joffrey o condena à morte. Ned é decapitado.

Foto: Reprodução/HBO
Explosão no Septo de Bealor (6×10)

Cersei matou vários inimigos em uma explosão só. Porém, isso lhe saiu bem caro, já que, ao saber da morte da esposa, Margaery Tyrell (Natalie Dormer), o rei Tommen (Dean-Charles Chapman), filho da rainha, se suicidou.

Depois de ser humilhada pelo Alto Pardal (Jonathan Pryce) e ver os planos de dominação da Casa Tyrell, Cersei quer se vingar e acabar com todos. Ao tomar conhecimento de que dezenas de barris com fogo vivo estavam presentes em todos os túneis de Porto Real, Cersei enfim planeja sua vingança.

Ela manda acenderem algumas pequenas velas que fazem com que todo o fogo vivo entre em combustão imediata. A Casa Tyrell quase foi erradicada na ocasião. Além disso, o tio de Cersei, Kevan Lannistar (Ian Gelder), também acaba morrendo na explosão. Mais tarde o jovem rei Tommen se joga de uma janela, pois não suporta viver sem a esposa Margaery.

Reprodução/HBO
Casamento vermelho (3×9)

Game of Thrones mais uma vez nos mostra que na guerra dos tronos ou se ganha ou se morre”.

Depois de ter feito um acordo com a Casa Frey de que, entre outras coisas, Robb Stark (Richard Madden) despojaria uma das Frey, Robb se casa com Talisa (Oona Chaplin). Os Frey ficam revoltados e começam a fazer negociações com a Casa Lannister.

Robb, porém, tenta conseguir o perdão dos Frey. Eles, por sua vez, aceitam perdoar o Stark e voltam a apoiá-lo como Rei do Norte desde que Edmure Tully (Tobias Menzies), o tio materno de Robb, se case com Roslin Frey (Alexandra Dowling). Edmure aceita.

A situação parece estar sob controle, entretanto, no banquete logo após os votos do casamento de Edmure e Roslin, ocorre um massacre no qual Robb Stark, sua mãe Catelyn Stark, sua esposa grávida Talisa e mais três mil vassalos são mortos nas Gêmeas.

(Enquanto a redatora chora, ouçam a canção tocada na noite do casamento)

O norte se lembra (6×10/7×1)

“Quando perguntarem o que aconteceu aqui diga que o norte se lembra. Diga que o inverno chegou para a casa Frey.”

Foto: Reprodução/HBO

Arya Stark (Maise Williams) prova que vingança é um prato que se come frio. Em resposta ao massacre do casamento vermelho, Arya vinga a morte de sua mãe Catelyn e de seu irmão Robb, além de todos os vassalos dos Starks.

No primeiro episódio da sétima temporada, Arya mata toda a Casa Frey de uma vez ao envenená-los. Usando o rosto de Walder Frey (David Bradley), ela reúne os mais importantes da Casa para um banquete. No discurso a eles, com a voz de Walder ela diz que o erro deles [Freys] foi não ter matado todos os lobos (forma com a qual se referem aos Starks).

Antes disso, no último episódio da sexta temporada, a garota havia matado Walder Frey degolado.

Foto: Reprodução/HBO
Morte do Joffrey (4×2)

Joffrey morreu no dia de seu casamento com Margaery Tyrell. Logo depois da cerimônia, durante o banquete de casamento, Joffrey é envenenado e infelizmente (sem a parte do “in”) morre.

Seu tio, Tyrion Lannister (Peter Dinklage) acaba sendo acusado do homicídio, porém a responsável foi a avó da noiva, Olenna Tyrell (Diana Rigg), com ajuda de Mindinho (Aidan Gillen)

A morte de Joffrey inegavelmente foi uma das mais prazerosas de GoT.

Foto: Reprodução/HBO
Hodor (6×10)

Depois de seis temporadas de muitas teorias, os fãs de Game of Thrones puderam dormir em paz (só que não) quando descobriram o que Hodor significava.

Durante o último episódio da sexta temporada, o amigável gigante Hodor (Kristian Nairn) é morto ao proteger Bran Stark (Isaac Hempstead-Wright) dos Caminhantes Brancos. Hodor precisa segurar a porta para que o jovem corvo tenha tempo de escapar. Enquanto segura a porta, ele repete “hold the door” (segure a porta, em inglês), até que a única coisa que ele consegue pronunciar é “hodor”.

É revelado que Hodor foi afetado quando ainda criança por este evento que ocorreria no futuro. Sinistro, né?

Foto: Reprodução/HBO
 Jaime joga Bran da janela (1×8)

Aqui se iniciou a decadência dos Starks. Se Bran não tivesse caído da janela, seu pai, Ned, jamais teria ido para Porto Real. Ned jamais teria sido decapitado. Sansa (Sophie Turner) não ficaria presa no castelo sob os olhos de Joffrey e Cersei. Arya não teria fugido. Robb, por sua vez, jamais iria tentar vingar o pai. Catylin não envolveria as Casas Tully e Arryn em sua busca para vingar Bran, ao tentar sentenciar Tyrion à morte (já que Cat achava que ele havia mandado matar Bran, que sobreviveu graças ao seu lobo, Summer).

Entretanto, o final “feliz” da trama só foi possível graças aos Stark.

Bran sempre gostou muito de subir nas muralhas de Winterfell. Mesmo quando o Rei Robert (Mark Addy) vai com sua comitiva para a casa dos Starks, a fim de pedir que Ned se torne mão do rei (como é chamado o conselheiro mais próximo do rei, autorizado a tomar decisões no nome do monarca em caso da ausência deste), Bran continua com suas aventuras pelas muralhas. Entretanto, desta vez o garoto vê bem mais que as paisagens habituais de Winterfell. Bran vê a rainha Cersei e seu irmão gêmeo Jaime, cometendo incesto.

Sem entender muita coisa, o menino é descoberto pela rainha e empurrado da janela, rumo à morte, por Jaime. “As coisas que eu faço por amor”.

Reprodução/HBO
A morte e a confissão de Olenne Tyrell (7×3)

Perspicaz é a palavra que descreve Olenna Tyrell, a Rainha dos Espinhos.

Quando Jaime Lannister invadiu e dominou Jardim de Cima, ele ofereceu à Olenna um vinho envenenado, que ao contrário do que Cersei queria, daria à Olenna uma morte indolor. Logo depois de beber todo o vinho, a matriarca Tyrell confessa ter arquitetado o assassinato de Joffery, filho fruto do incesto de Cersei e Jaime.

“Diga à Cersei. Eu quero que ela saiba que fui eu”.

Foto: Reprodução/HBO
A quebradora de correntes (3×4)

Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) negocia a compra de um exército de Imaculados em Astapor. Em troca do exército, ela oferece um de seus jovens dragões, Drogon. Durante toda a negociação, Dany finge não saber falar valiriano e deixa que Missandei (Nathalie Emmanuel) fale por ela, mas ao pegar o cetro que tem poder sobre os Imaculados, ela revela que, na verdade, fala valiriano muito bem, porque essa é sua língua materna.

Dany manda os Imaculados matarem todos os mestres e libertar os escravos e finaliza com um Dracarys, para que Drogon queime o Grande Mestre.

No final, a quebradora de correntes diz ainda que não irá segurar nenhum dos Imaculados como escravos, que eles podem partir, se quiserem. Eles, entretanto, resolvem segui-la e lutar por ela.

Rainha faz assim!

Foto: Reprodução/HBO
O dragão de gelo (7×6)

Jon Snow (Kit Harington) junta alguns homens para irem além da Muralha e capturar um dos mortos-vivos a fim de levá-lo até Porto Real para provar o mal que sobrevém aos Sete Reinos. Eles eventualmente encontram alguns. Conseguem fazer um cerco, atacar e matar um Caminhante Branco. Parecia tudo perfeito: pegar um dos mortos-vivos e ir embora, mas a sorte não sorriu para o grupo.

Milhares de outros zumbis acabam se aproximando do pequeno grupo. Quando parece que está tudo perdido, Dany recebe um corvo de Gendry (Joe Dempsie) avisando que deu ruim para além da Muralha e, sob os protestos de Tyrion, vai ao encontro de Jon e de seus homens, a fim de resgatá-los.

Os dragões começam a tacar fogo (jura?) nos mortos-vivos e a matá-los de vez, mas então um arremesso de lança do Caminhante Branco (e que arremesso) acerta e mata Viserion, desestabilizando Dany mentalmente.

No final desse episódio, vemos o Caminhante Branco tocando no dragão. Quando Viserion abre os olhos, estes são tão azuis quanto o dos Caminhantes.

Foto: Reprodução/HBO

Conseguiu matar um pouquinho da saudade de GoT? Qual seu momento favorito da série? Conta isso e mais um pouco à gente no Twitter, Insta e Face do Entretetizei.

Confira também outros especiais.

Nos acompanhe para ficar por dentro do melhor do mundo do Entretenimento.

 

 

*Crédito da foto de destaque: HBO

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Resenha | Monarca: série mexicana aborda escândalos políticos e temas sociais

Produção da Netflix Lationamérica aborda escândalos, temas cruciais para nossa sociedade e escancara o sistema corrupto mexicano numa história incrivelmente real. Conheça Monarca

[Contém Spoiler]

A série mexicana Monarca está disponível em duas temporadas na Netflix e acompanha a história da família Carranza, dona de um império pioneiro no ramo de tequila e influente em todo o país. O sucesso da empresa vem acompanhado de escândalos, segredos e claro, o sistema corrupto mexicano que, caso você não tenha ideia de como funcione, vai entender cada detalhe ao longo da série.

Tudo começa com a morte do patriarca, dono do império Monarca: Fausto Carranza (David Rencoret), um homem que, por natureza, tem um histórico de crimes e corrupção, mas que se arrepende de todo o mal que já causou e, ao tentar limpar a imagem da empresa, acaba sendo traído pela própria família. Os membros da sociedade Monarca começam então a se revoltar e segredos começam a ser revelados.

 

Uma guerra entre familiares foi iniciada

Os irmãos Carranza | Divulgação: Netflix

Com a chegada da única filha da geração Monarca, Ana María Carranza (Irene Azuela), que morava nos Estados Unidos, o clã fica mexido, já que a moça sempre foi a favorita do pai e liderar a empresa era um desejo de todos. Com a morte de Don Fausto, o desejo pelo poder aumenta entre os irmãos e Ana María acaba conseguindo a presidência da empresa. A partir daí, a guerra entre os irmãos é declarada – e a busca por manterem a imagem de “família feliz” fica cada vez mais difícil.

Ana María Carranza | Divulgação: Netflix

Percebemos, com o desenvolver dos episódios, a forte influência da ilegalidade nos negócios do México. Ana María, por exemplo, até tenta gerenciar Monarca na legalidade, mas o próprio sistema mexicano a obriga a tomar decisões nem um pouco limpas. Apesar da mãe prezar pela união entre os irmãos, vemos, a todo momento, os mesmos sabotando uns aos outros, sempre com um objetivo: o poder. Chega a ser bizarro a linha tênue entre a boa imagem que a família passa para a imprensa e a realidade dos fatos, onde nada é perdoado e tudo é motivo para derrubar quem está “acima”.

 

Mulheres se destacando, mesmo em meio à uma sociedade machista

Antes de mais nada, é importante ressaltar a figura feminina nessa série, que, se pensarmos, está em minoria, já que, grande parte da família Carranza é composta por homens. Mas claro, mesmo estando em minoria, as mulheres da série se sobressaem, com alto poder de liderança e personalidades fortes, que se destacam, em meio a um machismo tóxico, presente não somente na produção em si, mas na sociedade como um todo.

Nesse sentido, Ana María consegue a presidência de Monarca por puro mérito e é totalmente capaz de gerenciar a empresa, mas, nas entrelinhas, percebemos como uma mulher em cargos de importância ainda incomoda o patriarcado e quando se trata de México, é ainda pior. Apesar dos erros e tropeços, Ana María se destaca a todo momento, mesmo nos momentos mais difíceis, com seu temperamento forte e determinação, que a faz lutar até o fim pela empresa e por sua felicidade. Bem como Ana María, outra personagem que precisamos destacar é Pilar Ortega (Daniela Schmidt), candidata à Presidência do México – tópico que falaremos a seguir.

Pilar Ortega | Divulgação: Netflix

 

Apesar da forte presença feminina, o famoso “final feliz” não foi alcançado por nenhuma das personagens da história, apenas Sofía (Fernanda Castillo), que só obteve sucesso ao sabotar Ana María. Num geral, o fim da série está mais próximo da realidade do que se talvez tivessem colocado um final feliz para as mulheres, mas claro, sempre esperamos a vitória feminina.

 

Uma eleição fictícia, mas que se compara ao que é vivido na política atual

Do mesmo modo que é tema na vida real, a eleições para Presidência foi outro ponto presente na série e um dos assuntos que geram mais polêmica no México – e no mundo, mas, particularmente falando do país em questão, a inserção da temática em Monarca foi crucial, já que o México é conhecido como uma das políticas mais autoritárias da América Latina. Para quem acompanha a histórica política do país, sabe que lá se vive uma verdadeira ditadura – não é à toa que temos, no mundo do cinema, o filme La Dictadura Perfecta, também disponível na Netflix. 

Um candidato fictício que se compara aos da realidade | Divulgação: Netflix

 

Em Monarca, a família em questão se divide quando Ana María decide apoiar à candidata Pilar Ortega (citada acima), uma mulher feminista, homossexual e independente. Pilar, que tem uma ficha limpa, comparada com seu maior concorrente, quase precisa implorar para conseguir falar e expressar suas opiniões. Em certo momento da série, um beijo entre ela e Ana María é vazado e a mídia transforma a situação em um escândalo, enquanto outros assuntos, bem mais importantes como a corrupção, deveriam ser levados em conta.

A posição de Pilar e Ana María se torna necessária na série, porque, mesmo que no final elas não vençam a batalha, o caminho percorrido para chegarem à posições pouco alcançadas anteriormente por mulheres é extremamente atual e necessário, principalmente para o público refletir sobre suas escolhas políticas para as próximas eleições – inclusive os brasileiros.

Ao passo que a campanha de Pilar nos chama a atenção, assim também ocorre com Jorge Laborde (Daniel Ducoing), o típico candidato que já estamos acostumados a ver por aí: influente, popular e claro, envolvido com o narcotráfico – que entre tapas e beijos, sempre favorece aos ques mais os obedecem. Laborde deixa sua marca na série, principalmente porque, apesar de ser um personagem fictício, poderíamos compará-los com incontáveis candidatos da vida real, de tão factual que o personagem é.

 

O Narcotráfico e seu poder sob a sociedade

O narcotráfico é um tema bastante conhecido quando falamos do México. Para quem acompanha a política mexicana ou produções mais novas do país, certamente sabe que estamos falando de um Estado comandado pelo tráfico de drogas, com regimes autoritários e machistas. Felizmente, produções mais modernas nos ajudam a entender melhor como funciona esse sistema e, como citado mais acima, tudo fica muito claro em Monarca.

Joaquín Carranza, interpretado de forma brilhante por Juan Manuel Bernal, é um homem influente e o primogênito da família. Seu desejo exorbitante pelo controle de Monarca o deixa cego: tudo desmorona quando ele se envolve com o tráfico. Sem perceber, ele vai perdendo o controle de tudo em sua vida, inclusive, o de seus próprios filhos. Acompanhar o desenvolvimento do personagem é contagiante, ao mesmo tempo que enternecedor, pois sua figura representa muito bem a realidade de empresários e políticos mexicanos – que, em sua maioria, acabam não tendo um “final feliz” quando se envolvem com esse sistema desprezível.

Joaquín Carranza | Divulgação: Netflix

 

O lado mais interessante de acompanhar o desenvolvimento desse tema na produção é que conhecemos o lado do empresário, da pessoa de poder e não “apenas” dos narcotraficantes, como acontece na maioria das produções que retratam o narcotráfico. Dessa maneira, entendemos que, em muitos casos, não é o narco que vai atrás do político ou do empresário, mas o contrário.

 

A luta por ser homossexual no méxico: outra realidade abordada na série

Após a queda de Ana María, quem assume Monarca é Andrés Carranza (Osvaldo Benavides), que também se destaca com uma atuação impecável. Andrés é homessexual e vive uma relação muito conhecida na política: é casado com uma mulher, já que precisa fazer uma boa imagem à imprensa e à sociedade e tem casos extraconjugais com homens…. e mulheres. Pode parecer estranho e completamente bizarro, mas é mais comum do que você imagina.

Andrés Carranza | Divulgação: Netflix

 

O caso de Andrés já foi retratado em outras produções de sucesso no México e vem como mais uma crítica ao sistema político mexicano, repleta de políticos que vivem quase como uma vida dupla: mostram uma história para a mídia e seus espectadores, e outra completamente diferente para quem vê a realidade. Coincidência ou não, sentimos junto a Andrés o sofrimento de ser negligenciado por sua família, que, apesar de declarar que tudo é feito PELA família, se mostra apenas interessada na boa imagem e no status.

Ao terminar as duas temporadas de Monarca, o espectador se depara com uma produção que não somente revela a realidade da política mexicana, como também faz duras críticas ao sistema, através dos acontecimentos de seu enredo. Sistema esse que pode ser comparado a outros espalhados pelo mundo, como o Brasil. Fica muito clara a influência do narcotráfico e da política nos negócios, na vida em sociedade e nas escolhas de cada um, que, em sua maioria, só consegue crescer ou ter sucesso com a “ajuda” desses meios.

Infelizmente, a série acaba de ser cancelada pela Netflix, o que deixou os próprios atores surpresos, já que havia mais história para se contar e certamente muitos pontos para criticar. Apesar disso, a produção certamente não será esquecida e ficará como um legado, um presente a todos os que querem – e devem – conhecer a realidade de um povo repleto de cultura, mas manchado pela impunidade e pelo crime organizado. Além de objetiva, a série vem como uma oportunidade de conhecermos um pouco mais da política latino-americana e deixa no ar críticas que deveríamos questionar todos os dias de nossas vidas.

 

E você? Já conhece Monarca? O que achou da série e qual outro título você recomenda pra gente? Responda lá nas redes sociais do Entretetizei – Insta, Face e Twitter – e até a próxima!

 

. El Baile de los 41: filme com Alfonso Herrera ganha data de estreia na Netflix

 

*Crédito da foto de destaque: Divulgação / FilmAffinity

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10 Atuações latino-americanas que você precisa conhecer

Separamos 10 atores da América Latina para você conhecer

Muitas vezes a cultura americana é tão predominante que acabamos não valorizando atores incríveis que estão à nossa volta. Mas calma, a gente separou 10 atrizes e atores da América Latina que você PRE-CI-SA conhecer. Confere aí:

 

1. Irene Azuela

 

Foto: Quién

 

A atriz Irene Azuela é um dos grandes nomes da atuação mexicana. Seu último papel foi como a maravilhosa Ana María Carranza, uma das herdeiras do império Monarca, série original da Netflix. Também fazem parte da sua filmografia trabalhos como Las Oscuras Primaveras (Ernesto Contreras) e Quemar las Naves (Francisco Franco Alba), tendo esse último lhe dado o Prêmio Ariel de Melhor atuação Feminina em 2008. A atriz também levou o prêmio no ano seguinte, dessa vez pela atuação no filme Bajo la Sal. 

 

Irene também está no elenco do filme Los Días en que no Estuve, onde interpretará Sofía, e que tem previsão de estreia no México para esse ano. Além disso, também participará da nova série Los Enviados, produzida pela Paramount Plus.

https://www.instagram.com/p/CKza4bjp7N6/

 

2. Gael García Bernal 

 

Foto: Chicago Tribune

 

Das telinhas do México para o mundo todo, o ator, produtor e diretor de cinema Gael García Bernal é um sucesso absoluto. Suas atuações em diversos trabalhos por toda a América o levaram a uma grande lista de prêmios e indicações. 

 

Amores Perros (Alejandro González Iñárritu), lançado em 2000, foi o responsável por lançar o ator na mira da indústria cinematográfica, ganhando inclusive uma nomeação ao Oscar como Melhor Filme em Língua Estrangeira. Além disso, ele participou de outras produções como O Crime do Padre Amaro (Eça de Queiroz), La Mala Educación (Pedro Almodóvar), Babel (Alejandro González Iñárritu) e Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago). 

 

Entre seus trabalhos mais recentes, está a série Mozart in the Jungle, onde Gael interpreta Rodrigo, um excêntrico condutor de uma orquestra sinfônica. A série é original da Amazon Prime Video e está disponível para assistir na plataforma.

 

https://www.instagram.com/p/B1zSjUZFQQ-/

 

3. Érica Rivas

 

Foto: Show Biz Beta

A atriz e produtora argentina, ficou conhecida por roubar a cena em  Relatos Selvagens (Damián Szifron), filme sucesso de bilheteria. Sendo a sua história a última dos seis relatos, Érica interpreta Romina, uma noiva que, após descobrir no dia do casamento que está sendo traída pelo marido, resolve se vingar. 

Além disso, protagonizou filmes como La Luz Incidente (Ariel Rotter), It’s Your Fault (Anahí Berneri) e Casados con Hijos, versão argentina do programa de televisão americano Married with Children

Um de seus último trabalho nas telas foi o drama Los Sonambulos (Paula Hernández), disponível na Amazon Prime Video. 

 

https://www.instagram.com/p/B2GH_HlhkAV/

 

4. Osvaldo Benavides

Foto: Sinembargomx

 

Lembra do Nandinho, filho da Maria do Bairro? Para quem estava reconhecendo esse rostinho de algum lugar, aí está a resposta. O ator mexicano Osvaldo Benavides, protagonizou ao lado de Itatí Cantoral, a nossa amada Soraia Montenegro, momentos que com certeza vivem na nossa memória. Mas ele cresceu e expandiu sua carreira, conquistando outros personagens queridos na telinha. 

Participou de filmes como La Dictadura Perfecta (Luis Estrada), SubHysteria (Leonard Zelig), El Cielo es Azul (Andrew Fierberg) e voltou a fazer muito sucesso nas telinhas brasileiras com a novela O que a Vida me Roubou, onde interpretava Demétrio Mendonza

Em seus trabalhos mais recentes, Osvaldo interpreta a Andrés Carranza, um dos herdeiros do império Monarca. Também está na televisão na novela La Suerte de Loli, exibida pela Telemundo, onde interpreta o encantador Rafael Contreras, par romântico de Loli (Silvia Navarro). 

 

https://www.instagram.com/p/CM2bWh4DGeY/

 

5. Pedro Pascal 

Foto: Pinterest

 

O ator chileno-americano Pedro Pascal coleciona atuações de sucesso. Trabalhos como Narcos, Game Of Thrones e Mulher-Maravilha 1984, fazem parte de seu currículo. Pedro também interpretou Tovar no filme A Grande Muralha.

Entre seus trabalhos recentes, destaca-se a série The Mandalorian, original Disney+, que estreou em 2019. 

https://www.instagram.com/p/CHqDeq0DLjD/

 

6. Cecilia Suárez 

Foto: Adoro Cinema

 

A mexicana Cecilia Suárez ficou conhecida por seu papel em La Casa de las Flores como Paulina de La Mora, personagem que lhe rendeu doisprêmios platinos de Melhor Atuação Feminina em série. Forma junto a Manolo Caro, diretor da série, uma das maiores duplas do cinema latino. Os dois trabalharam juntos em outras produções como La Vida Inmoral de la Pareja Ideal, Elvira, te daría mi vida pero la estoy usando Perfectos Desconocidos.

Além disso, também trabalhou em produções como Párpados Azules (Ernesto Contreras) e Locas de Amor, série da Televisa. Cecilia também foi a primeira atriz de língua espanhola a ser indicada a um Emmy Internacional de Melhor atriz por sua atuação na série Capadocia, da HBO.

Participou recentemente da minissérie original da Netflix, Alguién Tiene que Morrir, também do diretor Manolo Caro, junto a Estér Exposito (Elite), Alejandro Speitzer (Oscuro Deseo) e Carmen Maura (Volver), e da série 3 caminos, para Amazon Prime Video. As produções espanholas La pasajera (Raúl Cerezo) e Alegría (Violeta Salama), já gravadas, aguardam data de lançamento. 

 

https://www.instagram.com/p/CKYQRYZFZuv/

 

7. Alice Braga

Foto: Gazeta Online

A nossa querida Alice Braga foi lançada no cinema através do filme Cidade de Deus (Fernando Meirelles), papel que lhe deu nomeação ao Grande Prêmio Cinema Brasil como Melhor Atriz Coadjuvante. Também protagonizou Cidade Baixa, levando prêmio de Melhor Atriz no Festival do Rio, Festival Internacional de Cinema de Verona e APCA

Alice fez muito sucesso no exterior, realizando filmes como Eu sou a Lenda (diretor), O ritual (diretor), On the Road (diretor) e Elysium. Em 2013, protagonizou o filme Latitudes (Felipe Braga) com Daniel de Oliveira, que está disponível no youtube em formato de série. 

A atriz também protagonizou o filme Eduardo e Monica (René Sampaio), inspirado na canção da banda Legião Urbana, que com o atraso devido a pandemia, tem previsão de estreia para 2021. Atualmente, a atriz vive a personagem Tereza, em Queen of the South, versão americana da série La Reina del Sur

https://www.instagram.com/p/CNYlrsPMRD0/

 

 

8. Leonardo Sbaraglia 

Foto: Fandango

Leonardo Sbaraglia é conhecido por seus sucessos em produções argentinas e espanholas. Tango feroz: la Leyenda de Tanguito (Marcelo Piñeyro), Intacto (Juan Carlos Fresnadillo), Salvador (Manuel Huerga), Las Viudas de los Jueves (Marcelo Piñeyro), Relatos Salvajes (Damián Szifron) e Dolor y Glória (Pedro Almodóvar), são filmes que compõe a carreira do ator. Ele coleciona prêmios como Martín Fierro, Prêmio Goya, Cóndor de Prata e indicações aos Prêmios Platinos e Emmy Awards.

Em janeiro de 2021, estreou o filme Hoy se Arregla el Mundo (Ariel Winograd), onde interpreta El griego, um homem que não se sente próximo a seu filho, até que descobre que não é seu verdadeiro pai. 

https://www.instagram.com/p/CMTBICpjJXw/

 

9. Marina de Tavira

Foto: Revista Caras México

O rostinho de Marina de Tavira ficou conhecido mundialmente, em 2018, após o sucesso de Roma (Alfonso Cuáron), com dez indicações ao Oscar 2019, incluindo a de Melhor Atriz Coadjuvante para Marina e três indicações ao Globo de Ouro. Participou de produções como Efectos Secundários (Issa Lopéz), S.O.S: Sexo y Otros Secretos (Televisa), da série Ingobernable, disponível na Netflix, e de Esto no es Berlí (Hari Sama), filme participante do Sundace Film Festival de 2019

Em 2020 a atriz protagonizou a obra de teatro El Paraíso de la Invención, junto a Alfonso Herrera, adaptada para o formato audiovisual. Recentemente atuou no filme Reminiscence, original da HBO, com previsão de estreia para setembro deste ano. 

https://www.instagram.com/p/CNsdrS1DSGv/

 

10. Wagner Moura

Foto: Pipoca Moderna

 

E para fechar a seleção, trouxemos um dos maiores atores brasileiros da atualidade. Tropa de Elite foi sucesso de bilheteria e um dos maiores filmes da história do cinema nacional, mas Wagner Moura vai além do Capitão Nascimento. Os filmes Carandiru (Héctor Babenco), na lista de 100 melhor filmes do cinema brasileiro pela Abraccine, Cidade Baixa (Sérgio Machado), o longa-metragem estadunidense de ficção científica Elysium (Neil Blomkamp) e a novela da Globo Paraíso Tropical, fazem parte da extensa filmografia do ator. Além disso, o ator conta com uma extensa lista de indicações e prêmios.

 

Wagner também deu vida a Pablo Escobar na série Narcos, original da Netflix. Um de seus trabalhos mais recentes foi trabalhando pela primeira vez como diretor no filme Marighella, protagonizado por Seu Jorge, que conta a história de um revolucionário que combateu a ditadura militar no Brasil

 

Com essa lista, indicações de filmes e séries não faltou, né? Então agora não tem desculpa para não assistir produções latino-americanas e valorizar a nossa cultura. Você também pode conferir mais indicações aqui e aqui

 

E aí, já conhecia algum desses? Ficou interessado em alguém? Conta pra gente lá nas redes sociais do EntretetizeiInsta, Face e Twitter.

 

* Créditos da foto destaque: Divulgação

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