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Especial | 20 anos de Jonas Brothers: crescemos com eles e a história continua

De adolescentes sonhadores a ícones da música, relembramos a trajetória dos irmãos e as surpresas que vêm por aí!

Em 2005, três irmãos de Nova Jersey começaram uma jornada que mudaria suas vidas – e a de milhões de fãs pelo mundo. Kevin, Joe e Nick Jonas não faziam ideia de que, duas décadas depois, ainda estariam nos palcos, lançando músicas e celebrando um legado que atravessa gerações. Agora, em 2025, os Jonas Brothers comemoram 20 anos de carreira com muita nostalgia, gratidão e grandes promessas para o futuro.

Com um texto emocionante nas redes sociais, os irmãos relembraram o início humilde, quando carregavam uma van com instrumentos e cópias do álbum It’s About Time (2006) para tocar em shoppings. Também agradeceram o apoio incondicional dos fãs, que acompanharam cada fase da trajetória deles – desde os primeiros sucessos na Disney até a separação e o grandioso retorno em 2019.

E a comemoração não poderia ser mais especial: além da promessa de nova música dos Jonas Brothers, os três também terão projetos solo, um álbum ao vivo e até uma trilha sonora. Nick volta à Broadway na primavera com The Last Five Years, e um filme natalino dos irmãos chega ainda este ano. Ou seja, ser fã dos Jonas Brothers em 2025 é ter muito o que esperar!

Mas, enquanto os novos lançamentos não chegam, nada como relembrar os momentos que marcaram essa jornada incrível. Vamos voltar no tempo e reviver os 20 anos dos irmãos Jonas?

2005-2007: o começo de tudo

Antes de serem fenômenos globais, os Jonas Brothers eram apenas três irmãos tentando encontrar seu espaço na música. Nick, que já tinha experiência na Broadway desde criança, chamou a atenção de gravadoras, e, aos poucos, Kevin e Joe também foram envolvidos no processo. A banda começou quase por acaso, quando produtores perceberam a química entre os três e decidiram que eles deveriam formar um grupo.

Em 2006, lançaram It’s About Time, seu primeiro álbum, mas o sucesso ainda não tinha chegado. O disco teve um lançamento limitado, e a gravadora não investiu tanto na divulgação. No entanto, algumas faixas, como Mandy e Year 3000, começaram a ganhar força entre um pequeno grupo de fãs, o que abriu portas para que eles seguissem na indústria.

A grande virada aconteceu em 2007, quando assinaram com a Hollywood Records e lançaram o álbum Jonas Brothers. Com um som mais pop rock e uma estética bem definida, os irmãos começaram a conquistar um público fiel. Singles como S.O.S., Hold On e When You Look Me in the Eyes mostraram que eles tinham algo especial.

Foi também nessa época que começaram a abrir shows para artistas como Kelly Clarkson e Avril Lavigne, ampliando ainda mais sua base de fãs. Com muito carisma e talento, os Jonas Brothers se tornaram um fenômeno entre os adolescentes.

O sucesso chamou a atenção da Disney, que os incluiu no filme Camp Rock (2008) e em diversos programas do canal. Assim, os Jonas Brothers não eram mais apenas uma banda – estavam se tornando astros de um verdadeiro império juvenil.

2008-2010: o auge da Disney e a dominação mundial

A partir de 2008, os Jonas Brothers estavam em todos os lugares. Com Camp Rock, conquistaram um público ainda maior, e a trilha sonora do filme se tornou um fenômeno. O sucesso foi impulsionado pelo hit Play My Music, que se tornou um hino para os fãs.

O terceiro álbum da banda, A Little Bit Longer (2008), trouxe faixas icônicas como Burnin’ Up, Lovebug e Tonight, consolidando-os como um dos maiores nomes do pop rock juvenil. A turnê mundial foi um sucesso absoluto, lotando arenas e reforçando a paixão dos fãs.

Em 2009, estrearam a série JONAS no Disney Channel, onde interpretavam versões fictícias de si mesmos. Apesar da popularidade, a série não teve o mesmo impacto que a música deles, e a segunda temporada teve um tom mais maduro.

O álbum Lines, Vines and Trying Times (2009) trouxe uma sonoridade mais experimental, mostrando que os irmãos queriam evoluir artisticamente. Apesar do sucesso, foi nessa época que começaram a enfrentar desafios, como a pressão da fama e a necessidade de se reinventar.

Mesmo assim, os Jonas Brothers dominaram o final dos anos 2000, deixando uma marca que nenhum outro grupo juvenil conseguiu superar.

2011-2013: hiato e o fim inesperado

Após anos sem descanso, os irmãos começaram a seguir caminhos diferentes. Kevin se casou e estrelou o reality Married to Jonas (2012), Joe lançou o álbum solo Fastlife (2011), com uma pegada mais eletrônica, e Nick montou a banda Nick Jonas & The Administration, explorando um lado mais soul e R&B.

Jonas Brothers
Foto: reprodução/Jonatics Brasil

Apesar do foco em projetos individuais, os Jonas Brothers ainda planejavam voltar. Em 2012, começaram a trabalhar em novas músicas e fizeram shows esporádicos para testar o material inédito. Os fãs estavam empolgados, esperando um retorno triunfal.

Porém, em 2013, quando tudo parecia encaminhado para um grande comeback, os irmãos cancelaram a turnê e, pouco depois, anunciaram o fim da banda (culpa do Nick!). A decisão pegou todo mundo de surpresa e revelou que existiam tensões criativas entre eles.

A separação foi dolorosa para os fãs, mas também para os próprios irmãos. Em entrevistas, admitiram que não estavam na mesma sintonia e que precisavam de tempo para se reencontrar como família antes de pensarem em música novamente.

Cada um seguiu sua vida: Nick se consolidou como artista solo, Joe formou o DNCE e Kevin focou na família e nos negócios. O fim dos Jonas Brothers parecia definitivo.

2019: o comeback que ninguém esperava

Se alguém dissesse em 2018 que os Jonas Brothers iriam voltar, poucos acreditariam. Mas, em fevereiro de 2019, os três surgiram, juntos novamente, com um anúncio bombástico: a banda estava de volta!

O single Sucker foi lançado de surpresa e se tornou um dos maiores sucessos da carreira deles, alcançando o topo da Billboard Hot 100. O clipe, estrelado pelas esposas dos irmãos – Danielle Jonas, Sophie Turner (agora ex sra. Jonas) e Priyanka Chopra –, conquistou os fãs.

O álbum Happiness Begins (2019) mostrou um lado mais maduro da banda, sem perder a essência que os fãs sempre amaram. Hits como Cool e Only Human provaram que eles ainda tinham muito a oferecer.

A turnê mundial foi um verdadeiro espetáculo, lotando arenas e emocionando fãs que esperavam por esse momento desde 2013. Foi um retorno triunfal, que consolidou a nova fase dos Jonas Brothers.

Desde então, eles continuaram lançando músicas, fazendo turnês e reafirmando seu espaço no pop. A conexão com os fãs nunca foi tão forte.

O que vem por aí?

Os Jonas Brothers garantiram que 2025 será um ano cheio de novidades. Além de novas músicas da banda, cada um deles também terá projetos solo.

Nick retorna à Broadway na primavera com The Last Five Years, enquanto Joe e Kevin também prometem surpresas individuais. Além disso, um álbum ao vivo será lançado, trazendo registros especiais dos últimos anos.

Outro grande destaque é um filme natalino estrelado pelos três, previsto para o final do ano. Os fãs já estão ansiosos para ver como será essa produção especial.

E, claro, novas turnês e lançamentos devem ser anunciados em breve. Depois de 20 anos, os Jonas Brothers continuam evoluindo e trazendo música para quem cresceu com eles.

Se há algo que essa trajetória provou, é que os Jonas Brothers não são apenas uma banda – são parte da história de milhões de fãs pelo mundo. Que venham mais 20 anos (sem disband, por favor!)

 

Qual a sua era favorita dos Jonas? Conte pra gente e nos siga nas redes sociais do Entretetizei — Facebook, Instagram e X — para mais especiais sobre o mundo da música.

Leia também: Jonas Brothers lançam The Album, novo projeto inspirado nos anos 70

 

Texto revisado por Cristiane Amarante

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Saúde mental no entretenimento asiático: por que precisamos falar sobre esse tabu?

A pressão na indústria do entretenimento asiático é imensa, e o peso do julgamento público pode ser devastador

[Contém gatilhos]

Nos últimos anos, falar sobre saúde mental dentro da indústria do entretenimento asiático tem se tornado cada vez mais urgente. O recente falecimento da atriz Kim Sae-ron, encontrada sem vida em sua casa aos 24 anos, reacende um debate doloroso, mas necessário: como a pressão, os escândalos e o julgamento público impactam a vida de artistas na Coreia do Sul e em outros países asiáticos?

O caso de Kim Sae-ron não é isolado. Em dezembro de 2023, o ator Lee Sun-kyun, conhecido pelo premiado Parasita (2019), foi encontrado morto em seu carro após estar sob intensa investigação por uso de drogas ilegais.

Antes dele, outras estrelas do entretenimento coreano, como os idols Sulli e Goo Hara, e o ator Cha In-ha, também faleceram em circunstâncias semelhantes. A cada nova tragédia, nos perguntamos: até quando vamos fingir que o problema não existe?

Uma indústria que exige a perfeição

A cultura pop asiática — e especialmente o K-pop e o cinema coreano — opera sob um nível de exigência extremo. Trainees são preparados desde a infância para alcançar um nível quase inatingível de excelência, enquanto atores passam por padrões rígidos de imagem e comportamento.

Mas, quando o mundo inteiro está pronto para te julgar pelo menor erro, como lidar com o peso da fama?

Kim Sae-ron enfrentou isso de forma brutal. Após um acidente de carro em que foi condenada por dirigir alcoolizada, sua carreira desmoronou. Ela foi afastada de projetos, perdeu contratos e foi bombardeada por críticas.

Apesar de ter pedido desculpas publicamente e tentado reconstruir sua vida, a Coreia do Sul tem pouca margem para segundas chances.

Saúde mental
Foto: reprodução/Viki

Lee Sun-kyun passou por algo semelhante. O ator foi investigado por suposto uso de drogas — um crime tratado com extrema rigidez na Coreia do Sul, mesmo quando há pouca evidência. Durante os meses em que o caso se desenrolava, ele sofreu um linchamento midiático.

Seu histórico impecável como ator e pai de família foi esmagado por uma suspeita, e sua morte ocorreu antes mesmo de um veredito ser dado.

Saúde mental
Foto: reprodução/Soompi

Essas situações expõem um problema profundo: a sociedade sul-coreana (e boa parte da Ásia) ainda trata falhas como sentenças definitivas. O cancelamento social e a vergonha pública são armas letais.

O tabu do suicídio e a necessidade de mudança

O suicídio ainda é um tabu gigantesco na Coreia do Sul e em outros países asiáticos, apesar dos números alarmantes. Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Coreia do Sul tem uma das maiores taxas de suicídio do mundo.

Entre os jovens de 10 a 30 anos, essa é a principal causa de morte.

No K-pop, essa realidade já tirou a vida de vários artistas. O caso de Jonghyun, do SHINee, em 2017, foi um dos mais impactantes, pois escancarou o nível de sofrimento mental que muitos idols enfrentam.

Na carta deixada pelo cantor, ele escreveu: “Estou quebrado por dentro.”

Saúde mental
Foto: reprodução/Soompi

Sulli e Goo Hara, amigas próximas, também partiram de forma trágica, ambas vítimas de cyberbullying e de uma indústria que não soube protegê-las. Esses casos geraram comoção, mas quantas mudanças reais aconteceram desde então?

Saúde mental
Foto: reprodução/Soompi

A psicóloga Juliana Capel, especialista em Psicologia Positiva, destaca que o problema vai muito além do entretenimento:

“A Coreia do Sul possui a maior taxa de suicídio entre os países desenvolvidos, sendo a principal causa de morte entre jovens de 10 a 39 anos, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O suicídio não é um problema isolado da indústria do entretenimento, mas um reflexo de uma sociedade que valoriza excessivamente o sucesso, muitas vezes à custa do bem-estar emocional. O sistema de suporte psicológico ainda é frágil, e o estigma em torno da saúde mental faz com que muitos sofram em silêncio.”

O papel dos fãs e da mídia

Como fãs e como parte do público que consome o entretenimento asiático, precisamos repensar nossas atitudes.

Até que ponto as críticas que fazemos nas redes sociais contribuem para o ciclo de ódio? Será que cobramos demais de artistas que, no fim do dia, são humanos como nós?

A mídia também tem sua parcela de culpa. O sensacionalismo em torno de escândalos, a falta de empatia ao relatar casos delicados e a pressão incessante para que celebridades sejam perfeitas só aumentam o problema.

Precisamos de um jornalismo mais responsável, que trate a saúde mental com seriedade e sensibilidade.

Além disso, as próprias empresas de entretenimento devem assumir um papel mais ativo na proteção de seus artistas. Programas de suporte psicológico, ambientes de trabalho menos tóxicos e uma cultura que permita que idols e atores falem sobre suas dificuldades sem medo de represálias são passos essenciais.

Precisamos continuar falando sobre isso

A morte de Kim Sae-ron e Lee Sun-kyun e de todos os outros,  não pode ser apenas mais um caso esquecido com o tempo.

Precisamos usar essas tragédias como um alerta para que a indústria, a mídia e o público mudem a forma como tratam os artistas asiáticos.

Juliana Capel enfatiza que é essencial criar um ambiente de acolhimento:

“No entanto, além da falta de apoio, muitos artistas enfrentam um julgamento público implacável, onde qualquer erro pode custar sua carreira e dignidade. Escândalos são amplificados pela mídia e pelo público, que frequentemente alimentam um ciclo de humilhação e exclusão social. Muitos dos que partiram deixaram sinais de sofrimento, mas, sem um ambiente onde possam falar abertamente e sem medo, acabam sendo tragados pela pressão.

 

É fundamental que existam políticas de suporte real para esses artistas, com acesso a terapia, ambientes mais saudáveis dentro das empresas e, principalmente, um esforço coletivo para desestigmatizar o cuidado com a saúde mental. A mudança começa quando todos – fãs, empresas, mídia e a sociedade como um todo – reconhecem que a vida e o bem-estar dessas pessoas valem muito mais do que sua imagem pública.”

Precisamos normalizar conversas sobre saúde mental, exigir que as empresas protejam seus talentos e, acima de tudo, lembrar que, por trás de cada idol e ator, existe uma pessoa com sentimentos, medos e limitações.

E, se você que está lendo este texto está passando por um momento difícil, saiba que você não está sozinho. Procurar ajuda não é fraqueza, é um ato de coragem.

Vamos falar sobre isso. Sempre.

 

Qual a sua opinião sobre o papel do fã nessa situação? Comente aqui e siga o Entretê nas redes sociais (Instagram, X e Facebook) para ficar por dentro das notícias do mundo asiático.

 

Texto revisado por Karollyne de Lima

 

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Cultura asiática Música Notícias

O que é V-pop e por que você precisa conhecer esse fenômeno agora?

O pop vietnamita está crescendo rápido e já conquistou seu espaço com hits viciantes, videoclipes grandiosos e artistas prontos para dominar o cenário global

Se você acha que a música pop asiática se resume ao K-pop e ao J-pop, é hora de abrir espaço na sua playlist para um novo fenômeno: o V-pop. O Vietnã vem construindo uma cena musical impressionante, com músicas chiclete, artistas talentosos e videoclipes que parecem produções de Hollywood.

A indústria tem crescido tanto que já começou a chamar atenção fora do Sudeste Asiático, e não vai demorar para o V-pop virar febre mundial. Então, se você gosta de descobrir tendências antes de todo mundo, essa é sua chance de mergulhar no universo vibrante do pop vietnamita!

O que faz o V-pop ser tão único?

Antes de mergulhar nessa cena, vale entender um pouco sobre o Vietnã e sua cultura musical. O país tem uma história riquíssima e sempre deu muita importância pras artes – desde a música tradicional até a dança e o teatro. No pop vietnamita, isso se traduz de um jeito bem único: os artistas misturam influências ocidentais com instrumentos tradicionais e melodias locais, criando um som moderno, mas cheio de identidade.

O V-pop como conhecemos hoje começou a ganhar força nos anos 2010, quando os artistas começaram a se inspirar no K-pop e no J-pop, mas trazendo um toque bem vietnamita pras músicas, visuais e performances. E foi aí que o jogo virou: a cena começou a crescer, ganhar fãs e chamar atenção fora do Vietnã.

Os nomes que estão colocando o V-pop no mapa

Se tem um cara que ajudou o V-pop a explodir, esse cara é Sơn Tùng M-TP. Ele não só domina o Vietnã, mas também já fez barulho internacionalmente. Seu hit Hãy Trao Cho Anh, que tem participação do Snoop Dogg (sim, ele mesmo!), foi um marco na cena. O estilo dele mistura pop, R&B e um visual cinematográfico que faz qualquer um virar fã.

 

Mas ele não é o único levando o V-pop pra outro nível. Outros artistas também estão conquistando o público com estilos variados e produções de cair o queixo. Dá só uma olhada:

Hoàng Thùy Linh – Ela é a rainha da mistura entre pop e música tradicional vietnamita. O hit See Tình viralizou no TikTok e tem um clipe lindo, cheio de referências culturais. Se você gosta de músicas chiclete e visuais impecáveis, ela é um nome obrigatório.

AMEE – Se você ama a vibe colorida e fofinha do K-pop, vai adorar a AMEE. Ela tem aquele pop leve e romântico, cheio de energia positiva. Hits como Trời Giấu Trời Mang Đi mostram bem o estilo dela.

Erik – Quer uma balada romântica daquelas que te fazem suspirar? O Erik é o cara. Com sua voz suave e melodias envolventes, ele é um dos favoritos do público quando o assunto é música sentimental.

Binz – O rap também tem espaço no V-pop, e Binz é um dos maiores nomes da cena. Seu hit OK dominou as paradas, e o flow dele tem um estilo bem diferenciado.

Suboi – Se você curte rap com pegada social e letras afiadas, precisa ouvir a Suboi. Ela foi a primeira rapper vietnamita a se apresentar no Colors Show e já trocou ideia até com o Obama numa visita dele ao Vietnã!

Por que o V-pop está crescendo tanto?

O V-pop tem tudo o que uma cena pop precisa pra bombar: músicas viciantes, coreografias bem trabalhadas, artistas carismáticos e clipes que parecem produções de cinema. Mas o grande diferencial é a forma como ele mistura influências internacionais com a identidade vietnamita, criando um estilo único.

Outro fator importante é a força das redes sociais. TikTok, YouTube e Instagram ajudaram a espalhar o V-pop pra muito além do Vietnã, alcançando fãs no mundo todo. E as colaborações internacionais só reforçam esse crescimento. Artistas vietnamitas já estão trabalhando com rappers americanos e produtores de fora, e a tendência é isso crescer ainda mais.

Além disso, a estética e o conceito visual do V-pop estão cada vez mais refinados, com figurinos, cenários e efeitos visuais de cair o queixo. Se você ama clipes superproduzidos e performances impactantes, vai se surpreender com o que os vietnamitas estão fazendo.

O futuro do V-pop – e por que você precisa entrar nessa onda agora

O V-pop está só começando a sua dominação global, e quem acompanha desde agora vai poder dizer que viu tudo acontecer antes de virar febre. Com mais investimento, fãs cada vez mais engajados e colaborações internacionais, a cena tem tudo pra explodir nos próximos anos.

Se você curte pop asiático, não tem desculpa pra não dar uma chance pro V-pop. Escolhe uma música do Sơn Tùng M-TP, dá o play e me diz se não vicia!

Você já conhecia o V-pop? Conte pra gente e nos siga nas redes sociais do Entretetizei — Facebook, Instagram e X — para mais novidades sobre o entretenimento asiático.

 

Leia também: Oriental ou asiático: qual termo usar e por quê?

 

Texto revisado por Alexia Friedmann

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Cultura asiática Música Notícias

Especial | Conheça o trot: gênero musical coreano que você talvez já tenha ouvido

Muito antes do K-pop dominar o mundo, o Trot já fazia história na Coreia do Sul. E o mais curioso? Você provavelmente já ouviu esse gênero sem nem perceber

Quando se fala em música coreana, o K-pop é a primeira coisa que vem à cabeça de muita gente. Mas antes dos idols dominarem os palcos e as paradas musicais, um outro gênero fazia história na Coreia do Sul: o trot. Com melodias animadas, performances cheias de carisma e um estilo vocal marcante, ele foi o som de várias gerações antes do pop se tornar um fenômeno global.

Mas o mais interessante é que, mesmo que você nunca tenha parado para ouvir um artista de trot, as chances de já ter escutado alguma música desse gênero são bem altas! Ele está presente em K-dramas, reality shows, festivais e até na discografia dos seus idols favoritos. O trot não só sobreviveu à ascensão do K-pop, como também influenciou a música coreana moderna, se reinventando ao longo do tempo. Quer saber mais sobre essa tradição que nunca sai de moda? Vem que a gente te conta tudo!

O que é trot, afinal?

O trot (트로트), também chamado de ppongjjak, surgiu nos anos 1920, em meio à ocupação japonesa na Coreia, e tem influências da música enka do Japão e de estilos ocidentais como o foxtrot (daí o nome). Suas principais características são a batida repetitiva, o vibrato exagerado e letras emocionantes – geralmente sobre amor, nostalgia ou desafios da vida. Sabe aquelas músicas perfeitas para cantar no karaokê? Esse é o espírito do trot!

Ao longo das décadas, o gênero dominou a cena musical da Coreia do Sul, especialmente entre os anos 1950 e 1980, quando era a trilha sonora da vida cotidiana. Com a chegada do pop e da música eletrônica, o trot foi perdendo espaço entre os mais jovens, mas nunca desapareceu. Pelo contrário, ele se modernizou, incorporando novos elementos e se mantendo vivo no coração dos coreanos até hoje.

A partir dos anos 2000, o trot ganhou uma nova roupagem, misturando-se ao pop e alcançando um público mais amplo, inclusive fora da Coreia. Hoje, programas de competição como Miss Trot (2019) e Mister Trot (2020) ajudaram a renovar o interesse pelo gênero, revelando novos talentos e provando que a tradição ainda tem muito fôlego.

Músicas famosas que você não sabia que eram trot

Acha que nunca ouviu trot? Segura essa lista de hits que já tocaram em K-dramas, programas de variedades e até em álbuns de K-pop!

Love Battery – Hong Jin-young (2009)
Considerada a rainha do trot moderno, Hong Jin-young trouxe um toque pop e vibrante ao gênero. Love Battery tem um refrão chiclete e já apareceu em vários programas como Running Man (2010) e Knowing Bros (2015).

Amor Fati – Kim Yon-ja (2013)
Se você já assistiu a programas de variedades coreanos, com certeza viu alguém cantando ou dançando Amor Fati. A música tem uma batida envolvente e é um verdadeiro hino do karaokê.

Bling Bling – Kim Yeon-ja & Song Ga-in 

Um dueto entre duas lendas do trot, essa faixa combina o estilo clássico com uma pegada moderna e um ritmo contagiante.

Jjin-iya – Young Tak (2020)
Young Tak se tornou um dos nomes mais populares do trot contemporâneo depois de sua participação no programa Mister Trot, e essa música mostra bem como o gênero pode ser animado e acessível para todas as idades. (Esse com certeza você já ouviu em algum K-drama!)

 

Jjan Jja Ra – Jang Yoon-jung (2005)
Jang Yoon-jung ajudou a popularizar o trot entre os jovens, e essa música é um exemplo do lado divertido e vibrante do gênero.

O trot no K-pop: idols que já apostaram no gênero

Se você pensa que trot é coisa do passado, está muito enganado! O gênero já invadiu o K-pop diversas vezes, seja como uma homenagem ou até em faixas oficiais. Muitos idols brincam com o estilo em programas de variedades, mas também há músicas inteiras que trazem essa influência. Aqui estão alguns exemplos:

경음악의 신 (God of Light Music) – SEVENTEEN

Essa faixa do SEVENTEENTH HEAVEN já tem uma vibe retrô, mas o SEVENTEEN elevou a experiência ao máximo com uma performance hilária e cheia de exageros no estilo trot. A interpretação dramática e o vibrato exagerado tornam tudo ainda mais icônico.

Otsukare – BTS (J-Hope & SUGA)

J-Hope e SUGA entregaram essa performance lendária durante um fan meeting, onde transformaram uma música improvisada em um verdadeiro show de trot. A voz de SUGA e a energia vibrante de J-Hope fizeram dessa apresentação um clássico entre os ARMYs.

Rokkugo – Super Junior-T

Essa é uma das músicas mais famosas do trot dentro do K-pop. Super Junior criou uma sub-unit só para explorar o gênero, e Rokkugo é pura diversão, cheia de energia e elementos clássicos do estilo.

BAR BAR BAR – Crayon Pop

O Crayon Pop já era conhecido por seu estilo único, e essa música tem fortes influências de trot, tanto na melodia quanto na forma de cantar. A apresentação delas sempre tinha aquele toque exagerado e cômico típico do gênero.

Love Is – Teen Top (versão trot no Weekly Idol)

No Weekly Idol, o Teen Top já transformou sua música Love Is em um verdadeiro show de trot, com direito a vibratos intensos, poses dramáticas e muita comédia.

 

Você já conhecia a música trot? Conte pra gente e nos siga nas redes sociais do Entretetizei — Facebook, Instagram e X — para mais novidades sobre o entretenimento asiático.

 

Leia também: Opinião | Por que o Grammy insiste em ignorar o K-pop?

 

Texto revisado por Alexia Friedmann

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TBT | 2015 foi há 10 anos?! Como assim?!

Relembre como era o mundo há 10 anos, quando os memes eram espontâneos, o Instagram ainda tinha feed cronológico e a gente só queria decorar a coreografia de Sorry

O tempo passou rápido demais ou a gente que piscou e perdeu tudo? Parece que foi ontem que estávamos postando fotos com filtro Valencia no Instagram, surtando com o último filme de Jogos Vorazes e decorando a coreografia de Sorry, do Justin Bieber. Mas não, já faz uma década.

Se hoje o mundo é movido a TikTok, inteligência artificial e streaming para todos os lados, lá em 2015 a gente ainda vivia de Snapchat, memes espontâneos e maratonas na Netflix sem precisar assinar cinco serviços diferentes. A vida era mais simples, o cancelamento não era tão brutal e o conceito de criação de conteúdo ainda não tinha transformado tudo o que fazíamos na internet em trabalho. Bora voltar no tempo e lembrar como era a vida há dez anos?

As redes sociais ainda eram diversão, não obrigação

O Instagram tinha feed cronológico, as fotos eram quadradas e ninguém passava horas pensando na estética perfeita. Postava-se uma selfie aleatória com filtro exagerado e legenda “partiu rolezinho” sem medo de ser cringe. O Facebook ainda era um lugar de interação de verdade, onde a gente comentava nas postagens dos amigos sem se preocupar em parecer engajado. E o Twitter (saudades, Twitter)? Um espaço de ouro para piadas espontâneas e memes que viralizavam sem precisar de um planejamento de marketing.

O Snapchat era a rede social do momento. Todo mundo postava absolutamente tudo sem filtro (às vezes, literalmente). O lance era mostrar o dia a dia sem medo de parecer desinteressante, porque no dia seguinte tudo sumia. E se você quisesse ver o que seus amigos estavam fazendo, não tinha algoritmo te atrapalhando era só clicar no nome deles e assistir.

E claro, o Vine. Se você passou 2015 sem ter um áudio de Vine preso na cabeça, você não viveu 2015 direito. “It’s Wednesday, my dudes”, “Why you always lyin’?”, “What are those?”… era um meme atrás do outro. O humor era rápido, nonsense e, o melhor de tudo, espontâneo. Sem cortes super editados, sem trilha dramática, só seis segundos de puro caos e criatividade.

A trilha sonora que não saiu da nossa cabeça

Se tem uma coisa que 2015 soube fazer bem, foi entregar hits. Uptown Funk, do Mark Ronson com Bruno Mars, tocava em todo canto e.  sim, todo mundo já estava cansado dela no fim do ano. Justin Bieber deu a volta por cima com Sorry e What Do You Mean?, deixando para trás a fase de encrenqueiro adolescente e se tornando um artista pop sério.

Taylor Swift estava no auge do pop com 1989, que trouxe Blank Space, Bad Blood e Shake It Off. Adele fez o mundo inteiro chorar com Hello, enquanto The Weeknd começou a dominar as paradas com Can’t Feel My Face e The Hills. No hip-hop, Drake lançava Hotline Bling, e Kendrick Lamar marcava a década com Alright.

E no K-pop? Aquele ainda era um mundo meio separado do mainstream ocidental, mas BTS já dava os primeiros passos rumo ao estrelato global, enquanto EXO, BIGBANG e Girls’ Generation eram os maiores nomes da cena. Se hoje o gênero domina tudo, em 2015 ainda era um segredo bem guardado entre os fãs.

O que a gente assistia?

Se hoje temos mil séries saindo por semana, em 2015 ainda dava para acompanhar tudo sem precisar de uma planilha. Game of Thrones era o grande evento da TV, e ninguém fazia ideia do desastre que seria o final. Sense8 e Narcos estreavam na Netflix, que começava a se tornar a gigante do streaming que conhecemos hoje.

Nos cinemas, vimos o desfecho de Jogos Vorazes com A Esperança – O Final, enquanto a Marvel expandia seu império com Vingadores: Era de Ultron e Homem-Formiga. Star Wars: O Despertar da Força trouxe a franquia de volta depois de anos de hiato, Mad Max: Estrada da Fúria redefiniu o cinema de ação, e Divertida Mente fez todo mundo chorar em plena sessão infantil.

O look de 2015: tumblr, chokers e coque samurai

Se alguém viajasse no tempo para 2015, veria calças jeans rasgadas, camisas xadrez amarradas na cintura e Adidas Superstar por todo lado. As chokers estavam de volta depois de anos esquecidas no fundo do baú dos anos 90, e a febre das tatuagens de henna branca durou pouco, mas foi intensa.

As meninas apostavam no estilo boho chic, um visual meio Coachella, meio “vou ali tomar um café e ouvir Arctic Monkeys”. Já os meninos viviam o auge da estética barba lenhador + coque samurai, além dos cortes degradê que dominavam as barbearias. Quem nunca pensou em platinar o cabelo depois de ver uma foto de uma gringa do Tumblr?

As gírias e memes que marcaram o ano

2015 foi um ano fortíssimo para memes. Quem não lembra do clássico “Já acabou, Jéssica?”, que viralizou com um vídeo de briga escolar e até hoje é referência? Outros bordões que marcaram a época foram “É verdade esse bilhete”, “Que tiro foi esse?” e, claro, a icônica frase “Mas que loucura, bicho”.

https://www.youtube.com/watch?v=bOY3qic5_t4

 

No Brasil, o MasterChef era um dos programas mais comentados da internet, e Jacquin e Paola se tornaram máquinas de memes. E, lá fora, além dos bordões do Vine, tivemos momentos como o vestido azul e preto (ou branco e dourado?), que parou a internet por dias.

 

O começo de grandes mudanças

 

2015 foi um ano de transição. A internet já estava moldando nossa forma de consumir entretenimento, mas ainda não controlava todas as nossas interações. O YouTube ainda era um lugar de vídeos longos e autênticos, e os influenciadores ainda não eram figuras tão comerciais. O streaming começava a crescer, mas ninguém imaginava que, anos depois, teríamos que assinar cinco plataformas diferentes para ver tudo.

 

Olhando para trás, dá até uma certa saudade dessa época em que tudo parecia mais simples. A gente ainda não estava completamente refém dos algoritmos, os memes surgiam de forma espontânea e o K-pop era um segredo bem guardado entre fãs dedicados.

 

Agora, dez anos depois, fica a pergunta: será que um dia vamos sentir essa mesma nostalgia por 2025? O tempo dirá. Mas uma coisa é certa: quem viveu 2015, viveu bem.

 

Do que você mais sente falta de 2015? Conte pra gente e nos siga nas redes sociais do Entretetizei — Facebook, Instagram e X — para mais pautas nostálgicas.

 

Leia também: Opinião | Por que o Grammy insiste em ignorar o K-pop?

 

Texto revisado por Cristiane Amarante 

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Crítica | Bridget Jones: Louca pelo Garoto — uma jornada de recomeços com humor e sensibilidade

Renée Zellweger retorna ao papel icônico de Bridget Jones em um filme que equilibra com maestria comédia e emoção, abordando maternidade solo, luto e a busca pelo amor na era moderna

Bridget Jones sempre foi sinônimo de autenticidade, caos e romantismo, e em Bridget Jones: Louca pelo Garoto (Bridget Jones: Mad About the Boy, 2025), dirigido por Michael Morris, ela encara sua fase mais desafiadora. Agora mãe solo de dois filhos — Billy, de 9 anos, e Mabel, de 4 anos —, Bridget se vê dividida entre a criação das crianças e a possibilidade de um novo amor, enquanto ainda lida com a ausência de Mark Darcy (Colin Firth).

A comédia romântica, que marcou gerações, amadurece sem perder sua essência, entregando uma narrativa que equilibra perfeitamente sensibilidade, humor e a realidade dos recomeços.

A Bridget de sempre, mas em um novo capítulo

Renée Zellweger prova mais uma vez que nasceu para ser Bridget Jones. Seu carisma inconfundível continua guiando a história com naturalidade, e sua atuação faz com que a evolução da personagem pareça genuína. Agora, Bridget não está mais preocupada com o relógio biológico ou com as pressões da sociedade para encontrar um grande amor — ela já viveu esse amor, e agora precisa aprender a seguir em frente.

O roteiro acerta ao não transformar sua história em um drama excessivo. A perda de Mark Darcy é sentida, mas não define a protagonista. Pelo contrário: Bridget segue sua vida da maneira que sempre fez, com tropeços, momentos hilários e muita resiliência. 

Maternidade solo e as complexidades do amor moderno

A relação de Bridget com seus filhos é um dos aspectos mais emocionantes do filme. Diferente das comédias românticas convencionais, aqui temos uma mãe tentando equilibrar seu papel parental com suas próprias vontades e desejos. Bridget não é uma mãe perfeita e é justamente isso que a torna real e cativante.

Para ajudá-la nessa nova fase, Daniel Cleaver (Hugh Grant) retorna de uma forma inesperada: após ser dado como morto em um filme anterior, ele ressurge como um apoio inesperado para Bridget, ajudando-a a navegar os desafios da maternidade solo. Sua presença no filme adiciona um toque nostálgico e divertido, ao mesmo tempo em que reforça o amadurecimento da franquia.

No meio desse turbilhão, o filme resgata a essência do romance ao apresentar dois interesses amorosos completamente distintos: Roxster (Leo Woodall), um homem mais jovem com quem Bridget se envolve através de aplicativos de namoro, e o professor de ciências de seu filho, interpretado por Chiwetel Ejiofor.

Essa dinâmica gera conflitos internos para Bridget, que precisa decidir entre a emoção do inesperado e a estabilidade de um relacionamento mais convencional. A dualidade traz reflexões sobre maturidade, expectativas e o que realmente significa recomeçar na vida adulta.

Assista ao trailer:

Sensibilidade e humor na medida certa (chora um pouco, ri um pouco)

Um dos maiores acertos do filme é a forma como trata temas delicados sem perder a leveza. Lidar com a viuvez e a criação de dois filhos sozinha são desafios reais, mas o filme nunca deixa a narrativa pesar demais. O humor característico da franquia segue presente, seja nas situações embaraçosas de Bridget ou em seu jeito inconfundível de lidar com a vida.

A produção também se preocupa em atualizar a personagem para os tempos modernos. O universo dos aplicativos de namoro, as novas dinâmicas de relacionamento e a maneira como a sociedade enxerga mulheres solteiras acima dos 50 anos são temas que permeiam a trama, trazendo um olhar atual e necessário. Além disso, a presença de Emma Thompson, Isla Fisher e Sally Phillips no elenco adiciona camadas de humor e apoio à jornada de Bridget.

Bridget Jones: Louca pelo Garoto não é apenas mais uma sequência, mas sim uma evolução natural da franquia. O filme mantém a identidade de sua protagonista, ao mesmo tempo em que a coloca diante de novos desafios que fazem sentido para sua idade e contexto.

 

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Leia também: Relembrando Sucessos | O Diário de Bridget Jones

 

Texto revisado por Cristiane Amarante

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Música Notícias

Opinião | Kanye West: um símbolo da podridão moral da sociedade moderna

Kanye West não é apenas um artista controverso — ele é um símbolo do extremismo que a sociedade insiste em tolerar. Até quando?

Chega. Acabou a desculpa do “gênio incompreendido”, do “problema psicológico” ou da “mera polêmica”. Kanye West se tornou o rosto de algo muito mais grave: a normalização do extremismo, do discurso de ódio e do desprezo absoluto pela dignidade humana. A cada nova fala racista, antissemita ou nazista, o que choca não é apenas o que ele diz, mas o fato de que nada acontece com ele.

Recentemente, Kanye declarou, sem um pingo de vergonha, “Eu sou nazista” e “Eu amo Hitler”. Isso não é uma opinião. Isso não é liberdade de expressão. Isso é uma afronta direta à história, uma glorificação de um regime que exterminou milhões de pessoas. Em países minimamente civilizados, exaltar o nazismo é crime. Nos Estados Unidos, no entanto, isso vira tendência no X (antigo Twitter), ganha engajamento, gera manchetes — e depois some, como se fosse só mais um episódio bizarro da vida de Kanye.

Kanye West
Foto: reprodução/R7

E não estamos falando de um artista qualquer. Estamos falando de um dos músicos mais influentes do século XXI, alguém cuja palavra ainda carrega peso, cuja marca pessoal continua a render milhões. Kanye West não é um lunático gritando sozinho em um canto da internet. Ele tem poder, tem um exército de seguidores fiéis que compram cegamente cada absurdo que ele diz. E é isso que torna tudo ainda mais perigoso. Ele não apenas normaliza o ódio, ele o transforma em produto, em moda, em tendência.

Mas o problema não é apenas ele. O verdadeiro escândalo é o sistema que continua dando espaço. Ele não age sozinho. Kanye West tem o respaldo de um público que o idolatra cegamente, de uma mídia que insiste em tratar seus surtos como entretenimento e de plataformas que lucram com sua influência tóxica. E tudo isso se agrava com a ascensão de Trump e o desmantelamento da moderação nas redes sociais, transformando o extremismo em algo banal.

E não adianta dizer que “ele já perdeu contratos”, que “ele já foi cancelado”. Se Kanye West ainda tem voz, se ele ainda é ouvido, ele não foi punido o suficiente. O chamado cancelamento não passa de uma ilusão. Muitos artistas perdem suas carreiras inteiras por muito menos, enquanto Kanye continua falando absurdos e, no máximo, leva um block temporário no X antes de voltar com o dobro de engajamento. Ele não perdeu relevância. Ele foi reciclado pelo extremismo.

A questão não é mais se Kanye vai se desculpar (ele já deixou claro que não vai), nem se ele está passando por algo (ele está exatamente onde quer estar). A questão é: quantas vezes ele ainda precisará glorificar um dos maiores assassinos da história para que parem de tratá-lo como uma celebridade e comecem a tratá-lo como um criminoso?

Kanye West não merece palco. Não merece trending topics. Não merece ser ouvido. Ele não é um artista controverso — ele é um propagandista do ódio. Cada segundo que ele continua relevante é mais um sinal de que falhamos como sociedade. Ele deveria ser esquecido, apagado, irrelevante. Mas enquanto houver gente que o defenda, enquanto plataformas como o X continuarem dando voz a extremistas como ele, o problema não é só Kanye West.

O problema somos todos nós.

 

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Texto revisado por Cristiane Amarante

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Hime Cut: o corte japonês que voltou com tudo no Grammy 2025

De um símbolo da aristocracia japonesa ao visual queridinho de estrelas como Lady Gaga, Miley Cyrus e Lisa, o corte geométrico renasce como a grande tendência capilar do ano

Se existe um corte de cabelo que consegue ser clássico, futurista e ousado ao mesmo tempo, esse é o Hime Cut. Com sua franja reta e mechas laterais cortadas na altura do queixo, o estilo atravessou séculos e foi adotado por diferentes gerações, desde as damas da corte imperial japonesa até ícones da música pop atual. No Grammy 2025, Lady Gaga e Miley Cyrus apareceram com o visual, colocando de vez o corte geométrico no radar das tendências de beleza do ano.

Mas o Hime Cut não surgiu agora – na verdade, ele tem mais de 1 mil anos de história. De rainhas e modelos icônicas a estrelas do K-pop e Hollywood, esse corte já brilhou em muitas épocas e estilos diferentes. E se depender do revival atual, ele promete continuar marcando presença por muito tempo.

Origem: o corte das princesas japonesas

O Hime Cut (姫カット, que significa “corte de princesa” em japonês) surgiu no Período Heian (794-1185), uma era de grande refinamento cultural no Japão. Naquela época, os cabelos longos e lisos eram símbolos de status e beleza entre as mulheres da aristocracia. Como parte das tradições nobres, jovens da corte passavam por uma cerimônia chamada Binsogi, realizada aos 16 anos, onde as mechas laterais eram cortadas, marcando sua transição para a vida adulta.

Hime Cut
Foto: reprodução/FFW

O estilo permaneceu associado à elite japonesa por séculos e, mais recentemente, começou a aparecer em animes, mangás e subculturas da moda japonesa, como o estilo Lolita e Gyaru, que resgataram a estética elegante do corte. Mas a grande virada do Hime Cut para o mundo ocidental veio nos anos 1960.

O corte ressurgiu no Ocidente graças à modelo britânica Penelope Tree, que foi um dos grandes nomes da moda na década de 1960. Conhecida por seu rosto anguloso e expressivo, ela adotou uma versão moderna do Hime Cut, destacando suas feições e trazendo um ar futurista para seus editoriais de moda.

Hime Cut
Foto: reprodução/VOGUE

Na mesma época, o corte começou a ser visto em celebridades como Cher, que sempre esteve à frente das tendências capilares e incorporou o estilo geométrico ao seu visual icônico. O visual também se encaixava perfeitamente na estética do movimento glam rock dos anos 1970, com artistas como David Bowie e Debbie Harry (Blondie) experimentando cortes assimétricos e franjas retas que remetiam ao Hime Cut.

Hime Cut
Foto: reprodução/VOGUE
Anos 2000: o boom do Hime Cut na cultura pop asiática 

Com a explosão do J-pop e do K-pop nos anos 2000, o Hime Cut voltou a ser um dos cortes mais desejados. No Japão, ele se tornou um elemento marcante do visual de Hikaru Utada, uma das maiores cantoras da época, e de personagens de animes populares, como Mikasa Ackerman (Attack on Titan) e Yumeko Jabami (Kakegurui).

Hime Cut
Foto: reprodução/Amino

Na Coreia do Sul, o estilo foi adotado por idols que ajudaram a modernizar o corte. Momo (TWICE) e Lisa (BLACKPINK) trouxeram versões atualizadas do Hime Cut, misturando o corte tradicional com camadas mais despojadas e colorações ousadas, como o loiro platinado e tons fantasia.

Hime Cut
Foto: reprodução/Amino

A estética também chegou ao Ocidente através de artistas como Grimes, que incorporou o Hime Cut ao seu visual cyberpunk e experimental, além de Billie Eilish, que já apostou no estilo em diferentes momentos de sua carreira.

Grammy 2025: o retorno triunfal do Hime Cut 

No último domingo (2), o Hime Cut brilhou novamente no Grammy Awards 2025, quando Lady Gaga e Miley Cyrus apareceram com versões do corte, reafirmando seu status como tendência.

Miley Cyrus, conhecida por suas transformações capilares ousadas, apostou em uma versão desfiada do corte, trazendo um toque moderno e despojado.

Hime Cut
Foto: reprodução/Grammy

Lady Gaga, por sua vez, surgiu com um Hime Cut superpolido, remetendo ao glamour futurista que sempre marcou sua estética.

Hime Cut
Foto: reprodução/Capricho

Além delas, artistas como Zendaya e Rina Sawayama já foram vistas experimentando versões do corte nos últimos meses, confirmando que a tendência está apenas começando.

Hime Cut
Foto: reprodução/PFW
Como usar o Hime Cut?

Se você quer apostar no Hime Cut, aqui vão algumas dicas:

  • Cabelos lisos ou ondulados – o corte funciona melhor em fios mais alinhados, mas pode ser adaptado para diferentes texturas.
  • Versão clássica ou moderna – você pode optar pelo corte tradicional, super reto e simétrico, ou por uma versão desfiada e desconectada.
  • Experimente cores ousadas – luzes, degradês e tons fantasia combinam muito com o visual geométrico.

Com um histórico tão rico e cheio de renascimentos ao longo dos séculos, o Hime Cut prova que é muito mais do que uma simples tendência – ele é um verdadeiro ícone atemporal da moda e da beleza. E agora, com o Grammy como palco de seu grande retorno, pode apostar: esse corte vai dominar 2025!

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Leia também: Do street style de Tóquio ao K-fashion: como a moda asiática se tornou uma explosão de cultura e estilo

 

Texto revisado por Alexia Friedmann

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Especial | Labirinto: o clássico cult que nunca saiu da nossa cabeça

David Bowie, goblins e uma fantasia sombria que marcou gerações — quase 40 anos depois, Labirinto – A Magia do Tempo ainda tem um espaço especial na memória dos fãs e, pasmem, vai ganhar uma sequência 

Se você cresceu nos anos 80, 90 ou até começo dos anos 2000, tem uma boa chance de Labirinto – A Magia do Tempo (Labyrinth, 1986) ter sido uma das aventuras mais fascinantes (e levemente assustadoras) da sua infância. E se nunca assistiu, calma que eu te explico por que esse filme, que flopou bonito nos cinemas, virou um dos maiores clássicos cult da fantasia. Agora, quase 40 anos depois, Hollywood decidiu ressuscitar essa história com uma continuação, reacendendo o fascínio por um mundo onde goblins, criaturas mágicas e um certo rei de collants apertados comandam o jogo.

Labirinto é aquele tipo de filme que não dá pra rotular. Tem aventura, musical, fantasia, um humor meio esquisito e um climão sombrio que faz você se perguntar: “Isso era mesmo pra crianças?”. Nos anos 80? Era sim. O filme foi dirigido pelo lendário Jim Henson (o cara dos Muppets) e produzido por ninguém menos que George Lucas (Star Wars, sabe?). No meio disso tudo, temos Sarah (Jennifer Connelly, com só 14 anos na época), uma adolescente que se vê presa num labirinto bizarro depois de desejar que seu irmãozinho fosse levado pelos goblins. O problema? O desejo se realiza, e o próprio Rei dos Duendes, Jareth, aparece para testar sua paciência e ver se ela consegue recuperar o bebê antes do tempo acabar. O que vem depois é um monte de desafios, criaturas malucas e um universo tão marcante que é impossível esquecer.

 Labirinto
Foto: reprodução/plano crítico

Mas vamos ser sinceros: por mais incrível que o visual do filme seja, a grande estrela aqui é David Bowie. Ele não só interpreta Jareth, mas também canta várias músicas da trilha sonora, incluindo Magic Dance — sim, aquela dos goblins dançando enquanto Bowie brilha no carisma. Jareth não é só um vilão qualquer. Ele tem uma presença que faz com que Sarah, e a gente, fiquem no meio do caminho entre o medo e a fascinação. É aquele personagem que só funciona porque Bowie não precisava se esforçar muito para parecer um ser de outro planeta. Ele já era.

E é aí que entra o dilema da sequência: como seguir sem Bowie? O filme original é redondinho, uma história sobre amadurecimento e autodescoberta. Sarah começa como uma adolescente mimada que não aguenta o irmão mais novo, mas conforme avança no labirinto e conhece aliados como Hoggle, Ludo e Sir Didymus, percebe que precisa crescer. No final, ela encara Jareth e entende que ele só tem poder sobre ela se ela permitir. É aquele tipo de mensagem que bate diferente quando você assiste de novo depois de adulto.

 Labirinto
Foto: reprodução/plano crítico

Só que, olhando com mais atenção, Labirinto também tem umas camadas que passaram batido na época. A relação entre Jareth e Sarah sempre gerou discussões. Tem gente que vê como uma metáfora sobre sedução e controle. Nos anos 80, isso não foi muito debatido, mas hoje, com um olhar mais crítico, dá pra perceber como o filme brinca com essa dinâmica. Jareth não é só um rei excêntrico — ele é manipulador e tenta convencer Sarah a ceder. Mas o roteiro deixa claro que quem tem o real poder é ela, e o final reforça a ideia de não se deixar levar por promessas vazias.

E já que estamos falando de ilusão, o visual do filme é um show à parte. Inspirado nas obras de M.C. Escher, Labirinto tem cenários que desafiam a lógica, tipo aquela sequência final cheia de escadas que vão pra todos os lados. E o melhor? Tudo feito sem CGI, só com truques práticos e perspectiva. Os bonecos animatrônicos da equipe de Jim Henson também são um espetáculo, desde as criaturas fofas como Ludo até aqueles Fireys bizarros que arrancam a própria cabeça (e traumatizaram muita gente).

Ah, e claro, o figurino! Se tem algo que Labirinto entregou além de uma história marcante, foram os looks icônicos. Jareth, com aquele cabelão loiro, maquiagem forte e casacos dramáticos, parece saído direto de um editorial de moda dos anos 80. Os collants colados viraram piada ao longo dos anos, mas fazem parte do charme bizarro do personagem. E não dá para esquecer o vestido de Sarah na cena do baile de máscaras — um verdadeiro conto de fadas em forma de figurino, só que num ambiente meio distorcido e hipnótico. O vestido representa exatamente isso: uma ilusão bonita, mas que precisa ser quebrada.

Agora, com a sequência anunciada, fica a pergunta: como reviver Labirinto sem Bowie? O que anda sendo divulgado por aí é  que o filme pode trazer outro governante para o mundo dos goblins, e o nome de Tilda Swinton já foi jogado na roda. E, sinceramente, se tem alguém que pode capturar esse ar místico e andrógino, é ela.

Seja como for, Labirinto continua firme e forte na cultura pop. Seja pelos figurinos, pelas músicas, pelas mil teorias sobre seu significado ou só pelo fator nostalgia, esse filme nunca foi esquecido. E talvez seja isso que o torne tão especial. Não importa quantos anos passem, sempre vai ter alguém descobrindo essa história e se perguntando: “Será que eu teria coragem de atravessar esse labirinto?”.

E pra fechar, separei algumas curiosidades que talvez você não saiba:
  1.  Jim Henson queria Michael Jackson no papel de Jareth, mas preferiu Bowie porque queria alguém com um ar mais misterioso e perigoso.
  2.  Jennifer Connelly quase perdeu o papel porque o estúdio queria uma atriz mais velha, mas Henson insistiu que Sarah precisava ser adolescente.
  3.  Os cenários foram construídos de verdade. Nada de CGI! Todas aquelas ilusões de ótica foram feitas com truques práticos.
  4.  O bebê Toby era, na real, filho do designer de produção Brian Froud. Sim, aquele bebê fofo (e às vezes assustado) era um funcionário da família.
  5.  A cena do baile de máscaras demorou semanas para ser filmada. A intenção era criar um sonho febril e meio surreal — e deu certo!

Se você nunca assistiu a Labirinto, talvez essa seja a hora de entrar nesse mundo maluco e mágico. E se já assistiu, bom… já sabe que esse filme tem um jeito de nos puxar de volta, como um verdadeiro feitiço.

 

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Leia também: Curiosidades sobre filmes de terror que você não imagina 

 

Texto revisado por Angela Maziero Santana 

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Opinião | Por que o Grammy insiste em ignorar o K-pop?

Premiação está cada vez mais distante da realidade musical atual ao ignorar um dos gêneros mais influentes e inovadores da indústria

O Grammy se vende como a maior premiação da música mundial, um selo de prestígio que supostamente consagra os melhores artistas do ano. Mas será que essa narrativa ainda se sustenta quando um dos gêneros mais impactantes da atualidade é sistematicamente ignorado? O K-pop, que há anos domina as paradas, movimenta bilhões de dólares na indústria e arrasta milhões de fãs pelo mundo, continua sendo tratado como um nicho irrelevante pelo Grammy. O problema não é apenas a falta de indicações ou vitórias — é a resistência da Recording Academy em reconhecer a revolução que esse gênero representa.

Desde que o BTS quebrou barreiras e se tornou o primeiro grupo de K-pop a ser indicado ao Grammy, a presença do gênero na premiação tem sido mínima e, muitas vezes, usada de forma oportunista. O grupo recebeu algumas indicações, performou no palco da cerimônia, mas nunca levou um prêmio para casa. E a sensação que ficou para muitos fãs e especialistas foi clara: o Grammy queria os números e o engajamento do BTS, mas não estava realmente disposto a reconhecê-los como artistas merecedores de um gramofone dourado.

A questão vai além do BTS. Outros grupos e solistas de K-pop estão dominando rankings globais, acumulando recordes e lotando estádios que muitos artistas norte-americanos não conseguem encher. BLACKPINK, Stray Kids, SEVENTEEN, TWICE, TXT, ATEEZ, NewJeans — a lista de atos coreanos que fazem história cresce a cada ano. Mesmo assim, quando chega a época das premiações, a Recording Academy continua priorizando os mesmos rostos de sempre, repetindo indicações previsíveis e ignorando o que realmente está moldando a indústria.

A falta de K-pop no Grammy não se justifica nem pelos números nem pelo impacto cultural. Artistas do gênero frequentemente superam nomes ocidentais em vendas físicas, streams e relevância global. Porém, o Grammy ainda opera dentro de um sistema que favorece a indústria americana e dificulta o reconhecimento de artistas internacionais. Para ser levado a sério na premiação, um artista precisa ter uma forte rede de contatos na indústria dos EUA, investir tempo e dinheiro em campanhas e, mesmo assim, nada garante que será tratado com a mesma seriedade que os artistas anglófonos.

Isso levanta uma questão importante: o Grammy realmente representa a música global? Se a resposta fosse sim, seria impossível ignorar um movimento que há anos influencia a indústria como o K-pop. Mas, a verdade, é que a premiação ainda está presa a uma bolha ultrapassada, relutante em abraçar novas formas de expressão e inovação musical.

A frase “o BTS não precisa do Grammy, mas o Grammy precisa do BTS” continua sendo um reflexo perfeito dessa situação. O grupo, assim como outros nomes do K-pop, não precisa de um Grammy para provar sua relevância ou talento. O K-pop continua crescendo independentemente da premiação, e seu impacto não depende da validação da Recording Academy. Por outro lado, o Grammy perde relevância a cada ano por não acompanhar as mudanças da indústria e por continuar promovendo um modelo ultrapassado de reconhecimento musical.

 

No fim das contas, a falta de K-pop no Grammy não desmerece o gênero — desmerece a premiação.

 

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Texto revisado por Laura Maria Fernandes de Carvalho

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