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Bairro dos Corvos Elétricos: o livro que traz fantasia e representatividade LGBTQIA+ em aventura cheia de enigmas

Junho é o mês do orgulho LGBTQIA+ e em obra com elementos de conto de fadas, o escritor e produtor Caluã Eloi garante inclusão e visibilidade em seu enredo

 

Por que estabelecer um limite para percorrer em uma jornada fantástica, quando há tantas possibilidades de lugares para explorar? É justamente esse um dos pontos que o livro Bairro dos Corvos Elétricos aborda, as várias possibilidades de mundos em uma aventura com bastante representatividade LGBTQIA+.

Lançado em outubro de 2019 pela editora Vícios Anárquicos Produções, a fantasia do escritor, videomaker e produtor cultural Caluã Eloi nos leva para acompanhar a jornada de uma criança que decide explorar os mundos, se deparando com um em que é difícil notar o que é verdade e o que é apenas ilusão.

Foto: Divulgação/Caluã Eloi

Adicionando um pouco de várias mitologias (celta, nórdica, egípcia e grega), o plano de fundo da história explora seus diversos detalhes e fatos.

Com um enredo cheio de magia e suspense, a criança conhece criaturas mágicas, como Tispadis, um artesão de bonecos; Aliah, a rainha misteriosa deste bairro, e seu irmão Ushas, o bardo. E não se pode esquecer também do Mago Sphynx, um gato que conhece os segredos de toda a população que vive ao seu redor.

Além da magia, Bairro dos Corvos Elétricos também dá espaço às críticas sociais aos poderes totalitários, machismo e abuso sexual.

A visibilidade das mulheres trans também é um dos fatores de grande presença na história, abordando a importância desses espaços serem abertos para que a comunidade LGBTQIA+ se sinta representada, que sua presença se torne cada vez maior tanto nos livros quanto em qualquer outra ocasião e que sua existência seja normalizada em todos os espaços.

O autor, que se identifica como uma pessoa trans não-binária, reflete:

A comunidade LGBTQIA+ quando procura um livro ou filme com representatividade trans, lésbica, bissexual, etc. não necessariamente quer ver uma história sobre sofrimento causado pelo preconceito. Às vezes, apenas queremos ver estas pessoas como super-heróis, vivendo romances fofos ou lutando em aventuras mitológicas.

Acompanhando os personagens explorando e desbravando novos universos mágicos enquanto incentiva a reflexão sobre o nosso lugar no mundo, o livro reforça e encoraja cada pessoa a sentir orgulho de quem é.

Bairro dos Corvos Elétricos está disponível na Amazon para compra em versão física ou e-book e também através da assinatura do Kindle Unlimited.

Você já leu essa ou alguma outra obra escrita por Caluã Eloi? Conta para gente nas redes sociais (Instagram, Facebook, Twitter) do Entretê.

*Crédito da foto de destaque: Divulgação/Caluã Eloi/Capa do livro Bairro dos Corvos Elétricos

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26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo | O que vem aí no evento literário mais esperado do ano

Faltando menos de um mês para acontecer, a programação da Bienal na capital paulistana está recheada de best-sellers, palestras, brindes e descontos

As expectativas são grandes para a 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Depois de ser adiada e realizada virtualmente no ano de 2020, devido à pandemia da Covid-19, o evento volta a ser presencial em 2022 e acontecerá entre os dias 2 a 10 de julho em um novo endereço.

O Expo Center Norte é o local escolhido para sediar o evento que sempre fisgou o coração dos amantes da literatura. Trazendo 182 expositores divididos em três pavilhões, o local trará mais uma vez para a capital diversas editoras com os títulos mais comentados do momento.

Foto: divulgação/Bienal

Além dos estandes de editoras como Intrínseca, Arqueiro, Rocco, Companhia das Letras, Leya, Harper Collins e muitas outras, a programação da edição deste ano conta com convidados como: Elena Armas (Uma Farsa de Amor Na Espanha); Itamar Vieira Júnior (Torto Arado); Thalita Rebouças (Fala Sério, Mãe!); Jenna Evans Welch (Amor & Gelato); Beth O’Leary (Teto Para Dois) virtualmente; Alice Oseman (Heartstopper) virtualmente; Valter Hugo Mãe (O Filho de Mil Homens); Lázaro Ramos (Na Minha Pele) e Xuxa Meneghel (Memórias).

Foto: divulgação/Bienal

Abordando temas como representatividade, literatura infantil e saúde mental, o evento dará destaque a assuntos necessários, com palestras e autógrafos de figuras importantes para a literatura e vários outros tipos de arte.

Garantindo um espaço para incentivar a leitura, para que as pessoas possam expressar seu amor pelos livros e ainda com direito a brindes, o evento se prepara para abrir as portas já no mês que vem.

Foto: divulgação/Bienal

A venda de ingressos, que começou no dia 25 de maio, continua a todo vapor. Os preços variam entre 30 reais (inteira) e 15 reais (meia), também com opção de cashback. Para mais informações, acesse o site oficial.

Já foi para alguma edição da Bienal? Vai marcar presença nessa? Quais são suas expectativas? Conta para a gente nas redes sociais (Instagram, Facebook e Twitter) do Entretê!

*Crédito foto de destaque: divulgação/bienal

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Resenha | A Mulher Na Cabine 10 nos faz sentir a tensão saindo até pelos poros

Com um suspense que ganha mais potência a cada página, Ruth Ware teleporta quem está lendo A Mulher Na Cabine 10 para uma sufocante cena do crime em alto mar

Trilhando uma sequência de mistérios, que levam a mais perguntas, investigações e situações de tirar o fôlego, o livro A Mulher Na Cabine 10, escrito por Ruth Ware e publicado no Brasil pela Editora Rocco em 2017, é uma ótima escolha para quem ama enredos como os de Agatha Christie.

Considerada um dos grandes destaques do suspense contemporâneo, a autora britânica teve várias de suas obras na lista de bestseller do New York Times, incluindo o thriller em questão, que já conta com uma primeira cena banhada em apreensão.

 

Sobre a obra

Foto: reprodução/ Twitter @editorarocco

A vida profissional de Lo Blacklock não poderia estar sorrindo mais para ela do que naquele momento, em que a jornalista recebeu a oportunidade de substituir sua chefe para cobrir uma viagem inaugural de um cruzeiro de luxo que iria percorrer os fiordes noruegueses.

Embarcar no Aurora Borealis seria a chance perfeita para ela mostrar seu potencial no jornalismo, criar uma rede de contatos e também acalmar sua mente após o estresse pós-traumático que desenvolveu ao ter seu apartamento invadido.

Mas, apesar de aparentar inicialmente, aquela viagem estava bem longe de ser a realização de um sonho. Enquanto tenta focar em seu trabalho, Lo escuta um grito no quarto ao lado, o barulho de algo atingindo o mar e vê uma mancha de sangue, fazendo-a concluir ter acabado de presenciar um assassinato.

O problema é que ela havia sido a única passageira a testemunhar tal acontecimento, suas únicas provas começam a sumir e seu recente histórico com o alcoolismo faz com que muitos passageiros passem a duvidar injustamente de seus relatos.

É aí, então, que a mulher inicia uma jornada para provar a verdade do que viu e tentar impedir que um assassino continue a solta na embarcação, enquanto também enfrenta seus próprios fantasmas e dilemas.

 

A Mulher Na Cabine 10

A estrutura de narração de Ruth Ware traz como principal característica o fato de não entregar muitas informações de uma vez, o que garante que a pessoa vá descobrindo tudo junto com a protagonista, gerando a curiosidade e ansiedade de desvendar o que aconteceu, não querendo se separar do livro até o final.

Todas as cenas são desenvolvidas para deixar uma pulga atrás da orelha, uma constante desconfiança, até mesmo nos diálogos mais simples e nos pequenos detalhes. Conforme a jornalista vai conhecendo os outros convidados que estão a bordo, as atitudes de alguns começam a levantar suspeitas.

Conciliando todos os acontecimentos vividos no navio com as questões pessoais dos personagens, a autora cria um ótimo background para dar a eles um toque mais real, não deixando com que se tornem rasos durante a trama. Além disso, alguns trechos de chats acessados por um personagem conforme a história se desenvolve também levanta diversas interrogações sobre para onde a história vai seguir.

Apesar de fazer muitas teorias e de até chegar perto em alguns momentos, elas são quebradas quando um novo acontecimento surge, trazendo uma reviravolta eletrizante na história.

As descrições são muito bem feitas, deixando todas as cenas ainda mais fáceis de imaginar e o clima no navio quase que palpável, já que quanto mais Lo chega perto da verdade, mais perigosa e claustrofóbica a viagem se torna.

O cenário fechado na maior parte do tempo passa essa sensação de todos estarem encurralados, principalmente por estarem cercados por água, sendo extremamente difícil escapar.

Nesse enorme quebra-cabeças com muitas peças faltando, Blacklock tenta descobrir o que pode ser real e o que é apenas um truque de sua mente.

É preciso destacar também as críticas, já que, apesar de ser uma boa trama, a autora em alguns trechos faz comentários que podem ser classificados como gordofóbicos, além disso, a cena de assédio retratada no livro não foi escrita com a profundidade necessária, o que dá a impressão que ela tratou um assunto grave de forma rasa.

Sobre o desfecho, pode-se dizer que é surpreendente. Um plot inesperado é o que se encontra em A Mulher Na Cabine 10, que deixa a aflição fluir a todo momento.

E você, já leu esse ou outro título de Ruth Ware? O que achou? Conta para a gente nas redes sociais (Instagram, Facebook e Twitter) do Entretê!

*Crédito da foto de destaque: divulgação/Rocco

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