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Documentário Fake Famous cria um laboratório para a criação de influencers digitais

O documentário da HBO se propõe a transformar pessoas aleatórias em digital influencers e expor a verdade sobre esse mundo

No dia 23 de fevereiro, às 20h30, estreia na HBO GO o documentário Fake Famous, dirigido pelo jornalista da área de tecnologia Nick Bilton. A proposta é retratar a indústria dos influenciadores digitais através de uma experiência inusitada: tentar transformar três pessoas de Los Angeles com relativamente poucos seguidores nas redes sociais em influenciadores famosos. 

Fake Famous questiona: o que define fama e influência na era digital?

Essa é a pergunta central que Bilton busca responder em sua produção. A visão que Fake Famous busca abordar é o do contexto gerado pela internet em que centenas de milhões de pessoas são consideradas um novo tipo de celebridade a partir de seu número de seguidores. E traz luz para a reflexão sobre essa fama online. 

Por meio da compra de seguidores falsos e de um exército de robôs para interagir com os perfis desses influencers recém-criados, o documentário mostra a jornada de descoberta, tanto as maravilhas quanto o preço desse estilo de vida. 

Os escolhidos para essa empreitada são Dominique, que trabalha em uma loja de roupas e sonha em ser atriz, o estilista Chris e uma funcionária do mercado imobiliário Wylie. Os três participantes vivem experiências super diferentes à medida que ganham milhares de seguidores falsos todos os dias. 

Segundo a HBO, cada uma dessas histórias revela o mundo efêmero da influência digital e a realidade de um estilo de vida baseado principalmente na fantasia. 

Os resultados dessa experiência

Não demora muito para o experimento funcionar. A combinação do número crescente de seguidores e uma série de sessões de fotos falsas atrai as marcas que começam a procurar os três famosos falsos. 

Os novos influenciadores são abordados por empresas que mandam aqueles mimos de graça e os mais bem-sucedidos recebem fortunas para falar deles em seus perfis. É importante ressaltar que, mesmo que neste caso tudo seja baseado em cenários e vidas falsas, os incentivos financeiros são reais. 

Fake Famous é descrita como um mergulho fundo para descobrir o que realmente está acontecendo nos bastidores do mundo dos influencers e revela uma obsessão da sociedade pelo número de curtidas, seguidores e favoritos. E se propõe a expor como a maior parte do nosso mundo virtual é muito mais fabricado do que podemos imaginar. 

Mas nem tudo ocorre como o planejado e apenas um dos Fake Famous obtêm o sucesso esperado. Bilton diz acreditar saber a razão disso em uma entrevista à Vogue: “No fim de contas, tudo dependia do que estava disposto a fazer para ser visto como um influencer famoso. Um deles aceitava fazer literalmente tudo o que dizíamos (…) Outro, não queria fazer nada que fugisse ao seu perfil. E outro sofreu com uma tremenda ansiedade”.

Para mostrar o que está acontecendo no universo das redes sociais, Bilton entrevistou pessoas como a repórter da área de tecnologia do The New York Times Taylor Lorenz, criadora do perfil @newyorkcity, Liz Eswein,  a repórter da área de tecnologia da Bloomberg Sarah Frier e autora de Fame: The Hijacking of Reality, Justine Bateman, entre outros nomes. 

Repercussão polêmica de Fake Famous na gringa

Dominique Fake Famous
Crédito da imagem: Divulgação HBO

O documentário já foi lançado no dia 2 de fevereiro para alguns países e levantou algumas polêmicas. Alguns influenciadores que tiveram suas imagens divulgadas na produção afirmam que não foram consultados por ninguém para essa veiculação do conteúdo. 

Além disso, existe a questão de que Bilton tem uma visão binária e superficial do que o mundo dos influenciadores digitais ao não dar voz a eles. E ainda é acusado de sugerir que esse mundo é só sobre seguidores e curtidas, ignorando conteúdos de qualidade que são desenvolvidos na internet por esses profissionais.

Entretanto, o documentário agrada parte do público que concorda com a visão do jornalista sobre os famosos da internet. Como mostra um trecho de uma reportagem da CNN americana: As principais lições não são apenas o engano embutido em todo o processo, mas o consumismo em sua essência.

Nos resta esperar a estreia aqui no Brasil para assistir o documentário e tirarmos nossas próprias conclusões. E aí, você vai assistir Fake Famous?  

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*Crédito da foto de destaque: Divulgação HBO

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Cinema Entretenimento Resenhas

Thelma e Louise: filme que eternizou amizade feminina nas telonas completa 30 anos

Extremamente atual, o road movie debate papéis de gênero e violência contra a mulher

Se você gosta de filmes de ação mas não dispensa um bom roteiro, Thelma e Louise é um forte candidato à sua lista de filmes favoritos. Lançado no ano de 1991, há exatos 30 anos, o longa celebra a libertação feminina

Na trama, duas mulheres de meia idade, Thelma Dickinson, uma típica dona de casa, (Geena Davis) e Louise Sayer (Susan Sarandon), uma garçonete solteirona, insatisfeitas com suas rotinas monótonas, decidem fazer uma viagem de fim de semana. Porém, o que era para ser um escape tranquilo acaba rapidamente tomando outro rumo quando as duas se tornam fugitivas da polícia após cometerem crimes inesperados.

Indicado a cinco categorias do Oscar de 1992 e vencedor do prêmio de Melhor Roteiro Original, o longa não deixou de gerar polêmica, dividindo a crítica e o público quanto às representações de gênero. Uns consideravam a violência e as atitudes questionáveis das protagonistas como revanche e um desserviço à luta das mulheres. Já outros ressaltaram a importância de temas como estupros e relacionamentos abusivos serem tratados da maneira que o filme faz. 

Mesmo em meio a polêmicas, pode-se afirmar que o longa cumpriu com seu objetivo: fomentar o debate sobre os papéis de gênero na sociedade moderna. A amizade inabalável das duas protagonistas, tão incomum no cinema da época, em que o que ainda se via, em sua maioria, era a rivalidade feminina, por si só já foi um marco importante. Somando-se a isso o fato de Thelma e Louise passarem a maior parte dos 130 minutos de tela dirigindo na estrada e manuseando armas sem nenhum homem para as defender, pelo contrário, enfrentando os machistas que as perseguem de igual para igual, certamente foi revolucionário. 

Cena do filme Thelma e Louise. / Foto: Reprodução.

Mesmo completando 30 anos de lançamento, o filme permanece bastante atual, visto que os debates acerca do feminicídio e do abuso sexual contra mulheres se popularizaram muito recentemente no mundo do entretenimento e na sociedade em geral. Prova disso, é a hashtag #MeToo, criada pela atriz americana Alyssa Milano no ano de 2017, que incentivou uma onda de denúncias contra homens abusadores e estupradores em Hollywood e pelo mundo. 

No Brasil, as tags #MeuPrimeiroAssédio e #MeuAmigoSecreto atingiram os Trending Topics do Twitter no ano de 2015 com o mesmo propósito que é proporcionar uma rede de acolhimento para que mulheres pudessem compartilhar histórias de assédio, abuso e machismo que viveram. A segunda, inclusive, assim como a hashtag americana, também começou a partir da discussão sobre produtos de entretenimento, dessa vez, como uma resposta a comentários de teor sexual em massa na rede direcionados a uma menina de 12 anos participante do reality Masterchef Junior. 

Dessa forma, percebe-se a importância do entretenimento como gerador e potencializador do debate público, por isso a importância de produções com representatividade e sensibilidade para lidar com temas complexos que envolvem ser mulher como Thelma e Louise. É a partir do reconhecimento das próprias vivências no espelho que muitas vezes os produtos de entretenimento são, que muitas mulheres tomam consciência de suas dores e podem agir sobre elas. 

Nesse sentido, a importância de Thelma e Louise vai muito além, já que Geena Davis (Thelma) se dedica, desde 2004, a lutar pela maior e melhor presença feminina nos produtos de comunicação, tanto nas telas quanto por trás delas. Ela fundou o Geena Davis Institute on Gender in Media, um instituto que trabalha na indústria do entretenimento para aumentar a representatividade feminina e diminuir os estereótipos negativos acerca das mulheres na mídia.

Imagem institucional do Geena Davis Institute on Gender in Media. / Divulgação.

Seguindo o lema “if she can see it, she can be it” (“se ela pode ver, ela pode se tornar”, em tradução livre), a organização tem um foco especial em produções direcionadas ao público infantil e teve influência na representação de gênero presente em filmes de família famosos como Divertidamente, Hotel Transilvânia e Universidade Monstros.

Em 2021, portanto, comemoramos os 30 anos de Thelma e Louise e, principalmente, todo o avanço da pauta das mulheres que temos visto nos anos recentes no mundo do entretenimento e fora dele. Que venham muitas mais produções com mulheres que saltam para a liberdade

Já assistiu Thelma e Louise? Conta suas impressões sobre o filme no Insta e Twitter do Entretetizei

 

 

 

*Crédito da foto de destaque: Reprodução. 

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