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Mudanças na série Kızılcık Şerbet

A série tem algumas mudanças no elenco e estamos acompanhando de perto para você ficar por dentro de tudo

 

A série Kızılcık Şerbeti da Show TV, contratada pela Gold Film, está passando por uma mudança importante. O diretor fundador da série, Hakan Kırvavaç, deixou a produção para se dedicar a projetos cinematográficos, após um acordo com o produtor Faruk Turgut.

Foto: reprodução/Birsen Altuntaş

A série alcançou um grande sucesso, mantendo a audiência alta nas noites de sexta. 

O novo diretor, Aydın Bulut, agora dirigirá a série.

 

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Leia também: Halef: nova dizi será transmitida em novo canal – Entretetizei

 

Texto revisado por Cristiane Amarante 

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Do underground ao topo da indústria musical: conheça a história do reggaeton

Ritmo latino popularizado por hits como Gasolina e Despacito coleciona tradições, polêmicas e surpresas

Se o surgimento do rock e do hip-hop representaram momentos de êxtase e transgressão em décadas passadas, o reggaeton constrói o imaginário de um fenômeno musical nos dias de hoje. Caracterizado por letras enérgicas e melodias cativantes, o ritmo participa da linha de frente da ascensão da música latina, refletindo tradições de diversos países na busca por uma influência cultural única.

De Daddy Yankee a Karol G, muitos são os artistas que contribuíram para a criação, permanência e prosperidade do gênero, que ganha cada vez mais possibilidades criativas e plateias globais. Quer saber mais sobre a trajetória histórica do reggaeton? O Entretê te conta tudo:

De onde vem esse gingado?

Historiadores apontam que o reggaeton nasceu no Panamá durante a década de 1980, combinando influências do dancehall (variante do reggae), do hip-hop, de ritmos eletrônicos e da música latina como um todo.

O movimento surgiu através de trabalhadores que, após emigrarem de Jamaica e Barbados para atuar na construção do Canal do Panamá, buscavam novas formas de expressão. Assim, o grupo ajudou a criar um novo gênero musical, que ficou inicialmente conhecido como “reggae em espanhol”.

Nesse período, MCs como Leonardo “Renato” Aulder e Edgardo Franco (El General) começaram a traduzir e incrementar canções jamaicanas do dancehall, além de produzirem seus próprios hits, popularizando o ritmo entre os hispanofalantes.

Esse empurrãozinho orgânico obtido pelo reggaeton também coincidiu com a ascensão do hip-hop nos Estados Unidos, o que conectou para sempre a história dos gêneros. De forma geral, ambos passaram a retratar experiências de discriminação, violência e desigualdade vividas por populações socialmente marginalizadas, como negros e/ou imigrantes.

Aos poucos, o rap se espalhou pelo Caribe, ganhando destaque e versões em espanhol em países como Porto Rico, República Dominicana e Colômbia.

Nos anos 1990, a convergência entre a música latina e o hip-hop era tamanha que a fusão se consolidou como outra vertente musical então no cenário underground. No entanto, o movimento foi batizado pela primeira vez apenas em 1994, quando DJ Playero descreveu a sonoridade de seu álbum Playero 30 como “reggaeton”. O termo é formado pela junção da palavra “reggae” e do sufixo “ton”, que vem de “maratón” — nome dado às batalhas de rap na língua espanhola.

A partir daí, o gênero se cultivou amplamente em discotecas e boates, que concediam grande liberdade criativa aos artistas. Fundado por DJ Negro, o clube The Noise se tornou um dos maiores pontos de encontro da época, revelando expoentes do reggaeton como Daddy Yankee e Ivy Queen, bem como abrindo espaço para o perreo (estilo de dança sensual que hoje é uma das principais características do ritmo).

Apesar de proporcionar o desenvolvimento de cantores e produtores cada vez mais comprometidos com uma musicalidade singular, a década ainda ficou marcada por letras homofóbicas, misóginas e sexualmente explícitas, que refletiam tanto as mazelas da comunidade latina quanto os obstáculos que artistas mulheres e LGBTQIA+ precisavam enfrentar ao sonharem com uma carreira no reggaeton.

O teor das composições era polemizado até mesmo pelos líderes governamentais da época, que chegaram a criticar e limitar certas manifestações do estilo em Cuba e Porto Rico, declarando incentivo a condutas como “prostituição, violência e uso de drogas”. 

Daddy Yankee e Ivy Queen, grandes artistas do reggaeton.
Foto: reprodução/Us Weekly

Por outro lado, o ritmo conseguiu crescer sua reputação abarcando fortes músicas de protesto, que abordavam especialmente o racismo e os complexos projetos de moradia da América Latina. Significativa parcela dos cantores e ouvintes do reggaeton viviam nos chamados caseríos, conjuntos habitacionais destinados a pessoas de baixa renda, sendo frequentemente associados às práticas ilícitas e gangues vigentes na região.

A problemática atingiu seu ápice durante a controversa campanha anti-crime La Mano Dura, acusada de ferir direitos humanos em prol da luta contra a insegurança e o crime organizado. Surgido em El Salvador e replicado em outros países latinos, esse quadro de políticas acabou intensificando a importância do reggaeton como resistência popular.

Representação de La Mano Dura, conjunto de políticas que intensificou as manifestações de reggaeton.
Foto: reprodução/El Confidencial
Anos 2000 e 2010: do sonho à realidade

Na virada do século XXI, enquanto alguns artistas do gênero permaneciam interessados em líricas provocativas, outros evitavam discussões sociais profundas para disputar espaço nas rádios — e a tática deu certo. Em 2004, veio o primeiro sucesso mundial do reggaeton: Gasolina, do pioneiro Daddy Yankee.

Não demorou para que as maiores gravadoras dos Estados Unidos vissem uma oportunidade de ouro na ascensão do ritmo latino, que escalava os ouvidos do público ao mesmo tempo que a era digital emplacava mudanças definitivas na indústria, como a criação das rádios online.

Mas as previsões otimistas não se confirmaram. Poucos patrocinadores se interessaram pela ideia de manter estações de rádio focadas no reggaeton, e nenhum dos lançamentos pós-Gasolina gerou receita similar. Embora a força do gênero tenha crescido como nunca em países hispanofalantes, as expectativas de que seus versos e coreografias se tornariam uma tendência global logo desmoronaram.

A solução foi retornar às origens. Voltando-se para o mercado latino e hispânico, novatos e veteranos encontraram plateias dispostas a consumir os muitos formatos possíveis para o reggaeton, das experimentações com o dembow ao casamento entre bachata e trap. Até os anos 2010, nomes como Nicky Jam, Maluma, J Balvin, Don Omar e Yandel já haviam construído carreiras recheadas de hits e fãs.

A inserção mundial do ritmo recebeu novo fôlego a partir de 2014, quando as plataformas de streaming musical, como Spotify e Apple Music, experimentaram uma explosão de assinantes, que passaram a ter acesso contínuo ao repertório de artistas latinoamericanos.

Três anos depois, a trajetória do reggaeton foi completamente impactada por Despacito, parceria de Luis Fonsi e Daddy Yankee que bateu sete recordes no Guinness Book. Na época, o videoclipe da faixa se tornou o mais visto e curtido da história do YouTube, acumulando cinco bilhões de reproduções.

Atraindo atenção massiva para a música latina de forma geral, coube ao hit abrir caminhos para a instalação do fenômeno reggaeton. De acordo com o Spotify, entre o segundo trimestre de 2014 e o mesmo período de 2017, o gênero registrou um crescimento de 119% na participação das reproduções totais da plataforma.

A repercussão inédita também foi sentida nas paradas musicais: ainda em 2017, 19 canções majoritariamente cantadas em espanhol ocupavam posições de destaque na Billboard Hot 100.

Mais que uma guinada artística capaz de revigorar o cenário mainstream com novas visões e melodias, esse movimento desafiou as barreiras linguísticas e culturais historicamente impostas pela indústria. Afinal, embora muitos tenham tentado apostar no contrário, o reggaeton conseguiu mostrar como o sucesso não deveria nem iria ficar restrito a músicas cantadas em inglês e unicamente baseadas nas vivências estadunidenses.

Na verdade, o próprio estilo de arte defendido pelo gênero empodera a música latina como resistência ao modus operandi americano. São canções que recriam o imaginário de bairros e famílias, intensificam os dilemas da humanidade, discutem a sexualidade nua e crua e falam sobre tudo o que pesa no peito dos latinos em sua língua mãe, frequentemente ousando com o spanglish — mistura de inglês e espanhol que, ridicularizada no passado, acabou virando moda sem hora para acabar.

Beyoncé e J Balvin apresentando Mi Gente, música do reggaeton.
Foto: reprodução/Billboard

Na esteira do remix bilíngue criado para Despacito, que contou com a presença de Justin Bieber, outras figuras de peso aderiram ao reggaeton e ajudaram a impulsionar o charme do ritmo latino entre os ouvintes e críticos mais céticos.

Foram os casos de Madonna, que convocou Maluma para explorar o gênero em Medellín (2019); de Drake, que cantou em espanhol junto de Bad Bunny no hit MÍA (2018); de Beyoncé, que se uniu a J Balvin e Willy William no remix de Mi Gente (2018); e de Cardi B, DJ Snake e Selena Gomez, que colaboraram com Ozuna em Taki Taki (2018).

Desde então, também deixou de ser incomum escutarmos batidas que remetam ao reggaeton em trabalhos de artistas pop, R&B e tantas outras vertentes que compõem o mainstream.

Para os artistas latinos que já haviam cravado seus nomes no mercado, o apelo fornecido ao gênero ditou uma oportunidade de repaginação. De modo mais sutil ou rendendo-se dos pés à cabeça, estrelas como Thalía, Shakira e Enrique Iglesias sentiram a necessidade de abraçar os modismos do reggaeton para atualizarem suas carreiras. O planejamento, inclusive, chegou até o Brasil: quem lembra dos primeiros lançamentos de Anitta mirando uma rota internacional?

O poder feminino em jogo

Quando o céu se tornou o limite para o crescimento do ritmo, que sempre foi predominantemente masculino, as mulheres ganharam mais liberdade para fazer seus talentos decolarem. De fato, uma situação fruto do pioneirismo de cantoras como Ivy Queen, La Zista e Glory, que fizeram suas vozes ecoarem durante a criação e sustentação do reggaeton enquanto cultura musical.

Alcançando o centro dos holofotes nos anos 2010, Natti Natasha, Becky G, Tini e Karol G representaram uma fase inédita para o protagonismo feminino no movimento, adotando abordagens explícitas, provocativas e interessantes que lhes rendem notoriedade no cenário musical até os dias de hoje.

Mais tarde, vieram Emilia, Nicki Nicole, Maria Becerra, Danna Paola, Young Miko, Nathy Peluso, Tokischa e muitas outras intérpretes latinas que seguem colaborando com a expansão criativa e territorial do reggaeton feminino. Contudo, artistas espanholas, como Rosalía e Bad Gyal, também têm incorporado o gênero à sua própria maneira e produzido sons inovadores.

Natti Natasha, Maria Becerra, Becky G e Rosalía, mulheres influentes no reggaeton.
Foto: reprodução/Spotify/Billboard
Mercado mundial e tendências à vista

Se o passado do gênero ficou marcado por reviravoltas, os horizontes são muito positivos. Dados da RIAA (Recording Industry Association of American) registraram um aumento de 7% na receita gerada pela música latina somente no primeiro semestre de 2024, totalizando US$ 685 milhões.

A escalada da língua espanhola na indústria musical também ocasionou mudanças nos padrões de consumo. De acordo com relatório da fundação Luminate, o espanhol é o segundo idioma mais apreciado em música globalmente, ficando atrás apenas do inglês. Para se ter uma ideia do avanço conquistado, a música em espanhol agora corresponde a 8,1% do mercado nos Estados Unidos, mais que o dobro do que o visto em 2021.

Quando falamos do mercado global de shows, a expressividade latina chama ainda mais atenção. Atualmente, a música latina representa 15% do setor, impulsionada por intérpretes do reggaeton que vêm batendo recordes.

Em 2024, por exemplo, Luis Miguel realizou a turnê latina mais lucrativa da história, com US$ 318,2 milhões arrecadados e mais de 2 milhões de ingressos vendidos, enquanto Karol G ampliou suas aparições mundiais com a Mañana Será Bonito Tour, que alcançou a maior bilheteria já registrada para uma artista feminina.

Karol G na Mañana Será Bonito Tour.
Foto: reprodução/TPI Magazine

No âmbito criativo, o interesse por músicos que mesclam influências regionais a sons contemporâneos, como o reggaeton, tem crescido exponencialmente. Basta analisar os hits recentes que tomaram as plataformas de streaming e redes sociais — artistas que exaltam suas raízes estão nos ouvidos e na boca do povo.

Entre os maiores expoentes dessa estratégia estão tanto Peso Pluma e Fuerza Regida, que souberam adaptar a regionalidade mexicana às novas gerações de consumidores, quanto Bad Bunny e Rauw Alejandro, que surgiram no trap, mas se esforçam continuamente para absorver com originalidade as tendências musicais de Porto Rico.

Em meio à expansão apoiada em pilares econômicos e populares, o reggaeton deve adentrar 2025 preparado para permanecer diversificando seus traços e incluindo artistas de diversas origens.

Bora atualizar a playlist?

Que tal aproveitar esse especial para descobrir faixas que abraçam o reggaeton de jeitos diferentes? Por aqui, indicamos:

  • VeLDÁ — Bad Bunny, Omar Courtz e Del V;
  • GATÚBELA — Karol G e Maidy;
  • Jagger.mp3 — Emilia;
  • AGORA — Maria Becerra;
  • Besos Moja2 — Wisin, Yandel e Rosalía;
  • No Me Cansare — Sevdaliza e Karol G;
  • Lo Siento BB :/ — Tainy, Bad Bunny e Julieta Venegas;
  • ROMEO — Anitta;
  • Gata Only — FloyyMenor e Cris Mj;
  • Recuerdo — Tini e Mau y Ricky;
  • LA FALDA — Myke Towers;
  • Chulo pt.2 — Bad Gyal, Tokischa e Young Miko;
  • BESO — Rosalía e Rauw Alejandro;
  • Cosas Pendientes — Maluma;
  • Muñekita — Kali Uchis, El Alfa e JT;
  • LUNA — Feid e ATL Jacob;
  • Copa Vacía — Shakira e Manuel Turizo;
  • XQ ERES ASÍ — Alvaro Diaz e Nathy Peluso;
  • qué le pasa conmigo? — Nicki Nicole e Rels B;
  • Qué Pasaría… — Rauw Alejandro e Bad Bunny.

 

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Leia também: TBT l 2015 foi há 10 anos?! Como assim?!

 

Texto revisado por Bells Pontes.

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Dizi 1001 Gece Masalları tem novos atores confirmados. Conheça o elenco

 

A nova dizi contará com mais atores, que também foram reunidos para a leitura da série 

 

O ensaio da leitura da nova dizi, que tem 30 episódios, 1001 Gece Masalları reuniu os atores no sábado (15) e na segunda-feira (17). Os atores Cansu Dere e İbrahim Çelikkol também se encontraram para a leitura da dizi. O ator Atilla Engin está trabalhando na elaboração do roteiro da série que será dirigida por Metin Günay. A dizi tem previsão para estreia ainda nesta semana.

 

O ator Şahin Ergüney interpretará Hamid, o pai de Şehrazat –personagem de Cansu Dere. A irmã de Şehrazat será Selin Türkmen, enquanto sua tia Mihriban será interpretada por Güneş Hayat

 

O enredo  contará a história de Şehrazat, cujo amante é Yunus e o inimigo é Şehriyar.

Foto: reprodução/Birsen Altuntaş

 

  • O ator Rüzgar Aksoy interpretará Yunus.

 

  • O personagem do Contador de Histórias Cego, Sahir, será interpretado por Osman Alkaş.

 

  • A mãe de Şehriyar, Fatma, será interpretada por Jale Arıkan.

 

  • O irmão de Şehriyar, Hubeyb, será interpretado por Erdem Kaynarca.

 

  • O meio-irmão de Şehriyar, Şahzaman, será interpretado por Fatih Ayhan.

 

  • Azimet, será interpretada por Nazlı Senem Ünal.

 

  • O tio de Şahzaman, Ferhad, será interpretado por Hakan Vanlı.

 

  • A chefe do harém, Süheyla, será interpretada por Sevinç Kıranlı.

 

  • A falecida esposa de Şehriyar, Gülendam, será interpretada por İpek Arkan.

 

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Leia também: Eşref Rüya: novas imagens de Demet Özdemir como Nisan

 

Texto revisado por Angela Maziero Santana

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Sabor Caseiro com Antoni Porowski estreia dia 24 de fevereiro

Uma viagem de descoberta culinária em formato de série documental ao lado de convidados ilustres como Florence Pugh e Issa Rae

A National Geographic apresentou o trailer e o pôster da nova série Sabor Caseiro com Antoni Porowski que estreia na íntegra no dia 24 de fevereiro no Disney+. A fascinante produção documental convida o público a acompanhar o chef canadense e vencedor do Emmy por Queer Eye, em viagens épicas com celebridades para explorar as raízes culinárias de seus antepassados.

Das ruas movimentadas da Itália às exuberantes selvas de Bornéu, cada episódio promete explorar a herança por trás de saudosas receitas de família. A série oferece uma deliciosa combinação de gastronomia, cultura e descoberta pessoal, com um elenco estelar.

Antoni Porowski
Imagem: divulgação/Disney+

“Descobrir o nosso passado através da grande conexão que é a comida é uma bela aventura”, disse Porowski. “É uma honra embarcar nesta viagem de autodescoberta com novos e velhos amigos, juntamente com a National Geographic, enquanto aprendemos juntos as formas como diferentes culturas celebram a comida e vivem suas tradições”.

Episódios: 

A Odisseia Inglesa de Florence Pugh

Antoni ajuda Florence a explorar as origens da paixão da família pela comida enquanto viajam por Oxford, pela costa de Yorkshire e Londres. Juntos, eles se deliciam com comidas maravilhosas e descobrem as histórias dos antepassados cujas vidas deram origem a uma paixão pela comida que transcendeu gerações.

Antoni Porowski e Florence Pugh
Foto: reprodução/Guia Disney+ Brasil

As raízes coreanas de Awkwafina 

Awkwafina perdeu sua mãe quando era criança. Em uma tentativa de a ajudar a reencontrar sua herança culinária e ancestral sul-coreana, Antoni a acompanha em uma viagem de descoberta repleta de novas experiências, revelações familiares e sabores evocativos que oferecem a Awkwafina uma nova perspectiva de sua identidade.

Justin Theroux em busca da Itália

Em busca das origens de uma massa familiar, Antoni leva Justin em uma viagem repleta de descobertas deliciosas e surpresas reveladoras pela Itália. Da criação de galinhas a pegar amêijoas, eles desfrutam alguns dos melhores pratos da região e descobrem como a ascendência italiana de Justin se conecta a um prato familiar que atravessou o Atlântico.

James Marsden serve um prato alemão

Em busca das origens de uma amada milanesa de bisteca à moda do sul conhecida como “chicken fried steak” da família de Marsden, Antoni leva James das planícies do Texas até a Alemanha. Juntos, eles descobrem como as experiências dos seus antepassados alemães moldaram a história da família de James. Enquanto jantam com a realeza e escalam os Alpes da Baviera, eles desvendam os segredos dramáticos por trás da decisão dos antepassados de James de emigrar.

A linhagem real senegalesa de Issa Rae 

Antoni leva Issa à terra natal de seu pai, o Senegal, onde descobrem histórias ancestrais de mulheres poderosas e vínculos reais. Através desta viagem culinária, Issa conhece mais sobre a épica história da família e como tudo isto se relaciona com sua própria identidade.

A aventura malaia de Henry Golding 

Antoni viaja com Henry para Bornéu, onde descobrem histórias familiares e exploram sabores que os ligam profundamente com a herança de Iban, a mãe de Henry. Enquanto cozinham com parentes distantes e novos amigos, Henry aprende que a genealogia nesta tradição oral é muito mais do que contar histórias.

E aí, vai adicionar a série na sua lista? Conta pra gente nas redes do Entretetizei (Instagram, Facebook, X) e nos siga para ficar por dentro das novidades do entretenimento e da cultura!

Leia também: 4 livros para quem gosta de culinária e romance

 

Texto revisado por Angela Maziero Santana 

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Opinião | A passagem da Shakira pelo Brasil e a reconexão com sua latina interior

Shakira presenteou seus fãs brasileiros com duas horas de sucessos, em gratidão ao apoio à sua carreira — e o Entretê vai te contar como foi ver essa diva latina de pertinho!

Na última quinta (13), Shakira passou por São Paulo, para completar a turnê Las Mujeres Ya No Lloran World Tour, que propositalmente começou no Brasil e você já imagina o porquê. A verdade é que não há público como o brasileiro: fiel, apaixonado e com uma energia que faz qualquer artista sair daqui se sentindo a pessoa mais especial do mundo. Shakira presenteou seus fãs brasileiros com duas horas de sucessos, em gratidão ao apoio à sua carreira — e a gente vai te contar como foi ver essa diva latina de pertinho.

Uma turnê para elevar a autoestima de qualquer um

A nova turnê chega como continuação de seu décimo segundo álbum de estúdio, de mesmo nome. Para além de um show nostálgico, atravessando toda sua trajetória musical – Waka Waka, Bicicleta, Soltera,Copa Vacía e Hips Don’t Lie foram algumas das muitas músicas apresentadas, Shakira trouxe para os palcos sua versão mais renovada e arrebatadora — depois de passar por uma separação totalmente exposta, ela chega com o poder de influenciar todas as mulheres presentes a darem a volta por cima. Quem acompanhou o show, no Rio ou São Paulo, certamente voltou para casa se sentindo diferente — para melhor.

O Entretê teve o prazer de estar no show de São Paulo e eu, Anna Mellado, pude vê—la de muito perto. Esse tipo de experiência proporciona não só conteúdos melhores, mas possibilita que o jornalista veja os detalhes de perto. Durante as duas horas incansáveis de show, pude sentir uma força muito grande, quase como um grito, de Shakira para todos nós, dizendo: “mulher, você pode tudo!”. E falando em detalhes: riqueza em figurinos, sensualidade nas coreografias, setlist impecável e muito empoderamento feminino.

Créditos: @nicolasgerardin

O que se percebeu, foi uma artista que se sente inteiramente livre, forte e capaz de conquistar o mundo. Uma mulher que passou por dores e feridas encarando—as como verdades que fazem parte da nossa vida, e soube vencê—las com muita astúcia. muito mais que um show: um espetáculo latino, uma aula do que é ser uma mulher latina. Eu queria subir no palco, abraçá—la e dizer: “Depois de hoje, nunca mais vou duvidar de mim mesma”.

O poder de Shakira e a renovação que a cultura nos proporciona 

Assistir a um show dessa potência renova nossos pensamentos e a forma de nos enxergarmos. Às vezes, na vida, passamos por muitos percalços até chegarmos aonde queremos. Decepções amorosas, amizades que terminam, problemas no trabalho… tudo isso faz parte do ser humano. Acontece que, num mundo onde tudo é imediato e cada vez mais digital, podemos nos perder no caminho e esquecer da nossa força. É aí que a arte entra para fazer a diferença.

Créditos: @nicolasgerardin

Na minha opinião, estar conectado com a cultura, seja através de teatro, dança ou música, faz com que todos os problemas se tornem menores. Quanto mais a gente foca no obstáculo, maior ele se torna, mas se temos válvulas de escapes, que tornam o dia ou a semana mais leve, nossa energia certamente vai mudar. No meu caso, escutar uma música enquanto trabalho ou quando estou ansiosa, ir a uma peça de teatro durante a semana para relaxar e assistir ao espetáculo que é um show como o da Shakira, me ajuda a levar a vida de forma mais tranquila.

Resenha | Las Mujeres Ya No Lloran traduz o poder do retorno de Shakira

O fato é que Shakira, com toda sua história na música e sua importância para a cultura latina, realmente conseguiu mexer no meu íntimo, me fazendo pensar: “caramba, se ela pode, eu também posso!”. Somos todas latinas, mulheres e capazes de ocupar espaços que nem imaginávamos que existiam, basta se abrir para isso. O que essa mulher entrega no palco, com sua voz dominante, coreografias que vão desde ritmos latinos até árabes, não é pra qualquer um — ainda bem que a vida nos proporciona momentos como esse, porque agora, existe uma Anna antes e depois do show da Shakira.

Créditos: @nicolasgerardin

Para minhas manas, que acompanham o Entretetizei e estão lendo esse texto, eu desejo que você seja hoje 1% do que Shakira entregou nos palcos brasileiros. Esqueça todos os seus problemas agora. Feche os olhos e respire. O que são esses incômodos perto da sua capacidade de se renovar, influenciar e conquistar o mundo? Você pode tudo, pode até se imaginar num palco com sua diva pop favorita! 

¡Viva las latinas! E lembre—se: “Se queremos chorar, choramos. Se não quisermos chorar… faturamos!”

 

Quer conferir nossa cobertura completa? Clique AQUI.

Ou prefere conferir um resumo do show? Clique AQUI.

 

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Texto revisado por Karollyne de Lima

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Notícias Teatro

Dreamgirls no Brasil: sucesso da Broadway chega a São Paulo a partir de 31 de julho

Audições para escolha do elenco acontecem entre 17 e 21 de março 

 

Dreamgirls, um dos maiores sucessos da Broadway e adaptada para o cinema em um filme vencedor do Oscar, chega pela primeira vez ao Brasil a partir do dia 31 de julho no Teatro Santander, localizado no Complexo JK Iguatemi, em São Paulo.

Dreamgirls retrata a ascensão de um grupo de cantoras afro-americanas nos Estados Unidos na década de 1960 e foi inspirado nas histórias de mulheres da Motown, como as The Supremes. A trama reflete a era de ouro da música soul e as transformações da indústria fonográfica dos Estados Unidos durante os anos 1960 e 1970, abordando pautas como racismo, desigualdade de gênero, o preço da fama e a complexidade das relações pessoais e profissionais no showbiz.

O musical conta a história das The Dreams, um trio formado pelas personagens Effie White, Deena Jones e Lorrell Robinson, que começam suas carreiras participando de concursos amadores. Descobertas por Curtis Taylor Jr., um ambicioso empresário, elas se tornam estrelas e enfrentam os desafios do sucesso e suas desilusões.

Foto: divulgação/Midiorama

A produção estreou em 20 de dezembro de 1981, no Teatro Imperial, totalizando 1.521 apresentações consecutivas na Broadway até seu encerramento em 11 de agosto de 1985 e ganhou, entre outros prêmios, seis Tony Awards e dois Grammys. Adaptado para o cinema em 2006, tendo no elenco Beyoncé, Eddie Murphy, Jamie Foxx e Jennifer Hudson, o filme foi indicado a oito prêmios no Oscar e venceu dois deles, incluindo o de Melhor Atriz Coadjuvante para Jennifer Hudson por sua interpretação de Effie.

As músicas compostas para o musical seguem principalmente o estilo de R&B, com forte influência do soul e do pop das décadas de 1960 e 1970. Algumas músicas também incorporam elementos de gospel, funk e disco, acompanhando a evolução da música afro-americana ao longo do tempo retratado na história. Sucessos como And I Am Telling You I’m Not Going, One Night Only e I Am Changing não só se destacaram no musical, mas também encontraram vida própria fora do palco, sendo interpretadas por artistas renomados.

Ingressos para as apresentações da temporada, já estão à venda na plataforma Sympla. Audições para escolha do elenco acontecem entre 17 e 21 de março, para mais informações acesse Audições.

Serviço

Local: Teatro Santander

Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041

Classificação etária: 10 anos, menores acompanhados dos pais ou responsáveis legais.

Data: a partir de 31 de julho

Horários:
Quintas-feiras, às 20h;
Sextas-feiras, às 20h;
Sábados, às 16h e 20h;
Domingos, às 15h e 19h

Valores:
VIP: R$ 190 meia entrada e R$ 380 inteira
Plateia Superior: R$ 125 meia entrada e R$ 250 inteira
Frisa Plateia Superior: R$ 125 meia entrada e R$ 250 inteira
Balcão A: R$ 90 meia entrada e R$ 180 inteira
Frisa Balcão: R$ 21 meia entrada e R$ 42 inteira
Balcão B: R$ 21 meia entrada e R$ 42 inteiras

*Clientes Santander têm 30% de desconto nos ingressos inteiros, limitados a dois por CPF.

 

 

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Leia também: Mudança de Hábito retorna ao Brasil com Amanda Vicente com Dolores Van Cartier

 

Texto revisado por Layanne Rezende

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Especial | Conheça o trot: gênero musical coreano que você talvez já tenha ouvido

Muito antes do K-pop dominar o mundo, o Trot já fazia história na Coreia do Sul. E o mais curioso? Você provavelmente já ouviu esse gênero sem nem perceber

Quando se fala em música coreana, o K-pop é a primeira coisa que vem à cabeça de muita gente. Mas antes dos idols dominarem os palcos e as paradas musicais, um outro gênero fazia história na Coreia do Sul: o trot. Com melodias animadas, performances cheias de carisma e um estilo vocal marcante, ele foi o som de várias gerações antes do pop se tornar um fenômeno global.

Mas o mais interessante é que, mesmo que você nunca tenha parado para ouvir um artista de trot, as chances de já ter escutado alguma música desse gênero são bem altas! Ele está presente em K-dramas, reality shows, festivais e até na discografia dos seus idols favoritos. O trot não só sobreviveu à ascensão do K-pop, como também influenciou a música coreana moderna, se reinventando ao longo do tempo. Quer saber mais sobre essa tradição que nunca sai de moda? Vem que a gente te conta tudo!

O que é trot, afinal?

O trot (트로트), também chamado de ppongjjak, surgiu nos anos 1920, em meio à ocupação japonesa na Coreia, e tem influências da música enka do Japão e de estilos ocidentais como o foxtrot (daí o nome). Suas principais características são a batida repetitiva, o vibrato exagerado e letras emocionantes – geralmente sobre amor, nostalgia ou desafios da vida. Sabe aquelas músicas perfeitas para cantar no karaokê? Esse é o espírito do trot!

Ao longo das décadas, o gênero dominou a cena musical da Coreia do Sul, especialmente entre os anos 1950 e 1980, quando era a trilha sonora da vida cotidiana. Com a chegada do pop e da música eletrônica, o trot foi perdendo espaço entre os mais jovens, mas nunca desapareceu. Pelo contrário, ele se modernizou, incorporando novos elementos e se mantendo vivo no coração dos coreanos até hoje.

A partir dos anos 2000, o trot ganhou uma nova roupagem, misturando-se ao pop e alcançando um público mais amplo, inclusive fora da Coreia. Hoje, programas de competição como Miss Trot (2019) e Mister Trot (2020) ajudaram a renovar o interesse pelo gênero, revelando novos talentos e provando que a tradição ainda tem muito fôlego.

Músicas famosas que você não sabia que eram trot

Acha que nunca ouviu trot? Segura essa lista de hits que já tocaram em K-dramas, programas de variedades e até em álbuns de K-pop!

Love Battery – Hong Jin-young (2009)
Considerada a rainha do trot moderno, Hong Jin-young trouxe um toque pop e vibrante ao gênero. Love Battery tem um refrão chiclete e já apareceu em vários programas como Running Man (2010) e Knowing Bros (2015).

Amor Fati – Kim Yon-ja (2013)
Se você já assistiu a programas de variedades coreanos, com certeza viu alguém cantando ou dançando Amor Fati. A música tem uma batida envolvente e é um verdadeiro hino do karaokê.

Bling Bling – Kim Yeon-ja & Song Ga-in 

Um dueto entre duas lendas do trot, essa faixa combina o estilo clássico com uma pegada moderna e um ritmo contagiante.

Jjin-iya – Young Tak (2020)
Young Tak se tornou um dos nomes mais populares do trot contemporâneo depois de sua participação no programa Mister Trot, e essa música mostra bem como o gênero pode ser animado e acessível para todas as idades. (Esse com certeza você já ouviu em algum K-drama!)

 

Jjan Jja Ra – Jang Yoon-jung (2005)
Jang Yoon-jung ajudou a popularizar o trot entre os jovens, e essa música é um exemplo do lado divertido e vibrante do gênero.

O trot no K-pop: idols que já apostaram no gênero

Se você pensa que trot é coisa do passado, está muito enganado! O gênero já invadiu o K-pop diversas vezes, seja como uma homenagem ou até em faixas oficiais. Muitos idols brincam com o estilo em programas de variedades, mas também há músicas inteiras que trazem essa influência. Aqui estão alguns exemplos:

경음악의 신 (God of Light Music) – SEVENTEEN

Essa faixa do SEVENTEENTH HEAVEN já tem uma vibe retrô, mas o SEVENTEEN elevou a experiência ao máximo com uma performance hilária e cheia de exageros no estilo trot. A interpretação dramática e o vibrato exagerado tornam tudo ainda mais icônico.

Otsukare – BTS (J-Hope & SUGA)

J-Hope e SUGA entregaram essa performance lendária durante um fan meeting, onde transformaram uma música improvisada em um verdadeiro show de trot. A voz de SUGA e a energia vibrante de J-Hope fizeram dessa apresentação um clássico entre os ARMYs.

Rokkugo – Super Junior-T

Essa é uma das músicas mais famosas do trot dentro do K-pop. Super Junior criou uma sub-unit só para explorar o gênero, e Rokkugo é pura diversão, cheia de energia e elementos clássicos do estilo.

BAR BAR BAR – Crayon Pop

O Crayon Pop já era conhecido por seu estilo único, e essa música tem fortes influências de trot, tanto na melodia quanto na forma de cantar. A apresentação delas sempre tinha aquele toque exagerado e cômico típico do gênero.

Love Is – Teen Top (versão trot no Weekly Idol)

No Weekly Idol, o Teen Top já transformou sua música Love Is em um verdadeiro show de trot, com direito a vibratos intensos, poses dramáticas e muita comédia.

 

Você já conhecia a música trot? Conte pra gente e nos siga nas redes sociais do Entretetizei — Facebook, Instagram e X — para mais novidades sobre o entretenimento asiático.

 

Leia também: Opinião | Por que o Grammy insiste em ignorar o K-pop?

 

Texto revisado por Alexia Friedmann

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Entrevistas Notícias

Entrevista | Geyson Luiz: um talento em ascensão no audiovisual brasileiro

O ator fala sobre seus últimos projetos, a importância de valorizarmos a cultura nordestina e seus próximos passos profissionais

Com uma trajetória marcada pela determinação, Geyson Luiz, ator pernambucano de 27 anos, transformou desafios em conquistas. Nascido em Limoeiro, na Zona da Mata de Pernambuco, Geyson fugiu de casa aos 13 anos para investir em sua carreira artística, enfrentando uma fase difícil em Minas Gerais antes de encontrar seu lugar no circo e, mais tarde, na ONG Centro Cultural Piollin, em João Pessoa.

Hoje, o ator coleciona papeis de destaque no streaming e no cinema nacional. Na nova temporada de Sintonia – O Último Baile (2025), da Netflix, ele interpreta Bagre, um detento veterano. Também aguarda o lançamento de Maria e o Cangaço, na Disney+, além da estreia em festivais pelo país com O Braço e os longas pernambucanos Ao Sabor das Cinzas e Coração de Lona.

Geyson ganhou projeção nacional ao protagonizar Lama dos Dias (2018), série sobre o manguebeat, e se destacou na elogiada Cangaço Novo (2023). Sua história de superação e o espaço que tem conquistado para artistas nordestinos no cenário audiovisual são alguns dos temas que o ator aborda na entrevista a seguir, confira:

 

Entretetizei: Sua trajetória de vida é marcada por desafios e superação. Como foi o processo de sair de casa ainda jovem e transformar suas experiências em inspiração?

Geyson Luiz: O que é ser brasileiro? Acho uma pergunta difícil de digerir nos dias de hoje. Minhas escolhas foram feitas por necessidade, diante da sobrevivência. É preciso entender que todo pobre sonha, mas tudo ao redor faz com que nossos sonhos se tornem um vazio, ocupado pelas dores. Tornei-me artista pela insatisfação com um mundo doente, violento e ambicioso. Como pode haver algum consenso em um país marcado historicamente pelas desigualdades econômicas, sociais, culturais e políticas? Num país tão contraditório, dizer a verdade é um risco, e é assim que me torno artista: um ser do risco da verdade que sinto, daquilo que carrego na memória, dos sonhos que foram alimentados desde a infância. O teatro me salvou, e a arte trouxe alento àquele jovem que um dia esteve entregue à solidão das ruas. 

Já se perguntou por que a arte é tão marginalizada e desvalorizada na educação do nosso país? Porque o território da arte é o território da contestação, da sensibilidade e da disrupção do corpo no mundo, um campo imaginário infinito. Imagine só: quando tiram todas as ferramentas criativas de um jovem, a única coisa que sobra é a violência, e nos deparamos constantemente com uma afirmação colonial. O que é ser brasileiro? A vivência fez a construção da minha identidade, e o ofício de ser ator trouxe a possibilidade de afirmar que ainda não tiraram de nós a memória e os sonhos. 

A visceralidade de um ambiente caótico e efêmero tornava a arte uma tradução de inquietude e vulnerabilidade, que escancararam a alma de um pirralho que adormecia com pesadelos sobre os homens. Mas disso eu despertava na manhã seguinte cheio de sonhos vivos, acreditando que um dia poderia me tornar alguém cujas dores do mundo ainda assim dariam origem a uma rosa na rachadura do cimento. Ser brasileiro é ser sonhador e jamais ignorar a luta e a memória de seu povo. As palavras de Graciliano Ramos tomo como minhas: “Comovo-me em excesso por natureza e por ofício; acho medonho viver sem paixão”.

Foto: divulgação/Diógenes Mendonça

E: Você está em grandes produções de streaming, como Sintonia, Cangaço Novo e Maria e o Cangaço. Como tem sido essa fase de tantos projetos importantes e o que podemos esperar dos seus personagens nessas produções? 

GL: Acho que meu trabalho tem se destacado por ser o de um ator consciente do abismo que enfrento em cada obra, de mergulhar no vazio e emergir com a força de um xamã. Assumo a responsabilidade de dar vida a personagens antagônicos e reconhecer o poder da dialética por trás da criação, das aparências sensíveis às realidades inteligíveis, em relação à existência do indivíduo. A arte não é apenas entretenimento, não é apenas ação. Desejo que o público pense junto com os meus personagens, independentemente do papel, e reflita sobre o que está por trás das máscaras.

E: Ao longo dos anos, tem se falado mais sobre a valorização de artistas nordestinos no cenário nacional. Como você enxerga essa mudança e o que ainda precisa ser feito para abrir mais espaço no mercado?

GL: O Nordeste é um grande berço de artistas. Vários nordestinos se tornaram grandes nomes do audiovisual brasileiro. No entanto, as grandes produções do mercado sempre estiveram concentradas no eixo Rio–São Paulo, perpetuando uma perspectiva limitada sobre o trabalho do artista nordestino, muitas vezes reduzindo-o a estereótipos que reforçam uma ideia de inferioridade, sem oferecer um protagonismo de sustância. O país carrega tantas histórias, tantas lutas. Dentro do eixo Norte–Nordeste, os olhares estão voltados para novas narrativas e suas complexidades, que refletem as diversidades do nosso país, com seus sotaques, costumes e tradições únicas em cada estado.

No trabalho do ator, é essencial entender que não existe apenas uma forma de naturalidade. Construir uma personagem dentro dos padrões que o público já conhece é importante, mas na atuação não podemos nos limitar a estereótipos. Todo indivíduo carrega uma história, suas lutas e razões, que na arte trazemos para reflexão sobre a existência. O cinema independente tem mostrado o outro lado da moeda, destacando o Nordeste para o mundo, explorando novas narrativas e propondo ao público brasileiro conhecer mais sobre os “Brasis” que existem em nosso território.

E: A série Lama dos Dias trouxe muita visibilidade para a cena cultural de Recife e o movimento manguebeat. Como foi dar vida a essa produção e qual a importância desse resgate cultural para você?

GL: Por meio da arte, a humanidade expressa suas necessidades, crenças, desejos e sonhos. Para mim, expressar o manguebeat vai além de representar a história da cultura brasileira; é ser parte integrante desse movimento. Me considero um artista nascido também do manguebeat. A influência da cultura popular está presente em toda a minha trajetória como artista.

O manguebeat se tornou um movimento popular que, em seu início, tinha como objetivo denunciar as desigualdades, a pobreza e os problemas de Recife, propondo uma renovação cultural com o surgimento de ritmos que misturavam elementos da cultura tradicional com a cultura urbana. O movimento ultrapassou os limites da zona metropolitana, alcançando o sertão por meio do teatro, da dança, da música, das artes visuais e do audiovisual.

Foi a insatisfação com o “mundo doente” que me motivou a me reconhecer como ator, a assumir o ofício de comunicar ao povo, com poesia e arte, aquilo que enxergo, ouço e sinto sobre o outro. Os projetos precisam ir além do entretenimento; precisam nos fazer questionar, nos fazer pulsar, trazer poesia para o nosso dia a dia e ser o combustível que alimenta nossa alma.

Foto: divulgação/Diógenes Mendonça

E: Hoje, você concilia uma carreira artística com os estudos. Em algum momento foi mais difícil conseguir administrar o tempo entre eles? O que você espera construir no futuro a partir de sua formação?

GL: A universidade sempre foi um sonho de criança, um lugar onde eu pudesse me especializar na profissão à qual dediquei minha vida. Aprender ao máximo as linguagens que o ator pode explorar está em constante investigação e experiência, buscando versatilidade e autenticidade no meu trabalho, independentemente do método ou da linguagem. A vivência artística é fundamental para essa construção.

Sempre tive a necessidade de comunicar ao público, de transformar a inquietude do pensamento em criação. No entanto, conciliar os estudos com o trabalho sempre foi um grande desafio, especialmente por ser um rapaz vindo da periferia. As dificuldades são multiplicadas pela necessidade de se manter, principalmente em um país onde o artista é constantemente marginalizado.

Para mim, a universidade é uma espécie de “fuga” — digo, é o meu espaço livre de investigação e aprofundamento. Meu interesse na formação vai além de me tornar um ator mais completo; quero me tornar um educador acessível, alguém que possa contribuir não apenas artisticamente, mas também ser capaz de alimentar sementes, como aqueles vagalumes que iluminam nossos caminhos.

E: O que podemos esperar dos seus próximos passos profissionais?

GL: Meus planos são levar o cinema nordestino para todos os lugares do mundo. O Nordeste é um lugar cheio de encantos e mistérios, que carrega a história do país no trabalho, na educação, na força de cada indivíduo e na paixão ardente que levanta os nordestinos todos os dias. Temos orgulho da nossa cultura, da memória que o corpo sertanejo carrega. Dar vida às histórias do meu povo é a maior honra que eu possa ter.

Sou imensamente grato ao cinema nordestino. Fui revelado pelas mãos de artistas que são algumas das minhas maiores referências, influências e inspirações. Eles me fizeram acreditar que é possível, que a vida presta. Ainda não tiraram de nós a memória e os sonhos. No Nordeste, temos algo incomum, que não se encontra com tanta força em outros lugares: o afeto, a sabedoria, a generosidade de olhar para o próximo e, juntos, tornar o sonho vivo.

 

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Texto revisado por Layanne Rezende

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Cinema Notícias

Filme Presença ganha novo trailer

Com estreia marcada para 3 de abril de 2025, o filme Presença acaba de ganhar um novo trailer – e já temos pistas do que vem por aí!

Nesta segunda (17), a Diamond Films lançou o segundo trailer oficial de Presença, novo suspense feito pelo diretor Steven Soderbergh, o mesmo que produziu o filme Onze Homens e um Segredo (2001). Nesta segunda prévia, são reveladas novas cenas do longa, com detalhes sobre a misteriosa entidade, que, por sua vez, assume o papel de protagonista. Como resultado, a curiosidade dos fãs de terror fica ainda mais aguçada.

Foto: reprodução/Diamond Films

A trama conta a história da família Payne, composta por Rebecca (Lucy Liu), Chris (Chris Sullivan) e seus filhos, Chloe (Callina Liang) e Tyler (Eddy Maday). Eles passaram por uma recente perda e decidiram recomeçar a vida morando numa casa nova. O que eles não imaginavam é a residência estar ocupada por uma entidade – de mesmo nome do filme. Ela acompanha os passos deles e os conflitos familiares, fazendo-os, psicologicamente, de reféns, além de perturbar a vida de Chloe.

Vem ver o novo trailer:

Roteirizado por David Koepp, Presença não é um simples terror. É um daqueles thrillers que fazem você ficar alerta a todo instante, tendo a sensação de fazer parte da história, além de causar muita perturbação (clássico desse gênero), te surpreendendo no fim.

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Texto revisado por Larissa Suellen

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Cultura Música Notícias

Especial | Quem é Dolly Parton, a rainha do country

A lenda da música country acaba de lançar uma parceria com Sabrina Carpenter no Short n’ Sweet Deluxe

Se existe uma versão de Please, Please, Please com um toque mais country, é essa! Na última sexta (14), Sabrina Carpenter surpreendeu os fãs ao lançar uma nova versão do hit em parceria com ninguém menos que a icônica Dolly Parton. Embora Dolly seja a rainha absoluta do country, muitos fãs da nova geração do pop podem não estar familiarizados com sua grandiosa trajetória.

Foto: reprodução/Conecta Geek

Se esse é o seu caso, pode ficar tranquilo: aqui você vai descobrir quem é a lenda viva que ajudou a moldar a música country!

Infância e início da carreira

Dolly Rebecca Parton nasceu em 19 de janeiro de 1946, em uma região rural do Tennessee, nos Estados Unidos. Filha de fazendeiro e criada em uma família humilde de 12 filhos, Dolly cresceu cercada por dificuldades financeiras, mas também por muito amor e música. Suas primeiras influências vieram do gospel, cantado nas igrejas locais, e do country tradicional que ouvia no rádio.

Com 18 anos, se mudou para Nashville, cidade conhecida como berço do country. Seu destaque chegou em 1967, quando se tornou parte do The Porter Wagoner Show, um programa de televisão que a colocou sob os holofotes e ajudou a consolidar seu nome na indústria. No ano seguinte, ganharam o prêmio de Melhor dueto do ano, da Academia de Música Country. A parceria entre Dolly e Porter resultou em diversos álbuns e duetos, o que preparou a cantora para trilhar sua carreira solo. 

Foto: reprodução/Billboard
A estrela do country

Durante as décadas de 1970 e 1980, Parton se consolidou na posição de Estrela do Country. Os álbuns Coat of Many Colors (1971) e Jolene (1974) são donos de sucessos inesquecíveis, incluindo a faixa-título Jolene, um dos maiores clássicos da música country. Foi nesse período que Dolly lançou I Will Always Love You (sim, ela é a autora da música!), canção eternizada pela voz de Whitney Houston

Na década de 1980, Dolly aumentou seu sucesso quando transitou entre gêneros musicais, incluindo agora o pop. Sucessos como 9 to 5, canção tema do filme homônimo em que atuou, consolidaram seu status como ícone musical. 

Foto: reprodução/The Hollywood Reporter

É claro que, com tanto talento sobrando, Dolly também fez sucesso nas telas de cinema e televisão. Sua estreia no cinema foi com 9 to 5 (1980), comédia clássica feminista. Ela também estrelou filmes como The Best Little Whorehouse in Texas (1982) e Steel Magnolias (1989). Já na TV, participou de especiais e até produções próprias, como Dolly (1987-1988).

Dolly expandiu sua atuação para além da música e do cinema. Em 1986, inaugurou o parque temático Dollywood, no Tennessee, que rapidamente se tornou uma das atrações mais populares do estado. Além disso, criou o Imagination Library, um projeto que distribui livros gratuitamente para crianças em diversos países, promovendo o hábito da leitura desde a infância.

Foto: divulgação/Dolly Parton

A rainha do country se tornou um símbolo de empoderamento feminino durante sua carreira, abordando em suas músicas temas como independência e superação. Mesmo após décadas de carreira, Dolly Parton continua ativa na música e nos negócios. Nos últimos anos, a artista continuou surpreendendo o público com lançamentos musicais inovadores. 

Em 2022, ela lançou Run, Rose, Run, um álbum acompanhado de um livro escrito em parceria com James Patterson. Em 2023, explorou o rock com Rockstar, um disco repleto de colaborações com lendas como Paul McCartney, Elton John e Stevie Nicks.

Foto: reprodução/Billboard

E aí? Já conhecia a lenda do country? Conta pra gente! Entre nas redes sociais do Entretetizei (Instagram, Face e X) e nos siga para ficar por dentro de todas as novidades do mundo do entretenimento. 

Leia também: Tudo que sabemos sobre Short n’ Sweet, lançamento de Sabrina Carpenter

 

Texto revisado por Layanne Rezende

 

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