Com parcerias internacionais, MC Livinho lança sua nova música junto com um videoclipe poderoso
A nova faixa de Livinho Coração de Pedra traz a parceria inusitada com ninguém menos que o rapper norte-americano Lil Pump, além de um time de peso da cena nacional, incluindo MC GP, MC Marks, MC Kadu, Igão e MC Davi. O clipe oficial já está disponível no YouTube.
Confira:
Parceria gringa e reflexões da carreira
Sobre a colaboração internacional, Livinho não esconde a satisfação. “Olhar pra minha trajetória e ver de onde eu saí até onde cheguei é muito gratificante. Essa parceria com o Lil Pump representa muito disso. Sei que meu corre é de respeito, independente de validação gringa, mas a música é universal, né? Ter um grande rapper americano na faixa, junto com camaradas daqui, é realização pura”, contou o artista.
A música, produzida pelo talentoso DJ Matt D, tem pouco mais de oito minutos e carrega uma vibe de traplife: sucesso, dinheiro e ostentação, mas também os desafios de viver no corre artístico. Livinho complementa: “Funkeiro e rapper têm vivências bem parecidas, seja aqui ou nos EUA. Tem glamour, mas tem muito esforço, muitas noites viradas e aquela galera tentando tirar uma casquinha do que a gente conquistou com trabalho sério”.
Clipe estilo curta-metragem e uma trama cheia de reviravoltas
Dirigido por Renan França, o videoclipe mistura cinema e música, com uma narrativa envolvente e estética impecável. Cada cena é um show de atuação, e até Lil Pump entra no jogo, trazendo o carisma que lhe rendeu quase 6 milhões de ouvintes mensais no Spotify e 14 milhões de seguidores no Instagram.
Coração de Pedra: a nova aposta de Livinho
Com uma carreira recheada de hits como Fazer Falta, Hoje Eu Vou Parar na Gaiola e De Copão na Mão, Livinho está apostando alto em Coração de Pedra para consolidar ainda mais seu nome na música. A combinação de um beat sensual, feats poderosos e uma produção audiovisual digna de cinema promete fazer barulho nas paradas.
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Com uma narrativa envolvente e realista, a série aborda as dores e delícias do amor moderno
Se você ainda não mergulhou nessa produção, calma que te contamos tudo. Com dez episódios e classificação indicativa para maiores de 18 anos, Amor da Minha Vida já conquistou espaço no coração do público com sua abordagem sincera sobre os desafios, desilusões e prazeres da vida adulta, especialmente no campo amoroso.
Romance, amizade e recomeços
Na trama, Bia (Bruna Marquezine) e Victor (Sérgio Malheiros) são melhores amigos navegando por momentos complicados de suas vidas. Victor, preso em um relacionamento monótono e às voltas com a loja de lustres da família, ainda encontra tempo para ajudar Bia mesmo quando ela toma decisões questionáveis.
Já Bia vive uma sucessão de romances curtos e frustrantes, o que a faz desacreditar no amor. Entre as desilusões amorosas e a carreira de atriz que não decola, surge Marcelo (Danilo Mesquita), um novo interesse que pode virar sua vida de cabeça para baixo. Será que ele é o verdadeiro amor da sua vida?
Um elenco de peso
Além dos protagonistas Bruna Marquezine e Sérgio Malheiros, o elenco reúne nomes como Sophia Abrahão, Malu Rodrigues, Rayssa Bratillieri, Ana Hikari, Danilo Mesquita, Fernanda Paes Leme e até Cissa Guimarães, entre outros. Cada personagem entrega histórias que exploram a pluralidade das relações humanas, a descoberta da sexualidade e os desafios da independência na vida adulta.
Sob a direção geral de René Sampaio e criação de Matheus Souza, a série ainda conta com Bruna Marquezine como codiretora. O roteiro, com assinatura de Matheus Souza, Juliana Araripe, Luiza Fazio e Bryan Ruffo, traz um toque colaborativo de Nátaly Neri.
Além do clichê: uma visão honesta sobre o amor
Esqueça as histórias de amor idealizado. Amor da Minha Vida entrega um retrato cru e honesto sobre as complexidades de se apaixonar nos dias de hoje. A série não tem medo de tocar em feridas, questionando expectativas irreais e celebrando as conexões humanas de forma verdadeira.
Entre cenas intensas e diálogos cheios de emoção, a produção vai muito além do romance. É um convite para refletir sobre quem somos e o que buscamos no amor com um toque de humor para equilibrar as emoções.
Amor da Minha Vida já está disponível no Disney+.
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Chegando com uma pegada de pop latino e indie, a faixa dá start em uma nova etapa da cantora e compositora Rocío Igarzábal, que agora se aventura por territórios mais contemporâneos e ousados
A cantora argentina Rocío Igarzábal se une ao cantor ZenónPereyra em uma nova colaboração. Amor, perdón, uma declaração de amor culposa, que é o novo single dos artistas e já se encontra em todas as plataformas digitais de música. O som vem acompanhado de um videoclipe que já está disponível no YouTube da artista.
No novo som, eles exploram a sinceridade, o amor e o arrependimento na complexa realidade da vida moderna: essa necessidade de pedir perdão antes de nos revelarmos, antes de abrirmos nossos corações, convencidos de que nossas verdades podem ser desconfortáveis.
A sonoridade traz uma fusão única entre o pop latino e o indie, impulsionada pela produção fresca de Matu Cella. O feat marca o início de uma nova etapa na carreira de Rocío Igarzábal, que se aventura por territórios mais contemporâneos e ousados.
Nessa nova fase, Rocío transforma sua essência latina ao incorporar elementos de outros gêneros, demonstrando versatilidade e criatividade em sua composição. A parceria com Matias Cella reforça essa abordagem inovadora, evidenciando a versatilidade da artista na criação e composição.
Fiel à sua marca registrada, mas sempre inovadora, Rocío Igarzábal continua a nos encantar e cativar com suas obras, desta vez acompanhada por Zenon.
Ansiosos para conferir essa nova etapa da Rocío Igarzábal? Conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, Facebook, X) e nos siga para ficar por dentro das novidades do entretenimento!
Tudo sobre o ensino turco, as oportunidades e suas curiosidades: Descubra os segredos das escolas e universidades turcas!
Educação é sempre importante, não é mesmo? Se você já teve curiosidade de saber como funciona o ensino em outro país, fique aqui que a gente vai te explicar direitinho de forma detalhada e descomplicada!
Etapas no ensino
Na Turquia, o ensino é dividido em três partes: primário (İlköğretim), secundário (Ortaöğretim) e superior (Yükseköğretim).
O ensino primário é a primeira etapa da educação escolar. Nessa fase, realizada após a educação pré-escolar, crianças dos 6 aos 14 anos ficam oito anos estudando obrigatoriamente até a segunda fase. Nele, os educadores têm o objetivo de ensinar os alunos a ler, escrever, humanizar e socializar, aprender sobre ciência, história, línguas e outras ciências sociais. É muito importante que o aluno aprenda a conviver na sociedade e entender um pouquinho mais sobre o mundo e como ele funciona.
Agora, o ensino secundário é justamente o ensino médio, mas com algumas alterações. Nele, alunos de 14 a 18 anos continuam sua vida educacional em áreas geral, profissional e técnica. O aluno sai determinado com seu objetivo de vida para o seu futuro profissional. Além disso, os professores desenvolvem aulas para que os alunos saiam empáticos e respeitando a democracia.
Já, no ensino superior, o jovem entra para a tão sonhada faculdade. Nela, o aluno faz a graduação e a pós graduação. Um ponto interessante é que as universidades turcas vão ganhando cada vez mais destaque, trazendo, assim, curiosidade para quem é de fora do país.
O papel do governo
É importante que um governo incentive a educação com projetos de leis, propagandas e investimentos. E é exatamente isso que o governo turco faz. O país é exemplo de educação, principalmente para a galera que vem de fora buscar novas oportunidades. O Ministério da Educação da Turquia controla as escolas públicas e privadas, elabora currículos e faz diversos exames nacionais.
É preciso salientar também que os exames elaborados pelo governo para passar em uma universidade são super concorridos. O famoso YKS (Yükseköğretim Kurumları Sınavı) define o destino dos jovens turcos.
Línguas
Na Turquia, a língua é predominantemente turca; entretanto, é possível encontrar escolas onde disponibilizam aulas de línguas estrangeiras. Algumas escolas ministram aulas de inglês, alemão e/ou francês. Em algumas regiões, principalmente no sudeste, escolas oferecem aulas de curdo para os alunos.
Assim, os jovens conseguem se conectar desde cedo com outra cultura e aprender mais fácil como se comunicar.
Religião
Em um país onde a religião muçulmana é predominante, escolas se adaptam ao modelo já “tradicional”. O sistema educacional turco tem suas peculiaridades, e a gente vai te explicar tudinho de forma descomplicada.
As escolas com esse modelo religioso, combinam o ensino regular com estudos da religião islâmica. Normalmente quem procura essas escolas são famílias que desejam um enfoque maior na religião, mas os alunos também podem posteriormente seguir ou não nessa “carreira”.
Tecnologias turcas
A Turquia faz um ótimo favor investido na educação com as tecnologias. Se não fosse por isso, não ia sobrar um programa bom, que prenda a atenção do aluno, para os futuros universitários.
Programas como o FATİH Projesi entregaram tablets e quadros inteligentes para escolas públicas, incentivando a curiosidade e a garra dos alunos. Isso só revoluciona cada vez mais o aprendizado.
Estudo internacional
Além das escolas públicas, existe uma gama de escolas particulares para os jovens e adolescentes de hoje em dia. Há um mercado para aqueles que buscam desempenho e grande sucesso sem precisar ter contatos ou ser de família já bem sucedida.
Isso acontece principalmente por se situar em lugares movimentados, como Istambul. É aí que a curiosidade aumenta mais.
Vida estudantil
Como o ensino na Turquia é muito voltado para cursinhos e “vestibular”, muitos estudantes têm uma vida corrida, ainda mais no ensino secundário, que é onde esse aluno precisa focar em seus objetivos.
Os alunos vão para cursinhos preparatórios, chamados dershaneler, para os exames nacionais, conhecidos como vestibular aqui no Brasil.
As universidades
Na Turquia existe o ensino público e privado em universidades. As universidades públicas são gratuitas, mas exigem notas altíssimas, o que faz o estudante se esforçar mais. Já as particulares, por mais que também precise de esforço, oferecem bolsas para os jovens.
Além disso, o governo possui programas de bolsas para estrangeiros que querem estudar no país, que é o exemplo da Türkiye Burslar.
Seja pelo ensino bilíngue, pelas oportunidades internacionais ou pelo mergulho cultural, estudar na Turquia é uma experiência única. E para os turcos, o sistema educacional é um trampolim para uma carreira promissora, dentro ou fora do país.
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Em seu primeiro EP, a cantora reflete sobre amor, identidade e autodescoberta com colaborações de peso, incluindo MC Daniel
A cantora e compositora Letícia Hally estreou recentemente o aguardado primeiro EP da carreira, Atenção, que já está disponível em todas as plataformas de streaming de música. O novo trabalho traz colaborações marcantes, como a faixa-foco Só Eu e Você feat com MC Daniel, além de outras parcerias com artistas como King Saints, Donatto, Kweller, Sotam e Enzo Cello.
O EP explora temas como a busca por identidade, amor, prazer e intimidade. Letícia explica que o projeto é resultado de um processo de autodescoberta e transformação, tanto como artista quanto pessoa.
Emoções variadas permeiam as oito composições que integram o projeto, com cada faixa trazendo uma mensagem distinta. Há canções que exploram o romance, que evocam sensualidade e outra que traz uma despedida dolorosa e representa evolução pessoal.
Para entender todos os detalhes do lançamento, confira a nossa entrevista exclusiva com a artista:
Entretetizei: Como vem sendo ver seu primeiro EP já disponível nas plataformas digitais?
Letícia Hally: Está sendo minha primeira experiência de poder visualizar o meu trabalho, é muito gratificante ver meu repertório disponível para o mundo e cada uma das faixas agradando um público.
E: O EP Atenção marca um novo capítulo na sua carreira. Como foi o processo de criação e quais foram os maiores desafios durante esse período?
L: Cada música foi um processo diferente porque falam de um momento e sentimentos diferentes. Foi um passeio prazeroso explorar cada uma das faixas de um jeito único, uma mais romântica, outra mais sensual, outra mais melancólica e todas elas combinadas com estilos diversos. O maior desafio foi ter que gravar uma das faixas que conta uma história muito pessoal, que exigiu bastante coragem para abrir esse sentimento.
E: Você aborda temas como amor, identidade e autodescoberta no EP. Alguma dessas faixas foi particularmente difícil ou especial para você escrever?
L: Deus é mulher, foi uma faixa bem difícil de gravar, isso porque ela explora um sentimento doloroso de autodescoberta.
E: A diversidade de estilos musicais no álbum é impressionante. Como você conseguiu equilibrar gêneros tão diferentes e ainda manter sua identidade artística?
L: Eu mantive alguns elementos que são característicos do meu trabalho: abordagem vocal, sonoridade específica, transições sutis; acredito que dessa forma os diferentes gêneros conversaram entre si, criando assim uma jornada fluida para o ouvinte.
E: Você trabalhou com grandes nomes como MC Daniel, King Saints e Donatto. Como essas parcerias surgiram e o que elas trouxeram para o projeto?
L: O Donatto é meu namorado, vivemos juntos, a King é uma grande amiga, nos conhecemos já há um tempo e o MC Daniel eu conheci através do Donatto (que já produziu algumas faixas com ele). Essas parcerias e outras que estão no EP trouxeram uma versatilidade de estilos que eu tanto quis evidenciar no meu projeto, cada artista agregou com sua marca e identidade de uma forma única.
E: A colaboração com MC Daniel, em Só Eu e Você, resultou em uma música cheia de paixão. Como foi trabalhar com ele e criar o videoclipe dessa faixa?
L: Essa música foi a primeira composição minha e do Donatto (meu namorado, ela retrata o que estávamos sentindo no começo do namoro. É uma letra bem verdadeira que representa todo o fogo da paixão que existe quando a gente acaba de se apaixonar por alguém. A parceria com o MC Daniel foi incrível, ele trouxe a sua personalidade pra música que resultou em algo que me surpreendeu positivamente.
Gravar o clipe com ele foi muito divertido, ele é uma pessoa bem humorada, foi difícil até me concentrar, porque ele sempre estava fazendo todos do set rir.
E: Você menciona que criar o EP foi uma experiência de transformação. O que descobriu sobre si mesma durante esse processo?
L: O ep representa um período de autoconhecimento, mudanças e novos começos, cada faixa reflete uma parte desse processo. Desde o romance e sensualidade até a dor de uma despedida que apesar de difícil trouxe evolução.
Eu descobri que precisava provar algo mais para mim mesma do que para os outros, a minha identidade.
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Interpretada por Any Gabrielly, canção faz parte da trilha sonora de Moana 2
Com a estreia de Moana 2, a Disney lançou nesta quarta (27) o novo videoclipe de Além, que já está disponível em seu canal oficial no YouTube. A música tema do filme é interpretada pela cantora Any Gabrielly, que também é responsável por dar voz à protagonista na versão brasileira — como já havia feito no primeiro filme, Moana (2016).
Agora, na nova animação do Walt Disney Studios, após receber um chamado inesperado de seus ancestrais, Moana deve viajar pelos mares distantes da Oceania e entrar em águas perigosas para viver uma aventura sem precedentes. Além da dublagem por Any Gabrielly, o longa também conta com a voz de Saulo Vasconcelos, que interpreta Maui.
Confira o videoclipe oficial de Além:
Any Gabrielly iniciou sua carreira aos nove anos como atriz e cantora, ganhando destaque mundial ao fazer parte da banda Now United. Ela faz parte do elenco de voz nacional desde Moana (2016), quando Saber Quem Sou, uma das principais músicas do primeiro filme, se tornou um grande sucesso entre o público. O videoclipe da canção na voz de Gabrielly já conta com mais de 1 bilhão de visualizações no YouTube.
A produção estreou oficialmente nesta quinta (28) nos cinemas brasileiros.
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Jin Sohee, uma haenyeo de Jeju, segue a tradição ancestral das mergulhadoras, enfrentando os desafios do presente e celebrando o poder feminino que define sua profissão e herança cultural
Mulheres do Mar, produzido por Malala Yousafzai e disponível no streaming. Embora não seja uma das protagonistas, Sohee compartilha sua experiência como parte dessa tradição única das mergulhadoras de Jeju, que enfrentam desafios do mundo moderno enquanto preservam a força feminina e a conexão com o mar.
Em Jeju, entre as águas cristalinas, Sohee reflete sobre o equilíbrio entre manter viva a tradição e lidar com as dificuldades atuais. Ela faz parte de uma das comunidades de mergulhadoras mais antigas do mundo, reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
Nesta entrevista, Sohee fala com muito orgulho sobre sua profissão, os sacrifícios que envolvem sua vida e o papel das haenyeo na preservação do meio ambiente marinho. Ela também compartilha os desafios que enfrenta diariamente, desde as dificuldades físicas do mergulho até os perigos causados pelas mudanças climáticas e pela poluição.
Essa conversa é um mergulho na vida de uma mulher que, com dedicação e coragem, mantém viva uma tradição única, passando seu legado para as próximas gerações. Confira:
Entretetizei: Para você, o que significa viver como haenyeo (mergulhadora) em um tempo em que muitas tradições estão desaparecendo?
Jin Sohee: Viver como haenyeo me faz sentir orgulho e valor pela minha profissão. Acredito que é minha responsabilidade proteger essa tradição para que ela não desapareça. É importante compartilhar sua importância com mais pessoas, espalhar seu valor e garantir que continue viva.
E: O que você pensa enquanto está mergulhando? É um momento de concentração, relaxamento ou uma conexão espiritual?
JS: Quando estou mergulhando, preciso me concentrar, pois o tempo é curto para encontrar e coletar frutos do mar. Já o momento em que volto à superfície para respirar é de alívio e cura, contemplando a natureza ao meu redor. Quando termino o mergulho, sinto uma grande satisfação pelo que conquistei.
E: Como a tradição das haenyeo impacta a vida das mulheres de Jeju? Você sente que essa profissão ajuda no empoderamentoJin Sohee, uma haenyeo de Jeju, segue a tradição ancestral das mergulhadoras, enfrentando os desafios do presente e celebrando o poder feminino que define sua profissão e herança cultural feminino?
JS: Existe um ditado que diz: “Ganhamos no submundo para usar no mundo dos vivos.” A profissão de haenyeo representa a força das mulheres e é algo de que devemos nos orgulhar. Essa tradição tem como base o sacrifício pelas famílias. Precisamos mudar a ideia de que as haenyeo escolhem esse caminho apenas por falta de opções. Elas são verdadeiras heroínas do mar.
E: Qual foi o maior desafio que você enfrentou para se tornar haenyeo?
JS: O mais difícil foi aprender a suportar a pressão da água. Precisei dominar técnicas de mergulho livre e equalização, e, no início, era muito difícil lidar com as dores ao mergulhar mais fundo. Com o tempo, me adaptei e agora estou bem.
E: Existe uma idade mínima para começar o treinamento como haenyeo? Como é o processo de aprendizado para os jovens que querem seguir esse caminho?
JS: No passado, aprendíamos com nossas mães desde crianças, ainda no ensino primário, acostumando-nos ao mar. Hoje, por segurança, é melhor começar com natação básica e aprender a mergulhar a partir da idade adulta. O ideal é aprender diretamente com outras haenyeo, pois isso inclui tanto as técnicas quanto a cultura comunitária.
E: O reconhecimento das haenyeo como Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO ajudou a preservar essa tradição? De que forma?
JS: Antes, muita gente na Coreia via as haenyeo como pessoas que só faziam esse trabalho por necessidade ou pobreza. Com o reconhecimento da UNESCO, essa visão mudou. As haenyeo passaram a se orgulhar de sua profissão, e mais pessoas começaram a admirá-las, atraindo também novos interessados e atenção para essa tradição.
E: Como é a relação entre as haenyeo mais jovens e as mais experientes? Existe hierarquia ou troca de experiências?
JS: As haenyeo mais velhas olham para as jovens com carinho, como se estivessem vendo uma versão mais jovem de si mesmas. Elas compartilham suas experiências e ensinam como enfrentar os desafios do mar. As mais jovens valorizam muito esse aprendizado, pois ele é essencial para lidar com situações difíceis.
E: Como é ser haenyeo hoje em comparação com o passado?
JS: Antigamente, ser haenyeo era algo visto como humilde, marcado por sacrifícios e falta de orgulho. Hoje, além do trabalho de mergulho, podemos nos envolver em outras atividades, como palestras, preservação ambiental, projetos culturais e até empreendimentos. Assim, conseguimos promover a tradição de formas variadas.
E: Como as mudanças climáticas e a poluição estão afetando o trabalho das haenyeo?
JS: O aumento da temperatura do mar derreteu muitas algas, e os moluscos que dependem delas morreram. O número de frutos do mar diminuiu e as condições climáticas pioraram com tufões, longos períodos de chuva e ondas de calor. Isso reduziu nossos dias de trabalho e nos obrigou a mergulhar mais fundo para coletar frutos do mar.
E: Existem pratos tradicionais feitos com os frutos do mar coletados pelas haenyeo? Eles estão ligados ao trabalho de vocês?
JS: Sim, há muitos pratos tradicionais preparados com os frutos do mar que coletamos. Alguns são tão especiais que até fazem parte de cerimônias ancestrais. As receitas variam de região para região.
E: Você já pensou em desistir por causa das dificuldades ou perigos?
JS: Sim, houve momentos assustadores, como quando quase fui atingida por um barco de pesca em alta velocidade. Foi tão assustador que me fez chorar. Além disso, há muito lixo no mar e quase já fiquei presa em redes e cordas. Esses momentos realmente me fazem sentir o risco do trabalho.
E: Como você aprendeu os sinais e sons únicos das haenyeo durante o mergulho?
JS: Há um som chamado “sumbisori“. Ele surge naturalmente quando, ao emergir, soltamos o ar cuidadosamente para proteger a garganta. Esse som lembra um assobio.
E: Você acha que o governo coreano deveria oferecer mais apoio para preservar as haenyeo e atrair jovens para essa profissão?
JS: Sim, acho que mais apoio seria muito importante.
E: Qual é sua lenda favorita sobre as haenyeo ou o mar?
JS: Há uma história sobre uma haenyeo que morreu ao coletar um enorme abalone. Essa lenda nos lembra de nunca sermos gananciosas no mar.
E: Como é a relação das haenyeo com outras profissões do mar, como pescadores?
JS: Temos uma relação de cooperação. Trabalhamos juntos em projetos de limpeza marinha e de liberação de espécies jovens no mar. Porém, há conflitos com mergulhadores ilegais que coletam frutos do mar em grande quantidade.
E: O que torna a cultura das haenyeo única em comparação com outras tradições de pesca ou mergulho?
JS: O diferencial é que somos mulheres liderando a atividade. Temos uma comunidade forte baseada na ajuda mútua e na solidariedade, cuidando especialmente das mais vulneráveis.
E: Quais são os equipamentos básicos usados por uma haenyeo? Algum deles tem um significado especial?
JS: Usamos máscara de mergulho, nadadeiras, roupa de borracha, arpão e uma bóia chamada “tewak”. A “tewak” é muito especial, pois é feita com cuidado e serve tanto para guardar os frutos do mar quanto para sinalizar nossa presença no mar.
E: Você tem alguma experiência especial no mar que marcou sua memória?
JS: Quando estou cansada ou sobrecarregada, o tempo no mar é só meu. É como se o mar me confortasse e me acolhesse.
E: Quais são suas expectativas para o futuro das haenyeo?
JS: Espero que continuemos sendo as guardiãs do mar, protegendo o ecossistema marinho e promovendo a coexistência com o oceano.
E: Como você se sente ao ver estrangeiros e turistas interessados na cultura das haenyeo? Isso ajuda a preservar a tradição ou há preocupações com a comercialização?
JS: Fico muito feliz e orgulhosa ao ver o interesse na nossa cultura. Isso me faz sentir que escolhi o caminho certo ao ser haenyeo.
Você já conhecia as haenyeos? Conte pra gente e nos siga nas redes sociais do Entretetizei — Facebook, Instagram e X — para mais novidades sobre a cultura asiática.
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