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Heartstopper: conheça os novos nomes da terceira temporada

Eddie Marsan, Hayley Atwell e Jonathan Bailey se juntam ao elenco da série

Atenção, Heartstopper lovers! Na última semana, a Netflix divulgou os novos nomes que darão vida aos personagens amados pelos fãs da série. A terceira temporada da produção estreia em outubro de 2024 no streaming e promete muitas emoções. 

Hayley Atwell se junta à família Nelson como Diane, tia de Nick que o leva para passar as férias de verão em Menorca. 

Foto: reprodução/Netflix

Eddie Marsan interpretará Geoff, o querido terapeuta de Charlie das histórias em quadrinhos. 

Foto: reprodução/Netflix

Já o ator Jonathan Bailey fará uma participação especial na pele de Jack Maddox, um famoso classicista do Instagram e crush do Charlie. 

Foto: reprodução/Variety

A série

Heartstopper (2022-presente) é inspirada no romance gráfico britânico de drama adolescente escrito e ilustrado pela escritora Alice Oseman. A webcomic foi adaptada e produzida originalmente pela Netflix, tornando-se um fenômeno teen de audiência. Com um enredo leve e personagens bem construídos, a produção ganhou o coração dos espectadores. Isso porque um grande diferencial do roteiro é sua singularidade ao abordar assuntos e revelações comuns da adolescência.

Na série, os protagonistas Charlie (Joe Locke) e Nick (Kit Connor) vivem os clássicos dramas do ensino médio enquanto um sentimento nasce entre eles. A forma sensível como a relação dos garotos é construída, sendo rodeada por descobertas clichês do primeiro amor, é o que torna a história especial. 

Foto: divulgação/Netflix

Ao fim da segunda temporada, os fãs ficaram com um gostinho de quero mais: a emblemática cena na qual o casal quase revela seus sentimentos explicitamente é o gancho que recebe a nova temporada. Com muitas expectativas e uma promessa de acontecimentos instigantes, Heartstopper chega às telinhas no segundo semestre e já está dando o que falar. 

Para quem ainda não assistiu e gosta do gênero, vale a experiência. Já para os fãs antigos e até leitores da saga, o lançamento é uma grata oportunidade de viver e amadurecer junto aos personagens que encantam a geração. 

Saúde mental, sexualidade, ambições universitárias, sonhos e paixões. Essas são as temáticas que dão vida à história da série e aos personagens que, ao envelhecerem, aprendem mais sobre si e sobre o mundo ao compartilharem desejos, medos e alegrias clássicos da adolescência.

 

E aí, você vai conferir a terceira temporada da série? Conta pra gente nas redes sociais do Entretetizei (Insta, Face e X) e nos siga para ficar por dentro de todas as novidades do mundo do entretenimento.

 

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Texto revisado por Kalylle Isse

 

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Entrevista exclusiva | Big O!cean fala sobre debut e próximos planos

Em sua primeira entrevista ao Brasil, o grupo de k-pop formado por membros deficientes auditivos falou sobre os obstáculos que enfrentaram no início de sua carreira 

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O k-pop cada dia nos surpreende mais! Neste mês, o Big O!cean, primeiro grupo de k-pop formado por membros com deficiência auditiva, lançou o seu debut. Formado por Kim Ji Seok, Park Hyun Jin e Lee Chan Yeon, o grupo escolheu lançar um remake de Hope, sucesso originalmente lançado pelo H.O.T em 1998. 

O grupo, que utilizará em suas performances três línguas diferentes, sendo elas a Língua de Sinais Americana (ASL), Língua de Sinais Internacional (ISL), e a Língua de Sinais Coreana (SUO) conversou exclusivamente com o Entretê sobre sua história, debut e seus próximos passos. Confira:

Entretetizei: Vocês poderiam se apresentar, um por um, aos fãs brasileiros e falar um pouco sobre vocês? 

Big O!cean: Olá, queridos fãs brasileiros! Estamos muito felizes por ter a oportunidade de nos apresentar a vocês. Eu sou Chan Yeon, o rapper da Big Ocean. Com minha presença enérgica e carismática, pretendo elevar nossas apresentações e me conectar com nosso público em um nível mais profundo.

Em seguida, deixe-me apresentá-lo a Hyun Jin, nosso principal vocalista. Hyun Jin tem uma capacidade única de transmitir emoções por meio de seu canto cheio de alma. Sua voz ressoa com sinceridade e paixão, acrescentando profundidade à nossa música.

Por fim, temos Ji Seok, o dançarino do grupo. Os movimentos dinâmicos e as habilidades de contar histórias de Ji Seok aprimoram nossa coreografia, cativando o público com seu estilo de performance expressivo.

E: Gostaríamos de saber um pouco mais sobre a perda auditiva de vocês. Vocês três utilizam um implante coclear? Contem-nos um pouco sobre isso. 

BO: A gravidade da deficiência auditiva de cada membro varia. Ji Seok usa aparelhos auditivos, Hyun Jin é usuário de implante coclear e também de aparelhos auditivos, enquanto Chan Yeon fez implante coclear nos dois ouvidos. Todos nós nos tornamos hábeis na leitura labial para nos comunicarmos e treinamos muito quando jovens para falar com vozes claras e distintas. Além disso, nós três aprendemos a linguagem coreana de sinais (KSL).

E: Antes de pensarem em debutar no k-pop, vocês faziam outras atividades, certo? Quais eram elas?

BO: Antes de nos aventurarmos no mundo do K-pop, estávamos envolvidos em diversas atividades. Chan Yeon seguiu a carreira de audiologista, Hyun Jin se concentrou em aumentar a conscientização sobre deficiências por meio de seu canal no YouTube e Ji Seok estava imerso no mundo dos esportes como atleta de esqui, representando a equipe da cidade de Seul. 

E: Qual é a história da Big O!cean e como surgiu a ideia de criar um grupo? Vocês se inspiraram em algum grupo? 

BO: Nossa empresa, a Parastar Entertainment, está incentivando talentos da TV com deficiências, e mais de 40 artistas estão participando. Como nossa empresa tem o objetivo de criar superestrelas, o CEO pensou em maneiras de fazer isso acontecer. Foi o projeto Big Ocean. Hyun Jin era originalmente o membro da Parastar, então ele se juntou ao primeiro grupo e, mais tarde, foi realizada uma audição oficial para colocar os membros em um grupo. 

E: Por quanto tempo vocês treinaram para se tornarem ídolos? 

BO: Hyun Jin já tinha assinado contrato com a Parastar desde 2020, mas todos os três membros treinaram por um ano e meio. O período de treinamento para se tornarem ídolos variou para cada um de nós. Envolveu um rigoroso treinamento vocal e de dança, aulas de atuação, além de aulas de linguagem de sinais e treinamento pessoal para esportes. Por meio de dedicação e trabalho árduo, aprimoramos nossos talentos e nos preparamos para a estreia.

E: Quais foram os primeiros obstáculos que você teve de enfrentar quando decidiu entrar no mercado de k-pop? Vocês sofreram algum tipo de preconceito?

BO: Como novatos no setor de K-pop, enfrentamos vários obstáculos, inclusive ceticismo e preconceito devido à nossa deficiência auditiva. No início, foi difícil para nossa equipe atrair investimentos, porque muitos eram céticos quanto à possibilidade de um artista deficiente ser idolatrado. Mas, com o orçamento apertado, permanecemos resistentes e concentrados em mostrar nossas habilidades, esforçando-nos para desafiar os estereótipos e provar nosso valor como artistas.

E: No Brasil, 5% da nossa população é composta por pessoas com deficiência auditiva, e conheci algumas dessas pessoas que também são fãs de K-Pop. Quando vocês decidiram que iriam debutar na indústria, imaginaram como seria importante para outras pessoas também terem essa representação em um gênero de que gostam tanto? 

BO: Quando decidimos estrear no setor, reconhecemos a importância de representar pessoas com deficiência em um gênero amado por fãs do mundo todo. Esperávamos inspirar outras pessoas e promover maior inclusão e aceitação na comunidade do K-pop. E, quando estreamos, pudemos sentir que muitos estavam torcendo por nossa estreia, pois éramos vistos como uma experiência social. 

E: Falando em estreia, no sábado (20) vocês lançaram seu primeiro single, GLOW. Como foi o processo de criação? Há algo especial sobre o single que você queira compartilhar com seus fãs? 

BO: O lançamento do nosso primeiro single, Glow, foi um processo colaborativo e estimulante. Nosso objetivo era dar à música nosso estilo e mensagem únicos e, ao mesmo tempo, homenagear o lendário grupo de K-pop H.O.T. É uma música cheia de esperança e positividade, refletindo nossa jornada como grupo.

Ao criar a música, descobrimos que nossa voz cantada estava errando as notas e desafinando. Então, procuramos uma solução de conversão de voz por IA. Ela aprendeu profundamente nossa voz e a clonou para produzir um som melhor. Esperamos poder cantar com nossa própria voz em um futuro muito próximo. 

E: Agora que lançaram GLOW, vocês pretendem trabalhar em um álbum completo ou em uma mixtape? Há algo em andamento? 

BO: Após o lançamento de Glow, estamos explorando a possibilidade de trabalhar em um álbum completo ou em uma mixtape. Pelo menos mais dois singles digitais estão planejados para maio e junho deste ano. Estamos animados com a perspectiva de criar mais músicas e compartilhar nossas histórias com os fãs por meio de futuros lançamentos.

E: Você viu a reação do público ao lançamento do single? Se sim, o que você achou do feedback? Todo mundo que ouvi foi super positivo. Os kpoppers brasileiros adoraram!

BO: Ficamos impressionados com a reação positiva ao nosso single de estreia dos fãs do mundo todo, incluindo os do Brasil. Especialmente porque estamos transmitindo ao vivo pelo canal do Tiktok por mais de 5 horas por dia, percebemos que há muitos fãs brasileiros presentes, nos apoiando. Sempre que vemos as bandeiras do Brasil nos comentários, nos sentimos muito felizes.

Estamos conferindo quase todos os vídeos de reação carregados nos vários canais de mídia social e também somos gratos pelas fotos nossas carregadas e pelos presentes enviados ao nosso escritório. Por último, mas não menos importante, é incrivelmente gratificante ver nossa música repercutir entre pessoas de diversas origens, e somos gratos pelo amor e apoio que recebemos. 

E: Qual foi a sensação de saber que sua música está alcançando fãs do outro lado do mundo? 

BO: Saber que nossa música está alcançando fãs do outro lado do mundo nos enche de imensa alegria e gratidão. É uma prova do poder da música de transcender as barreiras culturais e linguísticas, unindo as pessoas por meio de emoções e experiências compartilhadas.

E: Vocês tiveram algum contato com a cultura brasileira? Vocês sabem falar algo em português ou já viram como é a Libras (língua brasileira de sinais)? 

BO: Embora não tenhamos tido contato direto com a cultura brasileira, apreciamos a rica diversidade e a energia vibrante da música e do entretenimento brasileiros. Estamos ansiosos para aprender mais sobre a cultura brasileira, incluindo português e Libras, à medida que continuamos a nos conectar com os fãs em todo o mundo. Brasil! Eu te amo!

E: Voltando à estreia, você já sabe qual será o nome do fandom? Vocês pretendem criar um lightstick? 

BO: Quanto ao nome do fandom e ao lightstick, ainda estamos no processo de planejamento e considerando várias opções. Inicialmente, pensamos no nome Wave, pois ele ficou em primeiro lugar na votação do nome do nosso fandom, mas depois descobrimos que ele combinava com o nome de outro fandom. Então, estamos pensando em mudá-lo para Pado, que é a palavra coreana para Wave. E Pado venceu em outra rodada de votação recente. Queremos envolver nossos fãs no processo de tomada de decisões e criar símbolos significativos que representem nosso vínculo como grupo. 

E: Vocês planejam fazer uma turnê no futuro? 

BO: A turnê está definitivamente em nosso radar para o futuro. Estamos animados com a oportunidade de conhecer nossos fãs pessoalmente, compartilhar momentos inesquecíveis juntos e mostrar nossa música e nossas apresentações em um palco global.

E: Quais são os próximos passos do grupo?

BO: Nossos próximos passos como grupo envolvem continuar a criar músicas significativas, ultrapassar limites e defender a diversidade e a inclusão no setor musical. Temos o compromisso de inspirar outras pessoas e causar um impacto positivo por meio de nossa música e ações. Para isso, estamos abertos a vários trabalhos de colaboração com organizações internacionais, empresas de marca e muito mais. 

E: Gostaria de deixar uma mensagem para seus fãs brasileiros?

BO: Aos nossos fãs brasileiros, queremos expressar nossa sincera gratidão por seu apoio e entusiasmo inabaláveis. Seu amor e incentivo significam muito para nós, e estamos empolgados em embarcar nessa jornada junto com vocês. Fique ligado para mais atualizações e músicas empolgantes da Big Ocean! 

 

O que acharam da entrevista com o Big O!cean? Conta pra gente! E siga as redes sociais do Entretetizei — Facebook, Instagram e X — para mais novidades da cultura asiática.

 

Leia também: Big O!cean, primeiro grupo de K-pop com membros deficientes auditivos, anuncia data de debut

 

Texto revisado por Luiza Carvalho

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Resenha | A Natureza do Amor e a vida após as escolhas

Filme aborda a vida de uma mulher após os 40 anos, com suas vontades e decisões 

 

A Natureza do Amor é uma comédia romântica que mostra diferentes nuances da vida de uma mulher adulta lidando com seus desejos. Acompanhamos a história de Sophie (Magalie Lépine Blondeau), uma professora de filosofia que é casada com Xavier (Francis-William Rhéaume), mas que não vive um casamento plenamente feliz.

O casal que sempre está junto leva uma vida monótona, dentro de sua bolha social, algo que traz a grande questão do filme. Todos parecem confortáveis demais em conversar com as mesmas pessoas, sobre os mesmos assuntos, não há entre o grupo opiniões divergentes ou realidades opostas para se comparar os pontos de vista.

Foto: divulgação/Imovision

Para seus alunos, Sophie fala sobre a teoria do amor de Platão, Aristóteles e outros filósofos. Porém, na prática sua relação com o amor está em lados opostos do que leciona, até que perto de completar 41 anos, a professora e seu marido decidem comprar um chalé. 

Sophie então conhece o empreiteiro da reforma desse lugar, Sylvain (Pierre-Yves Cardinal), e como em histórias que já acompanhamos anteriormente, os dois acabam se apaixonando. Ela se encanta pelo jeito simples e desprendido de Sylvain, e ele, pela inteligência e calma de Sophie. A professora se deixa levar pela química instantânea entre os dois, que se entregam a esse sentimento.

O longa retrata a partir de então algo também já visto anteriormente, uma mulher casada com um homem gente boa que a ama, mas de repente ela conhece alguém totalmente diferente e passa a ter um amante, a ser adúltera e a culpada pelo fim do casamento. No entanto, aqui temos outro tipo de narrativa.

Foto: reprodução/Alambique Filmes

A diretora Monia Chokri – que também é responsável pelo roteiro –, não retrata a mulher como vilã, mas sim como um ser humano com desejos e paixões, que busca viver sua vida da melhor forma que conseguir. Sophie conhece uma nova realidade ao lado de Sylvain, com diálogos menos soberbos e uma vida mais simples, sem diplomas universitários e anos de estudo. E ela gosta não apenas dessas novas experiências, mas de tudo o que sente por ele, mesmo que coisas como o fato da maneira como ele fala algumas palavras erradas a incomodem.

Vemos uma história honesta sobre descobertas, onde a protagonista lida de maneira realista com seus medos e vontades, de forma intensa. O filme não se torna mais um sobre traição, mas sim sobre coragem, paixão e escolhas difíceis, em uma narrativa que contagia e também faz refletir. 

A Natureza do Amor estreou em 25 de abril nos cinemas do Brasil, e é um filme sensível e emotivo, estas e outras qualidades o fizeram vencer o César de Melhor Filme Estrangeiro de 2024

 

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Crítica | Love Lies Bleeding – O Amor Sangra

Com romance, crime e fisiculturismo, filme estrelado por Kristen Stewart é chocante, mas tem final controverso

Em uma era de retorno ao fanatismo pelo shape perfeito, Love Lies Bleeding – O Amor Sangra traz a admiração do corpo sarado como templo. Mas não só isso. O filme também aborda um amor intenso, uma família envolvida em uma teia criminosa e até onde podemos ir para conseguir o que queremos. E surpreendentemente, o novo longa de Rose Glass (Saint Maud, 2019) equilibra todos os pontos com uma narrativa eletrizante.

Katy O'Brian como Jackie
Foto: reprodução/IMDb
Sobre Love Lies Bleeding – O Amor Sangra

A trama traz a história de Lou (Kristen Stewart), uma gerente de academia solitária. Um dia, ela conhece Jackie (Katy O’Brian), uma aspirante a fisiculturista que está de passagem do Novo México para Las Vegas, onde irá participar de uma competição. A partir do instante em que se conhecem, Lou e Jackie desenvolvem um amor fulminante que provoca uma reação violenta, e as duas se vêem presas na rede criminosa da família de Lou.

O filme é carregado por uma estética dos anos 1980 muito bem montada em todos os detalhes. Luzes neon, objetos de época e uma trilha sonora retrô compõem a ambientação de Love Lies Bleeding. Além disso, o figurino é uma dose extra ao estilo do longa. Por isso, o espectador se vê imerso na década de 1980 de forma bem potente, o que intensifica o envolvimento com a trama. Sem dúvidas, é um dos pontos de mais destaque na produção.

Love Lies Bleeding tem paixão queer
Foto: reprodução/IMDb
Atuações impecáveis

Um brinde para as atuações! Kristen Stewart (Spencer, 2021) entrega um de seus melhores trabalhos até o momento. A cada nova produção, a atriz tem provado que consegue sustentar papéis complexos. 

Além disso, Katy O’Brian (The Mandalorian, 2019-presente) mostrou um potencial enorme no papel de Jackie. Por mais que Lou seja a protagonista, a personagem de O’Brian é quem se torna a figura ativa que trará as reviravoltas do filme. Juntas, as duas precisam lidar com uma mescla de sentimentos muito distintos, como amor, ódio e vingança. Isso aprofunda as personagens, e as atrizes não nadam raso.

Vale destacar, também, que os personagens de apoio não são desperdiçados graças à teia do crime elaborada no longa, que se torna ainda mais interessante pelas atuações. Um salve para Ed Harris (Os Eleitos, 1983) no papel de Sr. Lou, Dave Franco (Truque de Mestre, 2013) como JJ e a engraçadíssima mas pouco conhecida Anna Baryshnikov (Manchester à Beira-Mar, 2016), que atua como Daisy.

Katy O'Brian e Kristen Stewart em Love Lies Bleeding
Foto: reprodução/IMDb
Final controverso

Certamente, o final do filme é capaz de dividir opiniões devido à liberdade autoral que Rose Glass tem. Isso porque os filmes da diretora, como Saint Maud (2019), costumam ter um cunho psicológico forte, e o novo longa não foge disso. Porém, Love Lies Bleeding se manteve em um espectro de realidade durante grande parte da narrativa. Por isso, a escolha de fechar o filme de tal maneira gera uma quebra de expectativa, negativa para alguns.

Mas esse ponto tem capacidade de tornar o novo longa ruim? Jamais! Na verdade, ter um final com um viés mais psicológico e quase surrealista, para muitos, torna a digestão do filme mais lenta, e a busca por explicações e finais entendidos vira uma tarefa proveitosa e com discussões bem interessantes.

Kristen Stewart como Lou
Foto: reprodução/IMDb
Vale a pena assistir?

Love Lies Bleeding é eletrizante do início ao fim. As atuações são impecáveis e transportam o arco narrativo de forma perfeita. O espectador se sente envolvido durante toda a duração do longa. Além disso, a paixão queer e o humor ácido na medida certa deixam a trama mais completa e chamativa para públicos diversos. Dessa forma, mesmo com um final que decai, o filme tem muito potencial para ser um dos destaques do ano.

Love Lies Bleeding estreia hoje (1) nos cinemas brasileiros.

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Texto revisado por Thais Moreira

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Programação de Maio em streaming: Explore Novos Filmes

Uma plataforma de streaming tem uma incrível programação para o mês de maio!

Entre os lançamentos recentes e futuros da plataforma de streaming, destacam-se Priscilla, de Sofia Coppola, Estranha Forma de Vida, de Pedro Almodóvar, Aftersun, de Charlotte Wells, e Close, de Lukas Dhont.

Foto: reprodução/ No Sé Que Ver
FESTIVAL EM FOCO: CANNES

O especial Festival em Foco: Cannes apresenta uma seleção de filmes icônicos que passaram pelo prestigiado festival. Desde a primeira edição, em 1946, Cannes tem sido o epicentro do cinema mundial, atraindo as estrelas mais brilhantes e as produções de mais destaque. 

No mês de maio, chegam à plataforma joias cinematográficas que deixaram suas marcas no festival ao longo dos anos, desde o drama cativante de Alain Resnais, Hiroshima, Meu Amor (1959), até a sensualidade provocativa de O Império dos Sentidos (1976) e O Império da Paixão (1978) de Nagisa Ōshima, premiado como melhor diretor em 1978, passando pela intriga sensual de Os Frutos da Paixão (1981), de Shûji Terayama.

— Disponível no streaming dia 01/05

Foto: divulgação/Hiroshima, Meu Amor (Alain Resnais), 1959
COLEÇÃO PALM DOG

A coleção Palm Dog, dedicada aos cães do cinema, traz uma seleção de filmes que destacam a presença canina na telona, o que tornou seu nome um prêmio oficial de Cannes. 

Este especial celebra a diversidade de formas que os cineastas incorporam os melhores amigos do homem em suas histórias. Além disso, menciona grandes diretores como Aki Kaurismäki e Justine Triet, que têm retratado, de maneira notável, os cachorros em filmes como Folhas de Outono (2023), O Homem Sem Passado (2002) e Na Cama com Victoria (2016).

Foto: divulgação/Folhas de Outono, 2023
 OS CURTAS DE ISABELLA ROSSELLINI

No mês de Maio, a mubi nos apresenta os lendários curtas de Isabella Rossellini, são 38 curtas dirigidos, escritos e estrelados por ela. Em seu trabalho, Isabella representa os hábitos de acasalamento, rituais de cortejo e os estilos parentais de vários animais,

Tudo isso em fantasias deliciosamente ridículas e cenários de desenho animado.

— Disponível dia 01/05

Foto: divulgação/Shrimp, 2009
O CINEMA ROMENO

A MUBI, com seu compromisso em destacar vozes cinematográficas singulares, traz uma retrospectiva dos curtas-metragens do renomado diretor romeno, Radu Jude. 

Esta coleção, que coincide com o lançamento de seu mais recente filme, Não Espere Muito do Fim do Mundo (2023), apresenta uma diversidade de estilos cinematográficos. Desde The Tube with a Hat (2006) até suas obras mais recentes, como Plastic Semiotic (2021) e The Potemkinists (2022), essa seleção oferece uma ampla visão da genialidade cômica e política do cinema de Radu Jude.

— Disponível dia 10/05

Foto: divulgação/The Tube With a Hat, 2006
CINEMA REFLETIDO

Antes de dirigir os célebres Bacurau (2019) e Aquarius (2016), Kleber Mendonça Filho escrevia sobre cinema. 

Agora, a Mubi traz a reflexão do diretor sobre a flutuação do papel do crítico. Seu primeiro longa documental, Crítico (2008), apresenta depoimentos de grandes críticos e cineastas do Brasil e do mundo. Além disso, analisa a importância da crítica para a evolução da sétima arte.

— Disponível dia 01/05

Foto: reprodução/ G1 — Globo
EXCLUSIVOS DA MUBI

Não Espere Muito do Fim do Mundo (Radu Jude, 2023) — Disponível dia 03/05

Após seu destaque no Festival de Locarno, onde recebeu o Prêmio Especial do Júri, e em outros festivais internacionais, a mais recente sátira do enfant terrible do cinema romeno contemporâneo, Radu Jude, chega à MUBI. 

Não Espere Muito do Fim do Mundo, uma história profana e hilária sobre a exploração da classe trabalhadora, é narrada em duas partes e em formato híbrido. 

A obra, que faz um chamado à reflexão sobre a mídia no cinema, por meio da vida no capitalismo tardio, conta com atuações espetaculares de Ilinca Manolache, Nina Hoss e do diretor alemão Uwe Boll.

Foto: divulgação/Não Espere Muito do Fim do Mundo, 2023

O Retorno à Razão (Man Ray, 2023) — Disponível dia 14/05

Este mês, na MUBI, a versão restaurada em 4k de O Retorno à Razão, filme lançado originalmente em 1923, chega como parte de uma coleção dedicada à filmografia de Man Ray.

Composta por quatro curtas-metragens mudos, restaurados pela primeira vez em 4K, a seleção celebra o centenário da obra do artista. Man Ray é reconhecido por suas contribuições ao surrealismo e ao dadaísmo, além de sua fotografia inovadora.

Foto: divulgação/Retorno a Razão, 2023

Lemon Tree (Rachel Walden, 2023) — Disponível dia 14/05

Selecionado para a Quinzena dos Realizadores de Cannes, o enérgico Lemon Tree marca a estreia de Rachel Walden

Com um formato de road movie e uma montagem vertiginosa, este ousado curta, filmado em 16mm, coloca Rachel Walden como uma das novas vozes do cinema independente, lembrando-nos dos irmãos Safdie e Sean Baker.

Foto: divulgação/ Lemon Tree,2023

Oldboy (Park Chan-wook, 2003) — Disponível dia 10/05

Na programação de maio, a MUBI apresenta a recente versão restaurada em 4K de Oldboy, a primeira parte da trilogia da vingança de Park Chan-wook, baseada em um mangá japonês de mesmo nome. 

Esta saga de vingança extrema e hiper surrealista ganhou o Grande Prêmio de Cannes em 2004, aumentando o prestígio mundial do diretor sul-coreano. 

O filme se destaca, sobretudo, por sua narrativa brutal e visceral, elogiada por sua profundidade emocional. Com uma cinematografia impressionante, combina elementos de suspense, violência e existencialismo magistralmente, deixando uma impressão duradoura no espectador.

Foto: divulgação/ Oldboy, 2003
LANÇAMENTO MUBI

Gasoline Rainbow (2023) é uma emocionante jornada cinematográfica dirigida pelos Irmãos Ross e é o mais novo lançamento da MUBI.

Acompanhando cinco adolescentes em sua última aventura antes de se formarem, o filme mergulha em um estilo fresco e uma narrativa que evoca a liberdade e a juventude, ao celebrar a vida em comunidade e a aventura enquanto os jovens exploram a Costa do Pacífico dos Estados Unidos.

Foto: divulgação/Gasoline Rainbow, 2023

E aí, qual filme você quer assistir no streaming? Conta pra gente! E não deixe de acompanhar o Entretê nas redes sociais — Face, Insta e Twitter — e ficar por dentro das notícias dos mundos da Cultura Latina, Pop, Turca e Asiática!

Leia também: Moda e Cinema são o tema da nova coleção disponível em streaming

Texto revisado por Luiza Carvalho

 

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