A modelo, atriz e dançarina conta mais sobre sua trajetória até aqui e seus projetos futuros
Bia Santana reflete a energia da cultura carioca e a versatilidade de uma artista que transita entre diferentes formas de expressão. Nascida na Zona Norte do Rio de Janeiro, Bia começou sua jornada artística desde cedo, mostrando uma conexão com as artes e explorando suas diversas manifestações ao longo da vida. Aos 18 anos, se mudou para São Paulo, onde iniciou sua trajetória como modelo, entrando no universo da moda e das passarelas. Porém, conheceu novos caminhos, e foi na agência em que estava na época que ela descobriu sua verdadeira paixão: a atuação.
Com uma trajetória marcada pela busca por autoconhecimento e reinvenção, Bia Santana vê na moda e na dança ferramentas de expressão. Ao mesmo tempo, sua paixão pela atuação, inspirada por grandes nomes da dramaturgia brasileira, a impulsionou a seguir seu sonho de contar histórias e dar voz a personagens que representam realidades muitas vezes silenciadas. Já participou da novela Elas por Elas (2023) e atualmente está no ar interpretando Tati em Volta por Cima, ambas na TV Globo.
Com um olhar atento à representatividade negra na mídia, a atriz se destaca como uma das novas vozes de uma geração que luta por mais espaço e reconhecimento para artistas negros no Brasil.
Confira a entrevista que Bia concedeu ao Entretê:
Entretetizei: Você começou sua trajetória como modelo em São Paulo, mas logo encontrou na atuação uma nova paixão. Como foi essa transição do mundo da moda para a televisão, e o que mais te surpreendeu nesse processo?
Bia Santana: Minha transição da moda para a atuação foi muito natural, mas cheia de descobertas. A moda sempre foi uma paixão, e foi onde comecei a me entender como artista. Quando surgiu a oportunidade de atuar, percebi que contar histórias era algo que me encantava de um jeito diferente. O que mais me surpreendeu foi a profundidade que a atuação exige — dar vida a um personagem envolve muito mais do que técnica; é preciso se entregar e, às vezes, se redescobrir.
E: Quais personagens ou cenas da dramaturgia brasileira te marcaram especialmente, e como essa inspiração reflete nas personagens que você busca interpretar hoje?
BS: Cresci encantada com personagens interpretadas por grandes atrizes como Taís Araújo, Adriana Esteves, Fernanda Montenegro e Drica Moraes. Elas transmitiam uma força e uma verdade que sempre me emocionaram profundamente. Cenas memoráveis de novelas como Avenida Brasil (2012) e Verdades Secretas (2015) ficaram gravadas em minha memória, servindo como inspiração para que eu busque papéis com profundidade, que contem histórias reais e consigam emocionar o público, assim como essas atrizes fizeram comigo.
E: A dança é outra arte importante na sua vida. Em que momento a dança se conecta com sua atuação?
BS: Eu sempre costumo dizer que a dança é a arte mais completa de todas. Ela sempre foi uma forma de me expressar e de entender meu corpo, e isso se conecta diretamente com a atuação. A dança me ajuda a explorar a fisicalidade dos personagens, a dar mais intenção aos movimentos. Além disso, ela me trouxe disciplina e consciência corporal, que são ferramentas essenciais quando estou em cena.
Tenho muitos sonhos e estou no início da minha carreira, então existe milhões de possibilidades! Gostaria de participar de produções que abordem temas sociais relevantes, que representem histórias que ainda não tiveram espaço na mídia. Também sonho em trabalhar com cinema nacional e atuar em séries. O por trás das câmeras também me impressiona muito, talvez seja um foco para o futuro. Quero nada menos que tudo.
E: Com tantas conquistas em diferentes áreas, existe algum projeto dos sonhos que você ainda deseja realizar?
BS: Tenho muitos sonhos! Gostaria de participar de produções que abordem temas sociais relevantes, que representem histórias que ainda não tiveram espaço na mídia. Também sonho em trabalhar com cinema, talvez em um filme que una todas as minhas paixões: dança, moda e atuação.
E: Como você enxerga a evolução do espaço para artistas negros na mídia brasileira nos últimos anos?
BS: Estamos caminhando, mas ainda há muito a conquistar. Ver mais artistas negros ocupando papéis de destaque, como protagonistas, é muito importante para mudar narrativas e inspirar novas gerações. A mídia brasileira ainda precisa dar mais espaço e voz a essas histórias, mas acredito que, aos poucos, estamos mudando essa realidade, e fico muito feliz de fazer parte desse momento.
E: O que podemos esperar dos seus projetos futuros?
BS: Quero continuar me desafiando como atriz e explorando novas possibilidades. Estou muito focada em aprender e crescer, e espero que meus próximos projetos reflitam isso. Quero contar histórias que emocionem, inspirem e façam a diferença, seja na TV, no cinema ou em qualquer outro formato que me permita continuar criando.
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Texto revisado por Alexia Friedmann