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HOMO DOC: documentário híbrido que trata de vidas LGBTQIA+ estreia nesta terça

Mescla entre ficção e realidade, HOMO DOC faz refletir acerca dos dramas que marcam a comunidade 

Uma pergunta permeia diariamente as histórias de pessoas que compõem a sigla LGBTQIA+: O que você tem medo de perder?. Foi a partir desta pergunta que o ator e roteirista Jozias Benedicto criou o documentário curta-metragem HOMO DOC, que estreia nesta terça (30) às 16h no canal do YouTube e Instagram do filme. Na produção, histórias ficcionais, depoimentos reais e fatos históricos se entrelaçam nas vozes dos quatro atores que compõem o elenco e que trazem à tona temas como união estável, família, luta, HIV/AIDS, representatividade política, racismo, transfobia e censura. Confira o teaser:

Com um elenco majoritariamente LGBTQIA +, a obra traz muita representatividade. O projeto contou, em sua elaboração, com entrevistas e coletas de depoimentos realizados a partir de uma longa lista de questões vividas dentro da comunidade, sobre a qual uma pesquisa já vinha sendo elaborada há cerca de dois anos para a criação de um espetáculo teatral.

“Percebemos que trazer fatos reais e pessoas em seu local de fala auxiliaria na identificação da população através do que chamamos de ‘efeito espelho’. O real narrado, através de depoimentos e contextualização histórica, sendo espelhado nos personagens, fortalecendo o pensamento de que, o que se vê na ficção, também pode e muitas vezes, é real. Dessa forma atravessam a tela, estabelecendo esse efeito refletido entre o espectador e a obra, mostrando que ficção e realidade caminham juntas. As histórias que ouvimos, lemos e contamos, estão acontecendo por aí, em toda parte”, explicam os idealizadores do projeto.  

Dessa forma, por meio de histórias comuns no dia a dia da comunidade LGBTQIA+, HOMO DOC dialoga muito com o Brasil de 2021. Com muita sensibilidade, a obra trata de grandes e recorrentes dilemas, como a recusa da orientação sexual pela família, a não aceitação da homossexualidade em si mesmo, a vivência soropositiva em meio ao conservadorismo vigente e a censura e os ataques cibernéticos à arte disruptiva.  

Elenco de máscaras
Elenco de HOMO DOC / Foto: Divulgação.

Como forma de incluir o maior número possível de pessoas no debate proposto, o curta estará disponível em libras e também contará com legendas em português, inglês e espanhol. Afinal de contas, como o diretor do documentário, Julio Wenceslau, destaca, “a relevância do debate e deste projeto não está pautada somente para a classe LGBTQIA+, mas igualmente para a sociedade em geral”.

Para esquentar a estreia do filme, o elenco e equipe participam, também na terça, de uma live às 20h nas plataformas digitais do HOMO DOC. A ação faz parte de um conjunto especial de lives pensados para mostrar os bastidores da produção e ampliar a conversa com o público. Nelas, os espectadores poderão conferir todo o processo criativo do curta, realizado com recursos do Governo Federal, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro através da Lei Aldir Blanc.

 

E aí, ansioso para conferir? Conte suas impressões sobre HOMO DOC no Insta, Twitter e Face do Entretetizei.

 

 

*Crédito da foto de destaque: Divulgação.

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Cinema Entretenimento Resenhas

Resenha | A Despedida emociona e gera reflexão na medida certa

Com elenco de peso, longa acerta ao suscitar o debate sobre um tema considerado tabu: o suicídio assistido

 

Atenção: o texto pode conter spoilers.

Uma família se reúne na casa de praia da matriarca, para se despedir, em um final de semana repleto de memórias, desentendimentos, nostalgia, lágrimas e verdades escancaradas aos gritos. Esse é, basicamente, o enredo de A Despedida (título nacional para Blackbird, 2019), dirigido por Roger Michell e adaptado do drama dinamarquês Coração Mudo (Silent Heart, 2014).

Protagonizado pela veterana do cinema, ativista e ganhadora do Oscar Susan Sarandon, o filme pode ser descrito como um dramalhão familiar bem executado e extremamente sensível, mas sem se deixar levar pelo piegas. No entanto, isso não impede que ele se apoie confortavelmente em alguns clichês ao longo da narrativa.

 

Blackbird: A Despedida, com Susan Sarandon, Kate Winslet e Mia Wasikowska
Reprodução: Divulgação

 

Lily, interpretada de forma notável por Sarandon, é uma jovem senhora de classe média, casada com o médico Paul (Sam Neill). A vida de ambos seria perfeita, se não fosse um porém: Lily sofre de esclerose lateral amiotrófica. Conhecida como ELA, a doença degenerativa avança e a impede de mover um dos braços, causando dor e reduzindo absurdamente sua capacidade motora também ao andar. Diante desse cenário, ela toma uma decisão drástica, que se torna responsável pela união imediata da família. Lily opta por planejar e determinar a data de sua partida antes que a doença avance ainda mais e a deixe completamente imobilizada.

Com a aprovação de seu parceiro, o plano é delineado e comunicado ao restante da família. A matriarca, serena e decidida, convoca seus entes para um final de semana de despedida. E é assim que a trama dá seus primeiros passos. Os conflitos, antigos e atuais, vêm à tona.

 

Blackbird: A Despedida, com Susan Sarandon, Kate Winslet e Mia Wasikowska
Reprodução: Divulgação

“Can we all behave as normally as possible?”

A união de toda a família gera momentos curiosos, constrangedores, bem-humorados, tocantes e, acima de tudo, reflexivos. Lily tem duas filhas: a rígida e conservadora Jennifer, vivida pela sempre impecável Kate Winslet, e a inconstante Anna (Mia Wasikowska). Ambas levam seus cônjuges: Michael (Rainn Wilson, conhecido por seu papel marcante como Dwight, em The Office) e Chris (Bex Taylor-Klaus). Também estão presentes o adolescente Jonathan (Anson Boon), neto de Lily e único filho de Jennifer e Michael, e Liz (Lindsay Duncan), melhor amiga de décadas do casal protagonista e sempre presente na família. 

 

Filmado a maior parte do tempo dentro da casa de praia, o longa-metragem mira bem e acerta no alvo ao priorizar as atuações, os olhares, silêncios e diálogos do elenco de peso selecionado para dar vida aos personagens do remake. O roteiro foi intencionalmente escrito por Christian Torpe, também responsável por escrever a obra original, de 2014, e enfatiza as relações humanas e os laços que são fortalecidos ao longo da vida.

 

Blackbird: A Despedida, com Susan Sarandon, Kate Winslet e Mia Wasikowska
Reprodução: Divulgação

“Once we set a date, I stopped worrying about dying, and I could focus more on living.”

A construção da narrativa de Lily

Para quem assiste A Despedida, fica claro que Susan Sarandon brilha e rouba toda a atenção para si, em uma atuação segura e repleta de certezas. É até difícil imaginar que o papel iria, inicialmente, para outra grande atriz de renome e carreira notável: Diane Keaton. Em 2018, com o filme ainda em pré-produção, foi noticiado pelos veículos de mídia que Keaton interpretaria a protagonista. Por algum motivo, provavelmente conflito de agenda, ela declinou, e o papel acabou indo para Sarandon. E que bom, pois não poderia ter funcionado melhor. 

 

A personagem Lily, aparentemente, foge de qualquer espécie de convencionalismo e se destaca pela modernidade com a qual foi construída. A matriarca do núcleo é, obviamente, mãe, avó, amiga e esposa, mas, acima de todas as coisas, é uma mulher dona das suas decisões. E não abre mão de seu papel no mundo: ela conversa abertamente sobre tabus, causando desconforto frequente nos mais reservados da família, e se utiliza desse papel para incentivar o neto a seguir uma vida que valha a pena ser vivida. Esse é seu lema. 

“Inheritance has to all be spent on hookers and blow.”

 

O filme atinge seu objetivo de normalizar diversos tabus ao retratar o destino da família de maneira leve, enfatizando a todo tempo o poder de liberdade de Lily, que, mesmo doente, não teve seu destino roubado de si. Pelo contrário, o abraçou e teve sua trajetória respeitada, mesmo que isso significasse abdicar de seu próprio futuro.

 

Confira o trailer a seguir: 

 

 

A Despedida estreia no Brasil nas plataformas digitais em 31 de março, e estará disponível no Now, iTunes, Google Play, Youtube Filmes, Vivo Play e Sky Play.

 

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*Crédito da foto destaque: Divulgação

 

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Entretenimento Música Notícias

RBD: live Ser o Parecer 2020 recebe transmissão em TV aberta, com nostalgia e críticas

A live ganhou um especial, com participação de Anahí, Christopher Uckermann, Christian Chávez e Maite Perroni, que cantaram os maiores sucessos do RBD e levantaram críticas importantes

 

O canal Las Estrellas, da Televisa, emissora que exibiu a versão mexicana de Rebelde, transmitiu na noite de ontem (28), a live Ser o Parecer 2020, num especial que contou com versões reeditadas das apresentações e com a participação de atores e profissionais envolvidos na novela. Apesar de ter sido transmitida apenas no México, fãs do mundo todo conseguiram assistir ao especial, com forte presença online dos brasileiros, numa noite repleta de nostalgia.

 

Intitulado #SerOParecer2021, o especial contou com algumas das músicas exibidas originalmente no concerto de 26 de dezembro do ano passado, como Sálvame, Ser o Parecer, Solo Quédate en Silencio, Este Corazón, Bésame Sin Miedo, Un Poco de Tu Amor e Rebelde. As novas versões contaram com edições mais modernas, dando um toque visual mais limpo e confortável ao público, que, desde o ano passado, vinha reclamando com Guillermo Rosas, o produtor da live, sobre a falta de cuidado visual e o corte de músicas, como foi o caso do Qué Fue del Amor.

 

Durante a exibição do especial, a hashtag oficial do evento chegou ao topo dos assuntos mais comentados no Twitter, mostrando, mais uma vez, a força do RBD pelo mundo. Alguns dos artistas que fizeram parte da live, como Anahí e Maite Perroni, conversaram com o público enquanto acontecia a exibição e os fãs puderam, mais uma vez, relembrar esse retorno inusitado do RBD. O que a emissora talvez não esperava, era um descontentamento tão grande por parte de todos os fãs e dos próprios artistas.

 

Um especial marcado por cortes imperdoáveis e de suma importância

Ao final do especial, os fãs logo perceberam que alguma coisa não estava certa: onde foi parar a música Inalcanzable, gravada em formato solo por Christopher Uckermann? E o que aconteceu com os discursos, tão importantes e necessários? Sobre o solo, não houve uma explicação: apenas colocaram os solos dos três outros artistas, Tu Amor, Sálvame e Empezar desde Cero e excluíram a nova versão de Uckermann, um dos artistas que mais participou de pré-produção do Ser o Parecer 2020 e trouxe uma versão exclusiva da canção, tocada em piano. Imediatamente, os fãs se juntaram no Twitter questionando o porquê do corte.

 

 

A revolta foi tão grande, que os próprios artistas que participaram da live se juntaram aos fãs para questionar à emissora o absurdo do corte. Anahí se pronunciou através de seu Twitter e Instagram, com palavras de apoio ao seu colega de palco. “Eu me perdi ou não saiu Inalcanzable? A melhor versão que essa canção já teve na história do RBD”. Ao ver que realmente foi cortada, Any logo defendeu Uckermann, mostrando seu descontentamento com a falta de reconhecimento da emissora:

 

Além disso, a artista também divulgou uma story, junto de um link que leva à apresentação oficial de música. “Choque total. Esta é, sem dúvidas, a melhor versão de “Inalcanzable”, disse. Já Christian Chávez se pronunciou  em um story, também apoiando seu amigo. “Um artista que se preparou durante meses para interpretar Inalcanzable no piano e ao vivo, numa linda versão. Te amo e te admiro, amigo”, disse Chris. Confira o que o cantor e ator publicou também em sua conta do Twitter:

 

Juntamente com a falta de Inalcanzable, a emissora, que exibiu comerciais extensos, que duravam, muitas vezes, mais tempo que duas canções do concerto, também cortou os discursos emocionantes e necessários dos artistas presentes, deixando apenas as palavras de Anahí, em Sálvame. Para completar, Anahí também tocou no nome de alguém muito importante e que, em nenhum momento, foi lembrado: Pedro Damián, o criador do fenômeno Rebelde.

Desde o ano passado, fãs já vinham questionando a falta de créditos ao responsável pela novela e pela banda. Pedro, que inclusive, cedeu uma live exclusiva ao Entretetizei, não foi citado na transmissão original de 2020 e não foi convidado para o especial da própria emissora em que trabalha. Além de Anahí, os fãs também se descontentaram com a falta de reconhecimento para com o produtor.

Apesar de tudo isso e com todas as reclamações, não tem como negar que sim, foi mais uma noite memorável para os fãs e artistas do RBD.

 

Perspectivas, conversa com Christian Chávez e o sucesso inigualável do RBD pelo mundo

Mais uma vez, RBD se mostra mais vivo do que nunca. Mesmo após o término, mais de 12 anos atrás, tudo relacionado à novela e à banda viraliza, rapidamente, SEMPRE com destaque para o Brasil. Tudo o que é lançado em conjunto, ou separadamente por cada um dos seis RBD’s, logo vira tendência nas redes sociais e entre os milhares de fãs. Em uma live que aconteceu após a transmissão do Ser o Parecer 2021, Christian Chávez conversou com alguns fãs, comentou sobre seu carinho pelo Brasil e sobre o concerto.

Christian disse que, na live Ser O Parecer 2020, conseguiu ser ele mesmo, usando as roupas que queria, dançando da forma que ele gosta e sendo livre. Além disso, comentou que ainda não há nada programado para a banda no futuro, mas que estão aguardando o fim da Pandemia para ver se algo pode vir a acontecer.

O artista, que já chegou a morar no Brasil, conversou com vários fãs brasileiros e mostrou seu carinho com o nosso país. Em uma das perguntas, uma fã perguntou qual música ele adicionaria à live e ele respondeu, carinhosamente, em português. Confira:

 

Christian teve destaque na live de 2020, com a canção Tu Amor – já disponível nas plataformas digitais. Na apresentação, podemos ver um Christian maduro, livre e totalmente entregue à música, que marcou muitos corações durante toda a fase do RBD, inclusive o do próprio artista, que assumiu a homossexualidade enquanto estava no RBD e recebeu – e segue recebendo – grande apoio dos fãs.

Confira a seguir a versão ao vivo e emocionante de Tu Amor:

Christian também comentou sobre a música Qué Fue del Amor, incluída na setlist da live e nunca exibida. Segundo ele, a canção foi gravada com um extra e será lançada, em algum momento, como um especial para os fãs.

O ano de 2021 segue sendo marcado por Anahí, Alfonso Herrera, Christian Chávez, Christopher Uckermann, Maite Perroni e Dulce María, que, apesar de todos os problemas, deixaram sua marca no cenário musical latino, com esse sucesso que ultrapassa gerações, chamado RBD.

 

 

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*Crédito da foto de destaque: Divulgação |Twitter | Support Anahí

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