Depois da estreia esgotada da turnê, a cantora se apresenta no Cine Joia no sábado, 2 de julho
Os fãs paulistanos da cantora Day Limns só têm motivos para comemorar. Após da estreia esgotada da turnê “Bem-Vindo ao Clube” – primeiro álbum de carreira de Day-, a cantora está de volta para São Paulo em nova apresentação no Cine Joia. O show da turnê acontece neste sábado (dia 02).
A turnê será acompanhada por um time de grandes músicos do rock nacional como Gee Rocha (Nx Zero), Johny Bonafe (ex-Glória) e Vitor Pereceta. A apresentação ao vivo traz os grandes sucessos de Day, e conta com singles como “Clube dos Sonhos Frustrados”, “Finais Mentem” e “Isso não é Amor”, parceria com Lucas Silveira da banda Fresno. “A estreia da turnê em São Paulo foi muito incrível, além do sold out, todo mundo cantou todas as canções do começo ao fim do show. Tenho certeza que o próximo encontro vai ser tão memorável quanto o primeiro”, contou a cantora.
Um dos principais nomes atuais do pop underground, além de cantora, Day também é compositora, assinando grandes hits cantados por Anitta, Luisa Sonza, Vitão, As Baías, Carol Biazin, Clau, Rouge, entre outros. Em Doce 22, álbum mais recente de Luiza Sonza, DAY é coautora das canções “2000. S2”, “Anaconda”, “Penhasco” e “Caos/Flor”.
Os ingressos da apresentação estão na faixa de R$ 30 até R$100, sendo separados em lotes, e podem ser adquiridos clicando aqui.
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O podcast semanal tem conteúdo direcionado ao público jovem
A novidade da Amazon Music é o #DáUmReload, podcast original e semanal de notícias, apresentado por Letícia Wexell, que vai abordar os principais fatos da semana com uma linguagem descomplicada, diversa e direcionada ao público jovem.
O projeto, disponível na plataforma e no App da Amazon Music, é uma realização da Amazon em parceria com o Reload, canal de notícias dedicado à informação acessível e atrativa aos jovens.
#DáUmReload terá episódios inéditos sempre às quartas-feiras a partir das seis da manhã. A cada semana, em uma conversa de jovem pra jovem, a escritora e jornalista Letícia Wexell recebe um convidado para contribuir com temas como justiça climática, capacitismo, orgulho LGBTQIA+, violência policial, entre outros. Ao final de cada episódio, a poeta Slam, escritora e socióloga Jéssica Campos participa com um comentário poético relacionado ao tema abordado na conversa.
O primeiro episódio de #DáUmReload, lançado em 30 de junho, recebe Bruna Benevides, travesti cearense e ativista pelos direitos humanos. Bruna bate um papo com Letícia sobre orgulho LGBTQIA+, trazendo o protagonismo trans para a conversa e os caminhos da luta para o pós-junho. O influenciador e ativista Deives Picáz chama a atenção para as eleições e sobre a importância do voto com orgulho. Jéssica Campos, com sua poesia Slam, fala sobre Visibilidade Bissexual. O episódio ainda discute as notícias da semana, como o fim do direito ao aborto nos EUA e as marchas pela diversidade no mundo.
“É superimportante a gente dar visibilidade a esses temas com uma linguagem simples, mas informativa, para que todo mundo tenha oportunidade e prazer em aprender sobre eles. Principalmente com a urgência que essas pautas têm hoje”, afirma a apresentadora Letícia Wexell.
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A comédia romântica da Universal Pictures estreia em breve no Brasil
A comédia romântica Ingresso Para o Paraíso, estrelada por George Clooney e Julia Roberts, conta a história de um casal divorciado que se une para impedir que sua filha Lily (Kaitlyn Dever) cometa o mesmo erro de se casar por impulso como eles fizeram há 25 anos.
A história se passa em Bali (Indonésia) quando Lily faz uma viagem de pós-graduação e decide se casar com Gede (Maxime Bouttier), um morador da cidade. Ingresso Para o Paraíso é um filme sobre a doce surpresa das segundas chances.
Confira o trailer de Ingresso para o Paraíso:
Ingresso Para o Paraíso ainda não tem data de estreia no Brasil. O longa é dirigido por Ol Parker (Mamma Mia! Here We Go Again) e produzido por Tim Bevan (A Garota Dinamarquesa) e Eric Fellner (A teoria de Tudo).
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Neste ano o festival vai trazer grandes estrelas do pop e do rock nacional, e os shows prometem ser inesquecíveis
O festival Rock Session vai passar por três capitais brasileiras, trazendo sucessos como Fresno, Di Ferrero, CPM 22 e Detonautas. O evento passará por São Paulo(10/09), Curitiba(07/10) e Florianópolis(08/10), e terá cerca de nove horas de atividades ininterruptas.
As vendas para adquirir os ingressos já estão abertas, no site oficial e em pontos autorizados. Tendo a assinatura da Opus Entretenimento, conhecida por ser uma das maiores plataformas da América Latina de shows e entretenimento ao vivo, ou seja, o evento tem tudo para ser incrível.
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Após invadirem a cena global com grande aclamação, o girl group está de volta com um hit empoderado
O girl group XG lançou hoje (29) , o clipe para seu novo single de trabalho, MASCARA. A faixa mescla elementos de Hip-Hop, R&B e Trap para criar um som inovador e animado, potencializado pela energia das performances de dança e letra empoderada.
Pela primeira vez, o grupo se apresentou ao vivo para milhares de fãs em uma transmissão inédita, peloYouTube. Elas também se preparam para performar a nova faixa em programas de TV na Coreia, já com presença confirmada no M COUNTDOWN amanhã (30).
As garotas do XG se mostram fortes candidatas a levarem a coroa de girl group global. Antes de realizarem sua estreia cativante, o grupo treinou na Coreia do Sul e Japão por cinco anos .
A faixa de debut do XG, Tippy Toes, acumulou milhões de visualizações e comentários em diversos idiomas vindos de uma rede de milhares de fãs globais animados.Desde o início, o XG apareceu em formação completa, com uma imagem confiante e autêntica – e habilidades de canto e dança raramente vistos em uma estreia de artistas tão jovens.
A recém lançada MASCARA é o hino do XG para a nova geração que é ousada e confiante. O refrão“don’t mess with my mascara” (não estrague o meu rímel) incorpora o espíritodestemido e empoderado do XG.MASCARA transmite força, união e amizade: três virtudes que capturam a essência das integrantes do XG. Elas estão determinadas em espalhar essa mensagem aos fãs: levantem-se, permaneçam fortes e orgulhem-se.
Assista ao clipe:
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O serviço de streaming musical apresenta uma programação exclusiva, com conteúdo original e novas playlists com os grandes sucessos do cantor
No mês em que o baiano Gilberto Gil completa 80 anos, o Amazon Music homenageia o cantor, compositor, instrumentista, produtor musical, político e escritor brasileiro, e celebra os seus grandes sucessos. Em edição especial do programa Amazon Music News, disponível no app e no canal de Youtube, Lázaro Ramos entrevista Gil de forma intimista.
Como parte do projeto, Gilberto Gil participa também do Amazon Original com a música “Andar Com Fé”, que é parte da trilha sonora da série “Em casa com os Gils”, do Prime Video, que estreou em 24 de junho, aniversário do baiano.
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Longa será lançado nos cinemas brasileiros em novembro de 2023
Depois de sete anos desde o último filme lançado, os fãs de Jogos Vorazes podem comemorar! A Paris Filmes divulgou o primeiro teaser de Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes que será lançado nos cinemas brasileiros em novembro de 2023.
Assista ao teaser aqui:
O novo longa é inspirado no livro da autora Suzanne Collins. Lançado em 2020, a história mostra a vida de Coriolanus Snow antes de ser presidente. Com apenas 18 anos, Snow vira mentor de Lucy Gray, uma tributo do Distrito 12, e consegue ver uma chance de subir na vida com essa situação.
O roteiro foi escrito por Suzanne Collins em parceria com Michael Arndt e Michael Lesslie. A produção está com Francis Lawrence, que também dirigiu os três filmes anteriores, Nina Jacobson e Brad Simpson.
Até o momento, os atores confirmados no elenco são Tom Blyth, Hunter Schafer, Rachel Zegler, Josh Andrés Rivera, Jason Schwartzman, Jerome Lance, Ashley Liao, Knox Gibson, Mackenzie Lansing, Aamer Husain, Nick Benson, Laurel Marsden, Lilly Cooper, Luna Steeples, Hiroki Berrecloth, Max Raphael, Zoe Renee, Ayomide Adegun, Kaitlyn Akinpelumi, Sofia Sanchez e Amélie Hoeferle.
E aí, animados para Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes? Diga quais são as suas expectativas nas redes do Entretê (Instagram,Twitter e Facebook).
*Crédito da foto de destaque: divulgação/Paris Filmes
João Guimarães Rosa é um dos maiores escritores do Brasil. Conhecido pelo vasto conhecimento linguístico que possuía, foi responsável por criar diversas obras que marcaram a literatura nacional e que estavam repletas de palavras por ele criadas.
Ele nasceu no interior de Minas Gerais em 27 de junho de 1908, e comemora-se nesta semana o aniversário de nascimento do escritor. Posteriormente, Guimarães Rosa faleceu antes de completar 60 anos, no ano de 1967, mas garantiu antes uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
Entre as tantas obras dele publicadas, duas se destacam e o colocam no posto, para muitos, de melhor escritor do século XX. São elas: Grande Sertão Veredas e Sagarana.
Grande Sertão Veredas
Romance experimental do escritor, a obra é narrada por Riobaldo, um ex-jagunço que passa a viver em uma fazenda. Escrito em formato de diálogo/monólogo, o livro conta a história de um doutor que chega à fazenda, mas que na verdade era uma mulher que precisava se disfarçar.
Além disso, título também utiliza uma palavra de destaque no enredo: veredas, que significa caminho. Assim, são tratados diversos temas importantes que aparecem na vida dos personagens ao longo de sua caminhada.
Sagarana
Conjunto de contos com caráter regionalista, mas que trata de temas universais, o livro mais uma vez é um dos jogos de palavras do escritor. A palavra saga tem origem alemã e rana, significa “semelhante com” no tupi. Logo, seria um conjunto de contos semelhantes com uma saga.
Ademais, em Sagarana, ele explora da linguagem oral e a reflexão sobre temas como violência, religião e sertão. O escritor cresceu no interior, por isso é sempre possível ver traços disso nos textos por ele escritos.
Por fim, além dessas duas obras, diversas outras também marcaram a carreira do escritor. No entanto, esses são dois livros importantes não apenas para Guimarães Rosa, mas também para o curso da literatura brasileira do século XX.
*Créditos da foto de destaque: reprodução/ Site Infoescola/Foto de João Guimarães Rosa.
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A sexta edição do Rota aconteceu em formato virtual no mês de junho
O Festival de Roteiro Audiovisual – Rota anunciou os vencedores de sua sexta edição que foi realizada em formato virtual de 21 a 26 de junho. O Rota recebeu mais demil inscrições em todas as suas atividades. Nas competitivas, foram 485 no Concurso de Roteiros de Curtas, 118 no Laboratório de Projetos de Série e 84 na Mostra Competitiva de Curtas.
O Rota promoveu 176 reuniões entre autores e importantes players do mercado audiovisual no Encontro de Negócios. Além de Seminário com a realização de masterclasses, palestras, mesas de debate e entrevista com a roteirista Suzana Pires, realizada por Bruno Bloch e Filippo Cordeiro do podcast Primeiro Tratamento.
No Concurso de Roteiros de Curtas, o projeto A Menina no Espelho, escrito por Ricardo José Sékula, foi o vencedor da categoria de Melhor Roteiro. Já Cheios da Glória, assinado por Leandro Souza dos Santos, levou o troféu de Melhor Pitching do Laboratório de Projetos de Séries.
Opúblico também teve voz no Júri Popular, que escolheu seus favoritos na Mostra Competitiva de Curtas. Os projetos Só Mais uma Frase, de Giulia Bertolli, na categoria Ficção e Clara Esperança, de Diego Alexandre, na categoria Documentário foram os premiados pelo público.
O resultado do Júri Oficial do Rota foi adiado devido a problemas técnicos e operacionais, e será divulgado em breve no site e nas redes sociais do Festival.
No dia 4 de novembro, os curta-metragem ganhadores da Mostra Competitiva serão exibidos na Mostra Melhores do VI ROTA, na Cinemateca do Museu de Arte Moderna – MAM Rio.
Confira os vencedores do VI Festival de Roteiro Audiovisual – Rota
Concurso de Roteiros de Curtas
Melhor Roteiro – A Menina no Espelho – Ricardo José Sékula (Jaboatão de Guararapes/PE)
Melhor Personagem – Janela da Esperança – Fernanda Gama (São Paulo/SP)
Melhor Diálogo – Onde Kafka Entra Nessa História – Paulo Fernando Mello (Duque de Caxias/RJ)
Prêmio Rota/Cabíria de Melhor Protagonista Feminina – Janela da Esperança – Fernanda Gama (São Paulo/SP)
Mentoria com Béa Góes (Narratologia) – Noturno – Igor Machado Peres (Goiânia/GO)
Laboratório de Projetos de Séries
Melhor PitchingJúri Oficial – Cheios da Glória – Leandro Souza dos Santos (Salvador/BA)
2º Melhor Pitching Júri Oficial – Lá na Frente – Márcio Andrade (Recife/PE)
3º Melhor PitchingJúri Oficial – Amapô – Maira Cristina (Salvador/BA)
Melhor Pitching Júri Popular – Senhor Primeira-Dama – Uriel Almeida (Belo Horizonte/MG)
Prêmios Rota/Brazilian Women in Entertainment (BWIE) Amapô – Maira Cristina (Salvador/BA)
Família-Faz-Tudo – Maria Thereza Maximiano (Princesa Isabel/ PB)
O Último Cine Pornô – Leila Magalhães e Gustavo Gerard (Rio de Janeiro/RJ)
Mostra Competitiva de Curtas
Melhor Roteiro de Ficção Júri Popular – Só Mais uma Frase – Giulia Bertolli (Rio de Janeiro/RJ)
Melhor Roteiro De DocumentárioJúri Popular – Clara Esperança – Diego Alexandre (Rio de Janeiro/RJ)
Prêmio de Aquisição Rota/Cardume de Melhor Curta – Aurora – A Rua que Queria Ser um Rio – Radhi Meron (São Paulo/SP)
Menção Honrosa Rota/Cardume – Clara Esperança – Diego Alexandre (Rio de Janeiro/RJ)
Prêmio Rota/Rede Sina de Melhor Curta de Temática Social – Engenho de Dentro – William Costa Lima (Ribeirão Pires/SP)
(*) Por problemas técnicos e operacionais, o anúncio dos vencedores eleitos pelo Júri Oficial da Mostra Competitiva foi adiado e será divulgado em breve no site e nas redes sociais do ROTA.
O Festival de Roteiro Audiovisual – Rota foi idealizado, em 2017, por Gabriela Liuzzi Dalmasso, Carla Cristina Perozzo e Evandro Melo. Foi criado com o objetivo de ser um espaço de congregação entre os diversos profissionais do audiovisual brasileiro, instituições de ensino e o mercado audiovisual.
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Um pouco da história do dia, as problemáticas do movimento e uma entrevista imperdível com a cineasta Caia Coelho, idealizadora do projeto Tela Trans
Nesta terça, 28 de junho, é comemorado o Dia do Orgulho LGBTQIAP+ no mundo todo. A celebração foi criada em homenagem aos episódios da rebelião de Stonewall, em 1969, na luta por direitos civis da comunidade LGBTQIAP+. A rebelião foi marcada por levantes e manifestações de membros da comunidade pelo direito de ir e vir, de ser e existir.
Na época, os debates sobre identidade de gênero e sexualidade ainda não abarcavam todas as siglas e pessoas. Entretanto, a contribuição de pessoas trans e travestis para a luta por direitos civis do movimento foi fundamental, não só na luta por liberdades básicas, mas na arte, no cinema e na música, e por muito tempo essa contribuição foi invisibilizada. Essa luta foi criada conjuntamente, e um exemplo disso foi Marsha P. Johnson, uma mulher trans e negra que estava na linha de frente da rebelião de Stonewall.
Ainda hoje, mesmo com um acesso maior a pesquisas e estudos, membros da comunidade LGBTQIAP+, principalmente pessoas trans e travestis, são invisibilizadas, sendo reduzidas, na maioria das vezes, a meras estatísticas de violência. Como consequência, as suas vivências, particularidades e vozes são silenciadas e marginalizadas.
Conforme os debates de representatividade, recortes de raça, gênero, sexualidade e classe social avançam, mais produções artísticas dos membros da comunidade LGBTQIAP+ são vistas e celebradas, mas, ainda assim, a proporção é desigual. Os conteúdos, para além dos filmes com temática LGB (gays, lésbicas e bixessuais), não são tão acessíveis, pois não é dado o espaço necessário para que haja essa acessibilidade, ainda mais quando falamos de produções brasileiras.
Filmes, como A Garota Dinamarquesa, utilizam um ator cisgênero, branco e heterossexual para interpretar Lili Elbe, uma das primeiras mulheres trans a fazer a cirurgia de redesignação de gênero, tirando um espaço de direito da comunidade trans de contar suas próprias histórias e de introduzir elementos da sua cultura nas telas.
Para tomar a frente de suas próprias narrativas, ativistes, cineastes e artistes trans, travestis e não-bináries, cada vez mais, lutam por representatividade nas telas, na música e nas produções artísticas.
Com isso em mente, foi criado a plataforma Tela Trans, em 2021, por Caia Coelho, que, além de cineasta, é pesquisadora, conselheira estadual dos direitos da população LGBT em Pernambuco, articuladora política e vice-coordenadora da NATRAPE, e Pethrus Tibúrcio, não-binárie, que é cineaste.
O processo de criação do projeto
Com a dificuldade em achar referências de filmes brasileiros de pessoas trans, travestis e não bináries, Caia e Pethrus tiveram a ideia de criar uma plataforma que serviria de curadoria e que reunisse essas produções artísticas.
‘’O Tela Trans se concretizou quando eu e Pethrus Tiburcio vimos na Lei Aldir Blanc uma oportunidade de captação que poderia viabilizar a sistematização, divulgação e sofisticação da nossa catalogação de obras audiovisuais realizadas por cineastas trans/travestis brasileiras. Há no país grandes gargalos relativos à preservação de memória, acirrados pelo apagamento transfóbico dos locais das pessoas trans e travestis na cultura, história e ciência. Na última década, assistimos surgir em países e estados vizinhos iniciativas disruptivas, iniciando certa tendência de resgate, pesquisa, conservação, busca ativa e valorização. É o caso do Museu da Diversidade Sexual em São Paulo, recentemente golpeado pela perseguição política e autoritária conhecida do segmento, bem como do Archivo de la Memoria Trans Argentina, o Museo Travesti do Peru, o Museum of Trans History & Art, o Museu Transgênero de História e Arte e o Acervo Bajubá. Todo esse panorama nos orientou durante a elaboração e execução do site. Porém não consideramos o trabalho encerrado, ainda precisa ser continuamente atualizado e dele podem se desdobrar mostras, cineclubes, minicursos/oficinas.’’ comenta Caia.
A curadoria
Além de servir de curadoria, a plataforma é colaborativa e incentiva os cineastes mulheres e homens trans, travestis, não-bináries, a divulgar suas produções artísticas – longas, médias e curtas metragens, videoclipes, entre outros.
“A pesquisa na qual o Tela Trans está implicado já durava cinco anos. Foram mais seis meses para elaboração do projeto gráfico, divulgação nas redes sociais, comunicação com a imprensa. Quando lançamos o site, estávamos felizes e tínhamos o desejo manifestado de que as curadorias se tornassem mais porosas à riqueza das nossas sensibilidades, propostas estéticas e narrativas. Elaboramos uma carta aberta fazendo um apelo nesse sentido. Porém certo sentimento impulsionador permanece, acreditamos no potencial do projeto ir além quanto à formação de público, fruição, impactando o repertório de curadores, programadores, críticos, cineastas e pesquisadores interessados no cinema brasileiro.’’ ressalta a cineasta.
Desafios na pesquisa de referências brasileiras
“O Tela Trans excede a catalogação das obras audiovisuais realizadas por diretores trans brasileiros, tendo inaugurado formalmente certa forma de olhar o cinema nacional. Há uma expressiva morosidade para que cineastas não cis fizessem seus primeiros filmes em relação à entrada da linguagem no Brasil, além disso, grande parte continuam não sendo programados no circuito de mostras/festivais, perpetuando barreiras na circulação. Também temos um importante número de curtas, discrepante à mínima quantidade de longas. Desenvolvemos um sistema de busca inteligente com informações de raça, gênero, estado do realizador e ano de lançamento do filme. Isso feito com recursos limitados e poucas referências é um trabalho bastante melindroso, mas nos orgulhamos do resultado.’’ completa Caia.
A luta por visibilidade no meios artísticos
‘’No interior de comunidades trans e travestis, a visibilidade é uma questão paradoxal. Somos hiper-representadas quando estampamos os cadernos policiais e programas do populismo penal midiático, regularmente despolitizando os transfeminicídios e encarceramentos de travestis ou homens trans, particularmente os negros. Um trabalho radicalmente paralelo e diferente do apresentado anualmente pela Antra no seu dossiê de assassinatos e violências. Ambos se distinguem pela disputa de narrativa e controle estético. Esse modelo de conflito se repete em outros campos, da cultura mainstream ao underground, da cultura erudita à baixa cultura e até sobre o que pode ou não ser considerado uma obra. A dança “vogue” se popularizou e adentrou de maneira incontornável as referências de arte tt no Brasil, sobretudo no marco da série Pose, no entanto, as vedetes travestis do teatro de revista dos anos 1950, tal qual os espetáculos de travestis e transformistas da década de 1980 seguem em disparada precarização, estando continuamente mais próximas do completo esquecimento e desaparecimento. A importância dessas colaborações não se restringe aos segmentos LGBT, fazem parte da formação de cultura nacional. Fomentar a preservação das nossas contribuições à cultura é um dever com a história do Brasil. Além disso, tem sido imprescindível monitorar e propor políticas afirmativas permanentes, como a o uso do nome social nos editais, a grantia de avaliadores não-cis nas bancas e reserva de vagas.’’ finaliza Caia.
No momento, o site está em manutenção para abrigar muito mais produções, mas já podem favoritar o endereço e para mais informações sigam o Tela Trans no Instagram.
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