O romance escrito por Thais Bergmann aborda consequências da invasão de privacidade na internet e o poder da amizade verdadeira para encarar obstáculos na juventude
A Bienal do Livro Rio 2023 terminou, mas já deixou saudade entre os e as participantes que foram prestigiar o evento. Dentre os balanços desta edição, há um livro nacional que se destaca: E Foi Assim que Tudo Mudou ganhou uma posição de evidência. O romance juvenil ficou em primeiro no ranking dos mais vendidos no Boulevard Literario. Um marco muito importante para a literatura nacional, não é mesmo?
E foi assim que tudo mudou é o terceiro livro escrito e publicado de romance por Thais Bergmann. Na obra, a autora contempla as consequências da invasão de privacidade na internet e o poder da amizade verdadeira para encarar obstáculos na juventude.
Ele não vê que, às vezes, a gente só quer aproveitar a vida e se permitir acreditar em quem a gente ama. Ele não entende que nosso único erro foi acreditar em quem não merecia crédito, que só tivemos o azar de confiar em quem não valia a pena. Ele acha que uma garota que envia um vídeo ou uma foto íntima para o namorado só quer atenção. Mas Natan está errado. (E Foi Assim que Tudo Mudou, p.152)
Confira na íntegra a sinopse do livro
Recomeços não são fáceis, mas recomeçar com medo de descobrirem o seu passado é ainda mais difícil… Catarina não esperava ver sua vida virar de cabeça para baixo, e tudo o que ela mais quer é recomeçar. Recomeçar longe dos olhares e sussurros, dos amigos que lhe viraram as costas e principalmente do seu ex-namorado, o responsável por vazar uma foto que deveria permanecer entre os dois.
Quando seus pais decidem que o melhor é se mudar para uma nova cidade, Nina encontra em Larissa, Joana e Vinícius a esperança de que tudo volte a ser como antes. Mas, ao ver a situação se repetir com sua nova amiga, Catarina decide fazer algo a respeito… Por conta própria.
Agora ela vai precisar lidar com a confusão que criou, enquanto tenta não prejudicar seus novos amigos e nem perder tudo o que conseguiu reconstruir com a ameaça de ver seu passado exposto.
Conheça mais sobre o livro
Publicada pela Astral Cultural e capa ilustrada por Julia Back, a obra é dividida em 29 capítulos curtos e um epílogo, com intervenções na diagramação que simulam diálogos por aplicativo de mensagem. Endossos da best-seller Clara Alves, autora de Conectadas e de Lola Salgado, de Sol em Júpiter, evidenciam a fluidez, a leveza e o bom humor da escrita de Thais. Comparado a uma “fofoca irresistível”, o enredo aborda outros temas importantes, como a difícil relação de confiança entre pais e jovens.
Você já conhecia o trabalho da Thais Bergmann, ou se interessou e vai ler E Foi Assim que Tudo Mudou?Conta para a gente através das redes sociais do Entretetizei – Insta, Face e Twitter – e aproveite também para nos seguir e ficar por dentro de tudo que acontece no mundo do entretenimento e dos livros.
*Crédito da imagem de destaque: divulgação/Entretetizei
A informação foi confirmada por Raphael Montes, escritor do sucesso Bom dia, Verônica na Bienal do Livro
A Bienal do Livro 2023, no Rio de Janeiro, começou com tudo! O Clube do Entretê acompanhou o painel Páginas na Tela, que reuniu Raphael Montes, Tainá Muller, Klara Castanho, Joana Jabace e Claudia Jouvin, a mediação da mesa foi realizada por Cláudia Sardinha.
O painel Páginas na Tela é um espaço para conversas sobre histórias que estão por toda parte: nos livros, nas telas, em todas as mídias. São histórias brasileiras que atravessam gerações e que também deslizam por diferentes meios em um ecossistema que é o espírito da nossa época: tudo ao mesmo tempo agora.
Adaptação de Dias Perfeitos
Durante o painel o autor de Bom Dia Verônica (2019), contou em primeira mão sobre a adaptação para a série no Globoplay do livro Dias Perfeitos, com Claudia Jouvin no roteiro e Joana Jabace na direção.
Sinopse do livro: Sombrio e claustrofóbico, Dias perfeitos é uma história de um amor obsessivo e paranoico. O protagonista do livro é Téo, um jovem e solitário estudante de medicina que divide seu tempo entre cuidar da mãe paraplégica e dissecar cadáveres nas aulas de anatomia. Num churrasco ao qual vai com a mãe, contrariado, ele conhece Clarice, uma jovem de espírito livre que sonha tornar-se roteirista de cinema. De súbito, Téo fica viciado em Clarice, e começa a se aproximar de forma insistente. Diante das seguidas negativas, opta por uma atitude extrema: desfere um golpe na cabeça dela e, ato consecutivo, sequestra a garota.
Após a divulgação da adaptação no Globoplay, Raphael, Klara e Tainá responderam perguntas sobre a série Bom Dia, Verónica (2020) da Netflix, sobre a próxima temporada, sobre a preparação de suas respectivas personagens e sobre a liberdade de mexer nos scripts/roteiros com o Raphael. Tainá e Raphael abordaram sobre a construção da personagem Verônica, destacando uma cena da primeira temporada.
Você está participando da Bienal deste ano? Já leu ou ficou curiosa pra assistir a adaptação de Dias Perfeitos? Conta para gente através das redes sociais do Entretetizei – Insta, Face e Twitter – e aproveite também para nos seguir e ficar por dentro de tudo que acontece no mundo do entretenimento e da Bienal Rio 2023.
*Crédito da imagem de destaque: divulgação/Entretetizei
Autor do best-seller Café com Deus Pai apresenta nova versão do seu diário devocional na Bienal do Livro do Rio de Janeiro
O autor Junior Rostirola confirmou presença na Bienal do Livro do Rio, a fim de debutar a edição 2024 de sua primeira obra Café com Deus Pai. Neste ano, o livro de meditações diárias bateu recorde na venda dosexemplares, sendo considerado o mais vendidono Brasil,em 2023.
Na obra Café com Deus Pai, Junior convida o público a experimentar doses diárias de conexão com Deus. Ao longo das páginas, datadas de 1 de janeiro a 31 de dezembro, o autor conduz o leitor a viver 365 dias sob a direção d’Aquele que pode responder às dúvidas e tornar possível todas as coisas: Deus. Para isso, ele compartilha textos bíblicos e mensagens de reflexão, somadas a uma indicação de leitura bíblica complementar, que aumentam a experiência e, ao mesmo tempo, estimulam a autodescoberta.
Autógrafos
O estande do livro e a sessão de autógrafos será no X26 no Pavilhão Verde.
Dedicatórias do livro
01/09 – Sexta-feira às 17h00 e às 19h00.
04/09 – Segunda-feira às 17h00 e às 19h00.
05/09 – Terça-feira às 15h00.
06/09 – Quarta-feira às 17h00 e às 19h00.
Plenária com Junior Rostirola
05/09 – Terça-feira às 19h
Você estará na Bienal do Livro? Ou se interessou pelo lançamento do escritor Junior Rostirola? Conta pra gente através das redes sociais do Entretetizei – Insta, Face e Twitter – e aproveite também para nos seguir e ficar por dentro de tudo que acontece no mundo do entretenimento e dos livros.
Escritora Rosa Scarlett realiza sessão de autógrafos do livro Contos pra Libertar na Bienal do Livro Rio 2023
A 21° edição da Bienal do Rio de Janeiro está se aproximando. Na ocasião, a escritora, poeta e roteirista Rosa Scarlett, promove seu novo lançamento Contos pra libertar (2023) neste domingo 03/09, às 14 horas, no estande da Tag Tuthor Books, localizada na Rua U-20, no Pavilhão Verde.
O novo trabalho da autora reúne uma série de contos com diferentes perspectivas sobre a liberdade. Nas 18 histórias, ela percorre assuntos como racismo estrutural, machismo, relacionamentos abusivos, desigualdades socioeconômicas, mercado de trabalho, exploração de terras indígenas, entre outras discussões recorrentes no país.
A publicação utiliza textos curtos e simples, mas está repleta de narrativas profundas sobre conflitos humanos. Rosa Scarlett explicita: “A ideia do livro surgiu para que pudéssemos pensar em diferentes caminhos, ainda que nos digam sempre foi assim. Muitas coisas podem ser transformadas e redefinidas. A nossa humanidade nos permite caminhar e lutar para quebrar as amarras que nos aprisionam”.
Será que depois de morrer podia-se brincar? Ou no céu também teria que trabalhar? Ele não queria morrer, porém, com seus dez anos, ainda não conhecia muita coisa além da plantação e dos trapos no chão, onde se sentava e brincava até dormir com pedaços de madeira. A brincadeira não durava muito tempo, o cansaço sempre vencia os planos de se divertir. Ele queria brincar de ir à escola, no entanto, antes de sequer imaginar um caderno, Leleco já estava roncando no chão. Contos pra libertar, pg. 11
Na data, a escritora também promoverá o livro Belo Despertar(2020), um conjunto de poemas com a proposta de incentivar a participação ativa dos leitores. Entre as páginas, o público é convidado a escrever poemas junto com a autora.
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Das páginas para o audiovisual, recorde sucessos literários que conquistaram o público nas grandes telas
As telas do cinema e dos streamings estão movimentadas para os leitores de plantão! Foram anunciadas várias estreias audiovisuais, dentre elas: os filmes Perdida e Vermelho, Branco, Sangue Azul,e as séries Teto para Dois e Daisy Jones and Six. Quanto lançamento, hein?! Os livros best-sellers fizeram tanto sucesso que suas histórias se desdobraram dos livros e se materializaram em formato de áudio e vídeo.
Que tal relembrar outros sucessos literários que conquistaram os leitores e se tornaram dignos das grandes telas? Confira!
Extraordinário
Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil.
Sinopse do livro: O livro Extraordinário conta a história de August Pullman, que nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade… até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.
Narrado da perspectiva de Auggie e também de seus familiares e amigos, com momentos comoventes e outros descontraídos, Extraordinário consegue captar o impacto que um menino pode causar na vida e no comportamento de todos — família, amigos e comunidade — um impacto forte, comovente e, sem dúvida nenhuma, extraordinariamente positivo, que vai tocar todo tipo de leitor.
Trailer do filme:
Alice no País das Maravilhas
A única forma de chegar ao impossível é acreditar que é possível.
Sinopse do livro:Uma menina, um coelho e uma história capaz de fazer qualquer um de nós voltar a sonhar. Alice é despertada de um leve sono ao pé de uma árvore por um coelho peculiar. Uma criatura alva e falante com roupas engraçadas, que consulta seu relógio e reclama do próprio atraso. Curiosa como toda criança, Alice segue o animal até cair em um buraco sem fim que mudou para sempre a literatura infantil. Mais de 150 anos depois, Alice no País das Maravilhas continua repleto de ensinamentos para aqueles que ousaram seguir o Coelho Branco até sua toca.
Trailer do filme:
A culpa é das estrelas
Sinopse do livro: A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer — a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspiradora, corajosa, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.
Trailer do filme:
O Pequeno Princípe
Todas as pessoas grandes foram um dia crianças. Mas poucas se lembram disso.
Sinopse do livro: Livro de criança? Com certeza. Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi. Como explicar a adoção deste livro por povos tão variados, em tantos países de todos os continentes? De que jeito explicar que ele seja lido sempre por tantos milhões e milhões de pessoas? Tal como explicar a atualidade deste livro traduzido em oitenta línguas diferentes? Tal qual compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas? O pequeno príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia a dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino.
Trailer do filme:
Cadê você, Bernadete?
Quanto antes vocês aprenderem que são vocês que têm de transformar a vida interessante, melhor vai ser.
Sinopse do livro: Bernadette Fox é notável. Aos olhos de seu marido, guru tecnológico da Microsoft e rock star do mundo nerd, ela se torna mais maníaca a cada dia; para as demais mães da Galer Street, escola liberal frequentada pela elite de Seattle, ela só causa desgosto; os especialistas em design ainda a consideram uma gênia da arquitetura sustentável, e Bee, sua filha de quinze anos, acha que tem a melhor mãe do mundo. Até que Bernadette desaparece do mapa. Tudo começa quando Bee mostra seu boletim (impecável) e reivindica a prometida recompensa: uma viagem de família à Antártida. Mas Bernadette tem tal ojeriza a Seattle — e às pessoas em geral — que evita ao máximo sair de casa, e contratou uma assistente virtual na Índia para realizar suas tarefas mais básicas. Uma viagem ao extremo sul do planeta é uma perspectiva um tanto problemática.
Para encontrar sua mãe, Bee compila e-mails, documentos oficiais e correspondências secretas, buscando entender quem é essa mulher que ela acreditava conhecer tão bem e o motivo de seu desaparecimento. Maria Semple revela, em seu segundo romance, a influência de grandes escritores contemporâneos como Jonathan Franzen e Jeffrey Eugenides, ao mesmo tempo que se afirma como uma voz original, marcada pelo melhor humor das séries de TV norte-americanas. Sem sentimentalismos, mas com muita empatia, Cadê você, Bernadette? trata do amor incondicional de uma filha por sua mãe imperfeita.
Trailer do filme:
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Hoje é dia de homenagear os profissionais que tornam a literatura nacional tão bela e diversa
O Dia Nacional do Escritor é celebrado no dia 25 de julhodesde o ano de 1960. Na ocasião, ocorreu a 1° edição do Festival do Escritor Brasileiro, em parceria com a União Brasileira de Escritores (UBE) e apoio do então ministro da Educação e Cultura, Paulo Penido.
Com o principal objetivo de valorizaro trabalho dos escritores nacionais e enaltecera cultura brasileira que é viva e transversal, o Dia Nacional do Escritor é celebrado desde então.
Maria Carolina de Jesus, considerada umas das grandes personalidades de seu tempo por sua produção intelectual e participação ativa na política, certa vez disse que“O livro é a melhor invenção do homem”. Quando Maria Carolina escreveu esta frase, que está publicada no seu livro mais aclamado, Quarto de Despejo (1960), no mesmo ano em que era decretado o Dia Nacional do Escritor, ela estava correta, a melhor invenção do homem, sem sombra alguma de dúvidas, foi o livro. Um exemplo de mulher a frente de seu tempo não é mesmo?
Que tal celebrar esta data tão importante para a literatura brasileira relendo trechos de poderosas autoras clássicas?
1. Cora Coralina
Eu sou aquela mulher
a quem o tempo muito ensinou.
Ensinou a amar a vida
e não desistir da luta,
recomeçar na derrota,
renunciar a palavras
e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos
e ser otimista.
2. Cecília Meireles
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve…
3. Adélia Prado
O sonho encheu a noite
Extravasou pro meu dia
Encheu minha vida
E é dele que eu vou viver
Porque sonho não morre.
4. Hilda Hilst
Que canto há de cantar o indefinível?
O toque sem tocar, o olhar sem ver
A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.
Como te amar, sem nunca merecer?
Amar o perecível,
o nada,
o pó,
é sempre despedir-se.
5. Clarice Lispector
Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
6. Conceição Evaristo
O imaginário brasileiro, pelo racismo, não concebe reconhecer que as mulheres negras são intelectuais.
7. Maria Firmina dos Reis
Canta, poeta, a liberdade, – canta.
Que fora o mundo sem fanal tão grato…
Anjo baixado da celeste altura,
Que espanca as trevas deste mundo ingrato.
Oh! sim, poeta, liberdade, e glória
Toma por timbre, e viverás na história.
8. Lygia Fagundes Telles
A beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio tom, nessa incerteza.
9. Ana Cristina Cesar
Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei…
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos.
10. Lygia Bojunga
Os livros que eu li e amei estão sempre por perto. Não só pra, volta e meia, dar uma namorada de olho com eles, alisar um bocadinho a lombada, fazer uma festa na capa, mas também pra, de vez em quando, convidar, vamos de novo? e lá ficarmos os dois, outra vez esquecidos do mundo, nessa tal de amarração de quem escreve e de quem lê.
Você já conhecia alguma dessas autoras? Qual você acrescentaria nesta lista? Conta pra gente através das redes sociais do Entretetizei – Insta, Face e Twitter – e aproveite também para nos seguir e ficar por dentro de tudo que acontece no mundo do entretenimento e dos livros.
Representatividade além do esporte: confira a seleção literária do Clube do Entretê que une leitura e Copa do Mundo
A nona edição da Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino está se aproximando e acontece neste mês de julho em dois países-sede: Austrália e Nova Zelândia. Será a primeira vez que o campeonato mundial de futebol feminino será disputado em mais de um país. Bacana, né? Desde já mandamos toda a nossa vibração e torcida para as meninas da seleção brasileira, que vão em busca da primeira estrela!
Mas você deve estar se perguntando, qual é a relação entre o evento esportivo e a literatura, não é mesmo? Para isso, precisamos voltar ao passado. No século 18, na França e em outras partes do mundo, as mulheres encontravam inúmeras barreiras e preconceitos ao exercer atividades intelectuais, como ler, escrever e publicar livros.
Eram destinadas a viver em função do ambiente doméstico, da educação dos filhos e do casamento. Para romper com os padrões considerados corretos e ir em busca de realizar suas próprias vontades, elas escreveram e publicaram romances, críticas políticas e sociais e outros livros com pseudônimos masculinos.
Uma obra conhecida mundialmente sob esse contexto é Orgulho e Preconceito (1813), de Jane Austen.O romance de época não foi assinado em vida, e quando foi encontrado estava dividido em três partes, como acusava a primeira capa publicada:“Um romance. Em três partes. Escrito por uma dama.”
Já no Brasil,a história não foi diferente. Pelos mesmos motivos de Jane Austen e tantas outras autoras, o reconhecimento foi tardio, derivado de muito preconceito. A escritora brasileira Maria Firmina dos Reis, é considerada a primeira romancista após o período abolicionista. Com uma simples nota no jornal A Moderação, que circulava em São Luís, no Maranhão, em 1860, era anunciado o lançamento do livro Úrsula, uma obra que contempla a história brasileira e a relação entre brancos e negros, ricos e pobres, igualdades e desigualdades dos que eram considerados nobres e escravos.
Protagonismo no futebol feminino
Você sabia que a Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino começou a ser disputada apenas em 1991? Enquanto isso, a competição masculina é disputada desde 1930. Muita diferença, concordam? Ao todo, foram 61 anos de hiato, um longo período em que as mulheres ficaram longe dos gramados.
E toda essa disparidade da competição é resultado das restrições políticas, como aconteceu no período do governo ditador de Getúlio Vargas, (1937-1945), e na Ditadura Militar, (1964-1985). Nessa época, caso as mulheres jogassem bola ou praticassem qualquer outro esporte considerado inadequado para o corpo feminino, a polícia era acionada para intervir e cumprir a lei vigente.
Com muita resistência, as mulheres seguem lutando para conquistar e fazer valer os direitos garantidos na Constituição. A equidade entre homens e mulheres ainda é uma utopia. Fortalecer as relações femininas deve ser uma prática de todas nós. O Entretetizei valoriza a democratização do acesso aos livros e a leitura de livrosescritos por mulheres.
Por isso, vamos embarcar no clima da Copa do Mundo Feminina? Confira aseleção de livros que destacam a participação e o protagonismo de mulheres no esporte.
1. Gol Delas (2020)
Vamos começar a lista com um livro infantil. As meninas precisam, desde cedo, ser encorajadas a ocupar o lugar em que elas desejam estar. E é sobre esse tema o livro Gol delas.Escrito e ilustrado pela mineira Eveline Jorge, vamos conhecer duas adoráveis meninas: Maria e Júlia. Elas são completamente diferentes, mas existe algo em comum, que é a paixão pelo futebol. Juntas, as garotinhas vão marcar vários gols contra o preconceito.
2. Clube do Livro dos Homens (2021)
A comédia romântica escrita por Lyssa Kay Adams conta a história do jogador de beisebol Gavin Scott,que vive a melhor fase de sua carreira. Conhece aquele ditado que diz “Sorte no jogo, azar no amor”?E é justamente isso que acontece com ele. O esportista descobrirá que sua esposa fingia sentir prazer na cama.
Com o ego e coração partidos, ao ser aconselhado por seus colegas de time, ele decide entrar num clube literário destinado a homens. Durante as reuniões, os livros lidos e discutidos sempre são os romances, gênero literário escolhido para compreender as mulheres e, por consequência, Gavin utilizará dos aprendizados nos livros para tentar conquistar Thea de volta.
Embora a obra não tenha como assunto principal o esporte feminino, a autora, de forma muito sutil, aborda assuntos necessários, como desigualdades de gênero atreladas a atitudes machistas e patriarcais. É um livro que permite uma vasta reflexão sobre os papéis ocupados por homens e mulheres, reproduzidos nos próprios relacionamentos.
3. Mulheres Impedidas: A Proibição do Futebol Feminino na Imprensa de São Paulo (2018)
Se você gosta de história, este é o livro perfeito. A pesquisadora Giovana Capucim e Silva aborda os discursos da imprensa paulista sobre a proibição da prática de esportes durante o governo de Getúlio Vargas. Na ditadura, as mulheres foram proibidas de praticar qualquer tipo de esporte por 40 anos.
O livro de Giovana é produto da pesquisa realizada durante seu mestrado. Na obra, é possível perceber como os jornais da época silenciavam a prática do esporte feminino e os impactos da não repercussão até hoje.
4. As Esportistas: 55 Mulheres que Jogaram para Vencer (2019)
Marta (futebol), Hortência (basquete), Aída dos Santos (atleta), Simone Biles (ginasta). Sabe o que todos esses nomes têm em comum? Os nomes dessas brilhantes esportistas, brasileiras e estrangeiras, compõem o livro de Rachel Ignotofsky.Com belíssimas ilustrações e uma narrativa envolvente, a autora e ilustradora apresenta 55 nomes de atletas que, desde o século 19, são protagonistas dentro e fora do ambiente esportivo.
Se você gosta de conhecer histórias de superação, perseverança e ousadia, o livro vai se tornar um dos seus preferidos. Deixo aqui também o alerta lencinho, porque as histórias são emocionantes.
5. Mulheres do Parque São Jorge: Histórias de um Amor Alvinegro (2021)
Com a narrativa de que o futebol deve ser um espaço ocupado por todos,surge o livro da Geiza Martins. Uma narrativa envolvente que oferece ao leitor a vibração de acompanhar o time do coração e mais, reforça que a presença das mulheres no futebol é umdireito,e não obrigação, seja dentro de campo ou na arquibancada celebrando o esporte. Olugar da mulher é onde ela quiser estar.
Você já conhecia algum desses livros? Qual você acrescentaria nesta lista? Conta pra gente através das redes sociais do Entretetizei – Insta, Face e Twitter – e aproveite também para nos seguir e ficar por dentro de tudo que acontece no mundo do entretenimento e dos livros.
É Assim que Acaba e Vermelho, Branco e Sangue Azul ganham data de estreia
A última semana foi bem movimentada para os fãs de Colleen Hoover e Casey McQuiston. Asobras literárias que ganharam adaptação para o audiovisual tiveram as datas de estreias confirmadas pelas produtoras. Confira abaixo os detalhes de cada uma delas.
É Assim que Acaba
Anotem no calendário: É Assim Que Acaba estreia nos cinemas em 9 de fevereiro de 2024. A data foi divulgada pela Sony Pictures, produtora do longa-metragem.
O romance mais pessoal escrito por Hoover, conta a história de Lily Bloom,interpretada por Blake Lively,uma jovem que se mudou de uma cidadezinha do Maine para Boston, se formou em marketing e abriu a própria floricultura. E é em um dos terraços de Boston que ela conhece Ryle Kincaid,que será interpretado por Justin Baldoni,um neurocirurgião confiante, teimoso e talvez até um pouco arrogante, com uma grande aversão a relacionamentos, mas que se sente muito atraído por ela.
Durante a convivência, Lily se vê no meio de um relacionamento turbulento que não é o que ela esperava. Mas será que ela conseguirá enxergar isso, por mais doloroso que seja?
O livro aborda a complexidade das relações tóxicas e o misto de sentimentos entre amor e abuso. E aí, já estão ansiosos para assistir esse romance emocionante nas telas?
Vermelho, Branco e Sangue Azul
Veio aí! OPrime Video divulgou a data do romance LGBTQIAPN+ disponível no streaminga partir do dia 11 de agosto.
O anúncio veio acompanhado do trailer oficial. Assista aqui:
Quando sua mãe foi eleita presidenta dos Estados Unidos, Alex Claremont-Diaz (Taylor Perez) se tornou o novo queridinho da mídia norte-americana. Bonito, carismático e com personalidade forte, Alex tem tudo para seguir os passos de seus pais e conquistar uma carreira na política, como tanto deseja.
Mas quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, Alex tem que encarar o seu primeiro desafio diplomático: lidar com Henry (Nicholas Galitzine), irmão mais novo de Philip, o príncipe mais adorado do mundo, com quem ele é constantemente comparado ― e que ele não suporta.
O encontro entre os dois sai pior do que o esperado, e no dia seguinte todos os jornais do mundo estampam fotos de Alex e Henry caídos em cima do bolo real, insinuando uma briga séria entre os dois. Para evitar um desastre diplomático, eles passam um fim de semana fingindo serem melhores amigos e não demora para que essa relação evolua para algo que nenhum dos dois poderia imaginar ― e que não tem nenhuma chance de dar certo. Ou tem?
Qual das adaptações literárias você está com mais vontade de assistir? Conta pra gente através das redes sociais do Entretetizei – Insta, Face e Twitter – e aproveite também para nos seguir e ficar por dentro de tudo que acontece no mundo do entretenimento e dos livros.
Assista dramas coreanos, os famosos K-dramas, com pano de fundo literário para se encantar
[Contém spoiler]
Você já reparou quantos dramas coreanos você já assistiu que têm plot twistsrelacionados a leitura, livros, escritores e afins? Sabia que é muito comum encontrar, nos streamingsem geral, conteúdos asiáticos sobre essa temática?
Uma curiosidade sobre a cultura sul-coreana é que o índice de desempenho em educação e, consequentemente, na leitura, é bem alto, assim como em outras áreas como matemática e ciências. Demais, né?
Então que tal unir o útil ao agradável? O Clube do Entretê fez uma seleção de K-dramas para você que é apaixonada por livros. Nas indicações, você pode conferir desde o processo editorial até a parte em que os livros chegam às livrarias.
Confira!
1. Romance Is a Bonus Book (2019)
O dramaRomance Is a Bonus Book, retrata a história de Kang Dan-i (Lee Na-young), publicitária que tenta retornar para o mercado de trabalho após um afastamento de dez anos, tempo que dedicou aos cuidados de sua filha e ao casamento.
Com o fim de seu relacionamento e passando dificuldades para encontrar trabalho em sua área de formação, ela se candidata a uma vaga de nível médio para a equipe de trabalho de uma editora, cujo editor-chefe é Cha Eun-ho (Lee Jong-suk), um amigo de longa data.
No decorrer dos episódios, é possível acompanhar como é o ambiente de trabalho de uma editora, reuniões, idas à gráficas, e o processo editorial dos livros que serão publicados, além de lançamentos. A trama faz uma crítica interessante sobre critérios que levam um livro a ser vendido, e o impacto dos livros na vida de um leitor.
2. Fiel ao Amor (2023)
Yeon Bo-ra (Yoo In-na), é uma escritora best-seller e coachde relacionamentos. No auge de sua carreira, Deborah, nome artístico que adotou, sofre uma terrível decepção amorosa. Após chegar ao fundo do poço (literalmente), ela decide assinar contrato com uma editora porque precisava de dinheiro para continuar sua vida.
Protagonista juntamente com Yoo In-na, Lee Soo-hyuk (Yoon Hyun Min) interpreta o planejador editorial da livraria que Deborah assinou contrato. Ele, também no início da trama, sofre uma decepção amorosa. Em alguns momentos, demonstra não se importar com os sentimentos da colega, em outros, é um verdadeiro romântico.
Lee Soo Hyeok e Deborah vão se aproximar por motivos profissionais. Mas, no decorrer do drama, vão aprender a lidar com seus sentimentos. A cura de Deborah será escrever seu livro, enquanto a de Lee Soo-hyuk virá da convivência com a escritora e com a finalização da autobiografia de Deborah, que escreve enquanto supera o fim de um relacionamento. Juntos, eles vão superar suas dores e construir um relacionamento cativante de acompanhar!
3. Irei Quando o Tempo Estiver Bom(2020)
Um trabalho que consiste em tomar café, ler livros e escrever em seu blog. Esta é a vida tranquila de Eun-seob (Seo Kang-joon) proprietário de uma livraria sem clientes em uma província afastada de Seul. Sua renda é majoritariamente das vendas on-line.
A vida de Eun-seob muda completamente quando Hae-won (Park Min-young), professora de violoncelo, decide deixar a vida agitada da capital e voltar a morar na cidade onde cresceu, com a avó e a tia.
A história se desenvolve na livraria Boa Noite, local de encontro em que algumas pessoas da comunidade se reúnem para compartilhar histórias, leituras e amor pelos livros.
Além de acompanhar como o relacionamento de Hae-won e Eun-seob vai se desenvolver, um outro ponto alto da história é a tia dela, uma mulher solitária que já vendeu muitos livros e se isolou de tudo e todos após traumas que envolvem tanto sua vida quanto a de sua sobrinha.
Ao final da história, ela decide enfrentar seu passado e transformar os dias frios que viveu sozinha em um livro, que a ajuda a superar os traumas mais profundos de sua vida.
4. Tudo Bem Não Ser Normal (2020)
Tudo Bem Não Ser Normal reúne a história de dois irmãos, Moon Gang-tae (Kim Soo-hyun), que trabalha em um hospital psiquiátrico, e Moon Sang-tae (Oh Jung-se). Gang-tae ficou responsável por cuidar de seu irmão mais velho, que é autista, após o assassinato da mãe.
Sempre que está próximo da primavera chegar, eles mudam de casa, por conta do trauma que Sang-tae desenvolveu após a morte de sua mãe. Ao mudar de cidade, a história dos irmãos vai se reencontrar com a badalada escritora de livros infantis Ko Moon-young (Seo Ye-ji).
Ko Moon-young é uma personagem bem intensa em suas relações e possui transtorno de personalidade. A escritora antissocial acaba conhecendo Moon Sang-tae e seu irmão em um evento de lançamento. Enquanto ele fica admirado por conhecer sua autora preferida, a escritora se apaixona por Moon Gang-tae.
Por mais que o drama envolva assuntos complexos como a saúde mental, que é a proposta principal, é possível observar como os livros estão presentes no decorrer dos episódios e na vida de Sang-tae, que, ao final, se torna ilustrador dos livros da autora.
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Livros e música: a sintonia perfeita! Confira a playlist, ou melhor, livros com bandas e cantores para se apaixonar
A música faz parte da vida de muita gente. Não importa o estilo, banda e tom. O bom mesmo é se jogar na melodia que faz seu coração saltar, e o seu corpo dançar.
O Clube do Entretê é movido pela música. A gente ama ir em shows, cantar no chuveiro e ouvir música enquanto lê.
Quando o enredo dos livros é sobre música, o match é perfeito! Pensando nisso, reunimos livros cujas histórias são sobre músicas. Abra espaço na estante, porque essas indicações vão te fazer querer ler e ouvir uma boa música. Confira!
1. Amor, Mentiras e Rock & Roll
Amor, Mentiras e Rock & Roll foi escrito por David Yoon, traduzido por Lígia Azevedo e publicado pela Editora Seguinte em outubro de 2021.
O livro narra a história entre Sunny e Cirrus Soh, a garota mais popular que ele havia conhecido. Para conquistá-la, Sunny mente sobre ter uma banda de rock. Será que a ligação deles é forte o suficiente para superar juntos uma mentira que começou quando se conheceram?
2. A Playlist de Hayden
A Playlist de Hayden foi o primeiro livro escrito por Michelle Falkoff,publicado em 2015 pela editora Novo Conceito. A autora também é Diretora de Comunicação e Lógica Jurídica da Northwestern University School of Law.
O livro é daquelas histórias que te fazem refletir sobre os ciclos de um adolescente que está em processo de amadurecimento. Sam é um garoto que tem uma série de questionamentos sobre o assunto morte. Após perder Hayden, seu melhor amigo, ele precisa lidar com a culpa, a solidão e desvendar o mistério em torno de sua morte.
Durante o processo, Sam começa a escutar a playlist deixada por Hayden. Enquanto ouve as músicas, o rapaz vai refletir sobre o passado e desvendar os mistérios que levaram até o suicídio de seu amigo. Questões como bullying, perda e inteligência emocional são abordadas pela autora de uma forma muito delicada e necessária.
3. Pequenas Coisas
Vamos à leitura nacional? Pequenas Coisas, escrito por Michele Contel e publicado em 2020, é daquelas leituras que a gente morre de vontade de colocar num potinho.
Sinopse: Steve Williams é o baixista de uma banda famosa em Londres, a Rev9. Apesar de ser um jovem adulto bem-sucedido, ele ainda mora com sua mãe, uma viúva de personalidade forte. Certo dia, sua mãe avisa que sua afilhada, Emma, passará uma temporada na casa deles – e Steve entra em pânico, já que nunca se deu bem com a garota que destruía todos os seus brinquedos na infância.
Pequenas Coisas é uma história com muitos clichês que vai te embalar do começo ao fim.
4. Quando Estamos a Sós
Publicado em 2022 de forma independente, Quando Estamos a Sós é o livro do escritor Amarildo Augusto, que narra a história de um carioca, filho de político influente, que se candidata a governador.
Sinopse: Para Santiago Guerra, a música é a única coisa que nunca o abandonou. Tendo crescido como filho de um dos maiores políticos do Rio de Janeiro, ele sabe como é viver cercado de câmeras e ainda se sentir sozinho, não ser o bastante, e o filho perfeito ou o queridinho do povo, mas quando ele está com uma guitarra nas mãos e tocando com sua banda, as coisas mudam.
No ano de eleição, a vida de Santiago se divide em três: na casa, tendo que lidar com o pai e sua candidatura a governador; no estúdio, preparando seu primeiro álbum com seus melhores amigos e companheiros de banda; e com Hugo, a pessoa que o faz questionar quem ele é quando não tem ninguém o assistindo.
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