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5 filmes para conhecer Quentin Tarantino

Conhecido por trabalhos considerados obras-primas do cinema, confira alguns dos filmes dirigidos pelo cineasta

 

Quando se fala em cineastas contemporâneos que deixaram uma marca na indústria do cinema, o nome de Quentin Tarantino rapidamente vem à mente. O diretor e roteirista, com seu estilo único, revolucionou a forma como se conta histórias no cinema. 

Tarantino nasceu no Tennessee, em 1963 e cresceu em Los Angeles, em meio a cultura pop e aos filmes. Sua paixão pela sétima arte o levou a trabalhar em uma locadora de filmes, onde conheceu diversas obras que se tornaram influências cinematográficas, e que mais tarde ajudariam a formar seu jeito de fazer cinema.

O primeiro grande sucesso de Tarantino veio em 1992, com um filme independente que chamou a atenção da crítica e do público com sua narrativa, seus diálogos memoráveis e, claro, com a violência (continue a leitura para descobrir qual foi). Desde então, Tarantino se estabeleceu como um dos diretores mais visionários e controversos de sua geração.

O estilo Tarantino

O estilo do diretor é inconfundível: diálogos intensos, referências pop e uma mistura de violência e humor ácido. Seus filmes frequentemente desafiam convenções e expectativas, levando a reviravoltas inesperadas e momentos icônicos.

As tramas criaram sua reputação como um mestre da narrativa cinematográfica. Com uma habilidade extraordinária para criar personagens complexos e memoráveis, o cineasta consegue cativar e perturbar ao mesmo tempo.

Além de sua contribuição para o cinema, ele deixou e continua deixando um legado na cultura pop. Suas obras inspiraram diversos cineastas e influenciaram a estética de toda uma geração de produções, além de contar com cenas que entraram para a história do cinema.

O diretor, que aos 61 anos caminha para seu décimo filme, tem um impacto inegável na indústria, e é lembrado como um dos grandes nomes de Hollywood. 

Confira cinco filmes de Tarantino que mostram todo o talento do diretor.

 

  • Cães de Aluguel (1992)
Foto: reprodução/Correio do Cidadão

O primeiro filme de Tarantino como diretor é um drama com muita tensão, traição e violência. Foi aclamado pela crítica e é considerado um clássico cult.

Onde assistir: Telecine

  • Pulp Fiction (1994)
Foto: reprodução/Cinemateca Brasileira

Um marco do cinema, conhecido por seus diálogos essenciais e personagens icônicos. Venceu a Palma de Ouro em Cannes e ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original. Com nomes como Uma Thurman, John Travolta, Samuel L. Jackson Bruce Willis no elenco, o longa acumula fãs até os dias atuais.

Onde assistir: Netflix

 

  • Kill Bill: Volume 1 e 2 (2003, 2004)
Foto: reprodução/Rolling Stone

Repetindo o sucesso com Uma Thurman, essa é uma saga de vingança inesquecível, dividida em dois volumes, conhecida por sua trilha sonora marcante e sequências de luta. É uma homenagem aos filmes de artes marciais. 

Onde assistir: Telecine

  • Bastardos Inglórios (2009)
Foto: reprodução/Experimente SP

Ambientado na França durante a Segunda Guerra Mundial, é uma versão diferente dos fatos da época nazista. É conhecido por sua mistura única de humor ácido e sequências de ação. Tarantino entrega um roteiro envolvente e um elenco memorável com nomes como Brad Pitt e Christoph Waltz.

Onde assistir: Netflix e Star+

  • Django Livre (2012)
Foto: reprodução/CinePop

A trama acompanha um ex-escravo (Jamie Foxx) que se torna um caçador de recompensas, em busca de vingança contra os responsáveis por prender sua esposa. É um filme que aborda questões de raça, justiça e redenção, tudo isso em meio a cenas icônicas e atuações inesquecíveis de Leonardo Dicaprio e Kerry Washington. Além de tudo, a produção rendeu a Tarantino seu segundo Oscar de Melhor Roteiro Original.

Onde assistir: Prime Vídeo e Netflix

 

 

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Texto revisado por Michelle Morikawa

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Filmes que farão você refletir sobre a vida

 Inspiração e reflexão em filmes que te ajudam  na busca por si mesmo

 

Na correria do dia a dia, é fácil nos sentirmos isolados, mesmo quando estamos cercados por outras pessoas. No entanto, o cinema tem o poder de nos transportar para mundos onde podemos encontrar conforto e companhia, mesmo nos momentos mais solitários. 

Os filmes podem nos emocionar com histórias empolgantes e nos fazer questionar nossa própria existência. Ao longo dos anos, muitas obras foram criadas para fazer exatamente isso: nos fazer refletir sobre a vida, suas complexidades, suas belezas e seus desafios. 

Alguns longas ultrapassam o entretenimento e nos convidam a embarcar em nossas próprias vivências e sentimentos. Esses filmes não apenas nos marcam, mas também nos desafiam a questionar o que valorizamos e qual é o nosso propósito.

Podemos levar as lições que esses filmes nos proporcionam para a vida, para que eles sirvam como lembretes  da importância de buscar significado, empatia e valorizar cada momento que temos.

Aqui está uma seleção de filmes que provavelmente vão despertar suas reflexões sobre diversos temas:

 

Assunto de Família (2018)
Foto: reprodução/Persona Cinema

Filme japonês dirigido por Hirokazu Kore-eda, narra a história de uma família de classe baixa que se sustenta através de pequenos roubos e golpes. Durante uma noite, o pai da família encontra uma menina abandonada na rua e decide levá-la para casa. O longa explora temas como laços familiares, amor e moralidade, levando o espectador a refletir sobre as noções  de família e questionando o que realmente une as pessoas.

Onde assistir: Telecine

 

Medianeras (2013)
Foto: reprodução/Ruido Manifesto

O filme explora temas como solidão, alienação e busca por conexão em uma cidade grande. Os protagonistas narram suas próprias histórias enquanto enfrentam os desafios da vida, refletindo sobre suas esperanças, medos e desejos. A produção argentina oferece uma visão poética da vida, mostrando a importância da empatia nos dias atuais.

Onde assistir: MUBI

 

Encontros e Desencontros (2003)
Foto: reprodução/Movier

Um filme delicado e melancólico, nele conhecemos dois estranhos interpretados por Bill Murray e Scarlett Johansson que se encontram em Tóquio e formam uma ligação improvável. A produção de Sofia Coppola mostra a beleza dos encontros e a esperança que eles podem trazer.

Onde assistir: Netflix

 

Meninos não choram (1999)
Foto: reprodução/ Palavras de cinema

Baseado em uma história real, o filme narra a vida de Brandon Teena, um jovem transgênero interpretado por Hilary Swank. A trama acompanha Brandon, que tenta construir uma nova vida, longe de seu passado difícil. No entanto, a transfobia por parte de algumas pessoas do local dá início a diversos acontecimentos trágicos. O filme aborda identidade de gênero, discriminação e violência, mostrando os desafios enfrentados por pessoas transgênero em uma sociedade que muitas vezes não aceita sua existência.

Onde assistir: Star+

 

Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004)
Foto: reprodução/Delirium Nerd

Após um difícil término de relacionamento, Clementine (Kate Winslet) decide apagar todas as memórias de Joel (Jim Carrey) de sua mente através de um procedimento científico, e ele decide fazer o mesmo. O filme fala de temas como amor, perda, memórias e identidade, questionando o relacionamento humano e até que ponto podemos controlar nossas emoções e lembranças. 

Onde assistir: Telecine e Apple TV+

 

Ela (2013)
Foto: reprodução/ Cinematologia

Neste filme dirigido por Spike Jonze, um escritor solitário (Joaquin Phoenix) desenvolve uma relação emocional com um sistema virtual. O longa fala sobre a necessidade humana de conexão e intimidade, mesmo que seja com alguém que não está realmente ali. É um relato sobre a solidão nos tempos digitais e como a tecnologia pode tanto conectar quanto alienar.

Onde assistir: Prime Vídeo 

 

Antes do Amanhecer (1995)
Foto: reprodução/CinePop

O filme segue a história de Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy), que se conhecem em um trem enquanto viajam pela Europa. Durante a viagem os dois têm uma conexão instantânea e começam a conversar. Eles decidem desembarcar em Viena e passar algumas horas juntos antes de voltar para casa. Ao longo de uma única noite, eles exploram a cidade, conversam sobre suas vidas, esperanças, medos e sonhos, durante um encontro inesquecível.

Onde assistir: MAX 

 

Lady Bird: A Hora de Voar (2017)
Foto: reprodução/Ponto Zero

Greta Gerwig explora os altos e baixos do último ano do ensino médio de Lady Bird (Saoirse Ronan), enquanto ela lida com os dilemas da adolescência, como relacionamentos amorosos, amizades complicadas e desentendimentos com sua mãe. A relação problematica e ao mesmo tempo amorosa entre Lady Bird e a mãe é um dos pontos principais do filme, retratando  o relacionamento entre as duas.

Onde assistir: Netflix

 

Que Horas ela Volta? (2015)
Foto: reprodução/Spoiler Movies

A história gira em torno de Val, uma empregada doméstica nordestina interpretada por Regina Casé, que trabalha há muitos anos na casa de uma família em São Paulo. O filme aborda questões de classe, identidade e relações familiares, além de mostrar uma reflexão sobre as desigualdades sociais.

Onde assistir: Netflix

 

Pequena Miss Sunshine (2006)
Foto: reprodução/Café com filme

Dirigido por Jonathan Dayton e Valerie Faris, o filme acompanha uma família complicada durante uma viagem de carro para levar sua filha a um concurso de beleza. É uma comédia sensível que mostra os momentos difíceis e também felizes da vida familiar, e a beleza que pode surgir das diferenças e da solidariedade nesses momentos.

Onde assistir: Star+

 

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Leia também: Filmes para quem está na crise dos 20 (ou 30!) e poucos anos

 

Texto revisado por Luiza Carvalho

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Resenha | A Natureza do Amor e a vida após as escolhas

Filme aborda a vida de uma mulher após os 40 anos, com suas vontades e decisões 

 

A Natureza do Amor é uma comédia romântica que mostra diferentes nuances da vida de uma mulher adulta lidando com seus desejos. Acompanhamos a história de Sophie (Magalie Lépine Blondeau), uma professora de filosofia que é casada com Xavier (Francis-William Rhéaume), mas que não vive um casamento plenamente feliz.

O casal que sempre está junto leva uma vida monótona, dentro de sua bolha social, algo que traz a grande questão do filme. Todos parecem confortáveis demais em conversar com as mesmas pessoas, sobre os mesmos assuntos, não há entre o grupo opiniões divergentes ou realidades opostas para se comparar os pontos de vista.

Foto: divulgação/Imovision

Para seus alunos, Sophie fala sobre a teoria do amor de Platão, Aristóteles e outros filósofos. Porém, na prática sua relação com o amor está em lados opostos do que leciona, até que perto de completar 41 anos, a professora e seu marido decidem comprar um chalé. 

Sophie então conhece o empreiteiro da reforma desse lugar, Sylvain (Pierre-Yves Cardinal), e como em histórias que já acompanhamos anteriormente, os dois acabam se apaixonando. Ela se encanta pelo jeito simples e desprendido de Sylvain, e ele, pela inteligência e calma de Sophie. A professora se deixa levar pela química instantânea entre os dois, que se entregam a esse sentimento.

O longa retrata a partir de então algo também já visto anteriormente, uma mulher casada com um homem gente boa que a ama, mas de repente ela conhece alguém totalmente diferente e passa a ter um amante, a ser adúltera e a culpada pelo fim do casamento. No entanto, aqui temos outro tipo de narrativa.

Foto: reprodução/Alambique Filmes

A diretora Monia Chokri – que também é responsável pelo roteiro –, não retrata a mulher como vilã, mas sim como um ser humano com desejos e paixões, que busca viver sua vida da melhor forma que conseguir. Sophie conhece uma nova realidade ao lado de Sylvain, com diálogos menos soberbos e uma vida mais simples, sem diplomas universitários e anos de estudo. E ela gosta não apenas dessas novas experiências, mas de tudo o que sente por ele, mesmo que coisas como o fato da maneira como ele fala algumas palavras erradas a incomodem.

Vemos uma história honesta sobre descobertas, onde a protagonista lida de maneira realista com seus medos e vontades, de forma intensa. O filme não se torna mais um sobre traição, mas sim sobre coragem, paixão e escolhas difíceis, em uma narrativa que contagia e também faz refletir. 

A Natureza do Amor estreou em 25 de abril nos cinemas do Brasil, e é um filme sensível e emotivo, estas e outras qualidades o fizeram vencer o César de Melhor Filme Estrangeiro de 2024

 

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Resenha | Bebê Rena entrega história autobiográfica desconcertante

A minissérie lançada no início de abril já se tornou um sucesso no streaming e nas redes sociais

[Contém spoiler]

Impacto e choque talvez sejam duas ótimas palavras para expressar o que o espectador sente ao assistir Bebê Rena. A minissérie retrata uma história real, vivida por Richard Gadd que também é o responsável por criar, roteirizar e protagonizar a trama.

Na história somos apresentados a Donny Dunn (Richard Gadd), um bartender que sonha em ser um comediante de sucesso, e no bar em que trabalha, ele acaba atendendo Martha (Jessica Gunning), que se apresenta como advogada, e os dois acabam criando um certo tipo de amizade. Porém, ao passar dos dias, Donny percebe que existe algo de errado com essa mulher. 

Martha se mostra uma stalker, e começa a perseguir o comediante, transformando sua vida em um verdadeiro pesadelo, com o objetivo de iniciar um relacionamento amoroso com ele, a partir de então a vida de Donny se transforma em um filme de terror.

Foto: reprodução/Netflix

A narrativa da série retrata de forma intensa esse relacionamento conturbado vivido pelos dois, que envolve ameaças, assédio, brigas, milhares de emails e xingamentos, mas de um jeito surpreendente conseguimos entender que Martha não é uma vilã. Ao longo dos episódios vemos que por trás da raiva e agressividade que ela demonstra, existe uma pessoa que precisa de auxílio com sua saúde mental, que muitas vezes nem ao menos entende o porquê de estar fazendo tudo aquilo, o que faz com que Donny tenha compaixão por ela.

Traumas do passado

Algumas das cenas de maior impacto da produção acontecem durante uma volta no tempo, que relata os motivos para o comediante possuir certos tipos de comportamento, tanto em relação a Martha e as situações que ele se coloca junto dela, quanto no restante de suas relações pessoais. 

Neste momento conhecemos o roteirista Darrien (Tom Goodman-Hill), que à primeira vista parece ser um amigo de Donny, o ajudando com seu show de comédia e levando seus roteiros para programas de TV.

Foto: reprodução/BBC

Porém em episódios duros de assistir, Gadd expressa momentos difíceis que viveu em companhia desse roteirista, que ao invés de ajudá-lo, incitava o uso de diversos tipos de drogas, além de molestar o comediante enquanto ele estava inconsciente. Darrien conseguiu manipulá-lo psicologicamente de tal maneira que, mesmo diante de tantas situações problemáticas ele continuava lá, até que o roteirista em uma cena chocante o agride sexualmente pela primeira vez.

A partir de então podemos entender que Donny se sente culpado por ter vivido aquele abuso, e a repulsa e vergonha que sente por si mesmo se estende para a sua vida, fazendo com que ele passe a ser autodepreciativo e ter medo de qualquer tipo de relacionamento.

As consequências do abuso são retratadas na minissérie de forma crua e angustiante, mostrando de forma honesta o quão devastadora toda aquela experiência foi para ele

Martha e Donny

Donny instigava Martha e a fazia acreditar que um relacionamento entre os dois era uma possibilidade, mas os julgamentos feitos a ele precisam levar em conta os sentimentos que ele possui por si próprio, assim como ela busca o amor, ele também, mas cada um de um jeito problemático e repleto de traumas, o que acaba sendo prejudicial para todos. 

Foto: reprodução/UOL

Ela acaba ajudando Donny – de uma forma muito conturbada – a lidar com seus traumas, a se abrir com quem ele gosta e finalmente poder acreditar mais em si mesmo. E mesmo que sua stalker tenha sido presa por perseguir várias pessoas, ele de certa forma entende que ela precisa de ajuda, assim como ele precisou. Richard e Jessica entregam atuações impecáveis, fazendo com que toda a trama se torne ainda mais envolvente.

A minissérie, disponível na Netflix, conta com cenas extremamente difíceis de assistir, mas também oferece diferentes perspectivas sobre algumas situações, onde por vezes nos sentimos como se estivéssemos acompanhando algum tipo de reality show em que Gadd entrega seus pensamentos e traumas, enquanto tenta descobrir quem é e como lidou com tudo isso.

 

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Leia também: Resenha | O Lado Sombrio da TV Infantil mostra bastidores chocantes da Nickelodeon

 

Texto revisado por Luiza Carvalho

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Quem foi bell hooks: filósofa, feminista e escritora de sucesso

O mundo a perdeu em 2021, mas o legado de tudo o que ela produziu será eterno

Uma das escritoras e pensadoras feministas de maior importância da geração atual, bell hooks publicava ensaios com opiniões políticas, feminismo e questões enfrentadas na sociedade de uma maneira potente, o que a fez vender milhares de exemplares de seus livros ao redor do mundo. 

Nascida em 1952, hooks foi uma escritora, professora, teórica feminista e ativista antirracista, deixando um impacto impressionante na vida de muitas mulheres que acompanharam sua escrita. 

Batizada como Gloria Jean Watkins, se tornou bell hooks – com todas as letras em minúsculo, pois a escritora dizia que não queria que prestassem atenção em sua pessoa, e sim em suas obras – em homenagem a bisavó, e utilizou o pseudônimo até seu último dia de vida, tendo publicado cerca de 40 livros em 15 diferentes idiomas, obras que sempre retrataram racismo, política, questões de gênero e amor.

Foto: reprodução/Brasil de Fato

Em seu livro O feminismo é para todo mundo: Políticas arrebatadoras (2018) a escritora entrega um manifesto sobre o movimento feminista, demonstrando diversas perspectivas com uma linguagem mais descomplicada, além de escrever frases como:

“Mulheres que afirmam ser feministas ao mesmo tempo que perpetuam a homofobia são tão equivocadas e hipócritas quanto aquelas que querem sororidade enquanto ainda estão apegadas ao pensamento de supremacia branca”.

Tudo poderia entrar em pauta para ela, que fazia análises centradas e diretas sobre os mais diferentes temas, desde clipes musicais até a representatividade em filmes de Hollywood, chegando até a expressar alguns comentários polêmicos a respeito do álbum Lemonade (2016) da cantora Beyoncé.

Sua escrita abrangeu todos os meios, tendo publicado poesias, ensaios e críticas de arte e cinema. A soma de seu trabalho a fizeram ser considerada uma das feministas negras mais influentes do último século.

Exemplos de obras publicadas
Foto: reprodução/Editora rosa dos tempos/Editora Elefante/Editora Perspectiva
  • Teoria Feminista: da Margem ao Centro (1984)

Aqui a escritora defende uma revolução do movimento feminista, enfrentando  o sexismo, racismo e capitalismo.

  • Tudo sobre o amor  (1999)

Tentando entender o que é o amor em todas as suas possíveis formas, bell pontua os desafios de colocá-lo como ponto central de nossas vidas, levando em conta questões como patriarcado e racismo. Desta obra também vieram duas sequências: Salvação e Comunhão, lançados no Brasil em 2024, que receberam o nome de Trilogia do Amor.

  • O feminismo é para todo mundo: Políticas arrebatadoras (2018)

A escritora tenta abordar os mais diversos temas e opiniões sobre o movimento de uma maneira simples, trazendo pontos de vista sobre politica, beleza, luta de classes e violência e o impacto que todas essas questões tem na sociedade e no movimento feminista.

  • E eu não sou uma mulher? (2019)

Abordando temas como sexismo, racismo e intersecção, a escritora debate os temas mostrando o impacto de cada um na sociedade, e como a perpetuação de práticas racistas impacta a vida de mulheres negras.

Legado 

A ativista foi considerada pela mídia a redefinição do feminismo, trazendo uma nova narrativa e pontos de vista para o movimento. Iniciou sua carreira cedo, não se deixando afetar pelo racismo que quis a impedir de expressar suas ideias e opiniões.

Foto: reprodução/Casa das Aprendizagens

 Se tornou crítica no início da carreira para escrever sobre artistas que não recebiam o devido reconhecimento, inspirando a todos quando disse:

“Infelizmente, os artistas e críticos brancos conservadores que controlam a produção cultural e a escrita sobre arte parecem ter dificuldade em aceitar que, podem estar criticamente cientes da política visual, sem ao mesmo tempo, abandonar um forte compromisso com a estética”.

O amor era um dos assuntos que bell mais abordava em seus textos, mostrando como enxergá-lo de forma crítica, e todos os seus benefícios e malefícios, por exemplo, como o luto nos traz tanta dor que por vezes esquecemos de que houveram momentos incríveis. Sobre isso ela escreveu:

“Muitos de nós passam a amar a vida apenas quando confrontados com doenças que a colocam em risco. Com certeza, encarar a possibilidade da minha morte me deu coragem para olhar de frente a falta de amor em minha vida[…]Amar permite que transformemos a nossa celebração da morte em uma celebração da vida”.

Inspirou nas páginas de seus livros e nas salas de aula em que lecionou. hooks será sempre uma referência e as próximas gerações encontrarão palavras sobre amor e liberdade que os farão refletir sobre tudo, e é assim que o legado de bell hooks, que faleceu aos 69 anos em 2021, será eterno.

 

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Texto revisado por Thais Moreira

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Cinema Notícias

Os Observadores: primeiro trailer do novo longa de M. Night Shyamalan é divulgado

Produção é estrelada por Dakota Fanning, que dá vida a uma artista que se perde em uma floresta assustadora

Você passaria por uma porta sem saber para onde ela te levaria? O novo suspense psicológico produzido por M. Night Shyamalan promete revelar o desconhecido. O primeiro trailer de Os Observadores, novo longa produzido pelo aclamado diretor de O Sexto Sentido (1999), Corpo Fechado (2000) e Fragmentado (2016), acaba de ser divulgado.

O thriller psicológico foi escrito e dirigido por Ishana Night Shyamalan, filha de M. Night, com base no romance homônimo de A.M. Shine. Pai e filha já trabalharam juntos na série Servant (2019), do Apple TV+

Foto: divulgação/Warner Bros

Os Observadores conta a história de Mina, interpretada por Dakota Fanning, uma artista de 28 anos que se perde em uma imensa e assustadora floresta natural no oeste da Irlanda. Quando a personagem finalmente encontra abrigo, ela acaba presa ao lado de três estranhos que são vigiados e perseguidos por criaturas misteriosas.

Na produção acompanhamos um grupo que passa seus dias em uma sala que contém apenas um espelho. Todos sabem que existem algum tipo de criatura do outro lado os vigiando, mas não sabem o porquê isso está acontecendo.

No longa ainda contamos com atuações de nomes como: Georgina Campbell, Oliver Finnegan e Olwen Fouéré. Os Observadores, chega em junho aos cinemas de todo Brasil

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Leia também: Mulheres no Terror: autoras e cineastas que se consagraram no gênero

 

Texto revisado por Luiza Carvalho

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Mulheres no Terror: autoras e cineastas que se consagraram no gênero

Se estiver disposta a dormir de luz acesa, leia e assista as produções dessas mulheres!

Talvez não seja de conhecimento público, mas um clássico da literatura do terror, Frankenstein (1818), foi escrito por uma mulher. Mary Shelley viveu no século XIX e serviu como inspiração para diversas autoras do gênero até os dias de hoje.

A autora de Frankenstein não percorreu um caminho fácil com suas publicações, e atualmente, mais de 200 anos após sua morte, o horror/terror não é um gênero que recebe uma grande parcela de reconhecimento, e isso se intensifica ainda mais quando mulheres decidem escrever ou dirigir essas histórias.

Aqui trazemos alguns nomes de talentosas mulheres que romperam as barreiras e se dedicam a provocar uma noite em claro, um frio na espinha ou a necessidade de uma companhia para pegar um copo de água na cozinha. Confira:

Anne Rice
Foto: reprodução/Forbes

Autora do clássico Entrevista com o Vampiro (1976), que posteriormente ganhou as telas do cinema em 1994 com Tom Cruise e Brad Pitt, se tornou o livro mais importante da carreira de Rice, que mudou a forma como os vampiros eram vistos desde Drácula (1897) do autor Bram Stoker. A escritora também foi responsável por títulos como A Hora das Bruxas (1990) e A Rainha dos Condenados (1988).

Mary Harron 
Foto: reprodução/ IdPosters

A diretora foi responsável pelo clássico Psicopata Americano (2000), onde Christian Bale dá vida ao assassino em série Patrick Bateman. No longa, Harron mostra a masculinidade tóxica do serial killer que escolhe apenas mulheres como vítimas, fazendo com que o filme se tornasse um dos mais cultuados do horror.

Ilana Casoy 
Foto: reprodução/Biblioteca Publica do Paraná

Autora nacional de uma das vertentes do terror, o True Crime, Ilana é criminóloga e após suas vivências na profissão iniciou a escrita de livros como Serial Killer: Louco ou Cruel? (2002), O Quinto Mandamento (2006), Bom Dia, Verônica (2016) em parceria com Raphael Montes que se tornou uma série da Netflix. Além disso, ela é também uma das roteiristas dos filmes A Menina que Matou os Pais (2021), O Menino que Matou Meus Pais (2021) e A Menina que Matou os Pais: A Confissão (2023).

Leigh Janiak
Foto: reprodução/The National

Diretora dos filmes de terror adolescente, a trilogia de Rua do Medo, lançados na netflix em 2021 que se tornaram um sucesso na plataforma, Janiak impressiona ao conseguir transformar os 51 livros em apenas três roteiros que deram origem aos filmes. Leigh Janiak já havia dirigido um filme do gênero, Honeymoon, lançado em 2014.

Shirley Jackson
Foto: reprodução/Revista Galileu

Uma das maiores autoras de terror já existentes, Shirley Jackson foi responsável por inspirar grandes nomes como Stephen King e Neil Gaiman. Ela escreveu livros como Assombração da casa da colina (1959), que inspirou a série A Maldição da Residência Hill (2018) da Netflix, Sempre vivemos no castelo (1962) e o conto A Loteria (1948). Em 2020 a vida de Shirley ganhou as telas em uma cinebiografia protagonizada por Elizabeth Moss.

Julia Ducournau
Foto: reprodução/Le Monde

A diretora francesa se tornou a segunda mulher a vencer a Palma de Ouro por seu filme de terror, Titane (2021), a consagrando como um dos maiores nomes do gênero atualmente. Julia já havia contribuído para o terror outras vezes, com filmes como Grave (2016) e Junior (2011).

 

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Texo revisado por Luiza Carvalho

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Resenha | O Lado Sombrio da TV Infantil mostra bastidores chocantes da Nickelodeon

    Minissérie chegou ao streaming no início de abril

 

[Contém spoiler]

Ao passar dos anos muitos atores mirins sofreram as consequências da fama, trazendo narrativas de abuso, exploração e vícios. Porém, anos atrás, a problemática desse tipo de situação não se voltava para o que havia acontecido com aquelas crianças e sim o que elas estavam fazendo devido a isso. 

A minissérie documental O Lado Sombrio da TV Infantil, lançada no Brasil pela MAX dia 13 de abril, relata de forma chocante a infância traumática que muitos desses atores viviam, sendo expostos a abusos físicos e psicológicos por aqueles que deveriam protegê-los.

 

 

Ao longo de quatro episódios, o espectador é inserido nos bastidores da Nickelodeon, famoso canal americano de conteúdos infantojuvenis. O canal foi responsável por produções como ICarly (2007), Zoey 101 (2005), Drake e Josh (2004) e Brilhante Victoria (2010). Seus seriados lançaram carreiras de diversas personalidades de Hollywood, como Ariana Grande, Drake Bell, Kenan Thompson, Victoria Justice, Amanda Bynes e Jennette Mccurdy, além de marcar uma geração de crianças e adolescentes.

Porém, na época, o que não fazia parte da divulgação em massa desses atores e atrizes era a real situação dos bastidores, a qualidade do trabalho por trás das câmeras e os tipos de profissionais com os quais aquelas crianças tinham que trabalhar. Dessa maneira, o documentário toca em todos esses pontos de uma forma perturbadora, com relatos e cenas fortes. 

Exploração e ambiente abusivo 

O principal alvo da minissérie é o criador da maioria dos programas de sucesso da emissora, Dan Schneider, que passou de ator pouco conhecido a um dos principais nomes da indústria americana no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. 

Foto: reprodução/A Odisseia

O produtor, que deveria fornecer um ambiente seguro e respeitoso para todos os profissionais – em especial para as crianças –  recebe diversas acusações. Em entrevista, os atores e roteiristas que participaram das séries criadas por Schneider contam que ele era um chefe controlador, abusivo, pervertido e criava um ambiente de trabalho tóxico.

Tendo comportamentos como: pedir massagens constantes às profissionais mulheres do local, sexualizar as atrizes adolescentes com cenas que induziram a algo sexual, além de gritos e xingamentos.  

A Nickelodeon se mostrava totalmente conivente com as atitudes do produtor, mesmo após pais dos atores e profissionais informarem sobre seus comportamentos. O canal aceitava toda a exploração feita por Dan, pela fama e lucro que suas produções traziam ao estúdio, realmente se tornou um ambiente onde apenas os mais poderosos tinham voz. Os funcionários, em especial as crianças, tinham que aceitar e lidar em silêncio com suas questões, sob o medo de que caso agissem de modo que não agradasse, não teriam seus contratos renovados.

 

Foto: reprodução/UOL
Casos Criminais

Um dos momentos mais impactantes do documentário é o forte relato do ator e cantor Drake Bell, que conta pela primeira vez ter sido vítima de diversos crimes sexuais por parte de seu treinador de diálogo Brian Peck, quando tinha apenas 15 anos e fazia parte do elenco de The Amanda Show (1999). 

O ator mirim sofreu esses abusos durante anos, e mesmo após tudo vir à tona, Peck foi condenado a somente 16 meses de prisão, e após sua saída voltou a trabalhar em produções infantis em outra emissora. As falas de Drake demonstram o quanto tudo aquilo o traumatizou e o induziu a diversas atitudes problemáticas no futuro, além de revelar sua indignação e a negligência por parte da Nickelodeon. 

Foto: reprodução/Jovem Pan

Infelizmente, esse não foi o único caso de pedofilia dentro dos estúdios da emissora infantil, que teve outros dois profissionais presos devido a acusações de crimes sexuais contra menores de idade. 

A minissérie mostra de forma angustiante o quanto aquelas crianças e adolescentes foram negligenciadas e o quanto os adultos foram coniventes com diversas situações. Para quem acompanhou essas produções durante os anos, o sentimento de raiva se mistura com trauma. 

Foto: reprodução/Observatório de Cinema

Pensar que enquanto estávamos em casa dando gargalhadas com algum momento de nossos atores favoritos, eles estavam passando por abusos psicológicos ou até mesmo físicos, muda totalmente certas lembranças. 

E tudo isso se refletiu em proporções gigantescas na vida de muitos desses atores e atrizes, que até os dias atuais, já adultos, lidam com traumas e questões daquela época. São experiências abusivas e traumáticas que não serão esquecidas com facilidade por todos que vivenciaram, e agora por todos que assistiram ou vão assistir a produção.

No entanto, O Lado Sombrio da TV Infantil é totalmente necessário para o início de um novo debate, que até então não existia ou recebia pouco destaque na mídia, quais são as condições de trabalho para essas crianças e as fiscalizações nesses ambientes atualmente? Mudanças são necessárias para que situações como essas não voltem a acontecer.

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Leia também: Minisséries: 6 titulos que você precisa maratonar em um fim de semana

 

Texto revisado por Kalylle Isse

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Podcasts feitos por mulheres que você precisa conhecer

Quer refletir sobre a vida, sobre ser uma mulher na sociedade, ouvir casos criminais ou apenas dar uma boa risada? Esses podcasts entregam isso e muito mais

 

Nos últimos anos, os podcasts se transformaram em uma forma de entretenimento e informação extremamente popular, conquistando uma base de ouvintes fiéis tanto no Brasil quanto ao redor do mundo. Com uma infinidade de gêneros e temas disponíveis, os podcasts atendem diversos interesses e preferências.

Seja para aprender algo novo, se entreter ou se manter atualizado sobre notícias e eventos, há um podcast para praticamente todos os públicos. E diversas mulheres incríveis encontraram nesse novo meio de comunicação uma porta de entrada para se expressarem, seja em conversas mais centradas com temas específicos ou assuntos mais livres e espontâneos. 

Os podcasts podem ser ouvidos em praticamente qualquer dispositivo com acesso à internet. Isso oferece conveniência aos ouvintes, permitindo que consumam o conteúdo enquanto realizam outras atividades, como dirigir, fazer exercícios ou trabalhar, o que acaba aproximando o ouvinte ainda mais daquele projeto.

Nomes como Marcela Ceribelli, Lela Brandão, Camila Fremder e diversas outras, conseguiram um novo espaço para compartilharem suas ideias e opiniões enquanto mulheres, ao mesmo tempo que influenciam de uma forma positiva suas ouvintes, não apenas a consumirem seus projetos, mas também a refletirem sobre suas vidas e sobre a sociedade como um todo. 

Existem podcasts para todos os gostos e momentos, por isso o Entretê separou alguns projetos incríveis desenvolvidos por mulheres que você precisa conhecer e ouvir: 

Bom Dia, Obvious 
Foto: reprodução/Women To Watch

Apresentado por Marcela Ceribelli, o podcast Bom Dia Obvious oferece desde seu primeiro episódio conversas sobre assuntos específicos com diversas mulheres, sejam elas psicólogas, psicanalistas, especialistas e comunicadoras no geral, que compartilham suas opiniões sobre temas pertinentes, que deveriam ser mais debatidos na nossa sociedade. 

Marcela diz que seu podcast é sobre felicidade feminina, e seus episódios levam suas ouvintes a busca por esse sentimento através do debate sobre esses temas.

 

Para começar a ouvir:

 

Desculpa Alguma Coisa
Foto: reprodução/Observador

Tati Bernardi autora de diversos livros e conhecida pelo já extinto podcast de sucesso Calcinha Larga, comanda esse novo projeto de entrevistas, onde uma vez por semana traz um novo convidado, muitas vezes uma mulher, para uma conversa sincera sobre diversos temas.

 

Para começar a ouvir:

 

É Nóia Minha? 
Foto: reprodução/ Hysteria

Podcast leve e extrovertido, apresentado pela roteirista e escritora Camila Fremder, que sempre se junta a algum convidado para debater um assunto que ela considera ser uma nóia, o que leva a um papo engraçado e leve entre os participantes, além de gerar uma conexão com o ouvinte que pode já ter passado por algo parecido.

 

Para começar a ouvir:

Para Dar Nome às Coisas
Foto: reprodução/Estadão Expresso

Este é o tipo de podcast que aquece a alma quando ouvimos, Natália Sousa entrega conversas profundas e sinceras sobre seus sentimentos. A proposta do projeto é para que o ouvinte se sinta em uma mesa de bar conversando com um amigo, refletindo sobre algo que aconteceu e o que poderiam aprender sobre isso. Os episódios entregam mensagens sobre coragem, fracasso, amor e recomeços, de uma forma profunda, que vai parecer ser feito para você em alguns momentos.

 

Para começar a ouvir:

 

Não Inviabilize 
Foto: reprodução/Brasil de Fato

Se você está precisando de algo para ouvir enquanto faz atividade física, arruma a casa ou faz alguma atividade do dia a dia, este podcast é perfeito. Nele a apresentadora Déia Freitas se torna uma contadora de histórias reais, onde separado por quadros semanais, histórias enviadas pelos próprios ouvintes sejam elas engraçadas, macabras ou de amor são relatadas por Déia de uma forma divertida em cada um dos episódios.

 

Para começar a ouvir:

 

Gostosas Também Choram 
Foto: reprodução/Itaú Cultural

Um projeto sem grandes edições ou produções, apenas com a apresentadora Lela Brandão conversando com suas ouvintes, sobre sua própria vida, reflexões sobre temas importantes e lições que aprendeu e gostaria de compartilhar. Tudo é feito sem roteiro, com o intuito de realmente passar a sensação de uma conversa entre amigas em uma cafeteria, daquelas em que saímos com novos pensamentos e planos sobre a vida.

 

Para começar a ouvir:

 

Modus Operandi
Foto: reprodução/ Glamour

Todo fã de true crime deveria conhecer o trabalho que Carol Moreira e Mabê Bonafé entregam com o Modus Operandi. Em cada um dos episódios podemos  acompanhar um caso real sobre crimes, seja ele recente ou mais antigo, tudo feito de uma maneira responsável e sem sensacionalismo. Conseguimos conhecer todo o caso, desde a infância do criminoso(a) até o que aconteceu após o crime com todos os envolvidos. 

 

Para começar a ouvir:

 

Mamilos
Foto: reprodução/Tela Viva

O podcast Mamilos é definido por suas apresentadoras Cris Bartis e Ju Wallauer como um diálogo de peito aberto. A cada episódio são debatidos temas diversos e muitas vezes polêmicos – daí o nome, quem lembrar do meme vai entender – como política, religião, machismo e diversos outros assuntos atuais. Tudo é debatido com especialistas, entregando diversas perspectivas aos ouvintes. 

 

Para começar a ouvir:

 

É Tempo de Morangos
Foto: reprodução/Youtube/Bruna Martiolli

Neste podcast Bruna Martiolli reflete sobre a vida, profissão, estudos e jornada pessoal. De uma maneira leve, os episódios abordam temas necessários sobre diversas fases da vida, tentando trazer formas de lidar com certas situações e de ajudar a ouvinte a buscar novos caminhos. A apresentadora — que é professora de literatura — também traz diversas referências literárias, e ensinamentos que aprendeu com os livros.

 

Para começar a ouvir:

 

O sucesso dos podcasts ao redor do mundo é uma prova do poder do áudio como meio de comunicação e entretenimento. Se tornaram uma parte essencial da mídia, indo além do áudio, com lançamentos de livros e programas nos streamings – como é o caso do Bom Dia Obvious e Modus Operandi, por exemplo –. E ver tantas mulheres inseridas e bem sucedidas nesse meio só prova o quanto todas são capazes em suas profissões

 

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+ Setembro amarelo com podcasts dedicados à saúde mental e bem estar no Spotify.

 

Texto revisado por Thais Moreira

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Entrevista | Ruby fala sobre a representatividade e novos projetos

A cantora acaba de lançar seu primeiro álbum de estúdio, intitulado ATITUDE

Lançado no início de abril, o primeiro álbum da cantora conta com feats com nomes como IZRRA e Rincon Sapiência. Mas a carreira de Ruby começou muito tempo atrás, quando participava de corais da igreja em que seus pais eram pastores.

Antes de ser contratada pela Universal Music e acumular mais de 20 mil ouvintes mensais no Spotify, a artista cursava direito, mas largou a faculdade para se dedicar à música, apostando em letras repletas de representatividade. 

Ao Entretê, ela fala mais sobre essa característica em seus trabalhos e o que deseja passar com sua música. Confira!

Foto: reprodução/Ultraverso
Entretetizei: Ruby, você largou a faculdade de direito para se dedicar à música, e agora tem um contrato com a Universal Music. Você imaginava que sua vida mudaria desse jeito em tão pouco tempo? Como foi o processo de tomar essa decisão?

Ruby:  Eu confesso que não imaginava como seria o processo de inserção no mercado musical, pois não tinha conhecimento algum. Mas no mesmo ano em que eu decidi largar tudo e seguir na música, o Papatinho (produtor do Rio de Janeiro) me acionou pelas redes sociais, perguntando se eu tinha interesse de cantar profissionalmente, e daí tudo começou. Foi realmente uma experiência incrível.

E: Qual seu maior sonho ainda não realizado no mundo da música? 

R: Com certeza sair em turnê pelo mundo, com uma grande demanda. 

E:  Seu single UHLALA foi um sucesso, ouvimos muita representatividade e a abordagem da transição capilar, um tema pouco comentado na indústria da música. Como é para você finalmente aceitar seu cabelo e poder inspirar tantas pessoas a fazerem o mesmo?

R: Foi e é sempre um processo libertador, passei por uma transição novamente a um tempo atrás, depois de ter ido ao salão fazer uma escova no cabelo e ele ter alisado novamente, mesmo sem usar produtos químicos pra essa finalidade. E é sempre enriquecedor conectar com nossas raízes e ancestrais através dessa relação com nosso tipo de cabelo. Eu sempre gosto de abordar essas questões nas minhas músicas, pois acredito que a representatividade, principalmente pra crianças pretas, faz uma grande diferença na autoestima e no entendimento das possibilidades a partir disso. 

 

 

E: Na sua opinião, quais os maiores desafios de ser uma mulher negra na indústria musical, e como você lida com isso?

R: Acredito que, independente da posição profissional, é sempre uma questão uma mulher negra estar ocupando algum lugar que não seja o de serventia. Entender a diferença entre o que as pessoas esperam de mim e tudo que eu posso construir através da minha potência é sempre o diferencial que me faz acreditar no meu processo. Eu acredito muito no meu trabalho e na mensagem que eu levo por meio dele, isso representa muito mais do que os meus próprios objetivos, é o meu propósito de vida. 

E: Seu EP 5quenta Tons de Preta trouxe temáticas muito importantes, como autoestima e empoderamento, além de diversas sonoridades em cada uma das músicas. O que mais te inspirou para produzi-lo? 

R: O EP 5quenta Tons de Preta, diferente do meu álbum Atitude, eu fiz com uma intenção objetiva do que eu queria trazer de letra e melodias, que era mais essa sonoridade afro misturada com brasilidade e coisas que já acontecem aqui no nosso pop urbano. No meu álbum, eu mergulhei mais no afrobeat. O que me inspirou foi realmente essa vontade de falar sobre a mulher e sobre a potência que é ser uma mulher negra. 

 

E: A música Tudo Meu, seu mais novo lançamento em parceria com o rapper Ricon Sapiência, tem um som dançante e um refrão que fica na cabeça, mas a letra e o clipe não deixam de exalar representatividade. Levar mensagens  necessárias e importantes sobre tantos temas é o que te move a fazer música? 

R: Parafraseando Nina Simone “é dever do artista refletir o seu tempo”. Com toda certeza me preocupo em trazer uma mensagem nas músicas que seja enriquecedora ou estimule as pessoas a acreditarem nelas mesmas. Ás vezes eu também utilizo a música como ferramenta para desabafar e colocar meus sentimentos em liberdade. Mas, para além desse papel pessoal que a música tem na minha vida, minha motivação central é sempre a mensagem através dela e o quanto ela pode impactar a vida das pessoas . 

E: Por fim, o que seus fãs podem esperar de seus próximos projetos?

R: Muita autenticidade e verdade, é o princípio de tudo. A partir disso, podem esperar minha doação e entrega pra todos os projetos que eu me envolver, e tem várias ideias sendo desenvolvidas por aqui.

 

 

Confira na íntegra o primeiro álbum da artista:

 

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Entrevista | Maria Alice Stock fala sobre o lançamento de seu primeiro livro Maneiras de Temer o Fim do Mundo 

Texto revisado por Michelle Morikawa

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