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Entrevista | Pablo Guerrero fala sobre carreira e novo personagem na série Luis Miguel

Em entrevista exclusiva para o Entretetizei, o ator comentou sobre carreira e contou mais mais sobre seu personagem na série biográfica da Netflix, sobre o cantor Luis Miguel

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A primeira temporada da série Luis Miguel foi sucesso no mundo todo. Em abril de 2021, depois de dois anos de espera, a história está de volta e com novos personagens na telinha. Um desses novos rostos é o de Pablo Cruz Guerrero, que interpreta Patricio Robles, ex-agente do cantor Luis Miguel. 

Pablo é um ator mexicano, conhecido por seus trabalhos em telenovelas como El Sexo Débil e Cuando Me Enamoro, nos filmes El Estudiante, From Prada to Nada, Guerra de Likes e, agora, na série Luis Miguel.

Foto: Divulgação

Seu personagem promete movimentar a história e, já no primeiro capítulo, mostrou que, diante de duas atitudes controversas, tem tudo para ser o novo vilão da temporada. Em entrevista exclusiva para o Entretetizei, Pablo nos contou um pouco mais sobre sua carreira, como foi entrar na equipe de Luis Miguel e sobre seu personagem. 

 

Confira a entrevista: 

Entretetizei: Por que você decidiu ser ator?

Pablo: Quando eu tinha oito anos vi um filme, Glory com Matthew Broderick, Morgan Freeman, Denzel Washington e me lembro perfeitamente de ter visto a cena onde agarram o personagem principal, interpretado por Denzel Washington. Ele apanhava e me lembro que parecia uma cena muito poderosa porque ele estava se segurando para não chorar mas ao mesmo tempo demonstrando uma força na frente desses selvagens e soube o quanto é poderoso contar uma história. E, desde aí, disse aos meus pais que queria atuar, só consegui quando entrei na faculdade e aqui estou (risos). Muitos anos depois e muito contente

 

E: Qual foi o personagem que mais te ensinou?

P: Todos. Aprendo algo de todos os meus personagens, porque todos os meus personagens são abordados com grupos criativos, com diferentes pessoas, em diferentes momentos da minha vida, com diferente compreensão, diferentes projetos, diferentes lugares. Então isso faz com que todos eles tenham um certo tipo de enriquecimento para Pablo. Por exemplo, o personagem que estou fazendo agora, Patricio Robles, aprendo com o que as pessoas me dizem desse personagem, aprendo com elas. E acredito que aprender com as pessoas ao redor do seu personagem, é a melhor maneira de aprender.

 

E: O que você acredita que seja o melhor de ser ator?

P: Não sei. Suponho que para mim o melhor de ser ator é abordar, contar histórias em primeira pessoa uma e outra vez. E ter um universo infinito, completamente ilimitado de possibilidades de histórias que podem ser contadas aí e tratar de usar as ferramentas emocionais que eu tenho à minha disposição para contar essas histórias.

 

E: E o pior? 

P: O pior? Ter que esperar no set. Isso pode virar algo entediante, mas se você está feliz, está focado e feliz, e está talvez estudando algo, então essas pausas podem chegar a ser frutíferas.

 

E:Tem algum ator que seja uma grande referência para ti? 

P:  Sim. Nesse caso, por ser o projeto do qual estamos falando e por ser uma pessoa que tenho muito presente na minha vida e no meu trabalho agora – e portanto aprendi muito trabalhando com ele. César Bordón, o ator que interpreta o personagem de Hugo López na série Luis Miguel. É um ator que eu admiro muito. 

 

E: Há alguma pessoa com a qual sempre quis trabalhar e acabou trabalhando?

P: Com Diego Boneta. Desde a primeira temporada eu vi ele e reconheci o talento, a entrega e o compromisso que tinha essa pessoa com esse papel. Definitivamente o coloquei na minha lista de pessoas que admiro, e às quais quero conhecer e trabalhar com elas no futuro. E aconteceu. 

 

E: Já veio ao Brasil alguma vez? 

P: Não, não conheço o Brasil e tenho muita vontade de conhecer. E as coisas que escutei do Brasil foram muito bonitas, tenho vontade de dar uma volta por aí logo.

As coisas que escutei do Brasil foram muito bonitas, tenho vontade de dar uma volta por aí logo.

 

E: Falando agora da série, como você chegou até Luis Miguel?

P: Através de uma série de audições. Fiz uma audição em dezembro de 2019 e em janeiro de 2020 me avisaram que eu havia ficado, porém havia outro projeto no qual eu estava prestes a começar. Foi um pouco duro emocionalmente ter que deixar o outro projeto e agradecer,, porque no outro projeto ainda não havíamos começado, nos faltava ainda um mês e meio para começar as gravações. Mas, quando surgiu essa oportunidade, tive a sorte de conversar com gente da equipe criativa dos dois projetos, que me permitiram chegar a conclusão de que decisão tomar. E sim, no início foi complicado, mas tenho certeza que tomei a decisão correta e foi,, também,, não só a emoção de me contarem que eu havia ficado com o personagem, mas também a emoção de entrar em uma equipe que já vinha de uma temporada consolidada, já comprovada e aprovada pelo público. E que me permitissem entrar a essa família, foi muito bonito

 

E:  Sim, ia falar justamente disso. Você entrou aí, em uma nova temporada da qual a primeira foi um sucesso total. E queria saber um pouco mais sobre como foi entrar nesse projeto que já estava aí.

P: Muito tranquilo, porque quando eu entrei, entrei com um pouco de medo de querer impor. Com medo de impor certas coisas ou ideias que eu trazia do meu personagem. Porém, quando cheguei, a  única coisa que recebi foi abertura, confiança, carinho e apoio para que eu propusesse as coisas, minhas inquietudes e para que eu também criasse, ajudasse a criar o mapa, a rota emocional do personagem. Então foi muito bonito. Me senti como chegando num almoço familiar, onde você sente que estão te esperando há muito tempo.

 

E: E como é chegar e interpretar um vilão?

P: Igual, não? Suponho que seja a mesma responsabilidade, mesma estrutura e mesma intensidade com que se aborda qualquer outro personagem. O próprio personagem, como te disse a pouco, e os outros personagens vão te ajudando a descobrir por onde você tem que ir. Por onde você tem que ir, como tem que se comportar e como reagir diante do que te dão as outras pessoas. Então não, para mim não existe diferença entre fazer um vilão ou qualquer outro personagem, simplesmente é o mesmo compromisso e é o resultado disso que as pessoas traduzem como um vilão ou alguém bom. Mas estou tratando de criar seres humanos que possam ser o mais apegados à realidade ou que possam encontrar uma identidade o mais apegada à realidade possível.

 

E: Bom, você já me falou um pouco disso. Ia te perguntar como é a relação com o elenco da série, se já havia trabalhado com alguém…

P: Extraordinariamente boa, são um grupo de pessoas muito entregues, criativas e bondosas. Existem projetos em que você chega a um ambiente de carinho e confiança e outros em que você chega num ambiente de tensão, e que por sorte me passou poucas vezes. Essa definitivamente foi o ápice dos projetos, com gente aproveitando, bem, divertidas e atentas.

 

E: E por último, queria te perguntar se está envolvido em algum outro projeto.

P: Sim, um filme que vou estrear proximamente. Um filme muito bonito, que se chama A Nave. Escrito, produzido e protagonizado por mim. É baseado em fatos reais e é um filme muito bonito sobre um locutor de rádio que contra o sentido da sua vida graças a um menino que fala em seu programa e ele cria uma relação fraternal com o menino e com a mãe do menino. Graças a esse filme tive a oportunidade de trabalhar com grandes atores e atrizes, e o diretor do filme é Batan Silva, que inclusive trabalhou também aí na américa do sul várias vezes. É um diretor muito, muito completo e muito divertido, muito profundo, muito apaixonado pelo seu trabalho e ele nos ajudou a contar essa história tão bonita. A Nave, não se esqueça!

 

 Luis Miguel é uma série original da Netflix e a primeira temporada completa está disponível na plataforma. A segunda temporada está sendo lançada, com um capítulo novo todo domingo! Se interessou e quer saber mais? Confira o trailer da segunda temporada aqui

A entrevista completa com Pablo está disponível no nosso canal do Youtube: 

 

Já conhecia a série? Curtiu essa entrevista? Conta pra gente nas redes sociais do Entretetizei Insta, Face e  Twitter – e nos siga para acompanhar as novidades do mundo do entretenimento!

*Crédito da foto de destaque: Hotbook

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Cinema Entretenimento Notícias

Cleo e Glória Pires serão mãe e filha em novo filme

Em Vovó Ninja, as duas vão atuar juntas pela primeira vez com esses papéis; a previsão de estreia é para o segundo semestre deste ano

Cleo e Glória Pires vão atuar juntas pela primeira vez como mãe e filha. As duas serão protagonistas do filme Vovó Ninja que tem previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano. Com direção de Bruno Barreto, as filmagens estão acontecendo em Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo, desde o fim de abril e tem seguido todos os protocolos de segurança e saúde.

Cleo Pires diz estar animada com a oportunidade de contracenar com sua mãe. Nós sempre tivemos essa vontade de atuarmos juntas como mãe e filha e surgiu essa oportunidade com o convite para Vovó Ninja. Estou muito feliz e empolgada com esse trabalho. A produção está incrível e a história bem legal”.

Glória Pires completa. “Isso tudo está sendo muito especial por estarmos fazendo pela primeira vez mãe e filha, mas também pela data que está se aproximando do Dia das Mães. Parece que foi o timing perfeito para acontecer”.

Nas redes sociais, Cleo compartilhou com os fãs o momento importante em sua carreira.

https://www.instagram.com/p/COlq4__nupS/?utm_source=ig_web_copy_link

 

O filme de comédia conta a história de  Arlete (Glória Pires), mãe de Marina (Cleo Pires), que vive reclusa e tem um estilo de vida zen. A personagem se prepara para receber os netos em sua casa, depois de muito tempo sem vê-los. Arlete não tem muita intimidade ou jeito com as crianças, que são bagunceiras e estão insatisfeitas de estarem em um sítio sem internet, cheio de regras e tarefas domésticas. Após uma tentativa de roubo no local, o caçula Davi descobre que a avó tem habilidades fora do comum e, junto com os irmãos, faz de tudo para descobrir qual é o seu segredo.

Os atores Leandro Ramos, Angelo Vital, Luiza Salles, Michel FelbergMatheus Ceará são alguns dos outros nomes que fazem parte do elenco.Produzido por Paula Barreto, Vovó Ninja  tem direção de Bruno Barreto. A produção é da LC Barreto, em coprodução com a Galeria Distribuidora e o Grupo Telefilms.

 

 

E aí, ficou com vontade de assistir o filme? Continue nos acompanhando para ficar por dentro de todas as novidades e não deixe de seguir as nossas redes sociais:  Insta, Face e Twitter!

*Crédito da foto de destaque: Stella Carvalho/Divulgação

 

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Cinema Entretenimento Resenhas

Resenha | Na Cidade Branca, longa de 1983, explora o vazio existencial

Na Cidade Branca foi nomeado para o Urso de Ouro do Festival de Berlim e ganhou o Prêmio César (França) de Melhor Filme Estrangeiro

Na Cidade Branca (Dans la Ville blanche) é um filme suíço de 1983, dirigido por Alain Tanner, que aborda o vazio existencial e a vida de um homem que quer encontrar o sentido da vida. Com quatro idiomas presentes no longa, o português tem espaço especial na trama, que traz no elenco Bruno Ganz, Teresa Madruga e Julia Vonderlinn.

Paul (Bruno Ganz) é um marinheiro suíço que desembarca em Lisboa sem uma razão especial. Vivendo em um hotel simples, próximo à zona ribeirinha, ele experimenta um grande vazio existencial. Paul vagueia pela cidade por dias a fio,  filmando com sua câmera Super-8 e enviando as imagens para sua esposa na Suíça, acompanhadas de cartas que contam suas longas horas de meditação. Porém, em seus passeios, encontra Rosa, por quem se apaixona.

Reprodução do filme Na Cidade Branca

Sendo um filme de 1983, podemos por vezes estranhar a calmaria e às vezes, certa lentidão no decorrer da história, mas isso era comum em filmes dramáticos daquela época. O longa apresenta diversas cenas onde Paul aparece refletindo sobre a vida, e essas reflexões estão apenas em sua mente, fazendo com que haja muito menos diálogos do que estamos acostumados a observar.

Por outro lado, essa falta de palavras deixa em destaque o talento do ator Bruno Ganz. Ele consegue transmitir suas questões existenciais em apenas um olhar, um sorriso ou uma lágrima. No momento em que ele e Rosa (Teresa Madruga) começam a desenvolver um relacionamento, mesmo sem nenhuma vez expressar seus sentimentos em palavras, conseguimos ver claramente o quanto ele está envolvido pela moça. 

Reprodução do filme Na Cidade Branca

“Eu estou bem. Estou livre. Não estou fazendo nada. Não estou de férias. Nas férias se faz alguma coisa. Se organiza o tempo livre. Eu não. Eu não faço nada”. Essa é uma das falas de Paul em uma de suas cartas que ele envia a sua esposa (Julia Vonderlinn). Em diversos momentos, é de se invejar a disponibilidade de uma pessoa poder abandonar tudo para pensar na vida numa cidade tranquila e cheia de diversão. Todavia, há um momento do filme em que todo esse vazio de Paul começa ser difícil de acompanhar, a ponto de você querer que o personagem se encontre para que a história consiga seguir. 

O cenário natural é um show à parte. Gravado em Portugal, conseguimos conhecer as enormes escadarias de Lisboa. Os prédios com janelas de madeiras, os bondes subindo ladeiras e as feiras livres nas manhãs. Tudo isso traz uma sensação de leveza e tranquilidade ao espectador. É bacana, também, observar os diversos idiomas apresentados e interagindo entre si: inglês, alemão, português e francês

Reprodução do filme Na Cidade Branca

Com direção de Alain Tanner, Na Cidade Branca foi nomeado para o Urso de Ouro do Festival de Berlim e ganhou o Prêmio César (França) de Melhor Filme Estrangeiro.

 

Leia também: Festival Volta ao Mundo disponibiliza filmes de diversos países em streaming independente

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*Crédito da foto de destaque: Reprodução do filme Na Cidade Branca

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