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The Beatles: série documental estreia em novembro no Disney+

Dirigida por Peter Jackson, The Beatles: Get Back será exibida durante três dias, com mais de seis horas de documentário 

Help! I need somebody” para acudir os fãs de The Beatles que, com certeza, estão passando mal. A série documental do grupo britânico mais famoso do mundo ganhou data de estreia: 25 de novembro. Serão três dias seguidos de muito rock’n roll no Disney+, dirigida por ninguém mais ninguém menos que Peter Jackson. Sim, o cara que fez história com O Senhor dos Anéis e O Hobbit

Por conta da riqueza de imagens, Peter Jackson passou os últimos três anos restaurando e editando o documentário The Beatles: Get Back. Serão três episódios que irão estrear nos dias 25, 26 e 27 de novembro, com duas horas de duração cada. 

Como um grande fã dos Beatles, estou absolutamente emocionado que o Disney+ será o lar desta extraordinária série de documentários do lendário cineasta Peter Jackson”, disse Bob Iger, presidente executivo e presidente do conselho da The Walt Disney Company. “Esta coleção fenomenal de filmagens nunca vistas antes oferece um olhar sem precedentes sobre a camaradagem íntima, composição genial e impacto indelével de uma das bandas mais icônicas e culturalmente influentes de todos os tempos, e mal podemos esperar para compartilhar ‘The Beatles: Get Back’ com fãs de todo o mundo.” 

Peter Jackson comentou: “Em muitos aspectos, a notável filmagem de Michael Lindsay-Hogg capturou diversas histórias: a de amigos e de indivíduos, a das fragilidades humanas e de uma parceria divina. É um relato detalhado do processo criativo, com a elaboração de canções icônicas sob pressão, situado em meio ao clima social do início de 1969. Mas não é nostalgia – é cru, honesto e humano. Em seis horas, você conhecerá os Beatles com uma intimidade que nunca pensou ser possível”. O diretor ainda acrescenta: Estou muito grato aos Beatles, Apple Corps e Disney por me permitirem apresentar esta história exatamente como deveria ser contada. Estou imerso neste projeto há quase três anos e estou muito animado que o público de todo o mundo finalmente possa vê-lo.

Foto: Reprodução

 O documentário promete levar o público diretamente para os anos 70, com sessões de gravações íntimas da banda, mostrando o momento criativo dos britânicos durante um momento crucial da história da música. O documentário irá mostrar cenas inéditas, através de um compilado de mais de 60 horas de filmagens, com mais 150 horas de áudios, que foram restaurados de forma brilhante pelo diretor. Peter Jackson é a única pessoa em 50 anos a ter acesso a esses arquivos privados, que mostram a história de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, enquanto planejam seu primeiro show ao vivo. A série também apresentará, pela primeira vez na íntegra, a última apresentação ao vivo dos Beatles como um grupo, o inesquecível show na cobertura em Savile Row de Londres

 Uma colaboração entre os Beatles e Jackson, apresentada pelo The Walt Disney Studios em associação com a Apple Corps Ltd. e a WingNut Films Productions Ltd., The Beatles: Get Back é dirigido por Peter Jackson, produzido por Clare Olssen e Jonathan Clyde, com Ken Kamins e Jeff Jones, da Apple Corps, atuando como produtores executivos. Jabez Olssen é o editor do documentário, e a música é mixada por Giles Martin e Sam Okell. A série está sendo feita com o apoio e o entusiasmo de Paul McCartney, Ringo Starr, Yoko Ono Lennon e Olivia Harrison. 

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 E os fãs ainda podem garantir o livro The Beatles: Get Back, que será lançado no dia 12 de outubro. Serão 240 páginas, em capa dura, com transcrições de conversas gravadas dos Beatles e centenas de fotos exclusivas, nunca antes publicadas.

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Let’s Come Together, pegar nosso Yellow Submarine e chamar a Hey Jude pra curtir o documentários dos Beatles todos juntinhos.

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Cinema Entretenimento Entrevistas Notícias

Destacando a importância da ficção, elenco e diretor de Noites de Alface falam sobre o longa

Com Marieta Severo e Everaldo Pontes, o filme de Zeca Ferreira, que estreia semana que vem, caminha entre dois tons de atuação que se complementam

O filme Noites de Alface, de Zeca Ferreira, é baseado no romance homônimo de Vanessa Barbara. O longa ainda não tem data de estreia, mas com certeza irá às telonas na próxima semana, após dois anos e meio do final das gravações. Nessa coletiva de imprensa com o Entretetizei, o elenco, junto ao diretor e aos produtores Alexandre Rocha e Marcelo Pedrazzi, falou sobre a importância da obra e suas singularidades.

A trama do longa aborda a vida pacata dos moradores da Ilha de Paquetá, que dia após dia vivem a mesma rotina, até que o sumiço de um carteiro agita a vizinhança. Seguindo os passos de Otto (Everaldo Pontes) e Ada (Marieta Severo), o filme, de forma poética e delicada, aponta a importância da ficção para encorpar a vida. Além disso, com dois tons de atuação que se completam, de forma tão tênue, trata também da calmaria e da agitação.

O mundo de Otto e Ada ocorre de uma forma doméstica baseado em uma rotina e com afazeres comuns, enquanto o mundo exterior é um tom acima. Assim, perto do que ocorre com os protagonistas, vemos eles como pessoas agitadas e intrometidas. Entretanto, esses dois tons são de uma sutileza, que funcionam muito bem no longa. 

Sobre isso, Marieta comenta: “Todos nesse filme têm um tom para transmitir o mistério desse lugar entre a ficção e a realidade, sobre o que é verdade e o que não é. É um tom muito preciso, e eu vejo que o Zeca conseguiu colocar todo mundo nesse lugar”.

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A importância da ficção

Com distribuição da Pipa Pictures, Noites de Alface traz de forma afetuosa e carinhosa, em uma narrativa muito bem costurada, a mistura da realidade com a ficção. Marieta Severo, conhecida principalmente pelo seu papel como Dona Nenê em A Grande Família, afirma que nos tempos atuais, onde a arte vem sendo desmoralizada pelo governo, é importante ter um filme em circulação que trata da ficção de forma tão harmoniosa.

“É interessante como esse filme tão delicado e tão poético, que coloca a necessidade absoluta da ficção na vida das pessoas, entra agora em um terreno de Brasil absolutamente avesso e contrário, onde todos os valores são de asfixiar essa ficção, essa imaginação, a cultura e a poesia. E de enaltecer o oposto disso tudo. Então me parece que esse filme entra como uma chama de luz nesse momento de tanta escuridão, peso e asfixia. Eu acho que ele pode ser um respiro bonito dentro disso”.

Muito do modo de Marieta ver esse filme diz respeito ao seu personagem. Ada é a conexão entre Otto e o mundo exterior. Para a artista, a personagem é luz e cor. A construção do filme, em questão de fotografia, não deixa com que essa percepção passe despercebida. Em um jogo perfeito de iluminação, toda vez que presente em cena, Ada traz luz para a escuridão de Otto. “Até na narrativa do filme, cada vez que ela está é muito bonito e de uma precisão. Toda vez que ela aparece tem luz, ela traz luz e traz cor. E você sente isso na imagem”, aponta Marieta.

Everaldo pontua também que o afeto é uma questão importante na vida de qualquer um, e que em tempos de pandemia, como os vividos agora, o afeto se dá através da arte e da ficção. “Cinema é imagem, e estamos no momento de nos relacionar com essas imagens. Então nós nos sentimentos abraçados em uma live, em uma comunicação via internet. E o cinema sempre foi isso, é engraçado como a gente se comove com o cinema e com a imagem”.

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A adaptação do romance Noites de Alface

Para Zeca, a ideia de adaptar o livro, que se transformou em um filme cheio de delicadeza e poesia, surgiu depois de ler pequenos trechos do romance Noites de Alface (2013), da escritora e jornalista Vanessa Barbara, de 39 anos. “A frase que eu gosto e para mim me pegou para fazer esse filme é quando ela [a autora] fala que a Ada se foi e o Otto ficou ilhado. Eu acho isso tão bonito, porque é sobre isso que o filme trata, toda a ponte que esse homem tinha com o mundo exterior era feito por essa mulher”, afirma o diretor e roteirista.

Afirmando ainda que chegou no romance Noites de Alface após ler um outro livro de Vanessa, chamado O Louco de Palestra, que reúne diversas crônicas, o diretor compartilha que mandou mensagem para a autora por Facebook, pedindo para ela a autorização da adaptação, e só obteve respostas seis meses depois. 

O diretor ainda pontua que Vanessa deu livre espaço para a adaptação. Tanto que ele chegou a mudar o final mesmo tendo medo de negar a história. “Eu disse, ‘Vanessa, eu tenho uma leitura do livro de que tudo é da cabeça do Otto, e eu fiquei pensando em colocar o carteiro no final’. Mas, eu tinha intimamente medo de ser uma covardia de estar negando esse livro. Eu fui morrendo de medo dela. Mas ela me deu muita liberdade”, pontua Zeca.

Para completar, o roteirista ainda aponta que a autora depois de ver o filme aprovou. “Ela gostou muito do filme. Me mandou uma mensagem muito comovente. Então isso foi um prazer a mais de fazer esse filme. De poder ressignificar e retrabalhar personagens”.

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A Ilha de Paquetá

A escolha da Ilha de Paquetá como locação para o filme não era a primeira opção. Apesar de ser o local onde Zeca Ferreira mora, outros locais haviam sido cogitados e até mesmo visitados para rodar o longa. Por possuir acesso restrito de pessoas e transporte e não ser muito acessível, a produção de um filme no local não foi fácil. Portanto, o produtor Alexandre Rocha pontua: 

“Foi um desafio e um prazer ao mesmo tempo. Paquetá não foi a nossa primeira escolha. A gente sondou outras locações, que tinham outros desafios também. Mas quando a gente começou a pensar na opção de Paquetá, apesar dos desafios, tinha muito a ver com o filme”.

O produtor ainda aponta que ficar isolado filmando foi crucial para o filme, que teve, dessa forma, um grupo de pessoas da equipe super focados na produção do longa. A questão atemporal da Ilha também ajudou. Segundo Alexandre, o tempo é um personagem do longa. “O bairro ajudava nessa questão temporal, já que o tempo é um personagem do filme também. Tem coisas de hoje, tem coisas perdidas no tempo. E o tempo de Paquetá fazia sentido”.

Marcelo Pedrazzi, também produtor em Noites de Alface, concorda com o colega de profissão e afirma que com planejamento e rodeado de ótimos profissionais, qualquer desafio é superável. “Dentro dessa preparação a gente contou com uma equipe de primeira linha. Pessoas que gostavam do filme e que estavam dentro dele. Mesmo com as questões de logística, a gente conseguiu fazer uma estrutura para servir essas pessoas e contar essa história. Acho que isso que foi muito legal”.

Foto: Reprodução

A construção dos personagens

Os personagens de Marieta Severo e Everaldo Pontes são muitos singulares. Toda a história é sútil e contada de forma muito delicada. Marieta interpreta uma mulher que busca passar o sentimento de saudade e conforto. Everaldo interpreta um homem solitário que busca sentido para suas interpretações. Com a necessidade de serem uma unidade, a química entre os artistas precisava ser certeira, e nisso Zeca deu sorte. Mesmo sem nunca antes terem atuado juntos, a dupla logo se entendeu.

Eu já admirava muito o Everaldo como ator. Quando eu soube que era ele [que interpretaria o Otto], eu já fiquei super feliz, tranquila e segura, porque eu teria um companheiro de viagem de primeira. E todo o tempo lá, com todos os atores, foi muito fácil, fluiu tudo muito bem”, pontua Marieta.

 

Estar do lado de Marieta foi um luxo, acho que ganhei um presente enorme do Zeca e dos deuses de estar ao lado de Marieta Severo”, expõe Everaldo.

Entretanto, não apenas para os protagonistas essa parceria foi incrível. Zeca Ferreira não faz questão nenhuma de esconder o quão feliz ficou com a unidade na atuação de seus dois protagonistas. “Everaldo e Marieta, eu não sei nem o que dizer deles. Foi uma experiência! Eu olho para trás hoje e parece uma epifania na minha vida. A Marieta e o Everaldo são atores muito diferentes em suas técnicas e muito complementares no filme. Eu gosto muito do casal, gosto muito do resultado”.

Na construção de Otto, Everaldo fez experiência de laboratório e morou em Paquetá durante toda a gravação para entrar no espírito de seu personagem. Toda dedicação para interpretar um complexo senhor que tem a solidão e a imaginação como melhores amigas deu certo.

Everaldo pontua ainda que no cinema sempre é chamado para interpretar personagens parecidos com ele, e que com Otto não foi diferente. “No cinema eu sempre sou chamado para fazer uns personagens que tem muito a ver comigo, isso é um privilégio muito grande. E quando o Zeca me chamou para fazer esse personagem, nos primeiros ensaios eu comecei a sentir que eu estava naquele universo”.

Marieta pontua que a Ada é um personagem diferente de tudo que ela já fez. A atriz afirma que a personagem lhe ensinou muito com a forma delicada de ser. “Parece que eu fui com esse personagem para outro patamar de tudo que eu fiz. Ela é muito sutil e delicada. E tem esse jeito de cuidar, sem peso nenhum. Ela tem uma leveza que me agrada muito”.

Assista ao trailer de Noites de Alface:

https://www.youtube.com/watch?v=GwsTd1JADWc

Ficou ansiose para conferir Noites de Alface nos cinemas? Conta aqui para gente se você vai garantir lugar na sala mais próxima de você quando o filme estiver disponível nas telonas. E para ficar por dentro de outras informações do mundo do entretenimento nos segue em nossas redes sociais: Insta, Face e Twitter.

*Crédito da foto em destaque: Divulgação

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Entretenimento Livros Notícias

Conheça a autora Taylor Jenkins Reid, nova queridinha de Hollywood

Quatro dos setes livros publicados da autora tem adaptação audiovisual confirmada

 

A romancista estadunidense, Taylor Jenkins Reid, é um sucesso no mundo todo, incluindo o Brasil. São seis livros publicados no país: Malibu renasce, Os sete maridos de Evelyn Hugo, Depois do sim, Daisy Jones and The Six: Uma história de amor e música, Em outra vida, talvez? e Amor(es) verdadeiro(s), todos pela editora Paralela

Destes seis livros, quatro serão produzidos e transformados em séries ou filmes. Bora saber mais detalhes sobre essas obras e a adaptação audiovisual delas!

 

Malibu Renasce 

Foto: Divulgação

O livro mais recente de Taylor Jenkins Reid, lançado em 2021, conta a história da família Riva, conhecida por realizar uma festa épica para comemorar o fim do verão todos os anos, e a do ano 1983 promete revelar segredos de várias gerações ao longo de uma noite banhada de muito álcool e música.

Malibu Renasce teve os direitos comprados antes mesmo do lançamento oficial e vai ser produzida pela Hulu, serviço de streaming de propriedade da Disney. A princípio, a adaptação será uma série de TV e terá como produtora executiva Liz Tigelaar, que já trabalhou nas séries Bates Motel, Revenge e Once Upon a Time.

 

Amor(es) Verdadeiro(s)

Foto: Divulgação

Amor(es) Verdadeiro(s) vai virar filme e tem elenco confirmado. A produção conta  com Andy Flickman, e  tem no elenco Phillipa Soo, de Hamilton. O livro conta a história de Emma Blair, uma viúva que se casou com seu namorado de colégio e depois de anos em luto, encontra um velho amigo e descobre que é possível se apaixonar novamente.

 

Daisy Jones and The Six: Uma história de amor e música

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O best-seller teve seus direitos comprados pela Amazon e será publicado no Prime Vídeo. A série, que terá 12 episódios, vai ser protagonizada por Rilley Keough e Sam Clafin. O romance é sobre a história de uma banda de rock que fez sucesso nos anos 70 e se separou no auge, em seu último show da turnê.

Os sete maridos de Evelyn Hugo

Foto: Divulgação

Prestes a completar 80 anos, a estrela de Hollywood, Evelyn Hugo, decide contar a sua própria história. A difícil tarefa é atribuída a Monique Grant, uma jornalista iniciante. Juntas, embarcam em aventuras passadas e descobrem que suas trajetórias podem estar conectadas.

Os direitos da adaptação visual do livro a princípio iriam para o canal Freeform, mas a autora informou que a parceria não iria acontecer mais e que a negociação com outra empresa estaria em andamento.

 

Já conhecia Taylor Jenkins Reid? Qual é o seu livro favorito da autora? Conta para a gente nas redes sociais – Insta, Twitter e Facebook – do Entretetizei.

 

*Crédito da foto de destaque: Divulgação

 

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Entretenimento Livros Resenhas

Resenha | Terra Faminta é um livro sobre o luto com um toque de horror

Terra Faminta é a obra mais recente de Andrew Michael Hurley, uma publicação da Editora Intrínseca

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Entretenimento Entrevistas Música

Entrevista | Conheça Ravih, cantor que traz em suas músicas reflexões sobre a consciência social

Com um tema marcante revelando o genocídio negro, o clipe Lanterna rendeu ao cantor Ravih uma exibição no festival inglês The Lift-Off Session

Nascido e criado em Parelheiros, bairro na zona sul de São Paulo, Ravih encontrou na música uma maneira de simbolizar e refletir questões importantes que devem ser discutidas em sociedade. Em entrevista ao Entretetizei, Ravih contou um pouco sobre sua carreira, que começou em novembro do ano passado, e também contou como surgiu a ideia em representar elementos chocantes em seus videoclipes

Tudo começou com influência de seu pai e sua mãe. Aos 11 anos Ravih, já tocava alguns instrumentos e, com o apoio da família, decidiu seguir o caminho da música.

“Meu amor pela música surgiu completamente da convivência com os meus pais: minha mãe sempre regeu corais na igreja, enquanto meu pai era DJ de baile black. Ele também chegou a apresentar um programa musical na rádio comunitária, então eu cresci cercado por CDs, fitas cassetes e discos de vinil. Quando eu tinha 10 anos, meu pai me presenteou com um teclado, o qual eu ainda utilizo para escrever minhas músicas.”, disse o cantor.

O primeiro EP lançado por Ravih, Distância, possui apenas quatro músicas, mas que conseguem traduzir de uma maneira marcante o valor que as canções possuem. As letras escritas pelo cantor merecem destaque. O primeiro single, Lanterna, traz não só em sua letra, mas também no videoclipe, um empoderamento e uma reflexão sobre o preconceito e genocídio negro. Propositalmente, Lanterna foi lançado em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Além disso, o clipe possui elementos que mostram a realidade de muitos brasileiros. 

“É chocante se lembrar que um jovem negro é assassinado no Brasil a cada 23 minutos e que não há um verdadeiro empenho do Estado em apurar e punir esses crimes. O sentimento constante de ‘eu posso ser o próximo’ é real: tenho medo de ficar conhecido pela minha morte, ao invés da minha arte. Inclusive, além de denunciar, utilizo minha arte para mostrar para as pessoas pretas que existem outras possibilidades para nós, além das estatísticas, como o amor próprio, por exemplo.”. 

Cantor Ravih e crianças na produção do clipe Lanterna | Foto: Damaris Belchior

Lanterna também teve uma grande repercussão fora do Brasil. Com a estética realista, o videoclipe foi exibido no festival inglês The Lift-Off Session. Além disso, Ravih ganhou o título de Artista Destaque no Festival Nacional Cawcine. Em entrevista, pergunto como foi receber este prêmio e o que ele representa:

“Fiquei bastante feliz e surpreso com todo esse reconhecimento logo no primeiro trabalho. Mas tanto o prêmio quanto a exibição foram bastante simbólicos, pois esse clipe é protagonizado por meus alunos, que são crianças pretas. Como no Brasil, crianças pretas só têm destaque como vítimas de bala perdida, fiquei muito orgulhoso por poder mostrá-las que existem outras possibilidades.”.

Coragem é uma palavra que não falta nas produções de Ravih. No videoclipe Tarde Demais, podemos ver um outro lado do cantor, mais pessoal e íntimo. Com coreografias feitas por dançarinos convidados, a letra da música acompanha a dança e o lado triste e melancólico de um término de relacionamento. 

“Por muito tempo tive uma grande dificuldade em encerrar ciclos, o que me mantinha preso a situações que não me cabiam mais. Essa letra nasceu desse entendimento de que desistências, finais e despedidas não são, necessariamente, coisas negativas. Então, essa música vai além da parte amorosa e expande isso para todas as áreas da vida: fazer as coisas somente enquanto fizer sentido.”.

O dançarinos Jullyana Scott e Gustavo Rodrigues na produção do clipe Tarde Demais | Foto: @JcBrowns

Além de ser influenciado por sua mãe e seu pai, Ravih possui referências dentro da música. Suas canções misturam elementos do rap, R&B e folk alternativo. Todas essas melodias trazem com ele inspirações de outros artistas que foram essenciais para produzir o primeiro EP.

Alicia Keys e Beyoncé têm algo que admiro muito e que tento trazer para o meu trabalho: a capacidade de oferecer obras que falam de si, mas também abordam suas origens e as questões de seu povo. Aqui no Brasil, Iza e Criolo também fazem isso com muita maestria. Para mim, é muito importante alcançar esse equilíbrio em que a arte consiga divertir, mas também fazer pensar..

Ao escutar e assistir Distância, é possível perceber detalhes que fazem da música de Ravih especial e única. Um jovem negro que veio da periferia de São Paulo, trouxe não só sua história, mas a história dos negros brasileiros que lutam pela vida. Refletir sobre as letras das canções é também levá-la para o cotidiano, e lembrar que aqueles personagens narrados nos clipes representam pessoas reais.

Cantor Ravih na produção do clipe Tarde Demais | Foto: @JcBrowns

Para fechar, Ravih conta sobre suas futuras produções:

“Até o final deste ano, devo continuar divulgando o meu EP, Distância, que lancei em dezembro do ano passado, com videoclipes e apresentações virtuais. Para o ano que vem, estou preparando um tributo à obra de Wilson Simonal. Acho que vai ser bastante especial resgatar o cancioneiro de um dos maiores artistas que o nosso país já viu.”.

Por aqui no Entretetizei, já estamos ansiosas para ouvir as próximas músicas e, enquanto isso, vamos continuar aproveitando o EP, Distância, que está disponível no YouTube.

Confira o clipe Lanterna:

 

E você? Já ouviu Distância, do artista Ravih? Canta pra gente nas nossas redes sociais do EntretetizeiInsta, Face e Twitter – e conta pra gente!

 

*Crédito da foto de destaque: Divulgação/@JcBrowns

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Entretenimento Música

Top 10 | Spotify: álbuns mais ouvidos da semana

Confira os álbuns mais ouvidos no mundo do dia 4 ao dia 10 de junho deste ano

 

Nesta semana temos novidades no Top 10 do Spotify, assim como quedas e subidas de álbuns que já estavam presentes no topo. Scaled And Icy do Twenty One Pilots e BE do BTS não estão mais presentes na lista! Bora conferir as novas posições?

 

  • SOUR – Olivia Rodrigo
Foto: Divulgação

Após três semanas de debut, o álbum da jovem Olivia Rodrigo permanece em primeiro acumulando números e quebrando recordes. Nesta semana a cantora entrou para história da Billboard: desde o lançamento, todas as faixas do álbum estão no Hot 100.

 

  • Future Nostalgia – Dua Lipa

    Foto: Divulgação

Com o lançamento do clipe de Love Again, uma das faixas do álbum, Dua Lipa permanece em segundo lugar. Future Nostalgia recebeu o posto de 3º álbum feminino mais ouvido de todos os tempos no Spotify, ficando atrás do seu primeiro álbum autointitulado e de When We All Fall Asleep, Where Do We Go?, da cantora e compositora estadunidense, Billie Eilish.

 

  • Justice – Justin Bieber
Foto: Reprodução/Youtube

Após três meses de lançamento, Justice se tornou um álbum platinado nos Estados Unidos. A faixa Peaches virou trend no TikTok e vem fazendo sucesso entre os brasileiros.

 

  • The Voice of The Heroes – Lil Baby, Lil Durk

    Foto: Divulgação

O álbum colaborativo entre os dois rappers foi lançado há pouco tempo, no dia 4 de junho, e debutou com bons números na Billboard. Foi anunciado, também, que os rappers irão se apresentar no BET Awards, que acontecerá no próximo dia 27 de Junho.

 

  • Teatro d’ira – Maneskin

    Foto: Gabriele Giussani

Maneskin vem conquistando fãs ao redor de todo o mundo e subindo no top de todas as paradas de sucesso. Depois de vencer a última edição do maior festival de música da europa, o Eurovision, a banda de rock caiu no gosto do público, entrando para a parada global da Billboard e, atualmente, conta com cerca de 13 milhões de ouvintes no Spotify.

 

  • El Último Tour Del Mundo – Bad Bunny

    Foto: Divulgação

A faixa do álbum Te Deseo Lo Mejor entrou na história ao ser a primeira música em espanhol no topo da Billboard e, recentemente, foi apresentada pelo cantor no BBMAs 2021, premiação em que Bad Bunny venceu em todas as categorias que estava concorrendo, como Top Álbum Latino e Top Artista Latino.

 

  • After Hours – The Weeknd

    Foto: Reprodução/Youtube

Colecionando vários prêmios, o cantor Abel, mais conhecido como The Weeknd, anunciou recentemente que a era After Hours havia chegado ao fim e que uma nova era estaria próxima, sugerindo o lançamento de um novo álbum.

 

  • The Off-Season – J Cole

    Foto: Divulgação

O álbum de rap mais ouvido no mundo em 2021 recebeu um novo videoclipe para uma de suas faixas: p u n c h i n ‘ . t h e . c l o c k, que já conta com dois milhões de visualizações no youtube.

 

  • Shoot For The Stars Aim For The Moon – Pop Smoke

    Foto: Divulgação

O álbum póstumo recebeu o prêmio de melhor álbum de rap na última edição da Billboard Music Awards. No topo das paradas desde o seu lançamento em julho de 2020, Pop Smoke pode lançar mais um álbum póstumo neste ano.

 

  • Fine Line – Harry Styles

    Foto: Divulgação

Não parece, mas Fine Line foi lançado há mais de um ano, em dezembro de 2019. Desde essa data, Harry Styles vive um grande momento em sua carreira: todos os videoclipes lançados têm milhões de visualizações, o cantor possui mais de 30 milhões de ouvintes no Spotify e, recentemente, foi coroado com o Grammy de Melhor Performance Pop Solo com a faixa de maior sucesso do álbum, Watermelon Sugar.

 

Curtiu os álbuns que estão presentes no topo do Spotify? Sentiu falta de algum? Conta pra gente lá nas redes sociais – Insta, Face e Twitter – do Entretetizei.

 

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Cinema Cultura Latina Entretenimento Telecine

Dia do Cinema Brasileiro: 19 filmes para maratonar no Telecine

Para celebrar o cinema nacional, o Entretetizei separou uma lista com filmes que marcaram cada etapa do cenário brasileiro na sétima arte

 

Você leu certo, essa lista tem 19 indicações para você se jogar nas produções brasileiras que dão orgulho! Hoje (19) é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro em homenagem ao registro das primeiras imagens em movimento capturadas pelos irmãos Paschoal Affonso e Segreto em 1898. Segundo Kreutz da AIC (Academia Internacional de Cinema), os irmãos italianos podem ser considerados os primeiros cineastas do país, ao terem realizado gravações de sua chegada à Baía da Guanabara. 

Essa comemoração ainda gera muitas especulações da real data a ser levada como oficial, mas a verdade é que o cinema brasileiro pode e deve ser apreciado o ano inteiro. Para isso o Entretetizei separou uma lista com 19 filmes que representam importantes fases do cinema nacional, desde o Cinema Novo à Retomada, incluindo clássicos do underground à sucessos de bilheteria e muito mais. Todas essas produções fazem parte do catálogo do Telecine, então se joga na maratona. Confira! 

  • Rio, 40 Graus (1955)

Precursor do cinema novo, o filme de Nelson Pereira dos Santos retrata o cotidiano na cidade do Rio de Janeiro, através de uma estética única devido à precariedade da produção e com atores não profissionais. 

Foto: GZH
  • O Pagador de Promessas (1962)

O drama de Anselmo Duarte acompanha Zé do Burro (Leonardo Villar) que sai em Via Sacra para pagar uma promessa que fez em um terreiro de candomblé à Santa Bárbara para salvar seu burro de estimação. 

Foto: Interesses Sutis
  • Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)

O longa de Glauber Rocha escancara a exploração de sertanejos e a pobreza no sertão nordestino através da história de Rosa (Yoná Magalhães) e seu marido Manuel (Geraldo del Rey), que assassina o patrão explorador.

Foto: UFRGS
  • O Bandido da Luz Vermelha (1968)

Categorizado no gênero policial, o filme de Rogério Sganzerla tem uma narrativa inspirada na vida de um famoso assaltante de casas de São Paulo, João Acácio Pereira da Costa.

Foto: Caos Cultural
  • Macunaíma (1969)

A produção de Joaquim Pedro de Andrade acompanha Macunaíma, o herói brasileiro sem caráter, adaptado do romance de Mário de Andrade

Foto: Estado da Arte
  • Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976)

Em pleno carnaval, o marido de Dona Flor (Sônia Braga), Vadinho (José Wilker) morre repentinamente. A viúva, após um luto doloroso, se casa novamente com Teodoro Madureira (Mauro Mendonça) mas ainda clama pelo antigo amor, que retorna nu em sua cama. 

Foto: Rede Globo
  • Bye Bye Brasil (1979)

A narrativa traz a trajetória de uma trupe de artistas que vão da Amazônia até Brasília levando espetáculos para a população mais pobre do Brasil através da Caravana Rolidei.

Foto: O Globo
  • Central do Brasil (1998)

Fernanda Montenegro ganhou uma indicação ao Oscar de 1999 na categoria de Melhor Atriz, ao dar vida à personagem Dora, uma escrivã que decide ajudar um menino a encontrar seu pai desconhecido no interior do Nordeste após a mãe do pequeno ser atropelada. 

Foto: R7 Entretenimento
  • Bicho de Sete Cabeças (2000)

O filme de Laís Bodanzky mostra a relação conturbada de Seu Wilson (Othon Bastos) e seu filho Neto (Rodrigo Santoro) chegando ao limite e acarretando no envio de Neto ao manicômio, que terá que suportar um agoniante sistema

Foto: Gullane Entretenimento
  • Cidade de Deus (2002)

O filme de  Fernando Meirelles e Kátia Lund, retrata a favela carioca através das lentes do Buscapé (Alexandre Rodrigues), um jovem negro e sensível que tem medo se tornar bandido e vê seu destino sendo salvo pela fotografia.  

Foto: SOUL ART
  • Carandiru: O Filme (2003)

A produção dirigida por Héctor Babenco é uma adaptação do livro do médico Drauzio Varella. No filme, o personagem do doutor é interpretado por Luiz Carlos Vasconcelos e narra o dia a dia do mesmo dentro do maior presídio da América Latina, o Carandiru

Foto: Click cultural
  • Estômago (2007)

A narrativa apresenta a  trajetória de Raimundo Nonato (João Miguel), que em busca de uma oportunidade melhor para sua vida, vai para a cidade grande e lá vê seus caminhos se abrindo ao se destacar com seu dom culinário no bar em que foi contratado como faxineiro. 

Foto: Entreter-se
  • Tropa de Elite (2007)

José Padilha trouxe ao público a história do dia a dia de um grupo de policiais e do capitão do BOPE (Wagner Moura). No meio tempo em que o capitão busca um substituto para sua posição, dois amigos de infância entram para o batalhão e começam a questionar o sistema corrupto.

Foto: Pipoca Time
  • Que Horas Ela Volta? (2015)

O drama dirigido por Anna Muylaert escancara a desigualdade social através da personagem Val e seus patrões da classe média alta. A personagem é protagonizada por  Regina Casé

Foto: Revista Cinética
  • Aquarius (2016)

Sônia Braga retorna aos cinemas dando vida à personagem Clara, uma jornalista aposentada de 65 anos, que sofre assédios e ameaças dos responsáveis de uma construtora que tem como objetivo adquirir o prédio em que ela vive. 

Foto: Câmera Escura
  • Como Nossos Pais (2017)

Mais uma vez Laís Bodanzky aparece nessa lista, dessa vez dirigindo a narrativa da vida frustrante de Rosa (Maria Ribeiro), que tem que lidar com sua vida pessoal e profissional fora do eixo e longe do que idealizava ser perfeita

Foto: Medium
  • Benzinho (2018) 

Nesse drama acompanhamos a trajetória árdua de uma mãe (Irene, interpretada por Karine Teles), que precisa se desapegar de seu primogênito que irá para a Alemanha jogar handebol. 

Foto: Veja
  • A Vida Invisível (2019)

A trama desse filme apresenta duas irmãs completamente diferentes vivendo em um regime patriarcal em 1940. Uma quer fugir com o namorado e a outra tem o sonho de ser musicista mas precisa evitar um casamento sem amor. 

Foto: Plano Crítico
  • Bacurau (2019)

Uma cidade desaparece do mapa e os habitantes ficam sem sinal. Tudo fica ainda mais estranho quando os moradores percebem drones no céu e estrangeiros chegando ao povoado. Ao suspeitarem de um ataque e para evitarem uma chacina, a comunidade reúne forças para se protegerem. 

Foto: Fora de Quadro

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*Crédito da foto de destaque: Fora de Quadro  

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