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Bienal do Livro Rio: programação híbrida terá curadoria coletiva este ano

Bienal do Livro Rio acontece em dezembro, com o propósito de virar a página de um período conturbado para o setor de eventos no país

O maior festival de cultura e literatura do Brasil acontece entre os dias 3 e 12 de dezembro, no Riocentro, na Barra da Tijuca, de forma híbrida. Em sua 20ª edição, o mesmo ambiente plural e democrático estará rigorosamente adaptado aos tempos atuais, seguindo todos os protocolos sanitários necessários para um evento seguro, prezando pelo bem-estar de todos.

A grande novidade é a criação de um coletivo curador, responsável por desenhar uma programação comprometida com a diversidade, e voltada para todos os públicos. Integram este grupo a cineasta, produtora e diretora Rosane Svartman; a escritora e cineasta Letícia Pires; a escritora, jornalista e atriz Bianca Ramoneda; e o jornalista Edu Carvalho

Além deles, também estão a escritora, jornalista e apresentadora Ana Paula Lisboa; o ator, roteirista, dramaturgo e escritor Felipe Cabral; a escritora e diretora Claudia Sardinha; o escritor e diretor Julio Ludemir; a jornalista Fátima Sá; a pesquisadora e consultora artística Raphaela Leite; e a escritora, roteirista e jornalista Eliana Alves Cruz.

A Bienal quer valorizar o poder transformador da escuta e traz uma provocação: “Que histórias a gente precisa contar agora?”. Para apoiar na construção dessas novas narrativas, o festival lança nesta edição a Estação Plural, espaço que vai reunir autores, artistas e formadores de opinião que transitam no ecossistema literário – literatura, poesia, narrativa, atualidades, cultura pop, diversidade, ficção e não-ficção –, para debater com o público as diferentes perspectivas sobre “quem éramos, quem somos, e o que vamos ser daqui para frente neste novo horizonte que nos aguarda”. Todos esses painéis serão transmitidos ao vivo no site da Bienal.

Com metade do espaço de área livre, o evento vai seguir todos os protocolos definidos pelas autoridades competentes:

  1. Para o acesso à Bienal, será necessária a apresentação do comprovante de vacinação para os maiores de 12 anos;
  2. As vendas dos ingressos serão exclusivamente online;
  3. Distanciamento obrigatório entre os visitantes: as ‘avenidas’ ficaram mais largas e foi ampliado o espaçamento entre os estandes;
  4. O uso de máscaras é obrigatório;
  5. Totens com álcool em gel estarão disponíveis em todo o espaço;
  6. A Bienal receberá 50% da sua capacidade em dez dias, e o público será dividido em turnos, com limite de vendas de ingressos por período.

Para o presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), Marcos da Veiga Pereira, o evento marcará um novo momento para o mercado editorial. 

Todas as sessões serão transmitidas pela plataforma Bienal 360°, um hub de conteúdo diário hospedado no site do evento, que traz informações multimídia sobre cultura, sociedade, atualidades e mercado literário. Lançada em janeiro de 2021, a plataforma era um sonho para ampliar o alcance do conhecimento gerado na Bienal, que passa a estar presente, de forma constante na vida do público interessado em obras e narrativas, entrevistas, encontros e debates com autores, indicações e análises de livros, filmes e séries que se conectam com o universo da literatura.

Além disso, em parceria com o Submarino, e-commerce oficial da plataforma, é possível comprar livros e encontrar os grandes lançamentos do mercado. Este novo formato surgiu com o Canal Bienal, permitindo que o público pudesse assistir na íntegra todos os painéis da última edição do evento, em 2019. A Bienal também promoveu o Festival Conexões, cujo conteúdo se encontra disponível na plataforma. A partir deste ano , todas as próximas edições seguirão neste modelo, online e offline.

Leia também: Dia da Escrita: 5 escritoras brasileiras que você precisa conhecer

Agora conta se você também não vê a hora de poder participar de todos esses eventos culturais de novo. Queremos saber sobre isso lá nas nossas redes sociais:  Twitter, Insta e Face.

*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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Intrínseca: Adam Silveira publica Os Dois Morrem no Final

Coautor de E se Fosse a Gente? chega na editora com livro solo

A editora Intrínseca publicará Adam Silveira no Brasil, mas dessa vez ele chega com um livro solo. Sua última publicação foi uma coautoria do romance E se Fosse a Gente?, junto de Becky Albertalli, autora de Simon vs. a agenda Homo Sapiens – que virou o filme Com Amor, Simon.

Nesse livro, o autor nos presenteia com a emocionante história de Mateo Torrez e Rufus Emeterio, dois jovens que dividem suas últimas horas de vida e, juntos, constroem experiências inesquecíveis.

No dia 5 de setembro, pouco depois da meia-noite, os dois recebem uma ligação da Central da Morte. A notícia é devastadora: eles vão morrer naquele mesmo dia. O que fazer quando se tem apenas algumas horas de vida? Mateo e Rufus decidem aproveitar cada minuto.

Eles não se conhecem, mas, por motivos diferentes, estão à procura de um amigo com quem compartilhar os últimos momentos, uma conexão verdadeira que ajude a diminuir um pouco a angústia e a solidão que sentem. Por sorte, existe um aplicativo para isso, e é graças a ele que Rufus e Mateo vão se encontrar para uma última grande aventura: viver uma vida inteira em um único dia.

Sucesso de pré-venda no Brasil, Os dois morrem no final retornou às listas de mais vendidos internacionais e se tornou o livro jovem adulto mais vendido de 2021 nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Austrália. Com seu olhar único, Adam Silvera nos relembra o significado de estar vivo e que cada segundo tem sua importância. Afinal, mesmo que não haja vida sem morte, nem amor sem perda, tudo pode mudar em 24 horas.

São 416 páginas que prometem muito. Então conta para a gente – nas nossas redes sociais: Twitter, Insta e Face – se você também quer saber o que Mateo e Rufus vão fazer nas suas últimas horas de vida.

*Crédito da foto de destaque: Divulgação/Intrínseca

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Podcast: Maria Bethânia vai estrear podcast sobre literatura

Com estreia prevista para dia 4 de novembro, o podcast Tabuleiro será apresentado por Maria Bethânia

A cantora Maria Bethânia é um marco da cultura do nosso país, e para complementar seu histórico como a artista completa que é, agora ela empresta a voz ao podcast Tabuleiro.

Com estreia no dia 4 de novembro, o programa Tabuleiro terá um total de 6 episódios semanais e disponíveis pela rádio Batuta. Com hospedagem no Instituto Moreira Salles, os episódios serão gratuitos e terá dedicatórias especiais para Carlos Drummond de Andrade e Chico Buarque.

No primeiro episódio o tema central será Clarice Lispector, e Maria Bethânia fará leituras de trechos e contos da autora.

Também esperamos que venha abordagem da literatura portuguesa, citações de músicas e, quem sabe, críticas sociais e políticas por meio das obras abordadas. Afinal, quem não lembra de Maria Bethânia pedindo vacina?

Leia também: 7 podcasts descontraídos para tornar o seu dia mais leve

E você? É fã de Maria Bethânia e está contando os dias para ouvir esse projeto? Nos conta lá nas nossas redes sociais: Twitter, Insta e Face.

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Cultura Latina Entretenimento Música

Amazon Music lança minidocumentário sobre nova MPB

Anavitória, Liniker e Duda Beat estrelam documentário do Amazon Music sobre a nova MPB

Foto: Divulgação/Amazon Music

Minidocumentário Frescor MPB – O que está acontecendo?, disponível a partir de hoje, 4 de outubro, no aplicativo e no canal do YouTube do Amazon Music é a aposta principal da plataforma para o mês de outubro.

Com a ideia de promover os novos nomes da música brasileira e homenagear estrelas consagradas, o Amazon Music explora a nova geração de artistas da MPB. Com o argumento inicial assinado pelo cantor e compositor Rubel – ele mesmo é um representante da geração de artistas que está renovando o gênero -, a produção também traz depoimentos de Anavitória, Duda Beat, Cícero, 5 a seco, Tó Brandileone, Liniker, entre outros. 

Rubel participou de todo o processo criativo do filme junto com Amazon Music e os diretores Fernando Neumayer e Luís Martino. Ele também acompanhou as entrevistas de seus amigos da música.

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A ideia é mostrar como o gênero musical mais brasileiro de todos não ficou preso à obra de grandes nomes do passado, mas renovou-se e segue em processo de desenvolvimento. O trabalho de artistas que buscam cada vez mais sua própria identidade abraça outros gêneros, como o pop, o rap e a black music.

“Eu vejo pelo lado mais emotivo, é música para o meu povo. O estilo musical não importa. Se amanhã eu vou fazer rap, axé ou funk, tanto faz. É tudo música popular brasileira, música para as pessoas“, afirma o cantor e compositor carioca Cícero.

Foto: Divulgação/Amazon Music

“Eu acho que esse é o futuro da música: a gente não se rotular em um nicho ou em uma caixa. A gente faz música popular brasileira, e isso é lindo demais. É rico, inspirador”, afirma Duda Beat em entrevista para o filme.

No perfil do Instagram do Amazon Music é possível assistir a alguns momentos do making of, como cenas engraçadas que aconteceram durante as filmagens.

Foto: Divulgação/Amazon Music

Ainda com o objetivo de celebrar a MPB, o Amazon Music presta homenagens a um dos mais importantes músicos do Brasil: Milton Nascimento. Um EP original – o primeiro do serviço de streaming no Brasil – com versões para quatro de seus maiores sucessos interpretadas por jovens artistas poderá ser conferido a partir de 19 de outubro no aplicativo do serviço de streaming. São elas: Maria Maria, por Vitor Kley; Nada Será como Antes, por Céu; Cais, por Luedji Luna; e Travessia, por Bryan Behr.

Todas as músicas do EP têm videoclipes – que também estão disponíveis no aplicativo do Amazon Music. No perfil do Instagram do serviço de streaming será possível conferir os bastidores das gravações.

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Milton Nascimento também é destaque no podcast [RE] Discover deste mês. O programa traça a trajetória do artista, além de contextualizar o gênero MPB no Brasil. Apresentado por Gabriel Leone, o episódio estará disponível no dia 26 no aplicativo do Amazon Music, no YouTube e nos aparelhos Echo.

[Re] Discover é uma iniciativa de programação global para apoiar catálogos de artistas de todos os gêneros musicais para defender, celebrar e perpetuar uma das experiências mais emocionantes e gratificantes no ambiente de streaming – a descoberta ou redescoberta de boa música. No Brasil, o projeto inclui o lançamento de um episódio mensal do podcast [Re] Discover, bem como novas playlists mensais, homenageando os diferentes ritmos do país.

Novas playlists podem ser encontradas no serviço de streaming, como Frescor MPB e Nação MPB. Além de nomes de peso do cenário musical brasileiro, como Milton Nascimento, Elis Regina, Chico Buarque, Jorge Ben Jor, Tim Maia , Wilson Simonal, Elza Soares, Caetano Veloso, Ney Matogrosso e Gilberto Gil. Todos os conteúdos estão disponíveis no aplicativo Amazon Music e dispositivos web e Echo.

Se interessou pelo minidocumentário? Acesse o Amazon Music e acompanhe o Entretetizei nas redes sociais – Twitter, Insta e Face – para mais notícias sobre o mundo do entretenimento.

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Lacey Chabert: 5 filmes para assistir, se apaixonar e suspirar muito

30 de setembro é aniversário de Lacey Chabert e para a data não passar em branco, reunimos 5 filmes imperdíveis da atriz

A fama de Lacey Chabert veio em grande escala pelo filme Meninas Malvadas e depois disso todo mundo teve a sensação de que ela sumiu. Mas foi só sensação mesmo.

Rainha de comédias românticas clichês, permanentemente presa nas quartas-feiras com seus looks rosas e com aquele jeitinho que convenceu todo mundo de que a Gretchen era mais do que uma bajuladora qualquer, Lacey Chabert tem muito filme fofo para assistir antes de dormir e reviver os clichês das nossas adolescências.

Meninas Malvadas

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Claro que a gente ia começar por Meninas Malvadas, que é basicamente o único filme que a gente quase acredita que Lacey Chabert é do mal.

Dispensando sinopses, Lacey interpreta uma patricinha seguidora da grande vilã, e ela se destaca nesse papel com crises de ansiedade por abandono e muita fofura irada.

Essa foi uma das suas maiores apostas na sua carreira e é o papel mais óbvio em que pensamos nela, mas nem aqui ela convence ser do mal. No fim, a gente só quer ter uma amiga tão leal e desligada quanto a Gretchen.

Amor, Romance e Chocolate

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Protagonista clichê fofinha, com medo de arriscar e completamente viciada por chocolates e pela cultura Belga, Emma se vê em um tour romântico pelo país do chocolate e descobre mais sobre o lugar em que seus avós se apaixonaram.

Depois de ser dispensada pelo namorado bem perto do dia dos namorados, ir para a Bélgica faz Emma descobrir sua verdadeira vocação profissional e ainda lhe rende uma paixão inesperada por um chocolateiro local.

O filme todo é muito meigo, com uma narrativa leve e paisagens lindas. Isso sem contar os chocolates que nos fazem salivar!

Minhas Adoráveis Ex-Namoradas

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Com um elenco de peso, Minhas Adoráveis Ex-Namoradas é um clássico das comédias românticas, e mesmo que o protagonismo dessa vez não seja dela, Lacey entrega tudo que tem como uma noiva nervosa, ansiosa e controladora.

Sandra é a futura cunhada do garanhão Connor (Matthew McConaughey), e a verdade é que sem ela e o irmão do protagonista, não haveria os fantasmas das ex de Connor para atormentar a sua noite e quase destruir o casamento.

Apesar da histeria pelo grande dia, Lacey apresenta uma Sandra que se permite ouvir e ser gentil, além de adorar dar uma de santa casamenteira.

Amor no Safari

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Kira é uma protagonista previsível e segura, pronta para um noivado com o homem mais careta e prático do mundo, até receber uma carta do advogado responsável pelo testamento de seu tio-avô.

Obrigada a ir até o continente Africano para a leitura do testamento, Kira aprende muito sobre a cultura local e preservação. Mas o foco fica no romance água com açúcar, que apesar de parecer bobinho, tira suspiros e nos faz amar o casal principal.

As paisagens selvagens, os animais livres e a cultura colorida, nos fazem querer estar no lugar de Kira, e é impossível não amar o romance todo.

Orgulho, Preconceito e Azevinho

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Se você já cansou de ver Lacey Chabert usando rosa em seus filmes (e ela usa muito mesmo), Orgulho, Preconceito e Azevinho é a pedida perfeita.

Com um romance fofo de natal, que se inspira no livro Orgulho e Preconceito (Jane Austen), esse filme tira suspiros e nos faz amar todas as possibilidades de fofura que o casal principal tem.

Com a trama do livro invertida, é Darcy quem é a rica do casal e Luke (uma versão masculina de Elizabeth Bennet), o pobre que está tentando criar seu próprio caminho. A feira anual de natal com o bazar beneficente junta os dois ex-colegas de escola e combatentes do clube de debate. É tanta fofura que a gente começa a suspirar logo no começo do filme!

Agora fala para a gente qual seu clichê preferido com a Lacey Chabert. Vamos adorar saber sobre isso lá nas nossas redes sociais:  Twitter, Insta e Face.

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Intrínseca: lançamentos de outubro para todos os gostos literários

Editora Intrínseca aumenta o catálogo com lançamentos de todos os gêneros e para todos os públicos

Os novos títulos da editora Intrínseca são uma coleção de obras de ficção e não ficção que merecem a sua atenção e que podem agradar a todos os públicos.

4 de Outubro: Os Dois Morrem no Final, de Adam Silveira

Foto: Divulgação/Intrínseca

No dia 5 de setembro, pouco depois da meia-noite, Mateo Torrez e Rufus Emeterio recebem uma ligação da Central da Morte. A notícia é devastadora: eles vão morrer naquele mesmo dia.

Os dois não se conhecem, mas, por motivos diferentes, estão à procura de um amigo com quem compartilhar os últimos momentos, uma conexão verdadeira que ajude a diminuir um pouco a angústia e a solidão que sentem. Por sorte, existe um aplicativo para isso, e é graças a ele que Rufus e Mateo vão se encontrar para uma última grande aventura: viver uma vida inteira em um único dia. Uma história sensível e emocionante, Os Dois Morrem no Final nos lembra o que significa estar vivo. Com seu olhar único, Adam Silvera mostra que cada segundo importa e, mesmo que não haja vida sem morte, nem amor sem perda, tudo pode mudar em 24 horas.

6 de Outrubro: Tem Alguém na Sua Casa, de Stephanie Perkins

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A cidadezinha de Osborne, no interior do Nebraska, amanhece com duas notícias igualmente chocantes: a primeira é que Ollie Larsson, “garoto-problema” da escola, pintou o cabelo de rosa. A outra? O assassinato brutal da jovem Haley Whitehall.

Logo fica evidente que a morte dela não será a última, porque um assassino está à solta, e ninguém está a salvo. Makani Young sabe bem disso. Morando há quase um ano com a avó, a jovem está se adaptando ao novo lar, mas ainda é atormentada por seu passado no Havaí. E, conforme os alunos de sua escola começam a ser assassinados de forma cada vez mais perturbadora, ela se dá conta de que sua hora talvez esteja mais próxima do que imagina. Sem escapatória, Makani se lança em uma busca arriscada e alucinante pelo autor dos crimes, enquanto é forçada a encarar sentimentos inesperados e seus segredos mais sombrios. Unindo romance e mortes sangrentas em uma trama ágil, ácida e repleta de reviravoltas, Tem Alguém na Sua Casa é uma homenagem a filmes como Pânico e Eu sei o que vocês fizeram no verão passado e deu origem ao aguardado filme da Netflix de mesmo nome.

18 de Outubro: História de uma vacina, de Sue Ann Costa Clemens

Foto: Divulgação/Intrínseca

Médica, professora e pesquisadora brasileira, Sue Ann Costa Clemens foi responsável por coordenar os estudos para os testes da vacina Oxford/AstraZeneca nos cinco centros de testagem do imunizante instalados em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Brasília e Santa Maria.

O empreendimento fez do Brasil peça fundamental para a comprovação da eficácia da vacina, o que possibilitou a agilidade nas aprovações de uso ao redor do mundo e abriu portas para garantir a oferta de doses para o país. Em História de uma vacina, a autora, docente de Oxford e criadora do primeiro mestrado em vacinologia do mundo, conta a trajetória do estudo brasileiro desde as primeiras conversas com a universidade até a chegada dos primeiros lotes de vacina aplicados no país e fala dos desafios de realizar em tempo recorde um estudo clínico desta dimensão sob o escrutínio da mídia, dos governos e da opinião pública. Dificuldades técnicas, falta de vacinas, entraves burocráticos e políticos dividem as páginas com as vitórias da pesquisa e a superação diária de um time de profissionais formado sobretudo por mulheres. Para além dos holofotes que a pandemia de Covid-19 jogou sobre o tema, História de uma vacina é um relato sobre o real valor da pesquisa científica, a dificuldade de empreendê-la e sobre o quanto é possível evoluir quando ciência e investimento se aliam na mesma direção. 

11 de Outubro: O Último Duelo, de Erik Jagger

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O livro que deu origem à superprodução dirigida por Ridley Scott conta a eletrizante história do último duelo autorizado pelo Parlamento de Paris, no século XIV, em plena Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra. Jean de Carrouges, um cavaleiro normando, volta para casa e se depara com mais uma ameaça mortal. 

Sua esposa, Marguerite, acusa o escudeiro Jacques Le Gris — um velho amigo e companheiro de corte do cavaleiro — de estupro. Após Carrouges fazer um apelo formal, o tribunal então decreta um julgamento por combate, o que também coloca o destino de Marguerite à prova. Se seu marido perder, ela será sentenciada à morte por falso testemunho. Enquanto a França vive um caos causado por pragas, invasões e guerras religiosas, Carrouges e Le Gris se encontram equipados com suas armaduras em um monastério parisiense. O que se segue é uma luta feroz com lanças, espadas e adagas — diante de uma multidão que incluía o próprio rei Carlos VI — que termina com a morte de um dos combatentes. Baseado em ampla pesquisa realizada na Normandia e em Paris, O último duelo é o retrato vívido de uma era turbulenta e de três personagens inesquecíveis presos em um triângulo fatal. Com uma narrativa envolvente sobre um drama real e um delito terrível, o livro de Jager apresenta temas que ainda ecoam com força. 

13 de Outubro: A Outra Garota Negra, de Zakiya Dalila Harris

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Nella Rogers está cansada de ser a única funcionária negra da editora Wagner Books. Quando já não aguenta mais se sentir deslocada e lidar com as micro agressões no ambiente de trabalho, o destino parece enfim presenteá-la com uma aliada: outra garota negra, Hazel, passa a trabalhar na baia ao lado da sua.

Porém, à medida que Hazel se destaca e ganha influência no escritório, Nella vai se sentindo deixada de lado. É então que bilhetes misteriosos começam a aparecer em sua mesa, com um aviso: SAIA DA WAGNER. AGORA. Sem saber quem está por trás das mensagens hostis, Nella entra em uma espiral de obsessão e paranoia. E, conforme outras situações desconfortáveis passam a dominar seus dias, a jovem vê sua rotina se tornar um pesadelo e percebe que pode haver muito mais em jogo do que apenas sua carreira. Com uma narrativa inteligente e fora do comum, Zakiya Dalila Harris apresenta em A outra garota negra uma crítica social necessária e um thriller capaz de envolver os leitores em uma onda de expectativa até o fim.

15 de Outubro: A Democracia na Armadilha, de Míriam Leitão

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Ao longo de sua trajetória política, Jair Bolsonaro vem colecionando episódios de desprezo aos valores democráticos, como o elogio à tortura durante a votação no Congresso Nacional do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Eleito ao posto mais alto da República, seu uso político das Forças Armadas, a constante divulgação de mentiras, a demolição do projeto de preservação ambiental e de proteção aos povos indígenas, a sistemática intimidação às instituições, além do descaso com as medidas de controle da pandemia de covid-19 e suas vítimas, dão o tom de seu governo. São esses os temas recorrentes pontuando o grave cenário de ameaças à democracia no Brasil e que estão presentes nesta seleção de colunas escritas entre abril de 2016 e julho de 2021 pela premiada jornalista Míriam Leitão. Além de um alerta, este livro é como um álbum que mostra a que ponto o país pode chegar quando um inimigo da democracia se instala no coração do poder. Em enredos como esse, espera-se que a democracia não morra no final.

18 de Outubro: O Exorcismo da Minha Melhor Amiga, de Grady Hendrix

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Outono de 1988. As melhores amigas Abby e Gretchen estudam em uma prestigiosa escola católica, mas são meninas populares que idolatram Madonna e odeiam os pais. Quando elas experimentam alucinógenos, Gretchen decide nadar nua no riacho, mas acaba desaparecendo a noite inteira e volta… estranha.

Está carrancuda, irritadiça, cheia de espinhas e cicatrizes e usa sempre as mesmas roupas largas e feias. Não demora muito para eventos bizarros e sangrentos começarem a acontecer por onde ela passa. Preocupada com a amiga, Abby decide investigar o que aconteceu naquela noite. Suas descobertas são aterrorizantes, e tudo indica que Abby não vai escapar ilesa se não se afastar de Gretchen. Agora, o destino das duas depende de uma única pergunta: a amizade delas é forte o bastante para derrotar o diabo? Em uma trama eletrizante, sensível, demoníaca e com uma trilha sonora memorável, Hendrix explora as dinâmicas sociais de Charleston nos anos 1980 – tão assustadoras quanto o próprio diabo – e constrói um testemunho emocionante sobre o poder da amizade. Um filme inspirado na obra está em produção, dirigido por Damon Thomas (Killing Eve e Penny Dreadful) e distribuído pela Amazon Studios.

26 de Outubro: Contra o Feminismo Branco, de Rafia Zakaria

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Desde sua origem, o feminismo se baseou na experiência de mulheres brancas de classe média e alta, que há muito se auto proclamaram as especialistas no assunto. São elas que escrevem, dão palestras e entrevistas.

Ao mesmo tempo, para manter seus privilégios, demarcam a branquitude do movimento ao sobrepor suas falas às das mulheres de pele negra e marrom. No entanto, o diálogo só será possível quando todas as mulheres estiverem em patamares iguais, e é partindo do princípio de igualdade na diversidade que Rafia Zakaria, muçulmana, advogada e filósofa política defende uma reconstrução do feminismo. Contra o feminismo branco é um contra manifesto que insere as experiências de mulheres de cor no centro do debate. De forma direta e impactante, a autora questiona desde pensadoras como Simone de Beauvoir a produtos culturais como Sex and the City. O resultado é uma obra crítica à adesão do feminismo branco ao patriarcado, à lógica colonial e à supremacia branca. Ao seguir a tradição de suas antepassadas feministas interseccionais Kimberlé Crenshaw, Adrienne Rich e Audre Lorde, Zakaria refuta a indiferença política e racial do feminismo branco em uma crítica contundente, na qual coloca o pensamento feminista negro e marrom na vanguarda.

27 de Outubro: No País dos Contrastes, de Edmar Bacha

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Sócio-fundador e diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças  é um dos responsáveis pela implantação do Plano Real, Edmar Lisboa Bacha alia duas vocações: as ciências econômicas e as letras.

Na esteira desta combinação bem-sucedida, surge o livro de memórias No país dos contrastes — uma reconstrução da trajetória de um dos mais importantes intelectuais do país. Com sua análise aguçada, a escrita versátil e a distância crítica que só o tempo é capaz de permitir, o autor se recorda das origens na terra natal, Lambari, em Minas Gerais; resgata, em crônicas diligentes, os anos de formação em Yale; e culmina na narrativa de bastidores da criação dos Planos Cruzado e Real pela perspectiva de quem viveu intensamente a frustração do primeiro e foi peça fundamental no sucesso do segundo. Nas menções à vasta produção acadêmica, bem como nos episódios revisitados dos anos de serviço público — da presidência do IBGE, na década de 1980, até a presidência do BNDES, nos anos 1990 — enxergamos o zelo com o qual Bacha aplica a teoria econômica para entender processos que nos desafiam como sociedade. Não são muitas as pessoas cuja trajetória revista tem o peso de ajudar a explicar importantes realizações de uma nação. Edmar Lisboa Bacha é uma delas.

28 de Outubro: Volta ao Mundo, de Anthony Bourdain e Laurie Woolever

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Anthony Bourdain conhecia o mundo como poucos: dos recônditos secretos da cosmopolita Nova York a casas comunais de tribos em Bornéu e cenários de beleza extraordinária da Tanzânia

Narrado por Laurie Woolever, colaboradora e amiga de longa data, há  declarações sempre irreverentes do próprio, extraídas de suas milhares de horas de viagens gravadas em vídeo. Com dicas preciosas de lugares onde comer e se hospedar — e, em alguns casos, a evitar — e de locomoção, o livro contextualiza inúmeros locais que o autor considerava encantadores e fundamentais. E conta ainda com relatos de seus amigos, colegas de trabalho e familiares, além de trazer as ilustrações de Wesley Allsbrook. Para viajantes experientes, entusiastas que ainda não tiveram coragem de levantar do sofá e todos os perfis entre esses extremos, Volta ao mundo é uma chance de vivenciar o melhor do planeta à moda do eterno Anthony Bourdain.

29 de Outubro: Uma Coroa de Espadas, de Robert Jordan

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A Roda do Tempo gira, e Eras vêm e vão, deixando memórias que se transformam em lendas. As lendas desvanecem em mitos, e até o mito já está há muito esquecido quando a Era que o viu nascer retorna. O girar da Roda do Tempo não tem inícios nem fins.

No sétimo volume da série que consagrou Robert Jordan como o maior nome da fantasia desde J.R.R. Tolkien, Elayne, Aviendha e Mat estão cada vez mais perto do ter’angreal que pode reverter a onda de calor que se alastra pelo mundo e restaurar o clima natural. Em meio à rede de tramas das Aes Sedai de Salidar, Egwene desafia tradições e abre caminho para que a Torre abrace diferentes tipos de mulheres capazes de canalizar, algumas de origens surpreendentes. Já Rand prepara-se para enfrentar o Abandonado Sammael nas sombras de Shadar Logoth, onde uma entidade sedenta por sangue, Mashadar, está à espreita, pronta para dominar sua presa. Em Uma Coroa de Espadas, Jordan constrói uma obra incomparável, com personagens complexos e uma trama repleta de intrigas e conspirações, que soluciona mistérios lançados pelo caminho enquanto abre novas portas ainda mais instigantes, rumando ao encontro com o Tenebroso em Tarmon Gai’don, a Última Batalha.

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Cinema Entretenimento Resenhas

Resenha | Ainbo – A Guerreira da Amazônia: bom, mas problemático

Ainbo – A Guerreira da Amazônia fala de amizade, desmatamento e saque ao povo indígena, e vai conquistar todas as crianças do Brasil

Com estreia marcada para o dia 30 de Setembro, o filme Ainbo – A Guerreira da Amazônia tem uma linguagem suave e um tema inesperado para o público infantil, mas tira lágrimas, fazendo com que olhemos para a nossa floresta e a cultura indígena com ainda mais admiração e respeito. E com um pouco de temor.

Ainbo é órfã e cresceu na tribo de sua mãe, nos recantos mais secretos da Floresta Amazônica. Lá, ela alcançou os 13 anos sendo a melhor amiga da nova líder da tribo e aprendeu tudo que sabe sobre caçadas e lendas espirituais.

Mas com uma doença que tem se alastrado e infectado as pessoas e a floresta, Ainbo se vê obrigada a sair  de casa e ir até os confins da sua terra natal para encontrar coragem, saúde para todos e paz de espírito.

A doença

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Usando um linguajar maduro e temas sociais, o filme fala sobre cultura e preservação, criticando com vigor o desmatamento, o abuso dos povos locais e a cultura de dor e sofrimento que o povo branco está acostumado a reproduzir.

A fé local é apresentada com figuras animais e espíritos da natureza, e é fácil entender como a cultura local pode associar a crueldade branca com espíritos e energias demoníacas.

Ainbo se mescla com a própria floresta, suas crenças e percepções são baseadas em seu instinto, e dor e vingança também são temas abordados.

Um filme feito por brancos

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É importante lembrar que o filme foi feito por brancos e tudo sofre por uma ótica um pouco problemática.

O roteiro sofre com pré-conceitos sobre a cultura indígena, os personagens carecem de profundidade histórica e real, e infelizmente, o tempo é muito rápido e mal desenvolvido. É problemático o conceito central do roteiro e o ritmo escolhido para a história.

Mas vale ressaltar que apesar das falhas de roteiro, que inclui um vulcão completo em terras amazônicas, a história emociona muito o público, é colorida e um tanto quanto cultural, o que faz com que as crianças se encantem e se apaixonem pela história toda.

A resposta do Entretê para esse filme é: não perca a estreia.

Apesar de alguns problemas e de ser importante lembrar que tudo ali foi feito por brancos, as críticas e os pontos de amadurecimento e reflexões são válidos para as crianças e podem conquistar qualquer público.

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Entretenimento

YouTube: Top 5 programas que você precisa conhecer e que vai amar

Além dos streamings e canais de televisão, é possível encontrar conteúdo de qualidade no YouTube; o Entretetizei reuniu 5 programas que merecem a sua atenção

A era de dizer que o conteúdo do YouTube caiu de nível e que não tem nada bom por lá, já passou. É possível voltar aos anos de ouro do início da plataforma, quando quase todas as informações  se achavam lá e não eram só vlogs e tutoriais repetidos.

Tem muita coisa boa sendo produzida e colocada no ar que você pode acessar só entrando nos canais certos. E para que você saiba exatamente onde achar essas coisas, a gente reuniu 5 dicas – e tem para todos os gostos.

Canal A&E Brasil

Para quem gosta de reality show, o canal A&E no YouTube coloca online episódios completos de seus realitys mais populares: Acumuladores, 60 Dias Infiltrados e Flagrantes das Câmeras – Tribunais.

Mas a dica de hoje é para os episódios de 60 Dias Infiltrados, no qual, policiais à paisana e civis entram nas penitenciárias estadunidenses para encontrar falhas de segurança e coletar informações sobre os presos e os esquemas.

Depois da suas estreias, os episódios completos ficam no ar por alguns dias  e são retirados posteriormente. É possível assistir vários tipos de realitys diferentes pelo canal do YouTube, e até pelo próprio celular.

UOL

Você deve saber que o portal UOL publica notícias sobre o mundo, política e até algumas entrevistas, mas a sugestão de hoje é o programa Preto à Porter, apresentado pelo ator e humorista Hélio de la Peña, pela historiadora e especialista em inclusão e diversidade Carol Sodré, a empreendedora Neyzona e o fotógrafo e escritor Roger Cipó.

O programa conta com 5 episódios com uma média de meia hora cada, e fala sobre inclusão, cultura preta, história e sociedade, além de mostrar pontos turísticos brasileiros que são uma verdadeira obra preta.

Teatro Colón

https://www.youtube.com/watch?v=fABK9D5eRrs

No início da pandemia, era impossível encontrar estímulo intelectual suficiente para nossas cabeças preocupadas e cansadas. E para abater essa sensação que rondava aqueles primeiros dias de terror, o canal oficial do Teatro Colón (Argentina) começou a disponibilizar conteúdos completos de suas apresentações, como recitais de ballet e apresentações de orquestra.

A dica de hoje é o recital La Viuda Alegre, que foi a última apresentação do bailarino Alejandro Parente.

Os figurinos são de tirar o fôlego, os cenários são uma obra de arte e a apresentação nos faz sair da bolha e sentir toda aquela beleza dos grandes teatros que não podemos frequentar em épocas tão perigosas.

POD DELAS

Apresentado por Tata Estaniecki e Boo Unzueta, o canal reúne vídeos completos das duas temporadas do podcast Pod Delas.

Com entrevistas incríveis, cheias de conversas intimistas e reais, e com nomes como Luísa Sonza, Priscilla Alcantara e Boca Rosa, o podcast nos mantém de ouvidos ligados e coração para conversas para lá de necessárias.

Vale muito a pena dar atenção para essas entrevistas, aprender ou só se emocionar com os convidados.

Canal GNT

Que o canal GNT tem uma coleção de programas importantes e interessantes, como o Saia Justa, Sexta Black e Conversas Desconfortáveis, todo mundo já sabia. Mas não podemos esquecer da playlist incrível da Jout Jout.

Com o jeito descontraído e completamente sincero, Jout Jout de Saia usa a linguagem que já é um amor do público para falar sobre assuntos sérios e refletir sobre o feminino e o social.

A playlist completa conta com 47 vídeos curtos e aborda os mais diferentes temas possíveis.

E você? O que mais gosta de assistir no YouTube? Conta para a gente lá nas nossas redes sociais:  Twitter, Insta e Face.

*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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Cultura asiática Entretenimento Resenhas

Resenha | Loucos Um Pelo Outro: saúde mental e romance fofinho

Loucos Um Pelo Outro é um dorama delicado, honesto e real sobre traumas, convivência e amor

Se você ainda não viu o dorama Loucos Um Pelo Outro, que faz parte do catálogo da Netflix, precisa correr e assistir.

Em 13 episódios que tem uma média de meia hora, Loucos Um Pelo Outro começa com as interações nada amistosas de Noh Hwi Oh (Jung Woo) e Lee Min Kyung (Oh Yeon-seo). Logo no primeiro episódio, essa dupla muito improvável descobre que são vizinhos de porta e que se tratam com a mesma terapeuta.

Curiosamente, eles têm seus próprios problemas familiares e pessoais e é justamente isso que os une. Enquanto Noh Hwi Oh trata por causa do seu descontrole de raiva e tenta conseguir um atestado para voltar a trabalhar como detetive da polícia, Lee Min Kyung tenta curar de traumas do passado e se adaptar a sua nova vida solitária e assustadora.

Durante os episódios as coisas vão melhorando e piorando, e criando uma montanha-russa na relação amistosa/romântica do casal.

Todos os pontos sobre saúde mental são tratados com muita responsabilidade e existe calma para abordar os impactos que cada trauma pode causar ao paciente.

Saúde mental

Foto: Divulgação

É lindo ver como eles aprendem a se unir para cuidar de seus problemas, mesmo que nada disso seja explicitamente dito.

Com situações tão específicas em suas vidas pessoais, o roteiro garante que os personagens falem sobre suas saúdes mentais com cuidado e respeito. Não há descaso e os temas delicados são realmente levados a sério.

Também é interessante observar, que mesmo pregando a ideia de comédia romântica, o casal não é visto como uma cura instantânea para os problemas um do outro. Mesmo estando apaixonados, ambos continuam suas terapias de forma responsável e pontual.

Em crises incontroláveis de medos e traumas, ambos se veem presos do que não querem sentir e passam por momentos reais, onde quem assiste compartilha dos traumas e os observa serem honestos consigo mesmos, separadamente e em conjunto, sobre seus sentimentos.

Feminismo

Foto: Divulgação

Apesar das pressões e conceitos machistas que o mundo enfrenta todos os dias, Loucos Um Pelo Outro escolheu dar voz às mulheres.

Em uma abordagem curiosa, a existência de um exibicionista sexual provoca a mente do público logo nos primeiros capítulos da trama e com uma solução justa e divertida, temos uma dose a mais de poder feminino.

Loucos Um Pelo Outro fala sobre amizade, união feminina e boa vizinhança, isso além do romance fofo e dos temas de saúde mental. É a presença de uma Associação de Mulheres da vizinhança que descobrimos a força dentro dos padrões sociais daquela comunidade.

Sem dúvida, a união faz a força feminina. E são nas patrulhas da Associação de Mulheres que descobrimos que Noh Hwi Oh é realmente um cão que ladra e não morde mulher e que aprendemos mais sobre o ponto de vista social perante uma vizinha travestida.

Relacionamento abusivo

Foto: Divulgação

Além dos mil temas importantes que o dorama aborda, o relacionamento abusivo é um ponto alto da teia que constrói a história.

Lee Min Kyung passou por uma relação abusiva e ainda sofre com os impactos e traumas que a ruptura com seu agressor causou. O roteiro também teve cuidado com isso!

Existe uma delicadeza para falar com as vítimas de relacionamentos abusivos, os impactos dos traumas causados e as consequências do agressor.

O respeito e o cuidado foi tanto, que nos episódios somos capazes de ver um abusador clássico sendo manipulador e cruel, além de sádico e criminoso. A punição leve de uma lei permissiva com pessoas assim também teve seus realismos assustadores: multa e liberdade.

Romance, mistério e ação

Foto: Divulgação

Não tem como classificar esse dorama em um único ponto. Tem drama, tem comédia, tem romance, tem mistério e tem ação. Tudo de uma forma fluida e graciosa.

A beleza das relações construídas durante os episódios nos faz crer que respeito, amizade e amor podem sim andar lado a lado.

É válido lembrar que durante as pazes e constantes recaídas do casal central, encontramos tramas secundárias que são de vital importância para que os protagonistas cheguem ao resultado final de todos os gêneros possíveis.

O instinto aguçado de Lee Min Kyung e a raiva protetora e justa de Noh Hwi Oh são de vital importância para tornar Loucos Um Pelo Outro uma história tão completa, complexa e apaixonante.

Agora conta para gente quando você vai maratonar esse dorama. Estamos ansiosas pelo seu comentário por aqui ou lá nas redes sociais do Entretetizei: Twitter, Insta e Face.

*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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Entretenimento Entrevistas

Entrevista | Rosana Puccia: uma inspiração nos dias de hoje

Rosana Puccia fala sobre seu estilo musical, inspirações e parceria musical com David Pasqua

Rosana Puccia é cantora e biomédica, tem uma das vozes mais charmosas dos nossos tempos e não tem limitações musicais.

Divulgando seu clipe mais recente, Right Away, Rosana Puccia aceitou falar com o Entretetizei sobre sua carreira e inspirações, e ainda contou sobre a sua parceria de uma década com David Pasqua e trabalhos dos próximos meses.

Agora que você já conferiu o clipe, vem conhecer a graciosidade de Rosana e saber mais sobre sua carreira.

Entretetizei: Você já tem uma carreira longa e sabemos que o público tem deixado de lado as músicas mais melodiosas, e há anos os principais nomes do gosto popular são de músicas POP ou com fundo eletrônico, e mais recentemente com batidas mais fortes. O quanto isso muda no cenário musical em que você começou e no de agora? Dificultou a chegada de conteúdos de jazz e os demais estilos que você faz para todos os cenários?

Rosana Puccia: Infelizmente, eu não tenho flexibilidade para me adaptar ao cenário musical quando ele não me atrai. Não tenho compromisso com esse cenário. Meu compromisso é com a qualidade e com o que eu consiga fazer bem, com alegria e espontaneidade. Só assim eu vou conseguir transmitir uma verdade. A ideia é achar o meu público ou atrair público novo para  o meu tipo de trabalho.

Foto: Antonio Borduque

E: O que torna fácil o mercado musical hoje e que na época em que você começou era uma dificuldade?

RP: Creio que os meios de registrar as músicas, fazer gravações de qualidade, enfim, a tecnologia, estão muito mais fáceis atualmente. Além disso, divulgar amplamente o material musical é muito fácil, o mercado está aberto e com novas plataformas de divulgação, como as playlists, podcasts e audiovisuais, temos muitas maneiras novas de divulgação e este crescimento constante é sempre bom.

E: Ouvir suas músicas realmente me transportou para as tardes na casa da minha avó, quando meu tio escutava músicas da década de 30, com orquestras e vozes que escorriam nas notas musicais, então associar seu canto aos clássicos de jazz dos anos 30 não foi difícil… Que artista você acha que mais te inspirou a chegar em um nível vocal tão elevado assim?

RP: Eu cresci ouvindo clássicos de jazz, ao mesmo tempo que ouvia samba, MPB, bossa nova, pop e até rock, mas sempre com cantores de altíssimo nível técnico, de expressividade aguçada, com fraseado interessante, divisão de bom gosto. Sou uma ouvinte exigente porque me acostumei com a alta qualidade no vocal, nas músicas e nos arranjos. Sempre fui muito atenta aos detalhes e às letras das músicas. Eu tenho afinidade com quem canta as letras, vestindo o personagem musicalmente, e com quem canta com a liberdade do jazz. Aprendi com todos os cantores de jazz, e com pessoas como Ray Charles, Freddy Mercury, Elza Soares, Leny Andrade, Elis Regina, Cássia Eller (o repertório não rock), a precisão de Mônica Salmaso. Ter um timbre eventualmente bonito é apenas o começo. Transmitir uma verdade de sentimento utilizando os recursos possíveis com espontaneidade…aí sim, é a glória! Mas essa glória somente se completa se o ouvinte se emocionar junto: alegria, tristeza, raiva…seja lá o que for.

E: Eu li na sua biografia que o dr. Luiz R. Travassos foi seu mentor. Você chegou a ter trocas musicais com ele, além das acadêmicas?

RP: Sempre! O Professor Travassos era pianista e compositor, além de cientista, porém apenas apreciava música clássica. Aliás, era um profundo conhecedor de música clássica e amava discutir sobre, ensinar, aconselhar, presentear com CDs e livros. Encontrando algum interesse de alunos e colegas, o assunto corria solto. Era uma pessoa cultíssima e generosamente compartilhava seus conhecimentos não apenas na ciência, como em outras áreas.

E: Aliás, eu tenho que perguntar… Com a música Dança da vacinação, eu imagino que a repercussão tenha atingido mais do que o lado bom das coisas. Estamos vivendo um momento caótico para a ciência aqui no Brasil, e nem sempre os fatos e as soluções são encarados como deveriam, assim como se torna comum a cada dia que passa, cientistas e artistas engajados na causa da vacinação serem questionados ou bombardeados por suas escolhas educacionais. Houve algum tipo de repercussão negativa com o lançamento da música?

RP: Felizmente houve mínimos comentários desagradáveis nas postagens. A resposta que tivemos foi avassaladoramente positiva. Que alívio, não? Creio que o bom gosto na escolha da música e na letra da paródia pelo Dr. Daniel Bargieri, aliados à minha interpretação, que tem sido elogiada, contribuíram para agradar a todos.

E: Além disso, eu sei que essa não foi a única vez que você uniu a ciência à música. Como tem sido manter as duas carreiras em paralelo e ainda ter meios de unir as duas paixões?

RP: A carreira acadêmica e a ciência demandam muito do nosso tempo e a música também! Conclusão: sobra pouco tempo para outras coisas. Mas me sinto satisfeita em poder dar minha atenção e tempo para minha carreira acadêmica e minha carreira musical. Ambas são muito importantes para mim e tento lidar com as duas com o mesmo cuidado e afeição.

E: Houve algum momento definitivo na sua vida em relação a esse tema? Algum ponto em que você se viu obrigada a abdicar da música pela carreira acadêmica ou vice-versa?

RP: A música sempre foi assunto seríssimo para mim, mas somente passei a encará-la profissionalmente na última década…

Foto: Antonio Borduque

E: Também li sobre a sua parceria de longa data com o compositor David Pasqua. Você pode contar um pouco sobre isso? Como começou e o que a manteve tão viva ao longo de todos esses anos?

RP: Conheci David Pasqua há dez anos e esse foi o divisor de águas na minha vida musical (aliás, na vida musical de muitos cantores que ele produz). Na época, eu fazia aulas de técnica vocal há dez anos com Sonia Polonca e com ela desenvolvia um repertório que eu apresentava em shows ocasionais em bares e em vários eventos científicos, como congressos, e acadêmicos. Rapidamente me interessei em conhecer as composições de David Pasqua e a afinidade musical foi imediata. Em contrapartida, ele se interessou pelas minhas interpretações e comecei a gravar uma música inédita atrás da outra. Ser a primeira a gravar uma música me interessava demais! Foi um desafio e mostrou que não preciso de modelos. Foi sensacional. E David me deu essa oportunidade. Meu objetivo passou a ser gravar e divulgar suas músicas. Gravei 13 delas entre 2012 e 2013 e lançamos o CD Cadê? com 12 de suas parcerias. Depois disso, continuamos a divulgar suas novas parcerias em clipes do YouTube, até que, a partir de 2015, eu mesma me tornei parceira letrista. Hoje temos umas 25 músicas com letras originais minhas (algumas em inglês), mais inúmeras versões de suas músicas para outras línguas, principalmente o inglês. E também tenho cinco letras para outros melodistas. Ou seja, virei letrista mesmo, sob a supervisão do David. Adoro! 14 das nossas parcerias já estão nas plataformas digitais nos EPs Pra Agradar Você vol. 1 e 2, lançados em setembro de 2020 e setembro de 2021, respectivamente. Além disso, fizemos muitos shows em bares, eventos e, na pandemia, as lives. Em 2019, a maioria dos shows foi autoral, mas normalmente apresentamos músicas de David Pasqua e de outros compositores de bossa, samba e jazz do século passado.

E: E para os próximos meses? Quais são os planos e as novidades? O que o público pode esperar do seu trabalho?

RP: Vamos subir agorinha para as plataformas digitais um EP com seis músicas com inspiração em crianças e pets que ganharam trilha sonora com letra e melodia minhas, que nasceram do nada. David Pasqua me ajudou a acertar as melodias, já que não toco instrumentos, fez as harmonias e toda a produção, como sempre. Decidimos os arranjos e as músicas ficaram uma delícia! Os temas são infantis, mas as músicas, bem, nem tanto…O lançamento será no Dia das Crianças. Fora isso, são tantas músicas na fila para produzir! Temos músicas novas de David Pasqua & Rosana Puccia, músicas de outras parcerias do David e minhas para produzir, as músicas infantis dele…Breve teremos um clipe com uma dessas músicas. O objetivo é produzir todas as músicas autorais de David Pasqua, nossas e minhas com outros parceiros, com qualidade de arranjo e som para serem divulgadas nas plataformas digitais. Eu canto o que gosto e o que acredito ser de qualidade. Faço questão que a obra esteja registrada e acessível para ser apreciada por quem se interessar. A criatividade é um bem maior, um dom que deve ser praticado e estar a serviço dos demais.

Leia também: Blossom Dearie: como começar a ouvir a cantora e pianista estadunidense

E aí? Gostou de conhecer mais sobre a Rosana Puccia? Fala para a gente  lá nas nossas redes sociais: Twitter, Insta e Face.

*Crédito da foto de destaque: Antonio Borduque

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