Em entrevista exclusiva ao Entretetê, Beto conta detalhes da sua preparação para interpretar Tony e o que o musical representa na sua vida
Com uma trajetória de quase 15 anos abrilhantada por grandes espetáculos musicais, o ator, cantor, músico, produtor e arte-educador Beto Sargentelli comemora sua estreia no premiado clássico “West Side Story” (Amor, Sublime Amor). Agora, na pele de Tony, um ex-membro da gangue dos Jets, ele celebra seu mais novo protagonista.
Mais de 30 espetáculos na já passaram pela carreira do ator como “O Rei Leão”, “Dois Filhos de Francisco”, “Shrek – O Musical”, “Billy Elliot”, “Os Últimos 5 Anos” – que lhe rendeu um Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Ator -, e, mais recentemente, “Nautopia”. O espetáculo inspirado na história de Romeu e Julieta é o seu 19º musical.
Em entrevista exclusiva ao Entretetizei, Beto conta que interpretar Tony sempre foi um sonho, cita suas inspirações para o papel e como está sendo essa experiência de apresentar para o público brasileiro esse clássico da Broadway.
Confira nossa entrevista com Beto Sargentelli:
Entretetizei: Você disse que atuar como protagonista em West Side Story é um sonho realizado. Qual foi sua reação quando descobriu que foi selecionado para interpretar Tony?
Beto: Foi demais! Nunca me esquecerei quando a Marcela Altberg, (produtora de elenco) me ligou e disse: “Bora fazer esse Tony?” Eu estava no meio de um monte de gente e não podia gritar, pois ainda era sigilo. Saí correndo da sala e fui comemorar na escada de incêndio do prédio. Senti aquele misto de felicidade absurda e também a grande responsabilidade que acabara de pousar em meus ombros!
E: Quais foram suas inspirações e referências para criar sua própria versão deste famoso protagonista da Broadway?
B: Me inspirei muito em Romeu Montecchio de Romeu & Julieta de Shakespeare, peça que serviu declaradamente como inspiração para os criadores de West Side Story.
Li 3 traduções diferentes em português e li também sobre os judeus poloneses que migraram para os Estados Unidos, e também as biografias de Leonard Bernstein e Stephen Sondheim, compositores do espetáculo.
Além da direção e um workshop magníficos de nosso diretor Charles Möeller sobre a época retratada, os baby boomers e todo o processo de criação da obra.
E: Sobre sua relação pessoal com o próprio personagem, quais são as partes que você acha mais legais e mais difíceis neste processo de dar vida a Tony?
B: Acredito que a parte mais legal está em contar essa história, fazer o clássico dos clássicos, cantar essa partitura dificílima e linda e viver o protagonista dos protagonistas.
A parte mais difícil é exatamente criar um Tony exclusivamente meu, com nuances, idiossincrasias e defeitos. O meu grande prazer é sempre criar algo nunca antes feito, literalmente dar minha interpretação do personagem. Além do desafio de falar sobre o amor romântico em tempos de amores líquidos.
E: Para estrear um musical que exige bastante na coreografia e que possui muitas sessões semanais, acredito que foi necessário uma preparação intensa. Como foi a rotina de ensaios?
B: Foi uma loucura! Tivemos apenas um mês para levantar um dos espetáculos mais difíceis e complexos da Broadway! Seis dias por semana, oito horas por dia. Me cuidei muito para estar 100% de saúde e disposição para, não só ensaiar o espetáculo, mas continuar ministrando aulas para meus alunos de teatro e canto. Jornada dupla, mas graças a Deus deu tudo certo!
E: Seja como público ou ator, qual seu momento preferido de West Side Story?
B: Sou suspeito pra falar, amo Tonight e Cool, mas sem dúvida meu preferido é o icônico solo do Tony: “Maria”.
E: Qual recado você gostaria de deixar para os amantes do musical e que pretendem assistir West Side Story Brasil?
B: West Side Story é um clássico imperdível para qualquer estudante de teatro, canto e dança. Imperdível para quem gosta de boa arte. Imperdível para quem gosta de Romeu e Julieta. Venha nos assistir! Será um prazer recebê-lo no lado oeste da história aqui nesta linda e histórica casa de espetáculos que é o Theatro São Pedro!
O espetáculo está em cartaz até 7/8 no tradicional Theatro São Pedro em São Paulo, quartas às 15h, terças, quintas, sextas e sábados às 20h, domingos às 17h, com ingressos de R$15 a R$80.
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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Fabio Audi