Em conversa, cantora luso-brasileira contou um pouco sobre o processo de composição e criação de suas músicas
“Música é minha forma de me expressar, e sinto que devo partilhá-la porque pode mudar vidas.” É assim que Giovanna Branco, conhecida pelo nome artístico Blacci, vê a música. Nascida no Rio de Janeiro, ela se mudou para Portugal aos sete anos. A cantora e compositora sempre esteve conectada à música, mas foi durante a pandemia do Covid-19 que decidiu iniciar sua trajetória profissional.
Inspirada por diferentes estilos musicais, a cantora e compositora encontra um ponto comum dentro do universo pop. As composições de Blacci têm um ritmo contagiante e isso pode ser visto em Velocidade 100, DIN, Máquina do Tempo e Sabor Chocolate, as quatro faixas que compõe 111, seu EP de estreia, lançado em janeiro deste ano.
Ainda em 2023, Blacci também lançou o single E o Depois. Intimista e reflexiva, a faixa é como uma confissão da cantora sobre seus sentimentos após o fim de um relacionamento. Em entrevista concedida ao Entretetizei, a artista contou um pouco mais sobre seu estilo musical, inspirações, o significado de seu EP em sua trajetória e também sobre seu novo single. Confira!
Entretetizei: Quem é Blacci? Nos conte um pouco da história da sua vida e da sua trajetória na indústria musical. Como tudo começou? Por que você decidiu se tornar cantora?
Blacci: A música sempre fez parte de mim e da minha vida. A minha família está muito ligada à música, então foi algo natural para mim. Durante o ano que teve a Covid-19, refleti muito e entendi que a vida é curta demais para não fazermos o que amamos, então decidi dar uma chance e levar a minha música profissionalmente. Música é minha forma de me expressar, e sinto que devo partilhá-la porque pode mudar vidas.
E: Você nasceu no Rio de Janeiro, mas se mudou para Portugal quando ainda era pequena. Em sua descrição no Spotify, você diz que as raízes brasileira e portuguesa carregam igual importância dentro de você. Como essas duas raízes se encontram no seu trabalho?
B: Certo. Acaba que a cultura portuguesa é bem diferente da brasileira, eu cresci ouvindo artistas portugueses, e numa cultura diferente da minha terra natal. Então sinto que isso me faz ter uma perspectiva diferente dentro do panorama musical, a minha forma de expressar nunca vai ser 100% portuguesa nem 100% brasileira.
E: Qual é a principal mensagem que deseja passar através da sua arte?
B: De sermos nós próprios, viver sem medos e no máximo.
E: Você tem um estilo musical singular e transita entre influências como pop e R&B. Como você define o seu estilo musical? Como as suas influências podem ser notadas em suas composições?
B: O meu estilo sempre está dentro do pop, principalmente. Adoro compor coisas mais acústicas, mas sempre com um toque de beat por trás, adoro um bom bass. Por isso que eu amo tanto o Labirinth e a Billie Eilish.
E: Como funciona o seu processo de composição e produção de novas músicas?
B: 90% do tempo sou eu, mas hoje em dia também gosto de colaborar com outros compositores. Tem várias formas que isso pode acontecer, ou eu começo a fazer melodias e escrevo por cima, ou gravo, improviso e já sai com letra, ou escrevo e canto em cima do instrumental. Depende muito!
E: Você já trabalhou com artistas brasileiros como Vitão, Lukinhas e Melim. Nos conte um pouco mais sobre a experiência de trabalhar com eles e o que isso significou para você.
B: Adoro colaborar com pessoas de bom coração, acima de tudo. Acho que cada colaboração é uma conexão com outro artista, e para mim isso é tudo. Cada colaboração leva à evolução, pois é uma troca de arte entre músicos. Foi muito bom conhecer e ter esse momento com eles.
E: Você se apresentou no Festival Nossa Lisboa em setembro de 2021. Conta pra gente como foi essa experiência e o que esse momento te ensinou.
B: Adorei a experiência, principalmente por ser um show que tinha o objetivo de mostrar o multiculturalismo de Portugal. E tenho muito orgulho em dizer que participei desse movimento.
E: 2023 está sendo um ano agitado na sua carreira! Recentemente você lançou o 111, seu EP de estreia. Como você definiria esse EP? Qual é o significado dele em sua vida e em sua carreira artística?
B: Esse EP representa uma nova fase na minha vida pessoal e artística. Uma fase de liberdade na forma que me expresso, e ser realmente artista. Isto é, me desprender de todas as prisões mentais que possam existir e fazer o que realmente vai no meu coração.
E: O 111 trouxe quatro músicas que mostram perfeitamente o seu estilo musical. Pode nos contar um pouco mais sobre como foi o processo criativo de criação do EP?
B: O EP se preencheu naturalmente. As músicas foram feitas consoante minha vida, e acabou que fizeram perfeito sentido no final do dia.
E: Além do 111, você ainda lançou o single E o Depois em maio. Qual é a mensagem principal que você deseja passar com essa nova música?
B: Esse single foi um desabafo. Tinha muitas coisas que eu guardava no peito, e queria pôr para fora. O tempo não volta atrás, por isso temos que dizer o que queremos dizer, e fazer o que queremos, antes que seja tarde.
E: Quais são os seus planos profissionais para este ano? Podemos esperar outros lançamentos?
B: Vai ter novos lançamentos, estou preparando coisas bem legais.
E: O que você diria para a Giovanna Branco de anos atrás, que estava iniciando na música?
B: Diria para ela seguir seu coração, e ter calma e paciência.
E: Pode deixar uma mensagem para aqueles que acompanham o Entretetizei e ainda não conhecem o seu trabalho?
B: Obrigada, antes de mais nada, e espero que tenham gostado de ter me conhecido um pouquinho mais. Me acompanhem nas minhas redes sociais, brevemente vai ter novidades.
E aí, o que achou da entrevista luso-brasileira Blacci? Conta pra gente! Se quiser ficar por dentro de outras entrevistas como essa e das novidades do mundo do entretenimento, acompanhe o Entretetizei nas redes sociais — Insta, Twitter, Face.
*Crédito da foto de destaque: divulgação/Catto Comunicação