Ao falar sobre o lançamento, Dre Guazelli conta que gosta de falar sobre a coisa básica que nos ajuda a viver em paz e em comunidade: o amor
Dre Guazzelli, DJ e produtor paulista, lança o remix oficial de O Amor É O Segredo, single interpretado por Vitor Kley. A faixa pop dançante, combinada com uma mensagem de esperança, já está disponível nas plataformas digitais.
Sobre o remix,Vitor Kley diz que “essa é uma canção muito especial, cheia de sentimentos, é a mais mágica na minha opinião. Muito legal que ela vai ganhar essa nova versão, ainda mais feita pelo Dre, um cara que eu conheço de outros carnavais – literalmente. Nos reencontramos nesse remix de O Amor É O Segredo e eu estou muito feliz”.
Dre Guazzelli se identifica com uma sonoridade mais pop, e traz elementos próximos ao seu clássico deep house misturados com tons melódicos e característicos do progressive house.
Ele passou essa fase de isolamento devido a pandemia trabalhando e estudando novas maneiras de se expressar pela música e promete que em 2021 podemos esperar muitas novidades. “O progressive house virá de uma forma muito legal, também com interação com outros artistas, vocalistas, sempre criando músicas do zero, que é no que tenho focado. E, com certeza, nesse primeiro semestre teremos um Color Sessions #28, mostrando um pouco dos elementos de progressive e melodic, e, é claro, cheio de músicas autorais”, comentou empolgado.
Vitor e Guazzelli se conheceram no Bloco Dre Carnaval, um dos maiores blocos de carnaval de São Paulo, comandado pelo próprio Dre. Ali, surgiu uma amizade e a vontade de remixar alguma obra juntos, afinal, ambos trabalhos passam mensagens positivas e alegres por meio da música. Logo, temos como resultado um remix cheio de boas energias. “Gosto de falar sobre a coisa básica que nos ajuda a viver em paz e em comunidade, que é o amor”, diz Guazzelli.
A Conferência do Imaginário é um evento on-line que irá discutir a hiperconectividade social
Certamente você já ouviu o que disse o filósofo Confúcio: “Uma imagem vale mais que mil palavras”. Em outras palavras, isso quer dizer que algumas situações são mais fáceis de compreendermos ao utilizarmos as imagens ao invés das palavras. Agora, em virtude de tudo o que está acontecendo no mundo com o isolamento social causado pela pandemia da COVID-19, a sociedade está mais conectada através desses recursos visuais. A fim de discutir essa hiperconectividade social, a ImageCon, iniciativa on-line e gratuita, realiza a Conferência do Imaginário, de 23 a 25 de abril.
O evento
O evento on-line conta com a participação de diversos artistas renomados e especialistas no campo da imagem. Giselle Beiguelman, Cassio Vasconcellos, Márcia Tiburi, Miguel Chikaoka, João Wainer, entre outros, são alguns dos palestrantes. Por meio de palestras, entrevistas e debates, serão discutidas as transformações e os impactos de uma sociedade hiperconectada, na qual qualquer um pode criar conteúdos multimídia através de seu smartphone.
Além disso, o último dia de conferência conta com a participação do tiktokerTom Filho, Hélio Mata Machado e Sergio Gandolphi da Network Brasil, o instagrammer Cesinha. Eles vão debater sobre o poder da influência, das curtidas e das visualizações na era da imagem.
O evento também vai discutir sobre fotografia, linguagem, criatividade, o fenômeno das séries, e muito mais!
Confira aqui toda a programação e a lista completa dos participantes da Conferência do Imaginário.
“Hoje qualquer um com seu celular e internet pode influenciar milhares de pessoas, impactando profundamente o ambiente social em que vivemos. Fake news, deep fake, selfies e memes passaram a fazer parte da cultura contemporânea. Todos esses assuntos serão a grande reflexão de nossa conferência”, afirmam os curadores e sócios da FHOX, Mozart Mesquita e Leo Saldanha.
O evento terá recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva, realizado por intérpretes da MAIS DIFERENÇA.
Para se inscrever para participar da Conferência do Imaginário, clique aqui.
Pretende participar da Conferência do Imaginário? Então conta para a gente no Twitter, Insta e Face do Entretetizei.
Nos acompanhe para ficar por dentro do melhor do mundo do Entretenimento.
Adaptação do primeiro volume da Trilogia Grisha, de Leigh Bardugo, será lançada pela Netflix no próximo dia 23
“O que é infinito? O universo e a ambição do homem.”
Eu assisti Sombra e Ossos, nova nova produção da Netflix, e resolvi fazer uma resenha sobre a história e sobre o que eu achei da série. Para os fãs de fantasia, o livro Sombra e Ossos, de Leigh Bardugo, é um prato cheio. A Netflix pegou todo esse amor dos fãs e transformou em uma superprodução que será lançada no próximo dia 23 (sexta-feira). Com oito episódios, Sombra e Ossos prometeu ser uma série de tirar o fôlego. E cumpriu!
Com muita ação, aventura, magia e romance, a primeira temporada – adaptação do primeiro volume da Trilogia Grisha – traz a história de Alina Starkov, uma menina órfã que serve ao Primeiro Exército como cartógrafa. Ela e seu melhor amigo Maly, um rastreador e soldado do Primeiro Exército, foram criados em um orfanato em Keramzin e testados para saber se um deles possuía o poder Grisha. Quando nenhum dos dois apresentou nenhuma fagulha de poder, ficaram no orfanato e mantiveram a amizade até serem convocados para lutar por Ravka.
Alina e Maly são convocados para atravessar a Dobra das Sombras – uma faixa de terra e escuridão, cercada por monstros sombrios, os volcra -, mas algo dá muito errado. Eles são atacados e Maly é gravemente ferido por um dos monstros. Para tentar salvar seu melhor amigo – e amor secreto, diga-se de passagem – Alina conjura o poder do Sol, algo que ela nunca soube que poderia fazer. Ao descobrir sobre isso, o Darkling a leva para o Pequeno Palácio para ser treinada como Grisha a fim de aprender maneiras de destruir a Dobra e reunificar Ravka.
Se você não está entendendo nada do que eu estou falando, eu te explico com mais calma. Antes de começar a falar sobre a série, preciso dar algumas informações que serão úteis na hora que vocês forem assistir. Mas fiquem tranquilos, pois fui proibida pelo Darkling de contar qualquer spoiler. Mas se você quer ler algo com bastante spoiler, farei um especial livro versus série em breve, fiquem de olho!
Ravka
É um país que constantemente está em guerra por conta de suas fronteiras com Fjerda e Shu Han. Além disso, é dividido cruelmente pela Dobra das Sombras em Ravka Leste e Ravka Oeste, o que impede o livre acesso aos portos, prejudicando a economia. Possui dois exércitos: o Primeiro Exército, formado por soldados comuns, com regimentos, artilharia e rastreadores; e o Segundo Exército, formado exclusivamente por Grishas e liderado pelo Darkling.
Dobra das Sombras
“Eu já tinha visto a Dobra das Sombras em muitos mapas, um corte negro que separara Ravka de sua única área costeira e a deixara isolada do mar.”.
É uma faixa de terra que divide Ravka em dois, Leste e Oeste. É tomada por escuridão, povoada por Volcras e o único jeito de atravessá-la é com um esquife (embarcações costeiras), mas pode custar vidas. Também chamada de Não Mar.
Pequeno Palácio
“Ele se erguia das árvores que o contornavam como algo esculpido a partir de uma floresta encantada, um conjunto de muros de madeira escura e domos dourados. À medida que nos aproximávamos, vi que cada centímetro dele estava coberto de entalhes intrincados de pássaros e flores, vinhas retorcidas e criaturas mágicas”.
Localizado em Os Alta, capital de Ravka, é onde os Grishas treinam com base em suas próprias habilidades.
Grande Palácio
“O Darkling apertou gentilmente o meu braço para me avisar de que estávamos parando. ‘Vossa alteza, moi tsar’, disse ele, em um tom límpido”.
Local onde vivem o Rei e a Rainha de Ravka. Os dois são chamados de tsar e tsarina, que são sinônimos de czar, pronome de tratamento utilizado pelos russos para designar a realeza.
Grishas
São humanos que praticam a Pequena Ciência e são divididos em três ordens:
Etherialki, a ordem dos conjuradores: eles manipulam os elementos da natureza. São eles os Aeros (Squailer), que manipulam a pressão do ar; os Infernais (Inferni), que manipulam o fogo; e os Hidros (Tidemakers), responsáveis por controlar a água. Seu kefta é azul. Possui dois casos especiais: a Conjuradora do Sol (Sun Summoner) e o Conjurador das Sombras (Shadow Summoner).
Corporalki, a ordem dos vivos e dos mortos. São Grishas que trabalham com o corpo humano. Podem ser Sangradores (Heartrender), que podem alterar o funcionamento do corpo; e Curandeiros (Healer), que manipulam o corpo para curar feridas. Seu kefta é vermelho.
Materialki, a ordem dos fabricadores: são Grishas que controlam os elementos como metais e vidros. São eles: Durastes (Durasts), que lidam com elementos sólidos; e Alquimistas (Alkemi), que lidam com venenos. Seu kefta é roxo.
Darkling/General Kirigan: Comandante do Segundo Exército, o Darkling é capaz de manipular as sombras. É um Grisha extremamente poderoso e seu kefta é preto.
Com tudo isso em mente, posso falar sobre a série que a Netflix produziu e que estará disponível na plataforma a partir do dia 23 de abril.
A série Sombra e Ossos mistura o universo do primeiro livro da Trilogia Grisha, Sombra e Ossos, o primeiro livro da duologia Six of Crows, que se passa depois da guerra da primeira trilogia, e um pedacinho do segundo livro do Grishaverso, Sol e Tormenta. Para os fãs dos livros da saga, podemos dizer que a mistura das duas sagas – e meia – ficou incrível e muito bem colocada na série, mesmo não tendo uma versão nas páginas dos livros. Os dois mundos de Bardugo se cruzam pouco, uma vez que Six of Crows é um spin-off de Sombra e Ossos. O núcleo dos Corvos de Six of Crows dá uma nova dimensão para a série, mostrando um lado mais de gangues e trapaças que se contrapõe ao lado certinho e polido do Pequeno Palácio.
Apesar de conter algumas cenas diferentes de como lemos no livro, a série é um espetáculo de magia e cores. As referências à Rússia do século XIX, presentes na versão escrita, são bem acentuadas na telinha, inclusive nos sotaques. Além disso, e você irá se apaixonar pela atmosfera circense, cheia de trapaças, trambiqueiros e marginais de Six of Crows. As comidas, vestimentas, músicas e cada detalhe da série foram cuidadosamente pensados por Leigh Bardugo, o que deixa tanto o leitor quanto o espectador ainda mais encantados.
Tanto na história de Bardugo quanto na produção da Netflix, podemos ver temas pertinentes à nossa sociedade como um todo. Ficam evidentes a caça às bruxas, xenofobia, e racismo e até o limite tênue entre a crença quase cega e a completa descrença. Os personagens são muito bem construídos e os produtores acertaram na escolha dos atores, deixando os personagens com as características descritas por Leigh. Além de tudo isso, vemos ainda interesses políticos, armamentos pesados, as principais diferenças entre classes sociais, xenofobia e um sistema de magia rígido, onde existem regras para funcionar. Por exemplo, os Etherialki não criam os elementos, apenas os manipulam.
Mesmo sendo impecável em diversos aspectos, a série demora a construir o relacionamento entre Alina e Maly e, por consequência, perde toda a construção do relacionamento entre a Conjuradora do Sol e o Senhor das Sombras/Darkling. Para quem torce para o romance entre Alina e Maly, talvez tenha que esperar pela continuação da saga com o livro 2 do Grishaverso, Sol e Tormenta. Será que a dona Netflix nos dará esse presente?
No geral, a opinião desta que vos escreve é que a adaptação do livro de Leigh Bardugo é impecável, mágica e você não precisa conhecer o universo a fundo para entender a cronologia da história. O que mais me incomodou – além da peruca da Daisy Head, que interpreta a Grisha Genya Safin – foi o fato de que a adaptação não é fiel ao livro, mas poucas são. Cada roteirista gosta de dar um toque de seu em suas produções, então eu perdôo Eric Heisserer, principalmente porque a visão artística dele para esse projeto é uma das coisas mais belas que eu já vi.
Se eu pudesse escolher uma parte favorita da série para “vender” pra você, querido leitor, eu diria “assista nem que seja apenas para ver os Corvos”. Eu amo uma boa atmosfera circense, com trapaças, golpes (cai quem quer e eu caí, né!) e ainda tem a presença de Kit Young como Jesper Fahey e Freddy Carter como Kaz Brekker que, pra mim, são os dois melhores personagens de Six of Crows e de todo o Grishaverso.
O elenco também foi escolhido a dedo para esta produção criada por Eric Heisserer, produzida por Heisserer, Shawn Levy, Pouya Shahbazian, Dan Levine, Dan Cohen e Josh Barry, com produção executiva de Leigh Bardugo e filmada em Budapeste, na Hungria. Os atores escolhidos nasceram para viver os personagens desse universo incrível de Leigh. Confira o cast completo:
Jessie Mei Li é Alina Starkov e está acompanhada por Archie Renaux (Malyen Oretsev), Freddy Carter (Kaz Brekker), Amita Suman (Inej), Kit Young (Jesper Fahey), Ben Barnes (Darkling), Sujaya Dasgupta (Zoya Nazyalensky), Danielle Galligan (Nina Zenik), Daisy Head (Genya Safin), Simon Sears (Ivan), Calahan Skogman (Matthias Helvar), Zoë Wanamaker (Baghra), Kevin Eldon (The Apparat), Julian Kostov (Fedyor), Luke Pasqualino (David), Jasmine Blackborow (Marie) e Gabrielle Brooks (Nadia).
Para assistir a série, clique aqui. Para comprar o livro Sombra e Ossos, de Leigh Bardugo, clique aqui.
Estou ansiosa para saber o que vocês acharam da resenha de Sombra e Ossos. Entre nas redes sociais do Entretetizei – Insta, Face e Twitter – e conta para a gente!
Minari retrata, com muita sensibilidade, a famosa tentativa de alcançar o “sonho americano”, objetivo de vida subestimado de muitas pessoas
O longa coreano Minari é o favorito ao Oscar 2021. Indicado a seis categorias, a produção conta, delicadamente, a história de imigrantes coreanos que vivem nos Estados Unidos, nos anos 80, em busca de uma vida melhor. Ao se mudarem da Costa Oeste (Califórnia), para a zona rural de Arkansas, pai, mãe e filhos têm que lidar com as mudanças em meio a uma difícil situação financeira. Com 115 minutos de duração, Minari retrata, com muita sensibilidade, a famosa busca pelo subestimado “sonho americano”.
Conhecendo os personagens de Minari
Jacob (Steven Yeun) é um homem trabalhador e que vai até o fim pelos seus sonhos. Ao chegar à Arkansas, se depara com uma realidade diferente da cidade grande e vê, em seu terreno, uma oportunidade de colocar em prática o sonho de ter uma fazenda e plantar alimentos coreanos, que raramente são encontrados na região. Com uma personalidade mais robusta, acredita até o fim que a mudança para o campo não foi em vão, mas acaba se preocupando demais com o dinheiro e de menos com sua família e sua mulher, que não está satisfeita com a situação a que estão expostos.
Monica (Ye Ri Han) é uma jovem mãe, que, junto ao seu marido, trabalha com toda garra em uma granja próxima à sua fazenda, onde ambos se responsabilizam em separar o gênero de pintinhos. A moça se mostra não satisfeita em morar em uma casa com rodas e sente falta da Califórnia, principalmente porque, lá, cuidar de seu filho mais novo era mais fácil. Monica lida com a enfermidade de sua mãe, que veio de longe para ajudar.
David (Alan S. King) é um garotinho que convive com um problema grave no coração. Esperto e inteligente, ele vê em sua nova vida uma oportunidade de explorar e conhecer a vida no campo. Apesar de sua situação, quer sempre ir além e tem seu pai como um espelho, o qual quer sempre acompanhar para aprender um pouco mais sobre cada atividade que faz.
Anne (Noel Kate Cho) é a filha mais velha do jovem casal. Madura, ela cuida praticamente o tempo todo de seu irmãozinho e também ajuda os pais no que for preciso. Pela sua idade, é uma criança bem à frente de seu tempo e certamente entende as dificuldades ao seu redor.
Um roteiro sensível, com uma história real
Minari carrega uma história conhecida e comum, contada de forma delicada, onde encontramos a realidade do sonho americano com todos os seus defeitos e dificuldades. A ideia de que se mudar para os EUA trará estabilidade financeira e felicidade muitas vezes é acompanhada de dificuldades e perdas.
Logo no início do filme, nos deparamos com Jacob e Monica com perspectivas diferentes: ele tem certeza que vai conseguir sucesso em sua nova terra, já ela, se mostra, o tempo todo, insegura e com medo do que pode acontecer, além de sentir falta de sua família, amigos, de sua cultura e da cidade. Ambos trabalham muito em uma granja composta por trabalhadores coreanos e um trabalho não tão fácil e agradável assim, afinal, separar pintinhos o dia todo não é algo que sonhamos para nosso futuro.
Sendo assim, vemos o desenvolver da história com muita delicadeza nos detalhes, de forma que, muitas vezes, entendemos a mensagem sem nem mesmo ouvir um diálogo. Anne e David também se mostram crianças extremamente maduras: entendem que a relação do pai e da mãe não está boa e agem de maneira muito mais madura do que o esperado para a idade que têm. Apesar disso, tentam adaptar-se à nova vida e vêem, com a chegada da avó, uma nova oportunidade de aproveitar o espaço.
A chegada de um membro da Coreia e a mistura de culturas
Soonja (Yuh-Jung Youn) chega da Coreia para ajudar sua filha e, finalmente, conhecer seu neto. A ideia de convidá-la para viver com a família no campo surgiu como forma de não deixar as crianças sozinhas. Mas, quando a avó chega, começamos a perceber como há um choque de culturas entre famílias asiáticas, com filhos nascidos nos Estados Unidos.
Para começar, David sente medo de conhecer a avó e não entende alguns costumes da mesma. O menino chega a comentar que a avó “fede à Coréia” e, para ele, o fato dela não saber cozinhar e falar palavrões faz com que ela não pareça uma avó de verdade. É curioso perceber que as crianças nascidas no país são muito mais influenciadas pela cultura americana – mesmo convivendo com os costumes coreanos dentro de casa – como, por exemplo, David que, com o pouco de idade que tem, já fala e entende mais inglês que seus pais.
Outro ponto interessante de se destacar sobre esse choque cultural está no próprio dia a dia da família, que vai à igreja evangélica, tenta fazer amizades com americanos e contrata um ajudante para a fazenda um tanto quanto fanático por religião – que chega até a benzer a casa.
É curioso ver como duas culturas tão diferentes, de repente se combinam sem se combinar e a forma como cada personagem lida com essa mistura é muito individual, podendo ser positiva ou não – como é o caso das crianças, que gostam de ir à igreja e conhecer novos amigos e Jacob, que aceita a cultura americana, mas não entende a necessidade das orações ao longo do dia.
A solidão dos imigrantes coreanos e as dificuldades de adaptação
O fato é que a história vivida pelos personagens é muito comum entre as famílias asiáticas que vem para a América. Além de saírem de sua zona de conforto, têm que enfrentar um novo idioma, leis trabalhistas que exploram os trabalhadores e a solidão. Essa última, conhecemos bem em Monica, uma mulher que se mostra triste e só, mesmo com seus filhos e sua mãe todos os dias ao seu lado. Essa solidão vem com um sentimento de saudade: saudade da família, dos amigos, da comida e de tudo o que foi deixado para trás.
A solidão também pode vir acompanhada por imprevistos: ao passar mal sozinha em casa com seus netos, Soonja só é socorrida quando sua filha retorna do trabalho. Resultado: o AVC foi muito mais grave do que imaginavam. Esse momento é retratado também de forma muito sutil, em que acompanhamos uma evolução na relação entre avó e netos.
De fato, a chegada da vó mexeu com a família. David culpa a avó por tudo, mas entende que ela é necessária. Em uma determinada cena, vemos como a avó acredita no menino, ao encorajá-lo a correr e levantar após um tombo. “Você é mais forte do que pensa, David”. E realmente era.
O que é realmente importante em um lar?
Essa é uma pergunta que me questionei ao finalizar Minari. Após o AVC da mãe, Monica se vê cada vez mais sem rumo e decide que precisa retornar à Coreia. Ela só não contava com uma coisa: a melhora repentina na saúde de seu filho. Após retornarem do hospital e descobrirem que o coração de David teve uma melhora absurda, o médico recomenda que continuem a fazer o que estavam fazendo, seja lá o que fosse, porque estava dando certo. Para Monica, foi como um milagre, mas ela ainda estava segura de que precisava voltar.
O ponto principal está bem no final, em que nos questionamos o que seria necessário para que todos percebessem que o que faltava ali era união. Como a avó era uma mulher esperta e estava acostumada a ajudar, ela aproveitou a saída da família para limpar o que estava sujo e colocar o lixo para fora. O problema é que, com as sequelas do acidente que teve, acabou colocando fogo em parte da fazenda e não conseguiu apagá-lo. E foi aí que entrou o que faltava.
Marido e mulher fizeram de tudo para salvarem o que ainda estava intacto, enquanto os netos foram atrás da avó que, assustada, tinha fugido para longe. Foi preciso perder tudo para perceberem que o que mais precisavam era estar juntos, por completo, como um time, e que o dinheiro seria uma consequência disso.
Diante disso, eles perceberam como eram incríveis juntos e que aquele pé de Minari, planta originária da Ásia, plantado pela avó quando chegou da Coreia tinha um novo significado, como um recomeço, uma nova chance de começarem de novo e diferente.
Minari nos deixa com uma reflexão sobre a vida, sobre a importância da família e da união entre os seus membros sob a perspectiva de uma criança, que aparece como um exemplo de que algumas mudanças na vida podem surgir com desvios no caminho, mas que no fim, todo o percurso vale a pena ser enfrentado, até que se chegue ao destino.
Escrito e dirigido por Lee Isaac Chung, Minari estreia nos cinemas brasileiros em 22 de abril e concorre a seis categorias do Oscar: Melhor Filme, Melhor Ator (Steve Yeun), Melhor Direção (Lee Isaac Chung), Melhor Atriz Coadjuvante (Yuh-Jung Youn), Melhor Roteiro Original e Melhor Trilha Sonora. Confira o trailer a seguir:
Qual seu filme favorito ao Oscar? E o que achou de Minari? Conta pra gente! Aproveite e fique ligado no Entretetizei para mais conteúdos sobre o mundo do entretenimento. E nos acompanhe no Insta, Twitter eFace!
*Crédito da foto de destaque: Divulgação/Austin Film Critics Association
A cantora promete lançar ainda um videoclipe da música nas próximas semanas
Gosta de um popzinho relaxante? Então você precisa conhecer Carol Moura. A cantora lança nesta quinta-feira (22) seu mais novo single Waze, que traz um pop leve, divertido e promete ser a trilha sonora de momentos para relaxar. Waze estará disponível nas plataformas digitais e Carol pretende lançar o clipe nas próximas semanas.
Carol idealizou uma campanha de financiamento coletivo no site Catarse em conjunto com a Alma Music Group, que apostou muito no projeto. Juntamente com a arrecadação, a cantora recebeu apoio da lei de incentivo Aldir Blanc, que possibilitou o lançamento do single e a gravação do videoclipe.
Sobre as expectativas para o lançamento, Carol diz: “Acredito que não há momento melhor para lançar uma música que tem o intuito de trazer leveza e diversão a quem escuta. A gente está num momento muito sensível da história da humanidade, e saber que por pelo menos 2 minutos e alguns segundos, posso trazer um pouco de paz e tranquilidade, me enche o coração de amor. Minha expectativa é que essa música alcance o mundo todo mesmo ou pelo menos, pessoas que precisem dela nesse momento”, finaliza.
A artista mineira de apenas 21 anos vem se destacando nas redes sociais com sua voz doce e covers super autênticos de artistas como Djavan, Maria Gadú e Vitor Kley. Cantora desde os 12 anos, Carol também é compositora. Waze, inclusive, é uma composição dela. Me Traduz e Aquele Mar são outros singles disponíveis nas plataformas que valem a pena ouvir e conhecer um pouco mais de seu trabalho autoral.
Sobre seus ídolos e influências musicais, ela conta: “Meus ídolos são Rita Lee, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Amy Winehouse, mas tenho inúmeras referências. Sou apaixonada pela nova MPB, e me identifico com artistas como, Anavitória e Lagum.”
“O intuito desta música era trazer uma reflexão sobre o rumo que a vida humana está tomando e sua relação com a revolução tecnológica, mas além de tudo isso, eu queria diversão, queria uma música que contagia e sempre fui muito apaixonada pelo jazz, então quando produzi as linhas melódicas, pensei a todo tempo que queria algo nesse nicho. Minhas inspirações foram as mil músicas de jazz que ouvi nesse dia e um episódio de Black Mirror (risos).”
Para o futuro, Carol sonha que seu trabalho chegue ao grande público: “Meus sonhos acho até que envolvem bem aquele clichê (risos). Quero sim ter uma grande visibilidade na mídia, nunca deixando de expressar o que de mais puro me habita, mantendo sempre minha identidade artística. Acredito que minhas composições tenham o potencial de cativar muitas pessoas e é isso que quero pra 2021, espalhar minhas músicas.”
Já conhece o trabalho da Carol Moura? Conta pra gente qual é o seu single preferido nas redes sociais do Entretetizei:Twitter, Insta e Face.
A banda conversou com o Entretetizei sobre a carreira, seu último disco e a música na América Latina
A banda argentina Perotá Chingó irá participar do Festival Mucho!, que acontece nos dias 21 a 25 de abril, de forma online e gratuita. Em entrevista exclusiva, Julia e Lola, integrantes da banda, comentaram sobre sua trajetória, disco, isolamento e sobre o festival que participarão.
Trajetória
O duo portenho Perotá Chingó começou a fazer sucesso pelo mundo em 2011. Em uma viagem ao Uruguai, um amigo que as acompanhava gravou Julia e Dolores cantando e publicou o vídeo na internet. “Para nós, essa viagem foi uma viagem de férias, duas amigas indo pela costa, cobrindo os custos da viagem com música. Foi um conjunto de situações, entre um entardecer, uma pessoa que filmou nós duas cantando e aí surgiu esse vídeo que nem fomos nós que postamos no youtube, e sim outra pessoa.” Rie Chinito, canção interpretada na ocasião, conta hoje com mais de 27 milhões de visualizações no YouTube.
Sucesso na América Latina
A banda percorreu grande parte da América Latina e da Europa, com turnês e shows organizados de forma independente. Questionadas sobre como viam a música latina no mundo, Julia respondeu que “cada vez mais as pessoas ao redor do mundo estão olhando e escutando música latina. Está se expandindo para outros lugares, assim como nós também temos escutado músicas que vêm de fora. E a música vinha, não agora, mas antes, dos Estados Unidos, Europa, e agora a música latina está viajando pelo mundo e me parece muito bom”.
Lola também complementa sobre a presença das mulheres na música Latino-americana: “as mulheres latinas na música estão desde sempre e aqui seguimos estando. Somos somente a nova geração de mulheres latinas, tão fundamentais quanto os homens”.
Com três álbuns lançados, a banda Perotá Chingó coleciona quase 200 mil seguidores no instagram e mais de 415 mil curtidas no Facebook.
Álbum e concerto
Após os discos Perotá Chingó (2013) e Águas (2017), o duo lançou em 2019 seu último disco, Muta.Produzido por Juan Campodónico, o disco traz uma mistura de ritmos folclóricos da América Latina. “Esse álbum foi super experimental para nós, porque partimos de um conceito que queríamos trabalhar. Nesse conceito tinham diferentes vontades, diferentes ideias, diferentes ritmos. E diferentes coisas das quais queríamos tratar em conjunto, criando as canções também em conjunto”, declara Lola.
Em dezembro de 2020, em virtude do isolamento social, a banda realizou um show virtual do álbum Muta. “Fizemos um filme, que é o filme de Muta, especialmente desse disco com essas músicas. Fizemos aqui na nossa casa, com um grupo grande de artistas. Então estivemos o ano todo praticamente trabalhando nesse filme que logo estará disponível na internet”, conta fulana.
Festival MUCHO!
“Para nós é sempre uma honra, uma honra total que nos convidem, que nos convoquem, que nos sigam chamando e que sigam gostando do trabalho que fazemos, para participar com outros grandes artistas como os que participam neste festival”, Julia afirma.O festival MUCHO! acontece de forma online e gratuita, do dia 21 a 25 de abril. A programação completa pode ser conferida aqui.
Pandemia e próximos planos
Assim como vários artistas, Perotá Chingó teve que se reinventar ao deparar-se com a pandemia. “Hoje já estamos trabalhando em novas músicas, entendendo que não é o momento para viajar e sair tocando pelo mundo. Então estamos nos adaptando ao que podemos fazer aqui, com essa nova realidade”. Lola também comentou sobre os desafios internos e pessoais do isolamento: “acredito que cada um e cada uma se encontrou com muitas coisas que tinham que se encontrar e expor a si. É muito revelador, não? Ao parar a máquina, vimos o que está passando no mundo, que é muito difícil, e que temos muito o que fazer como humanidade para mudar o jeito como estamos lidando com as coisas”.
Para 2021, podemos esperar uma Perotá Chingó mais voltada para dentro: “estamos nesse processo criativo de voltar-se para dentro e explorar as vontades que temos, as coisas que queremos dizer hoje. Então saíram muitas músicas esse ano. Estamos super orgulhosas disso e muito ansiosas. Criando novas músicas, criando novos vídeos também, brincando um pouco com imagem e tudo isso”, disse conta Julia.
A entrevista completa está disponível no youtube, através do canal oficial do Entretetizei e pode ser conferida aqui. Também disponível em espanhol e com legenda em português.
Vocês já conheciam a banda Perotá Chingó? Para mais notícias sobre entretenimento, fiquem ligados nas redes do Entretetizei: Twitter, Face e Insta.
Filme foi selecionado para Cannes 2020 e protagonista ganhou o César de Melhor Atriz
Distribuído pela California Filmes, o novo filme da diretora francesa Caroline Vignal, Minhas Férias com Patrick traz o retrato de uma mulher sensível e de uma comédia romântica que toca o coração. O longa concorreu em 8 categorias na premiação César (entre elas, melhor filme, direção e roteiro), rendeu a Laure Calamy (da série Dix Pour Cent, da Netflix) o troféu na categoria Melhor Atriz e tem previsão de estreia nos cinemas no dia 29 de abril.
Na trama, Calamy interpreta Antoinette Lapouge, uma mulher que aguarda ansiosamente o verão, para passar uma semana romântica com seu amante, Vladmir (Benjamin Lavernhe). Porém, ele cancela os planos para viajar com sua mulher e filha, mas a protagonista não se dá por vencida, e decide seguir a família dele até Cevenas, uma região montanhosa e turística no centro-sul da França. Chegando lá, a única companhia da moça será um burro, chamado Patrick, que alugou para servir de meio de transporte.
Inspirado no livro Viagem com um burro pelas Cevenas, do escocês Robert Louis Stevenson, publicado em 1879, o roteiro é assinado pela própria diretora. “A relação entre o burro e o autor é contada como se fosse uma comédia romântica. Num primeiro momento, eles não se suportam, mas depois começam se conhecer melhor, e tornam-se inseparáveis. Esse é o ponto de partida do filme, o resto eu inventei”, disse Vignal em entrevista ao site australiano SBS.
Conhecida por seu papel como Noémi Leclerc, uma secretária apaixonada pelo patrão na série Dix Pour Cent, Laure Calamy é definida pela roteirista e diretora como “uma pessoa totalmente intensa”. “Ela pode ser muito, muito engraçada, muito expansiva, e às vezes ter uma espécie de vertigem, não sabe de onde vem. Acho que temos um pouco disso em comum, mas ela é um nível máximo. Não podemos dizer que somos parecidas, mas nos entendemos muito bem”, concluiu, em entrevista ao AlloCiné.
Confira o trailer de Minhas Férias com Patrick:
E, aí? Pretende assistir Minhas Férias com Patrick? Conta pra gente! Aproveite e fique ligado no Entretetizei para mais conteúdos sobre o mundo do entretenimento. E nos acompanhe no Insta, Twitter e Face!
Pela primeira vez na história do Oscar, duas mulheres estão concorrendo a estatueta de Melhor Direção
2021 é marcado com o ano das diretoras mulheres no Oscar. A presença feminina na categoria Melhor Direção conseguiu um feito inédito. Chloé Zhao, de Nomadland, e Emerald Fennell, de Bela Vingança, estão concorrendo à premiação. Até o ano passado, em 93 edições do Oscar, apenas sete mulheres foram indicadas à categoria de Melhor Direção, enquanto 502 homens já disputaram o prêmio.
Vale lembrar que apenas uma mulher recebeu a estatueta de melhor direção: Kathryn Bigelow, em 2010, pelo filme Guerra Ao Terror – que também foi o primeiro longa dirigido por uma mulher a vencer o melhor filme. Além de Zhao e Fennell, mais 14 diretoras concorrem a estatuetas por suas obras este ano.
Nascida em Woodstock, Nova York, Autumn de Wilde cresceu em meio aos gigantes da história do rock graças ao seu pai, Jerry de Wilde, fotógrafo comercial de músicos como Jimi Hendrix. Ela tem no currículo trabalhos com The White Stripes, Fiona Apple, Beck, Sonic Youth, Arcade Fire e mais. A diretora seguiu o caminho familiar e começou sua carreira no mercado musical, como fotógrafa e diretora de videoclipes. No Oscar 2021, seu primeiro filme de ficção disputa a estatueta por melhor figurino. Com roteiro baseado no clássico romance de Jane Austen, o filme Emma marca a estreia de Autumn na direção de um longa.
Chloé Zhao
Natural da China, Chloé Zhao, diretora de Nomadland, se mudou primeiro para Londres, na adolescência, e, então, para Los Angeles, onde finalizou o ensino médio. Formada pela Escola de Artes Tisch da Universidade de Nova York, Chloe estreou como diretora em 2010 com o curta-metragem Daughters. Cinco anos depois, ela se jogou na produção de seu primeiro longa, Songs My Brothers Taught Me. Em 2017,dirigiu o longa Domando o Destino, drama que acompanha a vida de um caubói após um acidente de montaria. Seus filmes carregam algumas características em comum: o uso de não atores para protagonizar a história. Em Nomadland,por exemplo, apenas Frances McDormand é atriz de verdade. O longa, terceiro dirigido por Zhao, é uma das grandes apostas para o Oscar 2021 (concorrente nas categorias de melhor filme, melhor direção, melhor atriz, melhor fotografia, melhor roteiro adaptado e melhor montagem), e já venceu o Leão de Ouro no Festival de Veneza, o prêmio de melhor direção no Globo de Ouro 2021 e quatro prêmios no BAFTA (melhor filme, melhor atriz, melhor direção e melhor fotografia). Chloé Zhao também poderá ser vista na direção de Eternos, novo filme da Marvel com estreia prevista para o final de 2021.
Elvira Lind
Nascida em Copenhagen e radicada em Nova York, a roteirista e diretora Elvira Lind concorre ao Oscar 2021 com o seu primeiro curta-metragem de ficção, The Letter Room. Estrelado pelo ator Oscar Isaac, o filme concorreu em outros três festivais importantes: Tribeca Film Festival, Palm Springs International ShortFest e Telluride Film Festival. Formada em documentário pela City Varsity School of Media & Creative Arts, em Cape Town, ela possui trabalhos em documentários e curtas para as mais diversas plataformas – do cinema às redes sociais.
Emerald Fennell
Britânica formada em Letras pela Greyfriars, em Oxford, Emerald Fennell começou a sua carreira no cinema na frente das câmeras. Ela fez participação em peças de teatro na universidade e chamou atenção de agentes que logo a colocaram em programas do Channel 4. Sua carreira de atriz é repleta de papéis em filmes de época e, na TV, participou de Call the Midwife, da BBC, e The Crown, da Netflix. Depois de ser showrunner da segunda temporada de Killing Eve, ela começou o projeto de Bela Vingança como roteirista, diretora e produtora. A comédia sádica feminista é uma verdadeira revolução para o Oscar, e a tornou a primeira diretora inglesa a concorrer na categoria de melhor direção. Além disso, seu filme concorre a melhor filme, melhor roteiro original, melhor atriz e melhor edição.
Farah Nabulsi
A britânica palestina Farah Nabulsi nasceu em Londres. Ela é filha de mãe palestina e pai palestino-egípcio. Farah formou-se na Cass Business School e trabalhou como corretora de ações em bancos de investimentos na Inglaterra até os 30 anos. Em 2013, para se reconectar com as raízes da família, visitou a Palestina pela primeira vez. A viagem trouxe inspiração para Nabulsi para fundar, em 2016, a Native Liberty Productions: uma produtora de filmes e vídeos que busca humanizar a história dos palestinos, colocando foco nas injustiças que eles sofrem. The Present é o seu primeiro filme como diretora, e concorre na categoria de melhor curta de ficção no Oscar 2021.
Garrett Bradley
A diretora norte-americana Garrett Bradley tem uma linha de pesquisa sócio-política que relaciona a ficção com o cotidiano. Ela é mestre em artes visuais e direção na UCLA. Sua estreia como diretora aconteceu em 2014, com Below Dreams, destaque no Tribeca Film Festival. Desde então, ela fez outros dez filmes, incluindo Time, que concorre ao Oscar 2021 na categoria de Melhor Documentário. O formato das suas produções varia entre documentário, ficção e arte experimental.
Kaouther Ben Hania
Formada pela Academy of Performing Arts, em Sarajevo, na Bósnia, a diretora de O Homem que Vendeu sua Pele, Kaouther Ben Hania começou a carreira no teatro de fantoches, nos Estados Unidos. De volta à terra natal, ela fundou a Deblokada, associação de artistas através da qual produziu inúmeros documentários, videoartes e curtas-metragens. Em 2006, seu filme Grbavica a colocou no radar internacional após vencer o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Em 2010, ela voltou ao festival alemão com o drama romântico Na Putu. Nesta edição do Oscar, ela concorre na categoria de melhor filme internacional com Quo vadis, Aida?.
Madeline Sharafian
A jovem roteirista e diretora Madeline Sharafian concorre com o seu curta-metragem Burrow, produzido pela Pixar. A história acompanha uma coelha que decide criar a sua toca dos sonhos, sem pedir qualquer ajuda aos vizinhos. No enorme processo de escavação, ela se vê presa em novos desafios e descobre, no fim das contas, que está tudo bem pedir ajuda de vez em quando. Esse é o seu terceiro curta animado como diretora e roteirista (ela fez também We Bare Bears e Omelete) além de ter trabalhos no departamento de arte de animações grandes, como Viva: A Vida é uma Festa.
Maite Alberdi
Maite Alberdi é diretora de audiovisual na Pontifícia Universidade Católica do Chile, co-autora do livro Teorías del cine documental en Chile: 1957-1973 e faz reviews de filmes para o site La Fuga. A cineasta, professora e crítica de cinema, assina a direção do documentário The Mole Agent, sobre o caso de um senhor, Sérgio, contratado pelo detetive particular Rómulo para se infiltrar em uma casa de repouso no Chile.
Nicole Newnham
Um acampamento que deu origem ao movimento de inclusão de pessoas com deficiência nos Estados Unidos, na década de 1970, virou o documentário Crip Camp: Revolução pela Inclusão, co-dirigido por Nicole. A diretora, produtora e roteirista de cinema tem mestrado em artes pela Stanford Documentary Film Program. Ao longo de sua carreira, fez parcerias com outros diretores para projetos como o The Rape of Europa, documentário de 2006 que fala sobre a relação do nazismo com os roubos de arte e o apagamento da cultura durante a Segunda Guerra Mundial.
Niki Caro
Roteirista e diretora de cinema, a neozelandesa Niki Caro se tornou conhecida em 2002 com o filme Encantadora de Baleias. Em 2005, dirigiu o drama Terra Fria, protagonizado por Charlize Theron, que conta sobre as terríveis experiências de assédio moral e sexual que mulheres sofreram ao trabalharem como mineradoras em Minnesota. Depois, fez alguns trabalhos com a Disney até receber o convite para dirigir a live action de Mulan, concorrente nas categorias de melhor figurino e melhor efeito visual.
Pippa Ehrlich
A jornalista e cineasta Pippa Ehrlich é co-diretora no documentário Professor Polvo, vencedor do BAFTA 2021. O curta gira em torno da proteção ambiental, principalmente da marinha. O trabalho de Ehrlich é baseado em investigações sobre os seres aquáticos e os danos do aquecimento global para os oceanos ao redor do mundo.
Regina King
Nascida em Los Angeles, Regina King começou a carreira em 1985, na série de TV 227. Como atriz, ganhou prêmios como o Oscar demelhor atriz coadjuvante por Se a Rua Beale Falasse, em 2019, e o Emmy de melhor atriz em minissérie ou filme para TV por Watchmen, em 2020. Ela fez a sua estreia na direção com o longa Uma Noite em Miami e já despontou entre as apostas de Hollywood por trás das câmeras. Apesar de ter tido mais reconhecimento no Globo de Ouro, o filme de King concorre nas categorias de melhor ator coadjuvante, melhor roteiro adaptado e melhor canção original.
Sophia Nahli Allison
Nascida em Los Angeles, a fotógrafa e documentarista Sophia Nahli Allison é autora de nove curtas e diversas séries de fotos sobre o cotidiano na cidade da Califórnia. O seu trabalho mistura ficção e não-ficção com narrativas propostas. Em Uma Canção para Latasha, Sophia busca remontar a história perdida de Latasha Harlins, jovem negra baleada e morta em 1991, através dos relatos de parentes e amigos próximos. O filme disputa o Oscar na categoria de Curta-Documental.
Thea Sharrock
Com uma vasta carreira no teatro, a diretora inglesa Thea Sharrock trocou os palcos pelas telas em 2012, ao dirigir Tom Hiddleston na minissérie da BBC The Hollow Crown. Quatro anos depois, ela adaptou para o cinema o livro Como Eu Era Antes de Você, de Jojo Moyes. Seu segundo curta-metragem é produzido pela Disney e é baseado no livro The One and Only Ivan, escrito por Katherine Applegate. O Grande Ivan concorre ao Oscar 2021 na categoria de melhor efeito visual.
E, aí? Conhecia essas diretoras incríveis? Conta pra gente! E fique ligado no Entretetizei para mais conteúdos sobre as premiações e o mundo do entretenimento. Ah! E aproveita para seguir a gente noInsta, Twittere Face!
Daqui até o Mar Amarelo e Outros Contos explora as ambigüidades humanas e será lançado pela Intrínseca
I know who I am. And after all these years, there’s a victory in that.” Quem já assistiu a série True Detective, da HBO, com certeza está familiarizado com essa frase dita pelo personagem Rust Cohle, interpretado pelo astro Matthew McConaughey. O roteirista da série, Nic Pizzolatto, lançará mais um fenômeno, dessa vez no mundo dos livros. Daqui até o Mar Amarelo e Outros Contos mostrará a dificuldade das pessoas em se conectarem, ao mesmo tempo em que expõe o coração humano e seus caminhos controversos. Serão 11 narrativas que tratam de temas comuns, como memória, desejo, saudade e perda.
O livro, que foi finalista do National Magazine Award, reúne contos que visitam lugares e realidades distintaos, mas podem ser bem familiares. A ideia de Pizzolatto é guiar o leitor por várias experiências humanas, mergulhando na realidade nua e crua dos relacionamentos interpessoais e nos desafios que todos os seres humanos podem enfrentar em qualquer fase da vida.
Nic Pizzolatto escolheu pessoas comuns para serem seus personagens, mas com jornadas que revelam as incertezas da existência humana. Um guarda florestal; um artista; uma professora; um jovem e seu ex-técnico de futebol americano. Todos eles têm uma história a contar e que fará o leitor refletir sobre suas próprias atitudes.
Nesta coletânea de contos, o autor une sentimentos contrastantes como crueldade, amor, solidão e amizade, e desvenda a linha tênue que separa o bem e o mal, o certo e o errado. Com certeza Daqui até o Mar Amarelo e Outros Contos é um livro para ler com muito cuidado e atenção. Um livro para refletir, para mudar seus próprios hábitos e forçar a mente a entender novos aspectos da vida.
“Nic Pizzolatto traz uma verdade lírica em sua narrativa ao abordar temas como perda, solidão e alienação.” – Publishers Weekly
“Pizzolatto tem fascínio por cenários tristes, até mesmo sombrios, que mostram a dificuldade das pessoas de se conectarem. Suas histórias lindamente escritas vão atrair os fãs desse estilo.”
— Booklist
Sobre Nic Pizzolatto
Nic Pizzolatto é criador, roteirista, produtor executivo e showrunner da série da HBO True Detective. Como escritor, teve trabalhos publicados nas revistas The Atlantic, The Oxford American, The Missouri Review, entre outras. Seu primeiro romance, Galveston, foi finalista do Edgar Award e venceu o Prix du Premier Roman Étranger da Academia Francesa e o Spur Award. Com a coletânea Daqui até o Mar Amarelo e outros contos, foi um dos finalistas do National Magazine Award. Pizzolatto nasceu em Nova Orleans e mora na Califórnia com a esposa e a filha. (Foto: Lacey Terrell)
DAQUI ATÉ O MAR AMARELO E OUTROS CONTOS, de Nic Pizzolatto Tradução: Alexandre Raposo
Páginas: 304
Editora: Intrínseca
Estamos ansiosos para embarcar nessa aventura. Prepare-se, querido leitor. Faremos uma resenha em breve. Compre Daqui até o Mar Amarelo e Outros Contos aqui.
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