Série ganha dois novos atores para o elenco e uma nova temporada
Foi a gente que pediu sim! A quarta temporada de Elite ainda não estreou, mas a Netflix divulgou hoje (25) que teremos a 5ª temporada. E, para alegria dos brasileiros, o mais novo aluno de Las Encinas é o nosso querido André Lamoglia. Além da adição verde e amarela, a argentina Valentina Zenere também fará parte do elenco.
Ambas as temporadas não têm data de lançamento e serão exibidas na Netflix.
Nem precisa começar a pedir: a quarta temporada nem começou, mas eu já confirmei a QUINTA TEMPORADA DE ELITE, SIM. Com mais adições ao elenco, inclusive o lindo e brasileiro @andrelamoglia! pic.twitter.com/J6ZUhiKqCK
Anote na agenda: 28 de fevereiro você tem um encontro com Alfred Pennyworth na Starzplay
Todo fã de super-herói já ouviu falar nesse nome: Alfred Pennyworth. Principalmente, os fãs da DC Comics. Se você não conhece, deveria assistir Batman. A segunda temporada do mordomo mais famoso do mundo ganhou data de estreia no canal Starzplay e será transmitida no final de fevereiro.
A série conta a história de Alfred, um ex-soldado britânico do Serviço Aéreo Espacial (SAS) que, aos 20 anos, formou uma empresa de segurança na Londres de 1960. Ele trabalha com o bilionário Thomas Wayne (interpretado por Ben Aldridge). Isso mesmo. Alfred trabalhou com o pai do Batman!
Um ano após os eventos da última temporada, a Inglaterra se encontra em uma guerra civil contra a poderosa e neo-fascista Raven Union, liderada por Lord Harwood. Contudo, apesar dos ataques, o Norte de Londres continua sendo uma das poucas resistências restantes. Depois de passar anos no Exército, Alfred virou um otimista cínico – sempre esperando o pior, mas consciente de que poderia lidar com isso. Agora, comandando o The Delaney, um clube no mercado negro do Soho que recebe a todos, independente de suas condutas, Alfred – junto com seus companheiros do SAS, Bazza e Daveboy – está em busca de uma saída antes que toda a Inglaterra pegue fogo.
Estrelada por Bannon, Aldridge, Emma Paetz, Hainsley Lloyd Bennett, Ryan Fletcher, Dorothy Atkinson, Ian Puleston-Davies, Ramon Tikaram, Edward Hogg, Harriet Slater, Jessye Romeo, Paloma Faith e Jason Flemyng e composta por 10 episódios, a temporada ganha um episódio novo a cada semana, começando no dia 28.
Com certeza, vale a pena assistir!
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A campanha conta com um desafio com o objetivo de conscientizar estudantes de escolas públicas a não desistirem dos estudos durante a pandemia
A ONG Embaixadores da Educação e o Sebrae lançaram o desafio #NãoDesistaDaEscola, que tem o objetivo de conscientizar alunos de escolas públicas sobre a evasão escolar no Brasil, fazendo com que os próprios alunos sejam protagonistas da campanha.
Funciona assim: O aluno deve criar um vídeo de conscientização com até um minuto, incentivando seus colegas a continuarem na escola e não desistirem dos estudos. Depois, deve postar o vídeo no feed do seu Instagram (post ou reels), TikTok ou Twitter com a hashtag #NãoDesistaDaEscola e marcar os perfis @SEBRAE e @embaixadoresedu. Por último, deve cadastrar o link da publicação no site, clicando em enviar desafio.
Os desafios serão aceitos até 4 de março. Os jovens autores dos melhores conteúdos serão premiados com celulares, notebook, tablets e cursos de empreendedorismo.
https://www.instagram.com/p/CLrfTVslH16/
Podem participar do desafio alunos de escolas públicas matriculados em instituições brasileiras do sexto ano do ensino fundamental II ao terceiro ano do ensino médio. Para realizar a inscrição no desafio e concorrer aos prêmios, os alunos devem acessar o site naodesistadaescola.com.br. Empresas e cidadãos também podem ajudar divulgando a campanha ou realizando doações de prêmios.
A iniciativa é uma parceria entre o Sebrae e a organização sem fins lucrativos Embaixadores da Educação. Artistas como Xuxa, Léo Jaime, Otaviano Costa e Mel Lisboa participaram da divulgação da campanha:
Segundo Guilhermina Abreu, diretora-executiva e fundadora do Embaixadores da Educação, só conseguiremos promover uma grande sensibilização sobre o tema colocando os próprios alunos na liderança da conscientização: “A evasão escolar no Brasil é um desafio enfrentado há anos, mas agravado fortemente pela pandemia. Para combater o problema grandes campanhas institucionais não serão suficientes. Acreditamos que ninguém melhor para convencer um aluno do que um colega dele. Por isso, a campanha visa dar voz para os próprios estudantes usando as redes sociais como aliadas nessa luta”.
Gustavo Cezário, gerente nacional de educação empreendedora do SEBRAE, destaca a importância da iniciativa: “A educação é um direito e dever de todos. A sociedade precisa se mobilizar para garantir a permanência nas escolas. Com as linguagens da nova geração e muita cooperação, os jovens precisam assumir este papel nas suas comunidades, identificando os que tendem a abandonar e construir, juntos com as instâncias públicas e privadas, mecanismos para manter os estudos. O Sebrae é parceiro nesta iniciativa e junto com os Embaixadores da Educação, vamos construir uma forte corrente para um futuro em que todos possam sonhar e se realizar.”
De acordo com pesquisa feita pelo Datafolha em setembro de 2020, 30% dos pais ou responsáveis tinham medo de que os filhos desistissem dos estudos por causa das dificuldades impostas na pandemia. Ou seja, mais de 11 milhões de alunos podem evadir da escola em 2021. Lutemos para que não aconteça.
Desafio #NãoDesistaDaEscola
Quando: 15 de janeiro de 2021 à 4 de março de 2021
O décimo álbum de estúdio da banda, Let The Bad Times Roll, tem lançamento previsto para 16 de abril
Após quase 10 anos sem lançamentos, a banda de punk rock The Offspring lançou hoje (24) seu mais novo single, Let The Bad Times Roll. A faixa é a segunda música do novo álbum de mesmo nome, que estará disponível nas plataformas digitais no dia dia 16 de abril.
Criada em 1984, na cidade de Huntington Beach, Califórnia, The Offspring é uma das bandas de punk rock mais conhecidas do mundo, sendo os precursores do estilo. Com mais de 40 milhões de álbuns vendidos no mundo todo, a banda ganhou inúmeros prêmios e fez mais de 500 shows apenas na última década. O grupo composto por Dexter Holland nos vocais, Noodles na guitarra, Pete Parada na baterista e Todd Morse no baixo, lançará seu primeiro álbum sem o baixista – e um dos fundadores – Greg K, que deixou o grupo em 2019.
Oh baby let the bad times roll, oh, oh, oh, oh
Let the Bad Times Roll será produzido por Bob Rock e a faixa-título, escrita no final de 2019 e gravada em 2020, fala sobre os recentes desafios vividos pelos Estados Unidos. Holland viu no momento atual uma chance de se expressar através de sua música e não conteve seu desagrado.
“Sinto como se estivéssemos em um período único na história, onde, em vez de nossos líderes mundiais dizerem ‘estamos fazendo o nosso melhor’, é mais como se estivessem dizendo ‘f*da-se’. E isto é realmente assustador.” disse Holland.
Para o dono das seis cordas, Noodles, “As pessoas estão dizendo, se tudo está indo para o inferno, podemos muito bem tirar o máximo proveito disso, ou pelo menos sair dançando. ‘Let The Bad Times Roll!”
Tour pelo Brasil
A banda estava com shows marcados no Brasi em 2020l, no festival Rock Station. Eles se juntariam ao Pennywise para 3 shows, mas, por conta da pandemia, os eventos foram adiados e estão sem datas para acontecer. O último show do Offspring em solo verde e amarelo foi no Rock in Rio de 2017.
Enquanto novas datas não são anunciadas, os fãs podem aproveitar a nova música e os sucessos antigos dessa banda lendária.
Tracklist de “Let The Bad Times Roll”:
This Is Not Utopia
Let The Bad Times Roll
Behind Your Walls
Army of One
Breaking These Bones
Coming For You
We Never Have Sex Anymore
In The Hall of the Mountain King
The Opioid Diaries
Hassan Chop
Gone Away
Lullaby
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O longa de terror russo baseado em fatos reais será lançado nas telonas no dia 4 de março
Baseado em eventos reais, A Viúva das Sombras conta a história de um grupo de voluntários que entra em uma floresta para resgatar um adolescente desaparecido. O local está envolvido em uma lenda local arrepiante que aos poucos mostra a razão da fama. O filme será lançado oficialmente no dia 4 de março nos cinemas e as sessões de pré-estreia começam no dia 25 de fevereiro, mas o Entretetizei já deu uma conferida e vamos te contar as nossas impressões.
Tudo começa com alguns relatos de moradores locais sobre o que acontece nessa floresta em São Petersburgo, na Rússia, onde mais de 300 pessoas desaparecem todos os anos. Detalhe, diversas pessoas sumiram nas últimas três décadas, e apenas alguns corpos foram encontrados, todos nus e sem nenhum sinal de morte violenta. Alguns moradores acreditam que as pessoas estão sendo levadas por uma entidade: A viúva das Sombras.
E então a trama passa a acompanhar a jornada dessa equipe de resgates voluntária, que está treinando uma nova voluntária. O grupo está sendo acompanhado por uma documentarista que registra todos os procedimentos e entrevista seus participantes.
Quando a equipe oficial de resgates contata os voluntários sobre um garoto de 14 anos que entrou na floresta e desapareceu, eles entram em ação de verdade e a documentarista se vê obrigada a ir junto nesse resgate e segue registrando tudo. Nessa busca pelo jovem dentro da floresta a noite cai e situações estranhas começam a se desenrolar.
A comunicação com a base fora da mata é interrompida misteriosamente. Sem sucesso na busca pelo jovem, eventos sobrenaturais acontecem e a equipe começa acreditar na lenda local. A narrativa deixa um clima de suspense constante, com uma trilha sonora que te deixa sempre alerta e alguns jump scares.
A trama lembra o famoso longa Bruxa de Blair e pode ser uma boa pedida para quem gosta desse tipo de terror. A Viúva das Sombras é produzido pela Paris Filmes, dirigido por Ivan Minin e é dos mesmos criadores de A Sereia e A Noiva. O elenco é composto por: Viktoria Potemina, Anastasiia Gribova, Margarita Bychkova, Ilia Agapov, Aleksei Aniskin, Konstantin Nesterko e Oleg Chugunov.
Confira o trailer oficial:
Lembre-se: devem ser tomadas as devidas precauções contra o coronavírus. Confira os protocolos dos cinemas da sua cidade.
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A produção de fantasia é dirigida por Júlia Pacheco Jordão (Samantha!, Julie e os Fantasmas) e Luis Carone (Antônia, Pico da Neblina) com um roteiro de Carlos Saldanha (A Era do Gelo, Rio, O Touro Ferdinando), Carolina Munhóz (O Escolhido), Raphael Draccon (O Escolhido) e Mirna Nogueira (Meus 15 Anos, Detetives do Prédio Azul: O Filme).
O seriado aborda o policial ambiental Eric (Marco Pigossi) que, consternado com a morte de sua esposa Gabriela (Julia Konrad), começa a investigar as circunstancias misteriosas ao redor do aparente assassinato. Ao longo da trama, ele vai se deparando com lapsos de memória e tendo cada vez mais contato com seres do nosso folclore brasileiro no meio do Rio de Janeiro. A filha do casal, Luna (Manuela Dieguez), também começa a ter comportamentos fora do comum que começam a preocupar sua família.
Integram o elenco, também, a veterana Alessandra Negrini, além de Fábio Lago, Áurea Maranhão, Jessica Cores, Jimmy London, José Dumont, Rafael Sieg, Rubens Caribé, Samuel de Assis, Tainá Medina, Thaia Perez, Victor Sparapane e Wesley Guimarães.
Depois de muitos anos assistindo e cultuando produções gringas trazendo as mais diversas mitologias (grega, egípcia, indiana, nórdica…), os brasileiros tem uma para chamar de sua, pelo menos uma produção adulta, já que todos nós ainda lembramos de O Sítio do Pica-pau Amarelo. Cidade Invisível traz o folclore clássico que todos conhecem desde a infância: Saci Pererê, Curupira, Iara, Cuca, Boto Cor-de-Rosa, entre outros.
A forma como os personagens são introduzidos traz aquele gancho de mistério necessário que te faz maratonar todos os episódios. É uma série que agrada até mesmo quem não gosta de séries com muitos episódios: há apenas sete na primeira temporada.
Além do gancho dos personagens folclóricos, a série também procura trazer pautas de vulnerabilidade social, como os personagens que estão às margens da sociedade, invisíveis à sociedade (como o título sugere) tanto pela suas condições quanto pelo seu folclore, e também ao abordar a desapropriação de terras da fictícia Vila Toré, por uma construtora que planeja construir uma pousada de luxo. Esta parte do roteiro cria uma história ainda mais poderosa e importante.
Porém, apesar de toda a aclamação ao redor da série que já caminha para uma possível confirmação de uma segunda temporada, a série não soou bem para todos, pois se apropria de uma cultura. Cidade Invisível está sendo criticada por ativistas indígenas quanto a falta de atores indígenas nos papéis centrais, além de tornarem a cultura indígena como algo exótico e deturpado na produção. A comunicadora Alice Pataxó mostrou seu ponto de vista no Twitter:
Até quando se trata de nós, somos os últimos a sermos lembrados e procurados, essa poderia ter sido uma oportunidade incrível de indígenas nas telinhas, mas a apropriação virou primeira opção.
É importante entender que cobrar representatividade e posicionamento antirracista não é apenas quando esse movimento está em alta, todos os dias nossas culturas são usurpadas e incorporadas ao status brasileiro, enquanto nós somos excluídos.
A cineasta brasileira falou tudo sobre o filme A Febre, além de compartilhar os bastidores e os projetos para o futuro
A Febre é um longa premiado e carregado de representatividade. O filme de suspense e drama estreou em 12 de novembro de 2020. Até que, no último dia 3 de fevereiro, a produção entrou para o catálogo da Netflix Brasil.
O enredo do longa brasileiro mostra como ocorre a integração dos indígenas na cidade grande, além de abordar a preservação da tradição de cada povo.
A Febre foi exibido pela primeira vez em 2019, durante o Festival de Locarno, na Suíça, e foi selecionado para ser exibido em mais de 60 festivais ao redor do mundo.
Vem aí o plot twist: o filme é dirigido pela carioca Maya Da-Rin, que é roteirista, produtora e artista visual. Maya teve seus filmes exibidos em mais de 100 festivais nacionais e internacionais, sendo contemplada com dezenas de premiações, parte delas resultados de A Febre.
Em entrevista exclusiva ao Entretetizei, Maya Da-Rin começou deixando claro que o nome do filme, A Febre, já diz muito sobre o que o longa quer desconstruir. “Acredito que a nossa sociedade está doente porque não é mais capaz de se relacionar com a alteridade e nem de suportar as diferenças.”
“Somos a única espécie que extermina a si própria. Isso aconteceu durante séculos de colonização e segue acontecendo hoje, quando fechamos os olhos para os refugiados ou para as queimadas, quando agimos com indiferença em relação ao aquecimento global e o desmatamento das florestas”, completa a diretora.
Sentiu a energia desta entrevista? Continue com a gente neste bate-papo necessário.
Os primeiros sintomas de A Febre
A ideia inicial do enredo de A Febre surgiu durante as filmagens de dois documentários que Maya realizou na fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru, no sudoeste do Amazonas.
“Conheci algumas famílias indígenas que tinham migrado de suas aldeias para se estabelecerem nas cidades. Acabei criando uma relação de amizade com uma dessas famílias e as conversas que tivemos nos anos seguintes, me trouxeram a vontade de realizar um filme de ficção”, conta a cineasta.
O longa foi gravado na capital do Amazonas e, de acordo com Maya, não existiram dúvidas sobre ser o local ideal. “Manaus é uma cidade que sempre me intrigou por encarnar, tanto na sua história, quanto na sua paisagem, o contraste entre diferentes projetos de sociedade.”
“De um lado, temos as formas de organização social das sociedades ameríndias, originárias daquele território e, de outro, o projeto colonial ocidental e capitalista, que deu origem ao Polo Industrial e à organização urbana de Manaus, e que pouco dialoga com a floresta, com as suas formas de vida e com os seus saberes”, explica a produtora.
Ainda segundo ela, o roteiro de A Febre foi produzido já pensando na cidade.“Eu geralmente começo um projeto por um lugar e procuro passar o máximo de tempo ali, caminhando, conhecendo as pessoas e tentando entender de que forma eu me relaciono com a história daquele lugar.”
Maya conta que escreveu o roteiro durante as temporadas que ela e o corroteirista, Miguel Seabra Lopes, passaram em Manaus.
“Frequentamos comunidades indígenas nos arredores da cidade, acompanhamos as jornadas dos trabalhadores do Porto de Cargas de Chibatão e das enfermeiras de uma UBS na periferia da cidade”, diz ela.
O filme é um retrato fiel da realidade.“Ao longo dessa pesquisa, vivenciamos muitas situações que foram incorporadas ao roteiro e também pudemos imaginar outras que não nos teriam ocorrido sem o convívio com as pessoas e a vivência dos lugares.”
A produção audiovisual do longa também contou com profissionais do Amazonas. E Maya enfatiza: “O desejo de realizar um filme passa pelos encontros que se produzem no processo.”
Todo o desenvolvimento do projeto foi alimentado pelas trocas que Maya Da-Rin teve durante o tempo que passou na cidade. “A equipe de filmagem é majoritariamente manauara e as contribuições que eles trouxeram foram fundamentais”, destaca a diretora.
“Não só porque são pessoas que vivem e conhecem profundamente Manaus, mas principalmente, porque são artistas muito sensíveis e talentosos. Todos os departamentos contaram com profissionais manauaras em suas equipes, em muitos casos, realizadores que também desenvolvem um trabalho pessoal e autoral e que vieram contribuir com o filme. A Febre não seria possível sem eles.”
O elenco é uma febre de representatividade
A Febre tem o elenco principal composto por atores indígenas do Alto Rio Negro, no Amazonas, pertencentes aos Desanos, Tarianos e Tukanos. Além disso, possui como idioma original o português e as línguas indígenas: tukano e tikuna.
A diretora ressalta que a pesquisa de elenco foi um longo processo, que durou mais de um ano e contou com a colaboração de uma equipe de Manaus.
“Visitamos as comunidades dos arredores de Manaus e São Gabriel da Cachoeira, convidando quem tivesse vontade de participar do filme para uma conversa. Estive com mais de 500 pessoas antes de encontrar os atores e atrizes que interpretam os personagens da família de Justino”, relembra Maya.
O amor entre pai e filha transborda durante o filme. Sobre a escolha de Regis Myrupu e Rosa Peixoto para ospapéis de protagonistas, a cineasta é específica. “Regis me chamou atenção pela sua presença e pela precisão de seus movimentos.”
“Já na Rosa, havia algo que eu não conseguia acessar, como um segredo, que era o que eu buscava para a personagem de Vanessa”, completa.
“Antes de começarmos a ensaiar, eu e Regis passamos uma semana na sua casa, nos arredores de Manaus, lendo e conversando sobre o roteiro. Durante essas leituras, reformulamos algumas cenas e diálogos a partir das sugestões e contribuições do Regis.
Em seguida, tivemos dois meses intensos de ensaio, quando continuamos conversando e retrabalhando o roteiro com a participação dos outros atores indígenas e da Amanda Gabriel, que conduziu os ensaios junto comigo.
Na maior parte das vezes, as cenas eram construídas a partir de improvisações e a língua sempre foi um elemento central para nós. Como eu não falo tukano, íamos alternando entre as duas línguas e esse processo de tradução foi fundamental para a construção das cenas.
Acredito que as línguas não são apenas uma ferramenta através da qual comunicamos ideias. Elas formam um sistema de pensamento, determinam nossa linguagem corporal, tem suas pausas e ritmo próprio.
Quando os atores improvisam uma cena em tukano, a cena sempre se transformava. Às vezes eram os diálogos, outras vezes os movimentos, os gestos ou até mesmo o sentido da cena. Conversávamos muito sobre a tradução de uma língua para outra, sobre o que era intraduzível, o que se perdia ou o que ganhava um novo sentido.
Durante esses encontros, também contávamos muitas histórias. Era uma maneira de nos conhecermos, de ativar a memória e a ideia de que estávamos ali para contarmos juntos uma história.
O cinema é esse lugar, onde se contam histórias, e nas culturas dos povos ameríndios, de tradição oral, o conhecimento é transmitido através das histórias contadas de uma geração à outra.
Acredito que para contar é fundamental saber ouvir e atuar, e sobretudo escutar o outro.A história que Justino conta para o seu neto durante o jantar, por exemplo, foi uma das histórias que o Regis nos contou durante os ensaios”, relata Maya.
Esqueça a sociedade eurocêntrica, existem outras narrativas
Maya Da-Rin ressaltou o que devemos refletir com A Febre.“Precisamos começar a questionar urgentemente as formas de conhecimento eurocêntricas que herdamos, porque elas não têm se mostrado muito eficientes para a manutenção da vida, nem mesmo da nossa própria espécie.”
Maya se refere ao Eurocentrismo, um pensamento que coloca a Europa como centro cultural do mundo, em que somente ela constitui o que chamamos de “sociedade moderna”. A Febre veio para mostrar que essa visão de mundo é totalmente irreal.
Mesmo com tantos avanços nas produções brasileiras, ainda é um marco que o enredo tenha foco principal nos povos indígenas. Sobre isso Maya destaca: “Apesar de grande parte da população indígena no Brasil viver em cidades, essa ainda é uma realidade muito pouco retratada pelo nosso cinema, e permeada de estereótipos e preconceitos.”
O cinema brasileiro tende a exotizar os indígenas como povos que não se encaixam na cultura padrão da sociedade, ou como aqueles que pararam no tempo. Essa é uma narrativa muito presente ao longo do filme, visto que um dos personagens é várias vezes julgado acerca de suas raízes.
“Sabemos da propensão do cinema em exotizar as culturas indígenas e da tendência em enxergá-las por um prisma romântico e positivista, como remanescentes daquilo que as culturas ocidentais foram no passado e não como as sociedades complexas e atuais que são, com formas de conhecimento que vem se mostrando muito mais promissoras que as nossas”, ressalta Maya.
Ainda sobre a visão eurocêntrica, a diretora destaca, “Não falo em negar a ciência e a tecnologia, mas estou segura de que existem formas de produzir conhecimento sem tanta exploração e destruição.”
“Mas, para isso, precisamos desconstruir o mito moderno e patriarcal da conquista da natureza pelo homem e voltar a povoar o nosso imaginário, tomado por tantos sonhos de dominação e acumulação, com outras narrativas”, completa.
O longa é uma febre nos festivais (literalmente)
Muito bem aclamado nos festivais nacionais e internacionais, o filme recebeu 29 premiações.
Sobre a construção desse legado para o cinema brasileiro, Maya ressalta que a produção foi feita para o mundo. “A partir do momento que realizamos um filme, ele passa a ter vida própria. Nunca sabemos como ele será recebido.”
“O caminho que A Febre percorreu nos trouxe muitas alegrias. Além dos festivais onde foi exibido e dos prêmios, o filme foi muito bem acolhido pela crítica.”
A Febre chegou nos streaming ano passado e, agora, também está disponível na Netflix. “Os retornos mais significativos que tivemos são os comentários do público que começaram a chegar quando o filme foi lançado nas plataformas digitais no Brasil.”
“É muito emocionante para todos nós da equipe, ver o filme tocando tantas pessoas, tanto indígenas quanto não-indígenas”, comenta a diretora.
A Febre irá passar?
Não, A Febre não vai passar tão cedo.Maya Da-Rin compartilhou os próximos caminhos pelo qual o longa irá percorrer. “O filme vai estrear no Lincoln Center, em Nova Iorque, agora em março e os distribuidores esperam que entre em cartaz em umas vinte cidades dos Estados Unidos e Canadá.”
De acordo com ela, em seguida, A Febre será distribuído no Reino Unido e na França. Além disso, também vai entrar em cartaz na China, mas as datas ainda não foram definidas devido a pandemia.
Perguntada sobre novos projetos, Maya afirma que esse é um momento de desmonte da cultura e das políticas públicas para o cinema. “Acredito que vamos precisar nos reinventar se quisermos continuar filmando. Eu venho trabalhando em alguns projetos menores que pretendo realizar com equipes muito reduzidas e com poucos recursos.”
Ela também revelou que está escrevendo o argumento de um próximo longa de ficção, que provavelmente se passará no sul do Brasil, mas destacou que ainda não há perspectiva de como alavancar recursos para iniciar as filmagens.
Você chegou até aqui e ainda não assistiu A Febre? Está esperando o quê? Corre!
Justino (Regis Myrupu), um indígena Desana de 45 anos, trabalha como vigilante do porto de cargas de Manaus, no Amazonas. Enquanto sua filha Vanessa (Rosa Peixoto), trabalha em um posto de saúde e se prepara para estudar medicina em Brasília.
No momento em que Vanessa tenta lidar com a indecisão entre seguir seu sonho e deixar seu pai sozinho, Justino é tomado por uma febre misteriosa que o leva de volta a sua aldeia, de onde partiu vinte anos atrás.
Assista ao trailer abaixo:
Espero que os títulos tenham sido bons trocadilhos apreciativos. E, dessa vez, A Febre não se referia à doença e sim ao que esse longa representa para o nosso cinema brasileiro: uma verdadeira febre, no melhor dos sentidos.
Artista lançou hoje (22), em todas as plataformas, o áudio de ilomilo, canção trilha sonora de The World’s a Little Blurry
Na próxima quinta feira (25), Billie Eilish fará um evento ao vivo de estreia global para celebrar o lançamento de seu novo filme, The World’s a Little Blurry. A produção é original Apple e terá R.J Cutler dirigindo o longa.
Os fãs ainda poderão assistir a uma performance exclusiva de Billie, com trechos do filme, entrevista com o diretor e uma conversa com a própria cantora, especialmente para os fãs. Além disso, o evento terá apresentação do DJ Zane Lowe, host da Apple Music e terá início às 23h (horário de Brasília), através dos aplicativos Apple TV e Apple Music e no canal de BVillie no Youtube. O longa estará disponível nas plataformas imediatamente após o show de estréia.
Remember not to get too close to stars
Hoje (22), a cantora lança o áudio ao vivo de ilomilo, canção que traz a letra de onde o filme empresta o título. A apresentação foi no Toyota Center, em Houston – Texas, em outubro de 2019. Uma parte da performance aparece no filme.
Billie Eilish: The World’s a Little Blurry conta a história verdadeira da cantora e compositora, seu amadurecimento e ascensão no mundo da música. O filme oferece um olhar profundo e íntimo sobre Billie e mostra bastidores de sua vida na estrada, no palco, em casa e momentos enquanto escrevia, gravava e lançava seu álbum de estreia, WHEN WE ALL FALL ASLEEP, WHERE DO WE GO?
Algum fã de Billie Eilish por aí? Acesse as redes sociais do Entretetizei – Insta, Face e Twitter – e conta pra gente!
A série será dirigida por Tim Burton e trará uma série de comédia sobrenatural sobre o amadurecimento da personagem
Na quarta-feira (17), a Netflix confirmou em sua conta oficial que Tim Burton tem um novo projeto em sua plataforma, uma série live-actionde oito episódios, chamada Wednesday, sobre Wednesday Addams ou, para os brasileiros, Wandinha Addams.
Esta é a primeira vez que Tim Burton encara a direção de uma série e fecha parceria com a gigante do streaming. O diretor é conhecido pelos seus filmes excêntricos, dramáticos e com uma pitada gótica. Ele é o responsável por produções como Batman (1989 e 1992), Edward Mãos de Tesoura (1990), A Noiva Cadáver (2005), A Fantástica Fábrica de Chocolates (2005), Alice no País das Maravilhas (2010), Frankenweenie (2012), O Lar das Crianças Peculiares (2016) e, mais recentemente, Dumbo (2019).
O seu histórico leva a acreditar que Burton é a peça perfeita para dirigir uma série sobre Wednesday/Wandinha, a garota que é fascinada pela morte, tem senso de humor ácido e é um pouco sádica.
Wednesday vem na onda das séries de fantasias adolescentes com um lado mais obscuro, como Chilling Adventures of Sabrina e Fate: The Winx Saga, que fazem sucesso na plataforma e garantiram sequências.
A produção, que será uma comédia sobre o amadurecimento da Wandinha, mostrará a personagem em seus anos escolares na Nevermore Academy onde ela treina suas habilidades psíquicas, encara monstros que aterrorizam a sua cidade e tenta resolver o mistério sobrenatural que envolveu seus pais 25 anos atrás.
A expectativa no momento é conhecer qual atriz será a personagem que hoje é conhecida pelo rosto de Christina Ricci, a Wednesday nos dois filmes de A Família Addams nos anos 90. Nomes como McKenna Grace (Capitã Marvel), Isla Johnston (O Gambito da Rainha), Julia Butters (Era uma vez em… Hollywood) e Dafne Keen (Logan) já são muito sugeridos pelos fãs nas redes sociais.
Quem você acha que seria o rosto perfeito para a Wednesday Addams? Conta pra gente em nosso Twitter, Face e Insta!
*Crédito da imagem de destaque: Netflix e Mario Anzuoni/Reuters
A plataforma de streaming lançou hoje o teaser da série O Legado de Júpiter, escrita por Mark Millar
A Netflix divulgou hoje (23) o teaser oficial de O Legado de Júpiter, nova trama de super-heróis do serviço de streaming. A trama chega na plataforma em 7 de maio deste ano. Baseado nas histórias em quadrinhos de Mark Millar e Frank Quitely, o drama de super-heróis vai contar com oito episódios na primeira temporada.
Depois de manter a humanidade a salvo por quase um século, é hora da primeira geração de super-heróis do mundo confiar que seus filhos são capazes de continuar seu legado. Entretanto, devido à necessidade que os jovens heróis têm de provar seu valor, cria-se uma tensão que aumenta cada vez mais. Desta forma, eles lutam para viver de acordo com a famosa reputação pública de seus pais, além de seus exigentes padrões pessoais.
E aí? O que acharam do teaser? Conta para a gente lá no Twitter, Insta e Face do Entretetizei se você pretende acompanhar essa trama que fala da dinâmica complexa de família, poder e lealdade.
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