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Relembrando Sucessos | O Casamento do Meu Melhor Amigo

Julia Roberts interpreta uma jovem e bem sucedida crítica gastronômica que faz de tudo para reconquistar um ex affair que está prestes a se casar

 

Sinopse
Julianne (Julia Roberts) e Michael (Dermot Mulroney) tiveram um caso quando jovens e acabaram virando melhores amigos. Às vésperas de completar 28 anos, ela recebe um telefonema do amigo anunciando que está prestes a se casar com a charmosa Kimberly (Cameron Diaz). Julianne se descobre apaixonada por Michael e aceita o convite para ser madrinha, mas com a intenção de reconquistá-lo antes do casamento acontecer.

(Imagem: reprodução)
“Forever and ever, you’ll stay in my heart”

Em O Casamento do Meu Melhor amigo somos apresentados a Julianne (ou Jules, como é chamada), uma jovem crítica gastronômica que está prestes a completar 28 anos e que havia combinado há alguns anos, com seu grande amigo Michael, que se ambos chegassem aos 28 anos solteiros, eles se casariam. Prestes a completar a data, Jules recebe uma ligação do amigo, e acaba levando um banho de água fria ao descobrir que o telefonema era sobre o anúncio do casamento de Michael. 

Michael liga não só para comunicar que irá se casar naquele final de semana com Kimberly, mas também para convidar a amiga para ser madrinha do seu casamento. Julianne aceita o convite com a intenção de desfazer o romance de Michael e sua noiva. Junto ao seu fiel e confidente amigo, George (Rupert Everett), com quem irá compartilhar cada momento do plano para reconquistar Michael, Jules não mede esforços para fazer Michael e Kim se separarem.

Apesar de ter em mãos uma personagem um tanto quanto má, Roberts dá humanidade e simpatia a ela, que desperta a compaixão e até mesmo a torcida da audiência, apesar do fato de não ser exatamente uma pessoa confiável. Julianne comete erros grotescos, mas também sofre as suas consequências, e seus planos sempre acabam dando errado por um fato incontestável: apesar de adorá-la, Michael ama, na verdade, sua noiva e nem mesmo todas as armadilhas do mundo mudam isso. 

(Imagem: reprodução)

É essa certeza que o público tem mas Julianne não, o que faz toda diferença. Antes de ser uma vilã, Jules é uma mulher equivocada e confusa a respeito de seus sentimentos. O roteiro também faz questão de apontar muitas qualidades para a rival de Julianne, Kim, que é inocente, ingênua e completamente apaixonada por Michael, fazendo inclusive o público começar a detestar Julianne por sua obsessão sem limites.

Nesse caso, quem traz a personagem para realidade é seu amigo George. Ele dá voz ao espectador, algo incomum nas comédias românticas. É raro nesse tipo de gênero (ainda mais nos filmes mais antigos) que personagens questionem as ações e situações que acontecem ao seu redor. Em determinado momento do filme, o amigo que é gay, acaba fazendo parte do plano de Jules e é rotulado pela amiga, como noivo dela.

Além de ser um amigo que todos queriam ter, George é um excelente coadjuvante, o alívio cômico do filme e dono de muitas cenas inesquecíveis do longa. É impossível não lembrar da icônica cena do jantar em que ele faz toda a mesa cantar I Say A Little Prayer, que virou hit por anos após o longa.

Matthew broderick GIF - Find on GIFER
(Gif: internet)

O final divide opiniões, muitos odeiam e muitos adoram. É um filme que traz um final fora do esperado para esse tipo de produção. Julianne vinha com um histórico de relacionamentos mal sucedidos e o fracasso com o amigo ampliou a sua falta de perspectiva. O filme é muito bem conduzido com piadas, cenas inesquecíveis e personagens muito bem construídos.

O Casamento do Meu Melhor Amigo é aquele típico filme inofensivo e divertido que pode até não gerar muitas reflexões após a sessão, mas com certeza é do tipo que, se está passando na televisão, qualquer um para e assiste até o final. 

Mesmo tendo custado muito para uma comédia romântica (U$38 milhões) o filme rendeu ainda mais, tornando-se um relativo sucesso de crítica de bilheteria. À primeira vista pode parecer mais uma comédia romântica bobinha, mas acredite, o filme consegue ir além do esperado.

(Imagem: reprodução)

O longa deixa o recado de que nem sempre conseguimos o que queremos e às vezes temos que deixar algumas pessoas de lado para darmos espaço a novos relacionamentos. Em O Casamento do Meu Melhor Amigo o adeus é necessário, assim como na vida real.

 

Para relembrar os sucessos e não perder nada do que acontece no mundo do entretenimento, é só seguir o perfil do Entretetizei no Insta, Twitter e Face!

 

 

*Crédito da foto de destaque: Reprodução | Tristar Pictures

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Entretenimento Notícias

Falência: Websérie inédita que fala sobre saúde durante a pandemia estreia hoje no YouTube

Roteirizada por Jozias Benedicto e encenada pela Cia de Teatro Cordão Encarnado, Falência estreia nesta quinta-feira às 20h

Com estreia prevista para esta quinta-feira (25), às 20 horas, no canal do Cordão Encantado Cia de Teatro, a websérie inédita intitulada Falência utiliza do humor para criticar esquemas de corrupção e de superfaturamento na compra de equipamentos de saúde e segurança.

Apresentando uma ficção que se assemelha com a nossa realidade, Falência apresenta, em tom de humor, uma família decadente que vê na pandemia a possibilidade de lucrar com o superfaturamento de equipamentos e segurança. Pai, mãe, filhos e a empregada da casa pensam apenas em sobreviver em meio ao caos – e enquanto isso, dão um jeito de ganhar dinheiro ilicitamente.

Foto: Divulgação

Falência da saúde na pandemia

Ao longo de cinco episódios, a trama apresenta assuntos complicados em um momento no qual todas as atenções estão voltadas para o sistema de saúde brasileiro. Ainda que que o plot seja dramático, a trama, por outro lado é repleta de humor, e é dessa forma que os cinco atores do grupo de teatro carioca e o roteirista da série acreditam alcançar o público.

O humor salva. Já temos uma situação extremamente dramática e insistir no drama pode paralisar qualquer ação. O humor agrega e movimenta. Se formos produzir um trabalho com temas tão atuais, como os que tratamos na websérie, enfatizando o drama, talvez se torne algo insuportável para este momento. Os noticiários já estão aí para isso”, ressalta a atriz e produtora Joelma Di Paula.

A série que tem o patrocínio do Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc foi gravada de forma remota, com deslocamento feito apenas pela direção, liderada por Angelo Mayerhofer.

Foto: Divulgação

Reflexões 

A websérie não nos traz apenas uma reflexão sobre a pandemia, como também levanta discussões sobre os desdobramentos do tema. Falta de empatia, desemprego e desigualdades sociais são tratados na trama. Além disso, são abordadas as falências financeiraética e moral de um mundo que precisa cada vez mais repensar seus posicionamentos e atitudes.

“Gostaria muito que os espectadores refletissem sobre a situação atual do Brasil, que é totalmente absurda, como um circo de horrores. Acho que uma das maneiras de ser mais efetivo, neste sentido, é justamente sair do discurso rancoroso e usar o humor, a sátira, a farsa, comenta o roteirista Jozias Benedicto

Confira o teaser do Episódio 1 de Falência:

 

Gostou do teaser? Ansioso(a) para a estreia da websérie? Então conta tudo para a gente lá no Twitter, Insta e Face do Entretetizei.

 

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* Crédito da foto de destaque: Divulgação

 

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Entrevistas

Entrevista | Gabrielly Oliveira comenta sobre festival Brotando nas Redes: É papo de futuro

Em entrevista ao Entretetizei, a fundadora da Perifacon contou quais foram os desafios de realizar um festival em meio a pandemia

Pensando principalmente no público nerd, geek e pop das periferias, nasceu a Perifacona Comic Con das Favelas. O evento criado em 2019 por Andreza Delgado, Gabrielly Oliveira, Igor Nogueira e Luíze Tavares, já se tornou uma marca que tem como objetivo a promoção, visibilidade e desenvolvimento da cultura nas periferias e favelas

A primeira edição do projeto aconteceu em março de 2019, na Fábrica de Cultura do Capão Redondo e recebeu mais de sete mil visitantes. A segunda edição estava marcada para acontecer em 2020, mas, com a pandemia, o evento precisou ser adiado e, até o momento, não foi realizado. 

Com esse período de hiato da Perifacon presencial, os fundadores resolveram criar um novo festival 100% online, chamado Brotando nas Redes: É papo de futuro, que vai rolar nos dias 26, 27 e 28 de março. Ao contrário do que muitos estão pensando, essa não é a segunda edição do evento, que ainda irá acontecer quando tudo melhorar, é uma iniciativa diferente que tem como objetivo criar uma presença maior online e se comunicar com o público presente nas redes sociais

Para saber um pouco mais sobre o evento, o Entretetizei bateu um papo com a Gabrielly Oliveira, uma das fundadoras da Perifacon. Confira a entrevista completa:

 

Entretetizei: Como surgiu a ideia de criar a Perifacon?

Gabrielly: A ideia de criar a Perifacon surgiu a partir do sonho de ter um evento na quebrada que pudesse dar uma oportunidade, abrir espaço de forma gratuita para outras pessoas poderem falar, se expressar através do conteúdo nerd/geek/pop. É uma coisa que todos nós, que queríamos o evento, gostamos e sempre falamos, mas nunca conseguimos acessar os espaços onde as pessoas vão para falar sobre isso. E aí criamos o que no início seria apenas um andar da Fábrica de Cultura, com alguns painéis de debate, alguns sobre cultura nerd/pop/geek, o beco dos artistas onde eles poderiam expor suas artes, e virou um mega evento nos sete andares da Fábrica no Capão Redondo. De lá pra cá nós estamos lutando para conseguir manter a ideia viva e realmente dar continuidade a um evento que foi tão importante e marcante para todo mundo, seja para quem participou, mas também para quem realizou.

Foto: Jef Delgado / Estúdio Delara

E: O que você percebeu que mudou na população da periferia desde a criação do evento?

G: Cada lugar é uma coisa, então dizer o que mudou em cada periferia é muito. Mas, eu acredito que a existência da Perifacon deu força para que outras pessoas também se sentissem capazes de ir lá e executar os seus sonhos e ideias, independente do tamanho delas… Assim como o surgimento de outros eventos, ou até os que vieram antes da gente, fortaleceram. Cada evento que se ergue, cada grupo de pessoas que se reúne para colocar um sonho na praça, para fazer um sonho acontecer, fortalece as pessoas a fazerem o mesmo pelo exemplo. Então, eu acredito que essa mudança é sutil, mas é real. Nós vimos o surgimento de outras iniciativas que também não podemos dizer que não existiam, mas nada como a Perifacon, realmente fomos um marco no mercado das convenções nerds.

E: Qual a importância de levar um evento como esse para a periferia?

G: A importância de levar um evento desse para a periferia, fisicamente falando, como foi a outra edição, é realmente levar um momento onde as pessoas consigam acessar os elementos de entretenimento que elas consomem de outra maneira, mais próxima e gratuita, onde elas podem ser o cosplay que elas quiserem e assistir painéis de debate sobre o filme que elas quiserem, conhecer pessoas que estão produzindo games na quebrada… esse momento é de troca. Porque, dentro da quebrada, existem pessoas fazendo coisas com elementos da cultura nerd/geek/pop há muito tempo, só que a existência de mais e mais espaços para unir esses conteúdos é cada vez melhor, onde as pessoas possam ter lugares de referência para elas poderem curtir e falar sobre os assuntos que elas já falam. Todo mundo fala sobre filme, todo mundo fala sobre série, então realmente esse espaço é uma oportunidade para que as pessoas se divirtam, porque é muito importante que a gente lembre que a periferia também é diversão, também é criação de conteúdo, também é um espaço onde estão jogando, assistindo filme, enfim… estão curtindo a vida. Então, para que elas possam curtir de forma gratuita e integrada nesse espaço, que, para a gente, fez e faz muita diferença.

E: Qual foi a inspiração para a escolha do tema deste ano?

G: A inspiração para a escolha do tema deste ano foi justamente a nossa vontade de ter uma presença maior online, se comunicar com o nosso público. Mas não é a nossa segunda edição, nem de longe. É apenas um momento em que a gente consegue fazer um festival online e ter essa troca legal com a galera que colou junto com a gente, com a galera que segue a gente nas redes sociais, apresentar um pouco de como que está… Então, é basicamente isso: a gente está nesse momento em que não podemos fazer evento físico, mas a gente quer ter essa comunicação com a galera que torce pelo nosso sucesso.

Foto: Divulgação/ PerifaCon

E: Como foi a preparação para o evento 100% online?

G: A preparação para esse evento foi a gente ir atrás de editais, conseguimos a Aldir Blanc, estamos muito felizes com isso e também com o apoio do governo do estado, estamos conseguindo manter a nossa equipe e funcionamento com isso. A Perifacon, depois da primeira edição do evento, se tornou uma empresa e isso acarreta custos. Então, é sempre bom a gente conseguir fontes e espaços onde conseguimos nos manter internamente, manter a empresa e o sonho em pé. Preparamos algumas mesas, queremos fazer um ciclo formativo para artistas e quadrinistas, que é o coração do nosso evento, e também o concurso de cosplay, para ter um lugar de entretenimento onde as pessoas possam participar, votar no cosplay que mais agrada e também os painéis que são mais voltados para apresentar ao público o que está rolando. Nós não lotamos os painéis, porque já existe uma saturação em relação a acompanhar muita coisa em evento online, então a gente focou no que gostaríamos de consumir se estivéssemos olhando de fora a Perifacon, então é basicamente isso.

E: A pandemia prejudicou o projeto de alguma forma?

G: A pandemia prejudicou bastante. Estávamos preparando a segunda edição, que ia rolar no Centro de Formação Cultural Cidades Tiradentes, na Zona Leste, mas, com muita fé, ainda vai rolar. Quando a gente puder voltar a ter eventos presenciais, nós vamos fazer a nossa segunda edição. Só manter esse período que estamos agora, firmes dentro de casa, mas que encontremos maneiras de estar juntos, mesmo distantes, e o Brotando nas Redes é essa oportunidade.

E: Quais são as expectativas para essa edição?

G: As expectativas para esse evento, que não é a nossa segunda edição, é apenas um festival, é que a gente consiga se comunicar com o nosso público, com uma programação online, é muito pocket. Nós queremos trazer essa nostalgia do que foi o evento, do que a gente vem fazendo, mas, ao mesmo tempo, nós queremos pensar no futuro. Por isso colocamos também que é papo de futuro, queremos olhar para a frente, pensar quais são os sonhos, quais são as vontades para a próxima edição física, quais são os nossos anseios, desejos que ainda vamos realizar… É basicamente isso, é uma coisa de olhar pra trás com saudade, mas também olhar pra frente com sonhos e desejos coletivos, pelo que a gente quer que seja quando pudermos nos reunir de novo.

E: Quais são os planos para os próximos anos de Perifacon?

G: Planos e expectativas para os próximos anos da Perifacon, é realizar a segunda edição física e investir nas curadorias que a gente faz. Um dos nossos objetivos é expandir o mercado de cultura nerd/geek/pop dentro das empresas e instituições públicas. Então, nós fazemos a curadoria de público e de profissionais, desse mundo. Nós, que trabalhamos nesse eixo de curadoria, também queremos fazer palestras sobre democratização de acessos, sobre inclusão, queremos continuar tocando o Brotando nas Redes, quem sabe pra mais uma edição, porque ele é um projeto a parte: Perifacon edição física é uma coisa, e o Brotando nas Redes é outra coisa. Rolou um pouco essa confusão das pessoas acharem que seria a nossa segunda edição, mas não é, isso é uma outra coisa. Então realmente é isso, tocar esse projeto, nos prepararmos para a segunda edição física, fazer as curadorias, fazer palestras, enfim, continuar se comunicando e gerando transformações dentro do mercado do entretenimento.

E aí, o que você achou da entrevista e dessa iniciativa? Conta para a gente nos comentários e acompanhe o Entretetizei no TwitterInsta e Face para ficar por dentro dos eventos e curiosidades sobre o mundo do entretenimento.

*Crédito da foto de destaque: Jef Delgado / Estúdio Delara

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Especiais Livros

Feliz Tolkien Day!

One Ring to rule them all, One Ring to find them, One Ring to bring them all, and in the darkness bind them!

No dia 25 de março de 3019, na Era do Sol, Sauron – O Senhor do Escuro, finalmente foi derrotado. Depois de anos de batalhas épicas, mortes e queda de reinos, foi no coração da Montanha da Perdição, em Mordor, que Sauron finalmente encontrou seu fim. Frodo Baggins e Samwise Gamgee, dois Hobbits do Condado, levaram o Um Anel e o jogaram no fogo de onde foi forjado. E assim, seu poder sob a Terra Média acabava e uma era de paz se iniciava.

Foto: Reprodução

Por conta desse momento histórico, o dia 25 de março se transformou em Tolkien Day (Dia de Tolkien). Nascido em 1892 na atual África do Sul e filhos de pais britânicos, J.R.R Tolkien foi um escritor, professor universitário e filósofo britânico, considerado o pai da fantasia. Ele teve a ideia de escrever seu primeiro livro de fantasia quando um de seus alunos lhe enviou um documento em branco. Ao olhar aquela folha de papel, ele escreveu sem saber o porquê a frase que marcaria para sempre os fãs de literatura fantástica: “Numa toca no chão vivia um hobbit”.

Foto: Reprodução

A frase, que abre o primeiro capítulo de O Hobbit – segundo livro escrito por Tolkien (o primeiro livro do autor não foi traduzido em terras lusófonas. É um livro de poemas chamado Songs for the Philologists, em parceria com E. V Gordon) -, acertou em cheio autores de todo o mundo. Apaixonado por idiomas, suas obras só ficaram conhecidas mundialmente após o lançamento de O Senhor dos Anéis, em 1954. Seu legado influenciou todo o mundo artístico como músicas, jogos (principalmente o RPG, liderado por Dungeons & Dragons), desenhos animados, literatura e, histórias em quadrinhos. Sua visão de criação de mundos inspirou outros autores famosos como C.S Lewis (seu amigo pessoal), Isaac Asimov, Neil Gaiman, Stephen King, George R. R. Martin, J.K Rowling e muitos outros.

Em março de 1972, Tolkien foi nomeado Comendador da Ordem do Império Britânico pela rainha Elizabeth II. A Excelentíssima Ordem do Império Britânico é uma ordem de cavalaria britânica, criada em 1917, pelo rei Jorge V, com intenção de honrar contribuições para a arte, ciências, trabalhos sociais e serviço público. Dois atores da trilogia O Senhor dos Anéis também foram agraciados com tal honraria: Sir Ian McKellen, o Gandalf, e Sir Christopher Lee, o Saruman. Sir Christopher Lee, inclusive, conheceu e foi amigo de Tolkien, tendo recebido sua benção para interpretar o mago Gandalf nos filmes. Porém, com a idade avançada para fazer um personagem tão ativo, Sir Lee foi escalado para viver Saruman, o Branco.

Foto: Reprodução

Após o lançamento de O Hobbit, em 1937, 11 outros livros foram lançados, até sua morte em 1973. Desses 11, o conto épico de O Senhor dos Anéis virou também filme. Avesso à tecnologia, Tolkien foi obrigado a vender os direitos de suas obras para o cinema, fazendo com que sua obra se tornasse imortal. Lançados entre 2001 e 2003 e dirigido por Peter Jackson – 47 anos após o lançamento do livro de mesmo nome – A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei se tornaram filmes de maior bilheteria, garantindo 17 Oscars. Além dos prêmios da Academia, cada filme da trilogia levou para casa o Prêmio Hugo de Melhor Apresentação Dramática, um Prêmio MTV Movie de Melhor Filme e um Prêmio Saturno de Melhor Filme de Fantasia. A Sociedade do Anel e O Retorno do Rei também venceram o Prêmio BAFTA de Melhor Filme. 

O mundo não está em seus livros e mapas. Ele está lá fora!

É claro que a trilogia mais famosa da literatura fantástica tem seu valor, mas existem outras histórias esquecidas de Tolkien que merecem atenção. Se algum dia você, caro leitor, quiser se iniciar no mundo da Terra-Média, aconselho a seguir a seguinte ordem:

O Silmarillion

Foto: Reprodução

Lançado após a sua morte por seu filho Christopher Tolkien, o livro é, na verdade, uma coletânea de obras literárias de poesia e conta a história dos Dias Antigos da Primeira Era, além de ser o principal alicerce para as histórias do autor. É considerado o primeiro livro da história do Senhor dos Anéis e se passa na época em que Morgoth, o Primeiro Senhor Sombrio, habitava a Terra-Média. Os Altos-Elfos guerreavam contra ele para recuperar as Silmarils, jóias que continham a luz de Valinor. Alguns personagens dessa história são bem conhecidos dos fãs de Tolkien, como Elrond e Galadriel, elfos que ajudam Frodo em sua jornada. 

O livro é dividido em cinco partes e conta a história da criação de Eä, o “mundo que é”; a descrição dos Valar e Maiar, poderes sobrenaturais de Eä; a terceira, que narra os eventos antes e durante a Primeira Era, inclusive as guerras pelas Silmarils; a quarta, que relata a história da Queda de Númenor e seu povo, durante a Segunda Era; e a quinta, que conta a história da criação dos Anéis do Poder e da Terceira Era.

Os Filhos de Húrin

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Lançado em 2007, também por Christopher Tokien, o livro e conta a história de Húrin, um dos maiores guerreiros humanos. Ele é aprisionado por Morgoth e amaldiçoado após se recusar a trair sua aliança com os Elfos. Acorrentado, é forçado a assistir a todos os males que se abateram sobre sua família. Iniciada em 1914, essa pode ser considerada uma das criações mais obscuras do autor, tendo um fim trágico. 

O Hobbit

Foto: Reprodução

Lançado em 1937, o livro conta a história de Bilbo Baggins, um simples Hobbit que vivia tranquilamente em sua casa, até que Gandalf aparece para mudar todos os seus planos. O Mago, então, leva uma companhia de Anões para a casa de Bilbo e o convida a participar de uma aventura a fim de recuperar a Montanha Solitária do dragão Smaug.

É a partir daí que as histórias começam a se entrelaçar, uma vez que é Bilbo quem encontra o Um Anel, forjado por Sauron, nos túneis dos goblins. 

O Senhor dos Anéis

Foto: Reprodução

Trilogia lançada entre 1954 e 1955 conta a história de Frodo Baggins e sua jornada em busca da Montanha da Perdição para destruir o Um Anel forjado por Sauron. Ao perceber o poder que o objeto possui, Gandalf logo organiza uma Sociedade para ajudar Frodo a chegar a Mordor. Aragorn, Rei dos Homens, Boromir também do reino dos Homens, o Elfo Legolas, o Anão Gimli e os Hobbits Samwise Gamgee, Peregrin Tük e Meriadock Brandebuque  se juntam a ele.

 Contos Inacabados de Númenor e da Terra Média

Foto: Reprodução

É uma coleção de narrativas que vão desde os Dias Antigas da Terra-Média, contados em O Silmarillion, até o final da Guerra do Anel. A obra contém histórias de como Gandalf enviou os Anões para o Bolsão, uma descrição detalhada da organização militar dos Cavaleiros de Rohan e a única história que restou sobre as longas eras de Númenor antes de sua queda, assim como as histórias dos Cinco Magos, as Palantíri e a lenda de Amroth.

Os contos foram reunidos e editados por Christopher Tolkien e oferecem ao leitor uma forma de encerrar as obras do pai, preenchendo todas as lacunas deixadas pelos outros livros.

E para você? Qual seu livro favorito do Tolkien? Entre nas redes sociais do EntretetizeiInsta, Face e Twitter – e conte para a gente.

*Crédito da foto de destaque: Reprodução

 

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Entretenimento Especiais

Especial | Hannah Montana comemora 15 anos de estreia

Uma das séries de maior sucesso do Disney Channel comemora 15 anos de sua estréia esta semana, com direito a carta de Miley Cyrus para Hannah Montana

Esta semana comemoramos o 15° aniversário da estreia de Hannah Montana, série do Disney Channel estrelada por Miley Cyrus. A produção, que estreou no dia 24 de março de 2006, é considerada um dos maiores sucessos do canal com quatro temporadas, 101 episódios e quatro EMMYs. Além disso, Hannah Montana ainda rendeu cinco álbuns de estúdio e dois filmes.

E para celebrar esse aniversário, o Disney+ criou uma seção de destaque com todos os conteúdos de Hannah Montana disponibilizados na plataforma. Os fãs podem curtir pelo streaming as quatro temporadas completas do seriado, o especial musical Hannah Montana & Miley Cyrus – Show: O Melhor de Dois Mundos e Hannah Montana: O Filme.

Para quem não é assinante do Disney+,  o Disney Channel está exibindo uma maratona desse ícone entre os dias 24 e 31 de março, a partir das 16h. Além disso, algumas atualizações foram feitas nas descrições das redes sociais da personagem principal da série, deixando os fãs desconfiados e animados

Contudo, uma das surpresas mais emocionantes desse aniversário para os fãs foi a carta escrita por Miley para Hannah: “Oi Hannah, faz um tempo que não nos falamos. 15 anos, para ser exata. Desde a primeira vez que coloquei aquela franja loira sobre minha testa na minha melhor tentativa de esconder minha identidade. Depois coloquei aquele roupão rosa de tecido felpudo com um ‘HM’ bordado em brilho em cima do coração”.

“Não passa um dia sem que eu me lembre de onde vim. Um prédio em Burbank, na Califórnia, com uma sala cheia de pessoas com o poder de cumprir o meu destino e eles cumpriram. Eles me deram você. O maior presente que uma garota poderia pedir. Eu te amo, Hannah Montana. Para sempre, Miley.”

https://twitter.com/hannahmontana/status/1374768341219377153?s=20

Uma das grandes provas do sucesso de Hannah Montana é The Climb, que até hoje é um dos maiores sucessos da carreira de Miley Cyrus. 

Outro ator que também deu seus parabéns à série foi Jason Earles, que interpreta Jackson Stewart, irmão de Miley Stewart, a protagonista da série. Ele aparece em um vídeo em seu Instagram com a camiseta do quiosque do Rico, onde seu personagem trabalhava nas primeiras temporadas de Hannah Montana:

https://www.instagram.com/tv/CMz6ACXH6YH/?utm_source=ig_web_copy_link

O Disney Channel também não deixou a data passar em branco e fez sua homenagem ao seriado no twitter:

Um dos presentes das novas redes sociais de Hannah é o Rockstar ID, um site que gera a identidade de rockstar com um nome artístico a partir do seu nome e uma foto à sua escolha. 

Rockstar ID

Lembrando do segundo episódio da terceira temporada em que Miley não consegue passar em seu exame para a carteira de motorista e resolve tirar a sua licença como Hannah Montana.

Participações especiais e crossovers da série

Algumas estrelas do mundo da música e do cinema participaram de episódios de Hannah Montana, seja interpretando a eles mesmos ou fazendo algum personagem dentro da trama. 

Além disso, a narrativa se cruzou algumas vezes com outras produções de sucesso da Disney como As Visões da Raven e Os Feiticeiros de Waverly Place.

Uma das aparições constantes na série era da grande diva Dolly Parton, que na vida real é madrinha de Miley Cyrus e na série interpreta a tia da protagonista. Um dos melhores episódios com sua participação é no episódio 16 da primeira temporada, em que Dolly grava Miley Stewart declarando seu amor pelo seu crush da escola.

Hannah Montana e Jake Ryan
Crédito da foto: Reprodução/Divulgação Disney

E esse tal crush também é uma participação especial do ator Cody Linley como Jake Ryan, que é um dos principais pares românticos da protagonista. Uma de suas melhores aparições é no episódio 16 da terceira temporada, chamado Jake… Um outro pedacinho do meu coração.

Nesse episódio Jake Ryan aparece depois de muito tempo na vida de Miley anunciando que vai se casar com uma das melhores amigas de Hannah.

https://twitter.com/hannahmontana/status/1374933688593510400?s=20

Parece que os episódios 16 de Hannah Montana tem algo de especial porque outra aparição maravilhosa é da banda Jonas Brothers, que também acontece no episódio 16, só que da segunda temporada, chamado Eu e o Sr.Jonas e o Sr. Jonas e o Sr.Jonas. 

Aqui Hannah Montana conhece os Jonas Brothers, mas os garotos estão muito mais interessados em passar um tempo com os seu pai do que com ela. O trio também participou do show The Best Of Both Worlds dividindo o palco com a loira.

Hannah Montana e Jonas Brothers
Crédito da foto: Reprodução Pinterest

Outra estrela que aparece na série é Selena Gomez, como Makayla, cantora teen que tem uma rixa com Hannah Montana. Ela aparece pela primeira vez na segunda temporada no episódio 13 e já declara seu ódio à loira. Inclusive, Selena regiu ao twitte da conta de Hannah Montana essa semana para Makayla

Outra interação fofa foi para o personagem de Corbin Bleu, ator que participou da série como Johnny Collins, um dos primeiros crushes de Miley Stewart no colégio, que já passa vergonha na frente do boy no primeiro episódio da primeira temporada.

https://twitter.com/hannahmontana/status/1374934151653072896?s=20

E quando o assunto é crossover, Hannah Montana também tem muito para entregar. Na primeira e na segunda temporada, a personagem se encontra com os irmãos de Zack e Cody, das séries Gêmeos em Ação e Gêmeos a Bordo

Para quem quiser conferir, se trata do episódio 12 da primeira temporada em que Hannah fica hospedada no Tipton Hotel. Nesse episódio também aparecem personagens de As Visões da Raven. 

Crossover de Hannah Montana com outras séries da Disney
Crédito da foto: Reprodução/Divulgação Disney

Já no episódio 20 da terceira temporada, a superstar embarca no cruzeiro em que Zack e Cody vivem e estudam.

Além de tudo isso tem um especial da Disney de três partes chamado Os Feiticeiros a Bordo com Hannah Montana que é um grande crossover de Hannah Montana, Zack e Cody Gêmeos a Bordo e Os Feiticeiros de Waverly Place. Infelizmente, esse especial não está disponível no Disney+ do Brasil.

E, é claro,  não podemos deixar de citar a aparição de Taylor Swift cantando Crazier na cidade natal de Miley Stewart em Hannah Montana: O Filme. 

Curiosidades sobre Hannah Montana

Nós do Entretetizei separamos algumas curiosidades sobre essa produção que conquistou tantos fãs.

Primeiro, a atriz convidada para interpretar Hannah Montana originalmente foi Joanna Levesque, a Jojo, cantora do hit Too Little Too Late. Mas ela acabou recusando a oportunidade e, Miley Cyrus foi aprovada, na época com 11 anos. 

Além disso, teve outra questão com as audições: primeiro, Miley fez o teste para o papel de Lily Truscott, melhor amiga da personagem principal. No entanto, os diretores de elenco gostaram dela e pediram que ela interpretasse Hannah.

Com um orçamento apertado para os figurinos, todas as roupas de Hannah Montana eram da famosa loja, Forever 21. Entretanto, mais tarde com o sucesso da série, os looks passaram a ser costurados sob medida.

A equipe de maquiagem e figurino de Hannah Montana colava a famosa peruca da personagem na testa de Miley para que ela não caísse durante a gravação.

Em inglês, os nomes dos episódios eram todos inspirados em diferentes músicas. Segundo a Disney, os escritores criaram trocadilhos com músicas que já existiam para dar nome aos episódios da série.

Por exemplo, “o episódio da terceira temporada intitulado Don’t Go Breakin My Tooth (Não vá quebrar o meu dente, em tradução livre) foi inspirado pela canção de Elton John e Kiki Dee Don’t Go Breaking My Heart.”

Um episódio da quarta temporada intitulado It’s the End of the Jake as We Know It (É o fim de Jake como nós o conhecemos) é uma brincadeira com a canção da banda R.E.M. It’s the End of the World as We Know It (And I Feel Fine).”

Os únicos personagens que aparecem em todos os episódios da série são a própria Miley Stewart, Lily Truscott, interpretada por Emily Osment, e Jackson Stewart.

Antes de ser decidido que o nome da série seria Hannah Montana, chegou a ser cogitado nomes como Alexis Texas, Anna Cabana e Samantha York.

Miley Cyrus revelou em sua autobiografia Miles to Go, que inicialmente, não tinha uma relação tão amigável com Emily Osment nos bastidores, como as personagens tinham na série. Porém, mais tarde, elas passaram a ser amigas.

Para quem ama as músicas da era Hannah Montana de Miley Cyrus, pode curtir e matar as saudades da adolescência com a playlist This Is Hannah Montana no Spotify:

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*Crédito da foto de destaque: Reprodução Divulgação Disney

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Inválida

5X Comédia: em coletiva, elenco e produção contam tudo sobre a primeira série de ficção brasileira Original Amazon

O Entretetizei assistiu a Hipocondríaco e Colapso, os dois primeiros episódios de 5X Comédia, que chega ao Prime Video nesta sexta 

Lançada nesta sexta (26), 5X Comédia se torna a primeira ficção nacional original do Amazon Prime Video. Baseada na peça de teatro homônima, a adaptação do formato para o streaming foi idealizada e dirigida por Monique Gardenberg. No elenco, constam grandes nomes da comédia brasileira, dentre eles Gregório Duvivier e Gabriel Godoy, que, ao lado de Monique e de Malu Miranda, Head de Conteúdo Original Brasileiro do Amazon Prime Video, concederam uma coletiva sobre a série na quarta-feira (24).

Em cinco episódios de 30 minutos, partindo cada um de pontos de vista completamente distintos, a produção aborda questões como sexo, trabalho, relacionamentos, família, solidão, medo e desejo de viver em estado de isolamento social. Tudo isso entrelaçado a temáticas essenciais ao falar do Brasil, tão escancaradas no contexto pandêmico, como as diferenças de classe, gênero e raça. Recheados de diálogos ágeis e dotados de um humor, muitas vezes ácido, os episódios também trazem momentos de drama e reflexão

Confira a seguir os destaques da coletiva feitos pelo Entretetizei:

O processo de criação e realização

As primeiras semanas de quarentena, para muitos, foram de retomada de hábitos e da procura por métodos para relaxar e se distrair da situação amedrontadora da pandemia. Para Monique Gardenberg, no entanto, elas foram o completo oposto. Ainda no mês de março de 2020, a diretora se envolveu em um trabalho que a fez ter de passar muito tempo pensando sobre o contexto de isolamento. Ela conta: “Recebi um telefonema da Viacom [produtora] perguntando se eu teria algo que poderia ser filmado remotamente. Respondi que apenas se fosse algo curtinho. Quando me fizeram essa provocação, ficamos pensando o que poderia ser curto e chegamos à 5X Comédia. Fiquei num estado mental meio hiperativo e naquela noite eu já tinha tido as 5 ideias”.

Pouco depois da noite de insônia de Monique, a produção começou a ser pensada e colocada em prática, porém, com um desafio: realizar todo o processo de forma inteiramente remota. Isso significa que os atores não puderam contracenar cara a cara e que etapas como maquiagem, figurino, manuseio de câmeras e iluminação tiveram de ser feitas pelo próprio elenco, guiados à distância por profissionais, com a ajuda de familiares e cônjuges. “A casa da minha mãe virou um set”, brincou Gregório Duvivier. 

A experiência de dirigir à distância certamente apresentou dificuldades, como o extremo de uma vez ter de dirigir Katiuscia Canoro por leitura labial por causa de problemas de conexão da atriz. Mas, de acordo com Monique, tudo valeu a pena.

Katiuscia Canoror
Katiuscia Canoro no episódio Hipocondríaco / Foto: Divulgação.

 

Foi desafiador, mas, ao mesmo tempo, extremamente reconfortante descobrir que é possível fazer isso remotamente, porque precisamos continuar criando”, afirmou a diretora.

 

Para além dos desafios, Gabriel Godoy relata que, devido ao cuidado exigido em uma gravação à distância, sentiu novamente uma sensação de união no set que não sentia há muito tempo. “Uma coisa que a gravação pandêmica me trouxe é que para fazer arte sempre precisamos do coletivo muito unido. O remoto traz esse cuidado, esse processo de construção coletiva do qual eu sentia muita falta. Online você consegue ter uma coisa que muitas vezes, por vivermos no automático, perdemos no presencial”, disse o ator.

Monique também se emociona ao falar do poder da tecnologia e da coletividade na construção de um produto de tanta qualidade como 5X Comédia: “Brincamos com a magia do cinema para criar situações críveis. Você imaginar que o Rafael Portugal nunca saiu de sua casa mas esteve em tantos cenários, que eu passei 5 semanas sem sair do meu quarto e dirigi uma série. Foi um trabalho lindo de colaboração”.

Gregório Duvivier
Bastidores do episódio Hipocondríaco / Foto: Divulgação.

A potência do humor como ferramenta de reflexão

Depois de mais de um ano lendo, ouvindo e falando sobre Covid-19 todos os dias, pode-se especular que os brasileiros estejam cansados do tema. Porém, mais do nunca, com o aumento diário de casos confirmados e mortes pela doença, tratar de isolamento social no Brasil é urgente e seguirá sendo por um tempo. Por isso, para Malu Miranda, foi importante que a Amazon produzisse e lançasse a série agora, como uma forma de registro desse momento, que já alterou o curso da História. “A arte funciona como um espelho desses momentos que marcam gerações. Provavelmente daqui 10, 20, 30 anos [ainda] veremos conteúdos sobre essa pandemia que estamos passando agora”, disse. 

A diretora relembrou que, assim como a pandemia, há temas que marcaram a história da humanidade e que, mesmo já tendo sido abordados e discutidos de diversas maneiras, são constantemente ressignificados. Como exemplo, citou o filme Jojo Rabbit (2019), que retomou a Segunda Guerra Mundial, já retratada de forma brilhante em filmes como O Grande Ditador (1940), de Charles Chaplin. “Acho que [a pandemia] é um desses assuntos que não se esgota. Há temas que são primordiais e voltam sempre, a maneira que você lida com eles é que importa”, opinou

Dessa forma, por reconhecer a importância e delicadeza do assunto tratado, a diretora e a equipe se preocuparam em fazer uma abordagem sensível do tema, sem perder o bom humor. “Esse foi o meu foco: trazer o riso de forma responsável, através do contato com a dor. Esse foi o caminho que procurei buscar, fazer rir e se emocionar, rir e se assustar”, contou Monique. Ela ainda ressalta a potência de gerar debate, própria do humor: “Vejo a comédia como uma função corretiva, que com graça, responsabilidade e jeito, coloca um espelho para a sociedade. Esse foi o meu norte, usar a comédia como uma chave para a crítica impiedosa”.

coletiva
Coletiva de imprensa virtual de 5X Comédia / Imagem: Reprodução.

Sobre o equilíbrio entre as cenas engraçadas e dramáticas, Gregório completou: A parte difícil é o que eu mais gosto, equilibrar o drama com a comédia, essa corda bamba, que é onde acho que mora o filé mignon da dramaturgia, e da vida também. (…) É uma encruzilhada, mas é onde eu gosto de morar. Adoro assistir e trabalhar nesse lugar”.

Hipocondríaco e Colapso: retratos de uma pandemia desigual 

A equipe ressaltou, ainda, a importância da série em gerar reflexão acerca das diferentes formas que os grupos sociais lidam, ou podem lidar, com a pandemia. “Têm muitas pandemias dentro da pandemia, têm muitas quarentenas dentro da quarentena, até dentro de uma mesma quarentena [de um mesmo indivíduo]. (…) Procuramos não contar uma história única”, disse Gregório.

Nos dois episódios disponibilizados para a imprensa, as diferenças entre as formas que mulheres e homens, e empregados e patrões, vivem a pandemia são exploradas. Em Hipocondríaco, João (Gregório Duvivier) se isola completamente em seu quarto por medo do vírus, enquanto sua esposa (Katiuscia Canoro) fica responsável por cuidar da comida, da casa e do filho do casal. Em Colapso, Edgar (Gabriel Godoy) é um acionista da bolsa que, em isolamento, não hesita em pedir favores arriscados a seu porteiro Zezinho (Rafael Portugal). Sobre essas desigualdades, escancaradas na pandemia, Gabriel refletiu: “Eu achava que isso [a pandemia] traria uma reflexão para o mundo, que passaríamos a ter mais empatia, mas agora, um ano depois, me questiono. Cheguei a ouvir falar que pandemias aceleram a evolução [da espécie], mas na verdade aceleram as desigualdades. E acho que essa desigualdade é bem mostrada no meu episódio”. 

Gregório, quando questionado sobre ter alguma semelhança de comportamento com seu personagem, disse que em diversas fases da quarentena se identificou com a neurose de João, mas ressalta que a arte o salva. “Estamos vivendo nesse lugar, entre a preocupação saudável e a paranoia enlouquecedora (…). O que tento fazer é transformar isso em humor, crônica e me vejo livre daquilo, que é o que o personagem não consegue fazer, não consegue transformar essa angústia em nada criativo”, disse. 

Hipocondríaco
Gregório Duvivier em Hipocondríaco / Foto: Divulgação.

Sobre o privilégio de João se isolar sem responsabilidades enquanto sua mulher precisa continuar a gerenciar a casa, o ator afirmou: “(..) o homem tradicionalmente põe seu próprio corpo em primeiro lugar, tem algo na hipocondria desse homem que é machista com certeza”. 

O que será que vem aí?

Com a estreia de 5X Comédia, o que será que os assinantes do Amazon Prime Video podem esperar de novidades brasileiras? De acordo com Malu Miranda, muita coisa! A Head de Conteúdo Original Brasileiro ressaltou que, mesmo com protocolos rígidos de segurança, a produção do Prime Video segue a mil e revela, ainda, a expectativa de retratar o Brasil em toda a sua diversidade. “(…) o Brasil é um país muito grande, com uma pluralidade extensa, e nossos planos são falar de e para todo o Brasil. Estamos filmando e criando em vários estados, queremos poder ser um espelho para todo o país”, disse.

 

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*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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Festival escolhe 40 fotógrafos de comunidades do Rio para mostra virtual

Festival Carioca de Fotografia Popular Emergente (#FRENTE) conta com o apoio da lei Aldir Blanc

 

O #FRENTE – Festival Carioca de Fotografia Popular Emergente realizou a seleção de 40 fotógrafos moradores das periferias do Rio de Janeiro, no último mês, para uma mostra virtual. O evento exibirá de maneira remota os trabalhos dos artistas, e pretende incentivar a arte oriunda do silenciamento social, econômico, artístico e cultural. Apoiado pela Lei Aldic Blanc, que prevê auxílio financeiro ao setor cultural, o projeto busca fomentar a produção artística e atuar na divulgação e visibilidade das imagens expostas.

Festival Carioca de Fotografia Popular Emergente (#FRENTE)
Reprodução: Yuri Perini | Mural Urbano

 

Giuliano Lucas, fotógrafo, documentarista, artista visual, produtor e idealizador do festival, fala sobre a motivação do evento: “O #FRENTE se propõe a ser uma vitrine, uma janela contra o silenciamento e a invisibilidade, um espaço de acolhimento e compartilhamento de saberes e também de ocupação e posicionamento no campo artístico/poético/político. Infelizmente, vivemos em um sistema que não nos permite compreender rapidamente e nos custa muito tempo até entender que o que fazemos é Arte. Sabemos que muitos circuitos de arte formais e institucionais têm suas portas fechadas para esses artistas, e enquanto for assim, vamos criar nossos circuitos, com interlocução com outros que dialogam da mesma forma. O que muitos consideram à margem e chamam de periferia, para nós é e sempre será central, pois se trata de nossa origem, de nossas raízes”, diz Giuliano. 

 

Festival Carioca de Fotografia Popular Emergente (#FRENTE)
Reprodução: Adenirê Lopes

 

Comunidades em Nova Iguaçu, Niterói, São Gonçalo, Queimados, Belford Roxo, Complexo da Maré, Rocinha, Jacaré, Bangu e Complexo do Alemão exportaram seus artistas para o projeto, que relataram em uma mini bio a importância da fotografia na vida de cada um. Além da exposição, cada selecionado ganhou um curso gratuito de Photoshop da Brainstorm Academy, um voucher com direito a quinze impressões fotográficas e lives com homenageados como Januário Garcia, uma das principais referências brasileiras em fotografia no país e internacionalmente. Os escolhidos também ganharam capacitações sobre gestão de carreiras, mercado fotográfico, formalização de atividades, registro profissional e precificação/remuneração da arte.

 

Festival escolhe 40 fotógrafos de comunidades do Rio para mostra virtual
Reprodução: Ana Carla Souza

 

“Após a seleção para o festival, pude conhecer o trabalho incrível de diversos fotógrafos. O #FRENTE é um grande canal de fotógrafos periféricos que, além de criar conexões entre comunidades, fomenta o trabalho de todos os envolvidos”, compartilha Yuri Perini, morador de Paciência e selecionado pelo festival. 

 

“Não é segredo algum que a fotografia sempre foi elitista. Sempre foi muito caro fotografar e ainda é. Grande parte dos selecionadxs, bem como os artistas de origem periférica, desenvolvem mais de uma atividade para garantir sua sobrevivência e das suas famílias e para dar continuidade às suas produções artísticas.” conclui Giuliano, idealizador da mostra.

 

A galeria virtual pode ser vista no site do #FRENTE. Para acompanhar, siga o Instagram deles.

 

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*Crédito da foto destaque: Divulgação | Crislayne Marques

 

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PingPlay: streaming 100% acessível para deficientes visuais e auditivos

A PingPlay é a primeira plataforma brasileira de aluguel de filmes totalmente acessível aos usuários que possuem essas condições

Uma novidade que visa a inclusão, diversificação e acessibilidade chegou no Brasil! A PingPlay é um serviço de locação digital que começou a operar no dia 15 de março, possibilitando o acesso de filmes para pessoas com deficiência visual e auditiva.

O anúncio do lançamento foi feito através de sua conta oficial do Instagram:

https://www.instagram.com/tv/CMctVJJpR9A/?utm_source=ig_web_copy_link

PingPlay

Criada pela ETC Filmes, a plataforma possui filmes e trailers disponíveis com recursos de audiodescrição, legendas descritivas e libras, que podem ser selecionados individualmente de acordo com a preferência dos usuários. Por enquanto, para acessar o serviço, basta entrar no site oficial da PingPlay. Futuramente, também poderá ser acessado através do aplicativo no smartphone, que estará disponível para os sistemas operacionais IOS e Android.

De acordo com o último Censo Demográfico realizado no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, 45,6 milhões de pessoas têm dificuldades visuais ou auditivas. O número representa cerca de 23,9% da população total do Brasil. Com isso, a ETC Filmes busca promover um cenário de inclusão a essa camada da população que carece de opções digitais acessíveis perante as suas necessidades.

O que o usuário encontrará ao acessar a plataforma?

O usuário deficiente visual ou auditivo encontrará um ambiente intuitivo e simples, desde a navegação, ao cadastro, escolha de títulos e conteúdos. Além disso, é possível até mesmo escolher a customização do tamanho da fonte e contraste do menu que deseja utilizar durante a navegação. A PingPlay permite três acessos simultâneos e criação de diferentes perfis, inclusive para crianças.

Divulgação | Menu do site PingPlay

Até agora, o site possui mais de 50 títulosentre eles filmes de comédia, suspense, drama, romance, documentários e entre outros. Dessa forma, a plataforma funcionará de forma on demand, ou seja, servindo como aluguel de filmes. Até o dia 28 de março, como promoção de inauguração, a escolha de três títulos já definidos terá o valor promocional de R$2,90. As tramas selecionadas foram: Aquarius, filme premiado de Kleber Mendonça Filho; a animação francesa A Famosa Invasão dos Ursos na Sicília; e O Oficial e o Espião Drama, de Roman Polanski.

Veja mais informações:

 

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*Crédito da foto de destaque: Divulgação

 

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