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Entrevista | André Hayato Saito fala sobre AMARELA e a representatividade japonesa no cinema

O curta-metragem AMARELA, dirigido e escrito por Saito, concorreu à Palma de Ouro no 77º Festival de Cannes 

André Hayato Saito é um renomado cineasta brasileiro que está em destaque após seu curta-metragem AMARELA ser um dos escolhidos para concorrer à Palma de Ouro no 77º Festival de Cannes. Saito é conhecido por sua abordagem ousada e inovadora, mergulhando nas complexidades da experiência asiática em sua obra, que traz à tona questões profundas de identidade e herança cultural.

Graduado em Comunicação Social, Saito aprimorou suas habilidades no mundo do cinema estudando em Buenos Aires. Em 2012, André e sua equipe lançaram o livro e o curta-metragem THOMÁS TRISTONHO, que recebeu reconhecimento internacional ao ser selecionado para 13 festivais de cinema ao redor do mundo. 

André Hayato Saito
Foto: reprodução/André Hayato Saito

Além de suas realizações conjuntas, Saito está concentrando esforços em seu primeiro longa-metragem de ficção, intitulado YELLOW CHRYSANTHEMUM, que tem sido destaque em diversos laboratórios e eventos de mercado em todo o mundo.

Recentemente, ele expandiu sua presença internacional com o lançamento do curta-metragem KOKORO TO KOKORO (2022), uma mistura de ficção e documentário, que recebeu aclamação em festivais de cinema ao redor do mundo; incluindo o Festival Internacional de Cinema do Uruguai, o Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, o Roma Short Film Festival e o Tokyo Intl Short Film Festival.

Além disso, André Hayato tem sido reconhecido como um líder criativo na comunidade cinematográfica, participando de programas como o Berlinale Talents Buenos Aires e o Interaction: Doc Workshop, enquanto também atua como mentor no programa Amplifica Cine, que capacita jovens cineastas de São Paulo.

O Entretê teve o prazer de entrevistar o diretor, que falou sobre os próximos projetos e a representatividade japonesa no cinema. Confira:

Entretetizei: Recentemente noticiamos que AMARELA, seu curta-metragem, está concorrendo à Palma de Ouro no 77º Festival de Cannes, e foi selecionado entre mais de 4 mil obras. Conta um pouco pra gente sobre o processo de criação desse curta, do início da produção até a seleção para o Cannes?

André Hayato Saito: Em março de 2023 decidi que ia mesmo fazer esse curta, e aí o processo foi relâmpago. Escrevemos a primeira versão do roteiro em uma semana e depois fomos trabalhando nela ao mesmo tempo que levantava a produção e o financiamento. Eu desejava muito que esse filme acontecesse antes do nascimento do meu filho (em set), então, final de julho conseguimos juntar tudo e todos e estávamos filmando. 

Na verdade, AMARELA surgiu no meio do processo de escrita do nosso longa-metragem. Quando chegamos na versão três do roteiro, eu senti a necessidade de amadurecer quem são os personagens e fazer como que um teste de conceito do longa através do curta, exercitar a linguagem do filme, testar o casting, arte, locações, cinematografia, etc… Antes do AMARELA, já tínhamos feito dois outros curtas de investigação da minha ancestralidade, KOKORO TO KOKORO e o Vento Dourado (2023) que caminham no mesmo universo, mas nenhum era 100% ficção. 

E: A Melissa Uehara ficou bastante conhecida pela sua participação no The Voice Kids Brasil 2020. Como você a conheceu e quando deu aquele estalo de que ela seria a pessoa perfeita para protagonizar AMARELA?

AHS: O filme todo gira em torno da protagonista, então encontrá-la era uma grande missão. Conhecemos várias atrizes muito legais, mas nenhuma se encaixava perfeitamente no que havíamos imaginado para a personagem Erika. Foi quando a Gy Ogata, produtora de elenco do curta, nos enviou links das redes sociais da Mel. Eu, Tati Wan, minha esposa e co-produtora, sentimos na hora: tínhamos encontrado nossa protagonista! E já no primeiro teste ao vivo confirmamos a participação da Mel. 

E: AMARELA é a terceira parte de uma trilogia onde você investiga a sua ancestralidade japonesa, certo?! Como foi trabalhar nesses projetos?

AHS: São projetos que caminham pelo mesmo universo, mas com formatos completamente diferentes. O KOKORO TO KOKORO, que foi o primeiro curta, fui apenas eu, Tati e uma câmera para o Japão, sem sequer falar japonês. Eu não sabia se conseguiríamos de fato sair de lá com um filme. Foi quando voltei com 20h de material (10h a ser traduzido do japonês para o português) e convidei a Mayra Faour Auad, sócia da MyMama Entertainment, a entrar no projeto nesta fase de pós-produção. Ela topou na hora.

Daí na ilha de edição com a nossa maravilhosa montadora, Carol Leone, encontramos um ângulo e uma costura pro material que captamos. O filme estreou no 40th Uruguay International Film Festival –  2022, depois teve sua estreia brasileira no aclamado 24th Rio Int’l Film Festival –  2022 além de ter ganhado o prêmio de Melhor Curta Documentário no Roma Short Film Festival – 2022 e menção honrosa no Tokyo International Short Film Festival –  2022.

O Vento Dourado, o segundo projeto, já foi num outro formato. Junto com a Tati, organizamos um retiro cinematográfico com a minha família no interior de Curitiba. Convidei um diretor de fotografia (Danilo Arenas Ireijo) e uma diretora de arte (Luana Kawamura Demange) para testarmos os limites da ficção e do documentário. Filmamos sem roteiro ou pesquisa, documentamos a relação da minha mãe com a minha falecida Batian. O filme, inclusive, acabou de estrear no 46° Festival de Cinema de Moscou, e agora em junho teremos a estreia europeia em outro festival que ainda não posso contar.

Já no AMARELA, como contei, foi 100% ficção mesmo, com roteiro, equipe grande, set de filmagem… Todas as etapas que a gente está mais acostumado. 

E: Como sua ancestralidade influenciou a produção dessa trilogia? De que maneira a sua relação com a cultura dos seus antepassados, ou mesmo com a sua família, contribuiu para a visão que você tem a respeito da sua identidade?

AHS: A realização dos filmes também é grande parte do processo de conexão com as minhas raízes. Na minha juventude, por muito tempo, eu neguei ser japonês, queria pertencer, me sentir brasileiro, sofria bastante bullying. Foi apenas recentemente, de alguns anos para cá, que me reconheci amarelo. Então, posso dizer que o tema do resgate da minha ancestralidade foi o ponto de partida.

E: Sendo nipo-brasileiro, suas vivências certamente tiveram papel fundamental no desenvolvimento das suas narrativas cinematográficas. Que tipo de experiências da sua vida fizeram que você pensasse em um filme como AMARELA?

AHS: Desde cedo a gente cresce sendo o “japa”, ouvindo “abre o olho japonês”, independente de você permitir, querer ou não. Muito provavelmente no seu grupo de amigos de não japoneses você vai ser o “japa”, vai ser sempre afirmado como tal. Ao mesmo tempo, a gente sabe que somos brasileiros. Então fica o eterno dilema. Japonês demais pra ser brasileiro; brasileiro demais pra ser japonês. 

Mas a verdade é que o pertencimento é uma necessidade de qualquer pessoa, então isso passa a ser um dilema para muitos de nós. O filme retrata esse sentimento do entre lugar, que no final das contas acaba também sendo um lugar, e isso não é exclusivo da comunidade amarela no Brasil, mas de várias pessoas que são filhos de diferentes diásporas ao redor do mundo. Eu mesmo tendo conhecido Australiano-Filipino, Japonês-Peruano, Chinês-Canadense, Afro-Italiano, achei curioso, e vejo o quanto a gente tem caixinhas muito estereotipadas sobre as nacionalidades, uma visão muito limitada da diversidade que o mundo engloba.

E: Vamos falar agora sobre a representatividade amarela no cinema, tanto nacional quanto internacional! Como você avalia a representatividade amarela em ambos cenários?

AHS: Tem rolado um movimento bem interessante de filmes com protagonismo amarelo diaspórico no cinema global, desde filmes como Dias Perfeitos (2023), Crazy Rich Asians (2018), Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (2022), Vidas Passadas (2023), até séries como Treta (2023), da Netflix. E é bem interessante ver que lá fora as narrativas desses personagens já tão maturando a ponto de não precisarem ser só sobre identidade, que no final é o que a gente também quer. Ainda temos um longo caminho pela frente. 

A presença amarela normalmente ainda se restringe a um personagem que está ali por ser amarelo na maioria das vezes, e não por ser mais um brasileiro qualquer. A Tizuka Yamasaki sempre me inspirou por ser uma diretora mulher e amarela se destacando no meio de um mercado majoritariamente branco. 

E: Quais são os principais obstáculos e desafios que artistas e cineastas de ascendência asiática enfrentam ao tentarem estabelecer suas carreiras no meio do entretenimento?

AHS: Quando se fala de ator sei que tem o lugar que comentei na resposta passada de receberem papéis estereotipados, muitas vezes não serem considerados para um papel que qualquer brasileiro poderia fazer. No evento da diáspora amarela que eu fui, a Bruna Aiiso falou que estava muito feliz de interpretar uma médica trambiqueira na novela que ela está fazendo agora, que dá receita a torto e a direito para os pacientes, que tira desse lugar da minoria modelo.  

E: Na sua visão, quais estereótipos ainda são comumente associados aos personagens de ascendência asiática no cinema? E como você acredita que a indústria pode abordá-los de uma maneira mais eficaz?

AHS: No Brasil: minoria modelo, médicos, engenheiros, feirantes, chinês que fala errado e  humor pastelão que indiretamente a piada é rir do fato da pessoa ser asiática (por falar errado, por ser certinho, etc e tal). A indústria considerar pessoas asiáticas para papéis que não existam só porque a pessoa tem descendência asiática. O protagonismo. E pessoas amarelas também por trás das câmeras.

E: Além de você, quais outros diretores você acha que tenham contribuído de forma significativa para a promoção da representatividade amarela no cinema?

AHS: Tem muitos cineastas amarelos que estão nessa luta. A Tizuka Yamasaki abriu o caminho lá atrás, fazendo Gaijin, Gaijin 2, falando sobre imigração japonesa no Brasil. Foi muito importante.  

Temos agora o Marcos Yoshi, que fez o documentário Bem-vindos de Novo, a Paula Kim e o Hugo Katsuo, que são outros cineastas trabalhando a questão da representatividade.

E: De que forma a representatividade amarela pode influenciar a narrativa cinematográfica e a percepção do público em relação às histórias contadas?

AHS: Processo de humanização, entender que pessoas amarelas também são parte do que é ser brasileiro e elas têm direito a esse lugar. Complexificação: entender que elas têm virtudes e defeitos como qualquer outra, fogem ao estereótipo da minoria modelo, também fazem merda, também amam, e por aí vai.

Assistir filmes e séries é se abrir para ver a história do outro e tentar entender porque aquele personagem é daquele jeito. O protagonismo amarelo pode fazer pessoas não amarelas quebrarem estereótipos que construíram. Ao mesmo tempo, permite pessoas amarelas a verem suas narrativas representadas e complexificadas. 

E: Você acredita que uma maior representatividade amarela nas telas pode desempenhar um papel importante na diminuição do preconceito e da xenofobia na sociedade? De que forma?

AHS: O cinema faz as pessoas se conectarem com os protagonistas e terem empatia por eles. Naturaliza a presença amarela na sociedade. 

E: Como você percebe o impacto das produções independentes e das plataformas de streaming na ampliação e diversificação da representatividade amarela no cenário cinematográfico atual?

AHS: Presença de mais vozes amarelas no cinema, abertura para uma conversa sobre identidade que antes não tinha espaço. Os streamings perceberam que nossas narrativas também têm potencial de mercado, e isso é bom para eles e acaba sendo bom pra gente por termos mais espaço (ressalva sobre a diferença entre mercado americano e brasileiro nesse sentido, eles estão muito à frente).

E: Para finalizar, quais são seus próximos projetos? Tem algum já em produção? Pretende trabalhar em um longa-metragem?

AHS: Longa-metragem, Crisântemo Amarelo. Logo depois de Cannes, participo do Torino Feature Lab para desenvolver mais ele, que já está indo para a quinta versão de roteiro e agora está em fase de captação. O curta foi um estudo para ele. 

A Erika também é a protagonista, mas lá ela passa por vivências mais complexas e o curta não aborda só a identidade, também caminha pelo tema do ciclo de vida-morte-vida, que me interessa muito e que foi tema do meu curta Vento Dourado. 

 

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Leia também: AMARELA: curta brasileiro concorre à Palma de Ouro em Cannes

 

Texto revisado por Kalylle Isse

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KINO lança If this is Love, I Want a Refund, seu primeiro EP

O single Broke my Heart (feat. Lay Bankz) ganhou um MV

KINO lançou seu primeiro EP, If this is Love, I Want a Refund. Com isso, ele espera expressar todas as emoções que compõem as diferentes fases do amor, como a raiva de um término e o momento em que você encontra um novo amor na sua vida. Ainda, dois conceitos visuais contrastantes se apresentam: um amor doce e ideal e um amor realista, que surgiu de uma desilusão.

If this is Love, I Want a Refund é meu primeiro EP e representa o ciclo completo de um relacionamento. É também uma coleção de canções que revelam sentimentos genuínos sobre o amor: o bom, o mau, o feio. O amor nem sempre é tão bom quanto foi retratado, nem nossos sentimentos em relação a ele. É uma história sobre mim, você e todos nós: o nosso diário.”, comenta KINO.

O EP inclui cinco músicas, e em todas elas KINO participou na escrita e composição das letras. A faixa-título, Broke my Heart, expressa a raiva que alguém sente ao ser traído por quem ama. Lay Bankz, cantora, compositora e rapper americana, participa da produção. Ela é mais conhecida por suas músicas que se tornaram virais no TikTok, como Tell Ur Girlfriend, que atualmente é tendência na plataforma, e Left Cheek (Doo Doo Blick), Na Na Na e Ick, duas músicas que bombaram em 2023.

KINO
Foto: divulgação/NAKED

KINO e Lay Bankz trabalharam bem durante as filmagens do videoclipe da música na Filadélfia. Eles criaram a coreografia do refrão no local mesmo, durante as filmagens. Solo é uma faixa que conta a história de um casal que decidiu se separar após aceitar suas diferenças e desejar, um ao outro, o melhor para o futuro. Já Freaky Love foi pré-lançado em 21 de março deste ano como single. Ele mostra o momento em que uma pessoa se apaixona por alguém, inspirando-se na gíria delulu, uma expressão popular nas redes sociais usada para descrever alguém que age de forma delirante.

Com Valentine, KINO espera recarregar os ouvintes com coragem sempre que eles sentirem vontade de desistir dos relacionamentos e do amor. A faixa final, Fashion Style, também foi um single pré-lançado (8 de janeiro) e foi o primeiro a sair pelo novo selo do KINO. Transmite aos ouvintes a mensagem de que eles são lindos do jeito que são e não devem tentar ser outra pessoa além de si mesmos.

Assista ao clipe de Broke my Heart:

 

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Texto revisado por Michelle Morikawa

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OST do BL Jazz for Two é lançada

Os membros do OMEGA X contribuíram para a criação da OST e Lee Donghun do ACE canta em uma das faixas

A trilha sonora original do célebre drama BL Jazz for Two (2024) foi lançada. O webtoon original se tornou o número um na parada de webtoon BL da Lezhin Comics em 2017, e sua adaptação dramática foi lançada em março deste ano.

Estrelado por Song Hangyeom do OMEGA X, ao lado de Jee Hogeun, Kim Jinkwon e Kim Jungha, Jazz for Two é um drama de romance escolar que envolve a história de um nerd do jazz, Yoon Se Heon, que se transfere para a Wooyeon Arts School para evitar a pressão de sua família e focar na música clássica. 

Ele então conhece Han Tae Yi, que despreza o jazz devido ao seu trauma pessoal. O drama segue todos os quatro personagens principais enquanto navegam por seus próprios traumas e acontecimentos na Wooyeon Arts. Assim como o título, Jazz for Two inclui diversas canções instrumentais de jazz e diversas trilhas sonoras. Cada um dos alunos do drama compartilha histórias inesperadas que se misturam ao gênero jazz e evocam um charme moderno.

Jazz for Two
Foto: divulgação/IPQ

O álbum da trilha sonora original do Jazz for Two inclui seis faixas: Improvisation, 이대로 (STAY WITH ME), 홀로 (Alone), NEW LIGHT, Please Miles e Proust. Essas músicas foram reunidas para criar um álbum OST especial que permite aos ouvintes curtir a história de cada um dos quatro alunos do Jazz for Two de uma nova maneira. 

Hangyeom participou da composição e escrita da letra de três das faixas: 이대로 (STAY WITH ME), 홀로 (Alone) e NEW LIGHT. E seu o colega de banda do OMEGA X, Jaehan, participou da criação da letra e composição de Improvisation e 이대로 (STAY WITH ME). 

A abertura do álbum é Improvisation, uma faixa pop que compara o processo de duas pessoas que se conheceram inesperadamente e se uniram como uma improvisação jazzística. A segunda faixa, 이대로 (STAY WITH ME), é uma música de rock suave que dá aos ouvintes uma sensação de carinho emocional e é cantada pelos membros do OMEGA X: Jaehan, Hwichan, Hangyeom e Xen.

A terceira faixa, 홀로(Alone), é uma balada que contém o medo de ficar sozinho, cantada pelo membro do ACE, Donghun. NEW LIGHT pretende evocar a sensação de nova excitação e juventude com os vocais de Hangyeom, que desempenhou o papel de Suh Do Yoon e proporciona os sentimentos fofos de amor. 

Já Please Miles é uma faixa instrumental que foi usada na cena do drama onde os personagens Tae Yi, Se Heon e Do Yoon são atribuídos com uma tarefa de grupo. O diretor musical do Jazz for Two, Kang Min-kook, criou essa faixa com inspiração em So What de Miles Davis. 

E por fim, o álbum encerra com Proust, cantada por Hogeun (que fez o papel de Han Tae Yi). O Efeito Proust refere-se a uma situação em que os aromas evocam memórias do passado. Proust é uma versão arranjada da música de mesmo título de b101 e foi tocada como apresentação final no último episódio de Jazz for Two, quando os quatro personagens principais finalmente se tornaram um.

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Leia também: 5 recomendações de K-BL com base no que você ama

 

Texto revisado por Kalylle Isse

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Entrevista exclusiva | Big O!cean fala sobre debut e próximos planos

Em sua primeira entrevista ao Brasil, o grupo de k-pop formado por membros deficientes auditivos falou sobre os obstáculos que enfrentaram no início de sua carreira 

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O k-pop cada dia nos surpreende mais! Neste mês, o Big O!cean, primeiro grupo de k-pop formado por membros com deficiência auditiva, lançou o seu debut. Formado por Kim Ji Seok, Park Hyun Jin e Lee Chan Yeon, o grupo escolheu lançar um remake de Hope, sucesso originalmente lançado pelo H.O.T em 1998. 

O grupo, que utilizará em suas performances três línguas diferentes, sendo elas a Língua de Sinais Americana (ASL), Língua de Sinais Internacional (ISL), e a Língua de Sinais Coreana (SUO) conversou exclusivamente com o Entretê sobre sua história, debut e seus próximos passos. Confira:

Entretetizei: Vocês poderiam se apresentar, um por um, aos fãs brasileiros e falar um pouco sobre vocês? 

Big O!cean: Olá, queridos fãs brasileiros! Estamos muito felizes por ter a oportunidade de nos apresentar a vocês. Eu sou Chan Yeon, o rapper da Big Ocean. Com minha presença enérgica e carismática, pretendo elevar nossas apresentações e me conectar com nosso público em um nível mais profundo.

Em seguida, deixe-me apresentá-lo a Hyun Jin, nosso principal vocalista. Hyun Jin tem uma capacidade única de transmitir emoções por meio de seu canto cheio de alma. Sua voz ressoa com sinceridade e paixão, acrescentando profundidade à nossa música.

Por fim, temos Ji Seok, o dançarino do grupo. Os movimentos dinâmicos e as habilidades de contar histórias de Ji Seok aprimoram nossa coreografia, cativando o público com seu estilo de performance expressivo.

E: Gostaríamos de saber um pouco mais sobre a perda auditiva de vocês. Vocês três utilizam um implante coclear? Contem-nos um pouco sobre isso. 

BO: A gravidade da deficiência auditiva de cada membro varia. Ji Seok usa aparelhos auditivos, Hyun Jin é usuário de implante coclear e também de aparelhos auditivos, enquanto Chan Yeon fez implante coclear nos dois ouvidos. Todos nós nos tornamos hábeis na leitura labial para nos comunicarmos e treinamos muito quando jovens para falar com vozes claras e distintas. Além disso, nós três aprendemos a linguagem coreana de sinais (KSL).

E: Antes de pensarem em debutar no k-pop, vocês faziam outras atividades, certo? Quais eram elas?

BO: Antes de nos aventurarmos no mundo do K-pop, estávamos envolvidos em diversas atividades. Chan Yeon seguiu a carreira de audiologista, Hyun Jin se concentrou em aumentar a conscientização sobre deficiências por meio de seu canal no YouTube e Ji Seok estava imerso no mundo dos esportes como atleta de esqui, representando a equipe da cidade de Seul. 

E: Qual é a história da Big O!cean e como surgiu a ideia de criar um grupo? Vocês se inspiraram em algum grupo? 

BO: Nossa empresa, a Parastar Entertainment, está incentivando talentos da TV com deficiências, e mais de 40 artistas estão participando. Como nossa empresa tem o objetivo de criar superestrelas, o CEO pensou em maneiras de fazer isso acontecer. Foi o projeto Big Ocean. Hyun Jin era originalmente o membro da Parastar, então ele se juntou ao primeiro grupo e, mais tarde, foi realizada uma audição oficial para colocar os membros em um grupo. 

E: Por quanto tempo vocês treinaram para se tornarem ídolos? 

BO: Hyun Jin já tinha assinado contrato com a Parastar desde 2020, mas todos os três membros treinaram por um ano e meio. O período de treinamento para se tornarem ídolos variou para cada um de nós. Envolveu um rigoroso treinamento vocal e de dança, aulas de atuação, além de aulas de linguagem de sinais e treinamento pessoal para esportes. Por meio de dedicação e trabalho árduo, aprimoramos nossos talentos e nos preparamos para a estreia.

E: Quais foram os primeiros obstáculos que você teve de enfrentar quando decidiu entrar no mercado de k-pop? Vocês sofreram algum tipo de preconceito?

BO: Como novatos no setor de K-pop, enfrentamos vários obstáculos, inclusive ceticismo e preconceito devido à nossa deficiência auditiva. No início, foi difícil para nossa equipe atrair investimentos, porque muitos eram céticos quanto à possibilidade de um artista deficiente ser idolatrado. Mas, com o orçamento apertado, permanecemos resistentes e concentrados em mostrar nossas habilidades, esforçando-nos para desafiar os estereótipos e provar nosso valor como artistas.

E: No Brasil, 5% da nossa população é composta por pessoas com deficiência auditiva, e conheci algumas dessas pessoas que também são fãs de K-Pop. Quando vocês decidiram que iriam debutar na indústria, imaginaram como seria importante para outras pessoas também terem essa representação em um gênero de que gostam tanto? 

BO: Quando decidimos estrear no setor, reconhecemos a importância de representar pessoas com deficiência em um gênero amado por fãs do mundo todo. Esperávamos inspirar outras pessoas e promover maior inclusão e aceitação na comunidade do K-pop. E, quando estreamos, pudemos sentir que muitos estavam torcendo por nossa estreia, pois éramos vistos como uma experiência social. 

E: Falando em estreia, no sábado (20) vocês lançaram seu primeiro single, GLOW. Como foi o processo de criação? Há algo especial sobre o single que você queira compartilhar com seus fãs? 

BO: O lançamento do nosso primeiro single, Glow, foi um processo colaborativo e estimulante. Nosso objetivo era dar à música nosso estilo e mensagem únicos e, ao mesmo tempo, homenagear o lendário grupo de K-pop H.O.T. É uma música cheia de esperança e positividade, refletindo nossa jornada como grupo.

Ao criar a música, descobrimos que nossa voz cantada estava errando as notas e desafinando. Então, procuramos uma solução de conversão de voz por IA. Ela aprendeu profundamente nossa voz e a clonou para produzir um som melhor. Esperamos poder cantar com nossa própria voz em um futuro muito próximo. 

E: Agora que lançaram GLOW, vocês pretendem trabalhar em um álbum completo ou em uma mixtape? Há algo em andamento? 

BO: Após o lançamento de Glow, estamos explorando a possibilidade de trabalhar em um álbum completo ou em uma mixtape. Pelo menos mais dois singles digitais estão planejados para maio e junho deste ano. Estamos animados com a perspectiva de criar mais músicas e compartilhar nossas histórias com os fãs por meio de futuros lançamentos.

E: Você viu a reação do público ao lançamento do single? Se sim, o que você achou do feedback? Todo mundo que ouvi foi super positivo. Os kpoppers brasileiros adoraram!

BO: Ficamos impressionados com a reação positiva ao nosso single de estreia dos fãs do mundo todo, incluindo os do Brasil. Especialmente porque estamos transmitindo ao vivo pelo canal do Tiktok por mais de 5 horas por dia, percebemos que há muitos fãs brasileiros presentes, nos apoiando. Sempre que vemos as bandeiras do Brasil nos comentários, nos sentimos muito felizes.

Estamos conferindo quase todos os vídeos de reação carregados nos vários canais de mídia social e também somos gratos pelas fotos nossas carregadas e pelos presentes enviados ao nosso escritório. Por último, mas não menos importante, é incrivelmente gratificante ver nossa música repercutir entre pessoas de diversas origens, e somos gratos pelo amor e apoio que recebemos. 

E: Qual foi a sensação de saber que sua música está alcançando fãs do outro lado do mundo? 

BO: Saber que nossa música está alcançando fãs do outro lado do mundo nos enche de imensa alegria e gratidão. É uma prova do poder da música de transcender as barreiras culturais e linguísticas, unindo as pessoas por meio de emoções e experiências compartilhadas.

E: Vocês tiveram algum contato com a cultura brasileira? Vocês sabem falar algo em português ou já viram como é a Libras (língua brasileira de sinais)? 

BO: Embora não tenhamos tido contato direto com a cultura brasileira, apreciamos a rica diversidade e a energia vibrante da música e do entretenimento brasileiros. Estamos ansiosos para aprender mais sobre a cultura brasileira, incluindo português e Libras, à medida que continuamos a nos conectar com os fãs em todo o mundo. Brasil! Eu te amo!

E: Voltando à estreia, você já sabe qual será o nome do fandom? Vocês pretendem criar um lightstick? 

BO: Quanto ao nome do fandom e ao lightstick, ainda estamos no processo de planejamento e considerando várias opções. Inicialmente, pensamos no nome Wave, pois ele ficou em primeiro lugar na votação do nome do nosso fandom, mas depois descobrimos que ele combinava com o nome de outro fandom. Então, estamos pensando em mudá-lo para Pado, que é a palavra coreana para Wave. E Pado venceu em outra rodada de votação recente. Queremos envolver nossos fãs no processo de tomada de decisões e criar símbolos significativos que representem nosso vínculo como grupo. 

E: Vocês planejam fazer uma turnê no futuro? 

BO: A turnê está definitivamente em nosso radar para o futuro. Estamos animados com a oportunidade de conhecer nossos fãs pessoalmente, compartilhar momentos inesquecíveis juntos e mostrar nossa música e nossas apresentações em um palco global.

E: Quais são os próximos passos do grupo?

BO: Nossos próximos passos como grupo envolvem continuar a criar músicas significativas, ultrapassar limites e defender a diversidade e a inclusão no setor musical. Temos o compromisso de inspirar outras pessoas e causar um impacto positivo por meio de nossa música e ações. Para isso, estamos abertos a vários trabalhos de colaboração com organizações internacionais, empresas de marca e muito mais. 

E: Gostaria de deixar uma mensagem para seus fãs brasileiros?

BO: Aos nossos fãs brasileiros, queremos expressar nossa sincera gratidão por seu apoio e entusiasmo inabaláveis. Seu amor e incentivo significam muito para nós, e estamos empolgados em embarcar nessa jornada junto com vocês. Fique ligado para mais atualizações e músicas empolgantes da Big Ocean! 

 

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Leia também: Big O!cean, primeiro grupo de K-pop com membros deficientes auditivos, anuncia data de debut

 

Texto revisado por Luiza Carvalho

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K-dramas que falam sobre amadurecimento

Essas produções mostram que amadurecer nem sempre é fácil, mas que também não é um bicho de sete cabeças 

O amadurecimento é uma jornada repleta de desafios e descobertas: você tropeça, cai algumas vezes, mas cada queda traz uma lição valiosa. Enfrentar novas responsabilidades, lidar com as mudanças físicas e emocionais e equilibrar vida social e acadêmica são só algumas das aventuras desse período.

No meio de tudo isso, os jovens também aprendem sobre autodescoberta e construção de identidade. É um momento mágico em que começamos a entender quem realmente somos e o que desejamos para o futuro, mesmo com os obstáculos pelo caminho. Pensando nisso, o Entretê preparou uma lista com 3 K-dramas que falam basicamente sobre amadurecer, confira:

O Som da Magia (2022)

Nesta série musical adaptada de um webtoon de mesmo nome, O Som da Magia conta a história de Yoon Ah-yi (Choi Sung-eun), uma jovem no ensino médio que sonha em se tornar uma mágica profissional. Yoon Ah-yi sustenta a irmã mais nova trabalhando em empregos de meio período, já que as duas não fazem ideia de onde estão seus pais. No entanto, mesmo com todas as dificuldades, Ah-yi está entre as melhores alunas de sua classe.

amadurecimento
Foto: reprodução/Netflix

Sua única competição é com o aluno superdotado Na Il Deung (Hwang In-youp), um garoto inteligente mas com problemas para se comunicar com os outros. Para alcançar o seu sonho, Ah-yi deseja crescer logo e se tornar adulta o quanto antes. Ela fica mais próxima desse objetivo quando conhece Lee Eul (Ji Chang-wook), um mágico que deseja voltar no tempo para se tornar criança de novo. Apesar de terem sonhos aparentemente opostos, a vida dos dois muda completamente quando se encontram e percebem que podem se ajudar em seus objetivos.

Sonhe Alto (2011)

Em Sonhe Alto, acompanhamos a rotina de seis estudantes do ensino médio que compartilham o mesmo sonho de se tornarem grandes ídolos da música. Assim, durante os anos como alunos, o sexteto irá desenvolver suas habilidades em canto, composição e dança, tudo isso enquanto amadurecem.

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Foto: reprodução/amino

Eventualmente, sentimentos à flor da pele começam a aparecer em meio ao grupo. Apesar das diferenças entre eles, os amigos percebem que se complementam bem e permanecerão juntos até que consigam debutar, com o suporte da amizade que criaram.

Na Direção do Amor (2020)

Na Direção do Amor acompanha Ki Seon Gyeom (Yim Si-wan), um atleta profissional que já foi popular. Como velocista, ele concorreu à seleção coreana, mas foi forçado a renunciar. Desde então, Seon Gyeom tem trabalhado como agente esportivo. Certo dia, ele conhece Oh Mi Joo (Shin Se-Kyung), uma jovem que escreve legendas para filmes, e vê nela a mulher de sua vida.

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Foto: reprodução/Netflix

Enquanto isso, os caminhos de duas outras pessoas se cruzam. Seo Dan Ah (Choi Sooyoung) dirige uma agência de esportes, e seu pai ocupa a presidência do influente Seomyung Group. Na verdade, ela seria sua sucessora natural na empresa, mas, por causa de seu gênero, muitos obstáculos surgem em seu caminho. Pelo menos no amor ela parece, enfim, estar progredindo. Porque o graduado em arte e cinéfilo Lee Young Hwa (Kang Tae-oh) entra em sua vida, encantando-a com seu jeito amigável e cuidadoso.

 

Quais dessas séries você já assistiu? Conte pelas redes sociais do Entretê (Instagram, Twitter e Facebook) e nos siga para acompanhar o mundo do cinema e do entretenimento!

 

Leia também: 9 K-dramas com enemies to lovers

 

Texto revisado por Michelle Morikawa

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SEVENTEEN comanda o palco no MV de comeback MAESTRO

Além do clipe, o grupo lançou o álbum 17 IS RIGHT HERE

Seventeen right here!! Na manhã de hoje (29), o SEVENTEEN lançou seu novo álbum best-of 17 IS RIGHT HERE junto com o MV da faixa-título MAESTRO.

MAESTRO é uma música de dança R&B, e o título se refere a um maestro ou a alguém que é reconhecido em um determinado campo. A letra transmite a mensagem de reunir-se e comandar o mundo.

 

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Leia também: SEVENTEEN se prepara para o lançamento de 17 IS RIGHT HERE

 

Texto revisado por Thais Moreira 

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Filmes coreanos que vão partir o seu coração – parte 2

Mais 12 filmes que te farão sorrir, chorar, refletir e chorar mais um pouquinho

Uma lista só não foi suficiente para apresentar os filmes coreanos que com certeza te farão chorar, então decidimos fazer mais uma! Lista dedicada àquelas pessoas que gostam de ficar reflexivas e emotivas depois de assistir um filme.

Crossing (2008)

Crossing é baseado em uma história real dos refugiados da Coreia do Norte que tentaram invadir a embaixada espanhola em Beijing em 2002 (o filme mostra a embaixada alemã).

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Foto: reprodução/Mubi

Yong-soo é um ex-jogador da seleção da Coreia do Norte que agora vive como mineiro em uma pequena aldeia, levando uma vida de miséria junto com sua mulher e filho. Mas a coisa fica ainda pior quando sua mulher, grávida, fica doente e ele não consegue os remédios para curá-la. 

Desesperado, a única possibilidade é cruzar a fronteira com a China, mas se os agentes o pegam nessa tentativa, ele pode morrer, e no melhor dos casos ser prisioneiro e fazer trabalhos forçados. Assim ele deixa seu filho com a promessa de que voltará em breve, com remédio e comida.

Heart is… (2006)
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Foto: reprodução/inikpop

Um garoto de 11 anos, Chan, cuida de sua irmã mais nova So-i desde que sua mãe os abandonou e foi morar em outra cidade. No aniversário de So-i, o irmão a presenteia com um filhote de labrador retriever, Ma-eum, que passa a fazer companhia aos dois. Um dia, a tia que cuida de Chan e de So-i decide se mudar e deixa o endereço antigo da mãe das crianças para que o menino a procure. Apesar de não ter interesse em procurar a mãe, Chan vai em busca dela, pois um terrível acidente muda totalmente seu destino.

Spirits’ Homecoming (2016 e 2017)
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Foto: reprodução/HanCinema

Duas garotas coreanas, Jung-Min (14) e Young-hee (15), são sequestradas pelo Exército Imperial Japonês e levadas para uma Estação de Conforto na China. Lá, elas se juntam a outras meninas sequestradas para servir soldados japoneses como escravas sexuais conhecidas como Mulheres de Conforto.

Han Gong-ju (2013)
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Foto: reprodução/Mubi

Han Gong-Ju é levada para uma casa em uma área desconhecida. A casa pertence à mãe do ex-professor de sua escola, e ela quer saber por que seu filho está deixando Han Gong-Ju lá, mesmo que ele prometa que ela vai estar lá por apenas uma semana. Uma investigação está em curso de volta à cidade natal de Han Gong-Ju.

2037 (2022)

Yoon Young (Hong Ye Ji) é uma estudante de 19 anos do ensino médio que está se preparando para a formatura e os exames finais. Ela mora só com sua mãe Kyung Sook (Kim Ji Young), que não consegue falar devido a um impedimento, por isso as duas se comunicam por linguagem de sinais. 

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Foto: reprodução/Viki

Tanto Yoon Young como sua mãe trabalham — esta última, em uma fábrica, enquanto a jovem realiza um trabalho de meio-período. Porém, em um dia fatídico, um homem tenta agredir Yoon Young sexualmente. Ao tentar se livrar dele, ela o mata por acidente.

Ela é sentenciada à prisão, e devido à sua idade, deve ir para uma unidade de adultos. Lá, atribuem-lhe um número – 2037. Mesmo que a vida na prisão resulte ser difícil e implacável, Yoon Young logo começa a fazer amizades improváveis com suas companheiras de cela — incluindo a última mulher na Coreia do Sul a ser condenada por adultério, fraude, crime violento e roubo, além de ser uma assassina convicta que aguarda a pena de morte. O incrível é que todas essas mulheres ficam do lado de Yoon Young.

O Garoto Lobisomem (2012)
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Foto: reprodução/adorocinema

Após receber um telefonema não esperado, Soon-Yi (Bo-Yeong Park), retorna à casa onde viveu sua infância. No lugar, as recordações de um garoto que conheceu há 47 anos voltam à tona.   

Next Sohee (2022)
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Foto: reprodução/imdb

A estudante do ensino médio Sohee começa a treinar para um emprego em um call center, mas a ganância de sua empresa leva à sua morte. O detetive Oh Yu-jin, que tem algo em comum com Sohee, começa a investigar sua morte e encontra uma verdade inquietante.

O Milagre da Cela 7 (2013)

Yong Gu (Ryu Seung Ryong) é pai de uma menina de seis anos (Kal So Won) – mas também possui um problema neurológico que lhe confere uma idade mental de seis anos.

Quando um terrível acidente parece ter matado uma menina, ele corre para tentar ajudá-la, aplicando-lhe RCP. Mas os espectadores acreditam que ele abusou sexualmente da criança e depois a matou. Ele é preso e acusado pelo assassinato e agressão da criança, e quando um tribunal o considera culpado, ele é preso.

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Foto: reprodução/plano crítico

Na prisão, ele lamenta por sua amada filha e é condenado ao ostracismo por seus companheiros de cela, que ficam indignados com a ideia de ter que dividir uma cela com um assassino molestador de crianças — sem saber que ele é realmente inocente do crime. 

Mas quando ele corajosamente intervém para salvar a vida de So Yang Ho (Oh Dal Soo), um poderoso líder de gangue, os companheiros de cela começam a perceber que Yong Gu é, na verdade, um inocente e de coração muito terno, além de um indivíduo incompreendido. Eles planejam ajudar a reuni-lo com a sua filha — mesmo que isso signifique trazê-la de forma clandestina para a prisão!

Children… (2011)
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Foto: reprodução/HanCinema

O filme é baseado em um caso de assassinato verdadeiro, mas não resolvido, do início da década de 1990, que é conhecido entre os coreanos como o desaparecimento das crianças sapo. Em 1991, cinco alunos do ensino fundamental disseram a seus pais que iriam sair em uma montanha próxima para pegar sapos. Eles nunca mais voltaram.

More than Blue (2009)
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Foto: reprodução/Mubi

K e Cream se conheceram pela primeira vez no ensino médio e ambos são órfãos. K foi abandonado por sua mãe depois que seu pai morreu de câncer, lhe deixando uma quantia considerável de dinheiro, enquanto Cream perdeu toda a família em um acidente de carro. 

Os dois se tornam almas gêmeas e vêm a compartilhar uma casa. Sabendo que o maior medo de Cream é ficar sozinha, K escondeo fato de ter leucemia e em de revelar seus sentimentos, pede que ela se case com um homem gentil e saudável. Quando Cream anuncia que está apaixonada por um dentista abastado, K fica com o coração partido, mas feliz pela amiga ter encontrado seu parceiro ideal.

Silenced (2011)
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Foto: reprodução/imdb

Em Silêncio conta a história de uma escola para crianças surdas, que durante 5 anos, nos anos 2000, foi ambiente para diversos abusos sexuais cometidos pelo próprio corpo docente da instituição. Baseado em fatos reais, o retrato chocante do abuso acompanha a saga para se fazer justiça e proteger as crianças, para que atrocidades como essas não se repitam.

Hope (2013) 

Com 8 anos, So-won (Lee Re) está caminhando em uma manhã chuvosa rumo à sua escola, que não é distante da sua casa. A menina sofre um estupro e é socorrida no hospital. Além dos danos físicos, So-won é afetada emocionalmente para sempre. Ela precisará da sua família e daqueles ao seu redor para conseguir superar os obstáculos que surgirão devido ao atentado.

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Foto: reprodução/imdb

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Leia também: Filmes coreanos que vão partir o seu coração

 

Texto revisado por Thais Moreira

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Cinema Cultura asiática Notícias

AMARELA: curta brasileiro concorre à Palma de Ouro em Cannes

Curta de André Hayato Saito é o único representante da América Latina na Competição Oficial da 77º edição do festival

O curta-metragem Amarela (ano de lançamento?), escrito e dirigido pelo nipo-brasileiro André Hayato Saito está concorrendo à Palma de Ouro no 77º Festival de Cannes. Produzido por Mayra Faour Auad e Gabrielle Auad, da MyMama Entertainment, o filme  foi selecionado entre mais de 4420 obras inscritas e disputa o prêmio máximo do festival com outras dez produções.

Sempre me senti japonês demais pra ser brasileiro e brasileiro demais pra ser japonês. A busca por uma identidade que habita o entrelugar se tornou a parte mais sólida de quem eu sou”, comentou Saito. AMARELA é uma ferida aberta não só do povo nipo-brasileiro, mas de todos os filhos das diásporas ao redor do globo que se conectam a esse sentimento de serem estrangeiros no próprio país. Erika, a protagonista, representa o desejo de encontrar nosso lugar no mundo.

O cineasta também celebra o fato de ter composto uma equipe e elenco majoritariamente amarelos, acontecimento ainda raro no audiovisual brasileiro. 

Confira a sinopse de Amarela:

São Paulo, julho de 1998. No dia da final da Copa do Mundo contra a França, Erika Oguihara (Melissa Uehara), de 14 anos, uma adolescente nipo-brasileira que rejeita as tradições de sua família japonesa, está ansiosa para comemorar um título mundial pelo seu país. Em meio a tensão que progride durante a partida, Erika sofre com uma violência que parece invisível e adentra em um mar doloroso de sentimentos.

“Ali naquele momento, nos unimos nas linhas invisíveis de sua criação autoral e descobrimos juntos uma voz linda, sensível, potente e muito necessária. Tem uma frase do Ailton Krenak que reforça para mim a importância da voz do Saito: ‘Por isso que os nossos velhos dizem: Você não pode se esquecer de onde você é e nem de onde você veio. Isso não é importante só para o indivíduo, é importante para o coletivo, para uma comunidade humana saber quem ela é, saber para onde ela está indo’.”  –  Mayra Faour Auad, Produtora e Fundadora MyMama Entertainment.

AMARELA
Foto: reprodução/chippu

Amarela é o último curta da trilogia de Saito

Amarela é o terceiro projeto da MyMama com o Saito. A trilogia de um curtas investiga a ancestralidade japonesa do cineasta a partir de um olhar autoral e íntimo. Tal busca identitária teve início com o curta-metragem Kokoro to Kokoro (data de lançamento?) que abordou os laços de amizade entre sua avó paterna e sua melhor amiga japonesa.

O filme foi eleito melhor documentário de curta-metragem no Roma Short Film Festival, sendo exibido também em importantes festivais como o 40º Festival Internacional do Uruguay, o 24º Festival Internacional do Rio de Janeiro, o Tokyo International Film Festival (onde ganhou Menção Honrosa), o Hollywood Brazilian Film Festival e a Mostra Internacional de Cinema Atlântico.

A trilogia seguiu com Vento Dourado (2024), obra que tem como personagem principal sua avó materna, Haruko Hirata, que aos 94 anos se encontra no limiar do existir. O cineasta explora a relação entre as gerações em um ensaio sobre a morte e a convivência íntima da matriarca com sua filha Sumiko, sua cuidadora por 18 anos. O curta estreou em abril deste ano no histórico 46º Festival Internacional de Cinema de Moscou e terá sua estreia europeia no 31º Sheffield DocFest, que acontece em junho.

Amarela, produzido por uma equipe majoritariamente brasileira com ascendência asiática, será o ponto de partida para o primeiro longa-metragem do diretor, Crisântemo Amarelo, projeto que sintetiza a trilogia e está em processo de captação. Todos os filmes são produzidos pela MyMama Entertainment.

Quando acontece a premiação em Cannes?

A Palma de Ouro de Curta-Metragem será entregue porelo júriJúri presidido pela atriz belga Lubna Azabal, no sábado, dia 25 de maio, durante a cerimônia de encerramento do 77º Festival de Cannes.

As outras obras que disputam o prêmio são: 

  • Volcelest (França), de Éric Briche; 
  • Ootide (Lituânia), de Razumaitė Eglė; 
  • Sanki Yoxsan (Azerbaijão), de Azer Guliev;  
  • Les Belles Cicatrices (França), de Raphaël Jouzeau; 
  • Rrugës (Kosovo), de Samir Karahoda; 
  • Across the Waters (China), de Viv Li; 
  • Perfectly a Strangeness (Canadá), de Alison McAlpine; 
  • Tea (EUA), de Blake Rice; 
  • The Man Who Could Not Remain Silent (Croacia), de Nebojša Slijepčević 
  • Mau Por Um Momento (Portugal), de Daniel Soares.

 

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Revisado por Carolina Carvalho.

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K-dramas que farão você amar a vida

Lista dedicada às pessoas que pensaram em botar um ponto final, mas preferiram colocar um ponto e vírgula

Já assistiu um k-drama que te fez ficar com um sorriso de orelha a orelha e te fez pensar o quão bom é viver? Preparamos uma lista com k-dramas que te farão pensar que a vida vale a pena. Confira:

Melancia Cintilante (2023)

Em 2023, Eun Gyeol (Ryeoun) é um estudante do ensino médio apaixonado por música. Durante o dia, ele é um aluno exemplar e estudioso… Mas à noite, ele se destaca como guitarrista de uma banda. Mas quando ele se depara com uma loja de música estranha, mas atraente, ele volta no tempo até 1995.

k-drama
Foto: reprodução/Viki

No cenário, ele fica cara a cara com o seu pai, Ha Yi Chan (Choi Hyun Wook) — como um estudante do ensino médio! Yi Chan considera Eun Gyeol um lunático quando este o chama de pai. Pior ainda, parece que Yi Chan tem uma queda por uma violoncelista chamada Se Kyeong (Seol In Ah), e não por sua futura mãe, Cheong Ah (Shin Eun Soo)! Em uma tentativa de consertar as coisas, Eun Gyeol se junta a uma banda liderada por seu futuro pai. Mas será que isso será suficiente para ajudar Eun Gyeol a unir os seus futuros pais.

Welcome to Samdal-ri (2023)

Em De Volta às Raízes, uma jovem sai de sua cidade natal e constrói uma nova identidade em Seul, mas ao retornar, anos depois, a chama de antigos relacionamentos acende novamente. No drama coreano, Sam-dal (Shin Hye-sun) vai embora da pequena vila de pescadores que cresceu após um acidente e, ao chegar na capital da Coréia do Sul, assume um novo nome para recomeçar sua vida do zero. Porém, de uma hora para outra, ela perde tudo e precisa voltar à sua cidade natal. Envergonhada, ela tenta não ser reconhecida, mas logo de cara reencontra Yong-phil (Ji Chang-wook), seu melhor amigo de infância.

k-drama
Foto: reprodução/Netflix
My Liberation Notes (2021)

Três irmãos vivem uma vida calma e desinteressante numa casa de campo de um bairro que pertence a Seul. Todos os dias é uma luta para ir trabalhar, sentindo o cansaço e a frustração por terem que percorrer aquele longo caminho. Paralelo a eles, um funcionário da família também vive com seus obstáculos.

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Foto: reprodução/Netflix

Juntos, eles tentam superar as tristezas da vida e buscam encontrar a verdadeira felicidade.

Porque Esta é a Minha Primeira Vida (2017)

Yoon Ji Ho (Jung So Min) é uma mulher solteira no início dos seus 30 anos que mal ganha para sobreviver e desistiu de marcar encontros por causa de sua situação financeira. Por meio de circunstâncias inesperadas, Ji Ho se torna inquilina na casa de Nam Sae Hee e eles se tornam companheiros de casa.

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Foto: reprodução/Viki
Navillera (2021)

Navillera acompanha Shim Deok-chul (Park In-hwan), um carteiro aposentado de 70 anos que decide realizar seu sonho de aprender balé. Sua família, incluindo sua esposa e filhos adultos, não está feliz com sua escolha, mas Deok-chul não parece inclinado a desistir. 

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Foto: reprodução/Netflix

Na academia de dança, ele conhece Lee Chae-rok (Song Kang), um bailarino de 23 anos que se interessou pela modalidade depois de experimentar diferentes esportes – desde beisebol até natação, passando por futebol. Chae-rok também não foi talentoso em nenhuma dessas atividades e acabou seguindo os passos da falecida mãe, que também era bailarina

Agora enfrentando dificuldades financeiras e completamente afastado do pai, o jovem pensa em abandonar o balé, até que seu caminho se cruza com o de Deok-chul. Um encontro que vai mudar a vida dos dois para sempre.

Lutando pelo Meu Caminho (2017)

Em Fight For My Way, Ko Dong-man (Park Seo-joon) sempre sonhou em se tornar um lutador de taekwondo famoso. No entanto, ele se vê preso em um emprego comum e se sente sufocado com a vida que vem levando. Ko Dong-man vive discutindo com Choi Ae-ra (Kim Ji-won), sua amiga de longa data, que também tem grandes ambições. 

k-drama
Foto: reprodução/Viki

A jovem deseja ser âncora de um jornal para TV, mas assim como o amigo, acaba trabalhando em uma loja de departamentos. Os amigos Kim Joo-man (Ahn Jae Hong) e Baek Seol-hee (Song Ha Yoon) estão em uma relação estável há 6 anos.

Porém, agora eles estão vivendo uma crise que pode significar o fim de tudo o que construíram juntos. Acompanhamos as histórias dos quatro jovens tentando fazer com que seus sonhos se transformem em realidade, enquanto vivem conflitos e superam desafios juntos.

Trinta Mas Dezessete (2018)

Woo Seo Ri (Shin Hye Sun) era uma jovem prodígio do violino de 17 anos que estava se preparando para um intercâmbio na Alemanha. Mas um acidente de carro sério a deixa em um coma.

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Foto: reprodução/viki

Gong Woo Jin (Yang Se Jong), que causou o acidente, fica traumatizado e atormentado pela culpa do que causou. Treze anos depois, ele trabalha como cenógrafo, mas é emocionalmente isolado de todos ao seu redor.

Quando Seo Ri acorda inesperadamente do coma, 13 anos depois, está no corpo de uma mulher de 30 anos, mas mentalmente ainda tem apenas 17 anos.

18 Outra Vez (2020)

18 Outra Vez, remake coreano do filme 17 Outra Vez (2009) estrelado por Zac Efron, leva a comédia romântica teen para os k-dramas. Na série, Hong Dae Young (Yoon Sang-hyun) enfrenta a crise da meia idade, um divórcio iminente, brigas com os filhos e uma demissão, tudo ao mesmo tempo. Todo esse caos faz com que ele, num momento de desespero, deseje voltar no tempo, antes de seus arrependimentos.

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Foto: reprodução/Max

 Como um milagre — ou maldição — ele acorda no corpo de um adolescente de 18 anos, mas com a mentalidade dos quarenta. Adotando a identidade de Go Woo Young (Lee Do-hyun) ele se matricula no colégio dos filhos para entender como consertar sua relação com eles e com a esposa.

Não Quero Fazer Nada (2022)

Cansada da vida na metrópole, uma jovem se muda para uma cidadezinha. Lá, ela conhece um bibliotecário que também quer fugir de tudo.

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Foto: reprodução/Netflix

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Leia também: Mês da conscientização sobre o autismo: 4 K-dramas com personagens autistas

 

Texto revisado por Luiza Carvalho

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Cultura asiática Música Notícias

RM anuncia novo álbum solo

O líder do BTS pegou os armys de surpresa ao anunciar o lançamento de seu novo projeto

Se um dia choramos por medo de não ter lançamentos do BTS durante o alistamento militar, eu não me lembro! RM, líder do grupo, anunciou hoje (25) o lançamento de seu mais novo álbum solo, o Right Place, Wrong Person.

RM
Foto: reprodução/weverse

O segundo álbum completo do rapper contará com 11 faixas que capturam algumas das emoções universais que todos nós experimentamos em algum momento da vida, como a sensação de ser um estranho que não se encaixa.

De acordo com o anúncio, o álbum se enquadra no gênero alternativo, ostentando um som rico aliado a letras francas e honestas. 

O Right Place, Wrong Person será lançado no dia 24 de maio, à 1h (horário de Brasília).

 

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Leia também: UNICODE debuta com um estilo inovador

 

Texto revisado por Kalylle Isse

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