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Os Russo estão de volta: confira todas as novidades sobre o revival de Feiticeiros de Waverly Place

 Nova série retoma personagem clássico de Selena Gomez

 

O novo spin-off já tem nome: Wizards Beyond Waverly Place, ou Feiticeiros Além de Waverly Place (em tradução livre). O anúncio foi feito nesta terça (14), quando Selena Gomez esteve em um evento da ABC junto à Disney Upfronts, na cidade de Nova Iorque. Ela anunciou o título oficial do projeto e deu detalhes sobre o que esperar da nova série: “Às vezes, algo mágico acontece quando você realmente consegue voltar para casa”.

Fundo em roxo azulado mostra os dizeres
Foto: reprodução/Disney

A série, transmitida originalmente entre 2007 e 2012, teve o nome baseado na rua Waverly Place, localizada na cidade de Nova Iorque. E foi através da obra que Gomez ganhou destaque como atriz e cantora, pois, além de protagonizar como a irreverente adolescente Alex Russo, também cantava o tema de abertura da produção: Everything Is Not What It Seems.

 

 

Sem dúvidas, a produção foi um sucesso para o Disney Channel, sendo inclusive adaptado para o cinema com Os Feiticeiros de Waverly Place – O Filme, que rendeu um Emmy na categoria Programa Infantil Marcante, em 2010. Agora, Selena e David Henrie (que co-estrelou a série) retornam como produtores executivos. Aliás, a artista fará uma participação especial no spin-off, enquanto Henrie retomará seu papel de Justin Russo, irmão mais velho da família. 

O que sabemos até agora sobre o enredo? O Entretê elencou as principais curiosidades já confirmadas sobre a nova série!

  • Série vai mostrar a nova vida de Justin, irmão mais velho de Alex

De acordo com a sinopse oficial do projeto, a trama abordará a vida adulta de Justin Russo, que escolheu viver uma vida normal, sem se tornar feiticeiro. Assim, Russo agora possui sua própria família: Giada, Roman e Milo. E quando a irmã, Alex, decide trazer Billie para sua casa, buscando por ajuda, Justin percebe que deve desenferrujar suas habilidades de magia para se tornar mentor da feiticeira em treinamento – enquanto também lida com suas responsabilidades diárias e protege o futuro do mundo dos feiticeiros. 

Imagem mostra Selena Gomez segurando uma varinha de magia junto a David Henrie. Eles posam para foto atrás do cenário da série Os Feiticeiros de Waverly Place
Foto: reprodução/Disney
  • Gomez já havia soltado detalhes sobre o spin-off no começo do ano

Em fevereiro deste ano, a atriz e cantora Selena Gomez esteve no talk show Jimmy Kimmel Live!, onde declarou que a série não é um reboot, ou seja, uma nova versão da obra anterior, mas sim uma sequência da antiga série. “Vai ser muito divertido. Eu estava animada para trazer de volta os personagens. Estou animada para que vocês vejam”, anunciou a artista, afirmando que haverá mágica e feiticeiros o suficiente para satisfazer o público novo e antigo. “Eu sou a feiticeira da família”, também brincou Gomez. Vale lembrar que Alex, personagem de Selena, ganha a competição de magia.

  • Novidades sobre o elenco

A Disney também confirmou o retorno de parte do elenco original. Nesse sentido, David DeLuise e Maria Canals Barrera, que interpretam Jerry e Teresa Russo, os pais de Justin e Alex, também estão confirmados. Até o momento, ainda não há como saber se Jake T. Austin, que vive o caçula Max, e Jennifer Stone, que dá vida a Harper, melhor amiga de Alex, também estarão presentes na obra.

Foto mostra elenco do spin-off reunido em uma mesa cenográfica. Eles posam para foto juntos abraçados.
Foto: reprodução/Disney
  • Data de lançamento

Ainda não se sabe a data exata. Porém, de acordo com a Disney, é esperado que a série seja lançada no Disney Channel e no serviço de streaming, Disney+, no final deste ano. Por enquanto, resta aguardar e lidar com o sentimento de nostalgia. Afinal, Os Feiticeiros de Waverly Place marcou toda uma geração que cresceu com a magia da Disney.

 

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Leia também: Selena Gomez anuncia continuação de Os Feiticeiros de Waverly Place

 

Texto revisado por Michelle Morikawa

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Vanessa Reis lança romance inclusivo com protagonista cadeirante

Romance lançado no finalzinho de abril abre portas para a diversidade

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Lauana Prado grava maior DVD da carreira

A gravação acontecerá no dia 16 de maio, na cidade de São Paulo

A cantora Lauana Prado se tornou um dos maiores nomes da atualidade no Brasil e se prepara para gravar o DVD Lauana Prado Transcende – Ao Vivo no Ibirapuera, o maior projeto dos seus 18 anos de carreira. O espetáculo acontecerá no Ginásio do Ibirapuera, na capital paulista, na próxima quinta (16). Os últimos ingressos estão à venda no site da Sympla.

A gravação terá participações especiais de Simone Mendes, Nando Reis e as duplas Zé Neto e Cristiano e as Cristinas, que se juntam à Lauana no palco para consolidar a força e a potência do seu trabalho.

Já o repertório que valorizará toda a versatilidade artística da cantora, sua personalidade e estilo country terá a produção musical de Eduardo Pepato, profissional renomado no mercado fonográfico por ser o responsável por grandes hits de sucesso e produzir os maiores artistas do Brasil. 

As guias para os fãs conhecerem as músicas e conseguirem cantá-las em coro durante a gravação foram divulgadas nas redes sociais oficiais da artista. A produção da gravação DVD é da Box, com apoio da TAJ, e a realização da Universal Music, GTS e LP Music Business. 

Estou feliz e muito animada para viver essa noite especial. Teremos uma estrutura gigantesca, moderna, tecnológica, linda! Terei a honra de dividir o palco com Nando Reis, de quem sou muito fã, Zé Neto e Cristiano, Simone Mendes, ícones que eu admiro demais, e as minhas canarinhas Cristinas, a dupla que eu conheci na estrada e lancei para todo o Brasil. Não canso de dizer que cada detalhe que você verá nesse projeto, cada música, tudo existe no meu coração desde sempre e agora, finalmente, eu posso entregar para vocês”, comenta Lauana.

Lauana Prado Transcende – Ao Vivo no Ibirapuera terá ponto de coleta de doações que serão destinadas às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Os donativos dos ingressos de meia-entrada solidária, que garantem 50% de desconto no valor total mediante a doação de 1kg de alimento não perecível, também serão destinados para o Sul.

Lauana Prado
Foto: reprodução/Metrópoles
Nos holofotes

O audiovisual chega em um momento de conquistas importantes que colocaram Lauana no hall de grandes artistas brasileiros. A cantora acaba de ser indicada na 31ª edição do Prêmio da Música Brasileira na categoria Intérprete Sertanejo, concorrendo ao lado de Ana Castela, Paula Fernandes, Simone Mendes e Roberta Miranda. 

Ainda neste ano, ela realizou um sonho de carreira lançando com a dupla Jorge e Mateus a música Haverá Sinais, que conquistou o público e se tornou Top 1 Spotify Brasil, reforçando a potência da união das maiores vozes do país. 

No último ano, ela recebeu a terceira indicação consecutiva ao Latin Grammy, na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja. Sua versão para a música Escrito nas Estrelas, originalmente lançada por Tetê Espíndola, conquistou o Top 1 Spotify Brasil e o Top 30 Global, se tornando uma das canções mais ouvidas no país e no mundo nos últimos meses. O seu último audiovisual, Raiz Goiânia, se tornou o álbum mais ouvido do Brasil, sendo Top 1 Álbuns Spotify no país.

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Leia também: Lauana Prado revela detalhes sobre a gravação do DVD Transcende – Ao Vivo no Ibirapuera

 

Texto revisado por Thais Moreira 

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Música Notícias

Paula Toller, Ney Matogrosso e mais artistas participam de show beneficente Somos Todos Rio Grande do Sul

Toda a venda de ingressos do evento, que acontece no Vivo Rio, será destinada aos afetados pela atual tragédia climática gaúcha

Buscando arrecadar fundos para as vítimas das intensas chuvas e enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, nove artistas se reunirão para um show especial, em 22 de maio, no Vivo Rio, Rio de Janeiro. 

O evento Somos Todos Rio Grande do Sul terá performances de Paula Toller, Ney Matogrosso, Rogério Flausino, Milton Guedes, Barão Vermelho, Fernanda Abreu, George Israel, Leo Jaime e da dupla Kleiton e Kledir. Além de Liminha como convidado especial, a noite ainda conta com a apresentação de Pedro Bial

Sob direção musical de Rodrigo Vidal, a setlist do show beneficente vai contemplar canções já conhecidas do repertório de cada um dos cantores. Depoimentos em vídeo de outros artistas brasileiros também aparecerão durante o evento.

Banner do evento Somos Todos Rio Grande do Sul.
Foto: divulgação/Perfexx

As doações obtidas com a venda dos ingressos serão direcionadas para plataforma ParaQuemDoar – SOS Chuvas RS, que procura dar visibilidade a organizações de referência no Brasil em diversos temas de impacto social, como Ação da Cidadania e CUFA.

Os ingressos para o show Somos Todos Rio Grande do Sul já estão à venda no site da Sympla. Todos que levarem materiais de higiene e limpeza ao evento terão direito a 50% do valor do ingresso. 

E você, vai assistir ao show? Entre nas redes sociais do Entretetizei Insta, Face e Twitter e conte pra gente! Aproveite e nos siga para ficar por dentro de outras novidades da cultura e do entretenimento.

Leia também: Lauana Prado revela detalhes sobre a gravação do DVD Transcende – Ao Vivo no Ibirapuera

 

Texto revisado por Kalylle Isse.

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King Kong: Origens Racistas

Em seu nascimento, King Kong personificava o racismo ao retratar o mito de que os africanos eram selvagens comparados a macacos.

Foto: Reprodução Pinterest/ King Kong, 1933

O Entretê traz uma reflexão sobre a representação negra no cinema de terror, onde entendemos o que são filmes de terror com negros e filmes negros de terror. Basicamente, filmes de terror com negros, como O mistério de Candyman (1992) e A noite dos Mortos Vivos (1968), são filmes que retratam a população negra e a negritude no terror, não necessariamente havendo personagens negros. Afinal, a ausência já é uma mensagem por si só. 

 

Por outro lado, filmes negros de terror, como O que ficou para trás (2020), possuem um foco narrativo adicional voltado à identidade da comunidade negra como um todo, falando sobre experiências e tradições culturais negras. 

Olhar o passado para entender o presente

Para entendermos as raízes de King Kong, precisamos voltar algum tempo na história do cinema. O seu precursor foi o filme de terror com negros Ingagi (1930), que conta a história de um grupo de cientistas (brancos) que viaja para as profundezas de uma selva animalesca do Congo, para investigar os rituais estranhos de uma tribo que reverencia e teme os gorilas, ou ingagis. O longa possui a narrativa focada no estereótipo racista da sexualidade animalesca da mulher negra, ao retratar essa tribo que oferece suas mulheres virgens às feras em troca de paz. 

 

O filme, vendido na época como um documentário, usava em seu pôster a imagem de um gorila sequestrando uma mulher negra enquanto apalpa seu seio. Aludindo a uma sexualidade negra e masculina agressiva em forma de gorila. É um caso, como argumenta o escritor James Snead, do negro codificado, no qual a negritude é representada implicitamente na figura do macaco. 

 

Além disso, os materiais promocionais questionavam o público se Darwin estaria certo. Assim, Ingagi sugeria uma ligação direta entre a genética negra e as bestas negras. Como resultado, temos um filme que, junto da mentalidade supremacista branca da época, associa as práticas negras à bestialidade, causando repulsa em seu público. 

Foto: Reprodução/ FactsChology
Ingagi x King Kong

Com o sucesso de Ingagi, o estúdio RKO autoriza a produção do primeiro King Kong, de 1933. Se ingagi fez com que o público considerasse os costumes sexuais repulsivos das mulheres negras, King Kong estendeu o ataque metafórico aos homens negros por meio das imagens de um grande gorila perseguindo uma mulher branca.

 

Com mais um caso de negro codificado, Kong é enegrecido quando posto em relação aos brancos do filme. Kong é a cor negra emergindo de uma cultura primitiva mais baixa, na qual é cercado por nativos negros, ou mini kongs quando se vestem como macacos para adorar o grande Kong. 

 

Assim como Ingagi, King Kong usa o artifício narrativo de uma história dentro de outra, quando os cineastas brancos resolvem terminar seu filme em uma ilha. No filme, assim como em Ingagi, o chefe nativo oferece suas mulheres virgens, silenciosas, submissas e seminuas como noivas para Kong.

 

Quando os brancos chegam, a tribo conclui que a jovem atriz é especial por sua pele clara, chamando-a de mulher dourada, e é quando o chefe propõe uma troca perturbadora, seis mulheres negras pela atriz, a qual é recusada. Como o psicanalista Greendberg elabora, esse confronto é “uma criação de mitos raciais dos mais horríveis, no qual uma mulher branca deve valer seis mulheres deles.”

 

O filme também afirma que, diferente de seus encontros com as mulheres nativas negras, a reação de Kong ao ver Darrow (Fay Wray) é única, pois ele se apaixona por ela, esse desejo de Kong por uma parceira humana não é mostrado enquanto mulheres negras são oferecidas a ele. O quão problemático pode ser essa situação?

Você conhecia as raízes problemáticas do King Kong? Conta pra gente! E não deixe de acompanhar o Entretê nas redes sociais — Face, Insta e Twitter — e ficar por dentro das notícias dos mundos da Cultura Latina, Pop, Turca e Asiática!

 

Leia também: Ludmilla é indicada a prêmio de música latina

 

Texto revisado por Doralice Silva

 

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Entretenimento Música Notícias

Salve o Sul: produtoras e artistas se unem em festival beneficente para ajudar o Rio Grande do Sul

Serão dois dias de muita música com o propósito de arrecadar doações para as regiões afetadas pelas chuvas no estado

 

O Rio Grande do Sul precisa de ajuda após as chuvas e enchentes que atravessaram as cidades no início de maio, dessa maneira, o setor de eventos mostra solidariedade e compromisso. Por meio da Associação Brasileira de Promotores de Eventos – ABRAPE, houve a união de artistas, venues, fornecedores e mídia para criação do Salve o Sul, festival 100% beneficente em prol do estado. 

Nos dias 7 e 9 de junho, o Allianz Parque, em São Paulo, cede gratuitamente dois dias de locação que mostram a união do país para essa importante causa. O Multishow e a TV Globo irão transmitir e fazer a cobertura do Festival.

No dia 7 de junho, um show especial dos AMIGOS (Chitãozinho e Xororó, Zezé Di Camargo e Luciano e Leonardo) acontece a partir das 20h, com transmissão ao vivo do Multishow.
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Foto: divulgação/Eventim

Já no dia 9 de junho, o palco é comandado pela gaúcha Luísa Sonza que movimentou as redes em cima desta iniciativa e junto com Pedro Sampaio levantaram um show com grandes nomes da música que se apresentam a partir das 13h

O evento contará com a presença e participação de vários artistas especiais, como: Lulu Santos, Menos é Mais, Preta Gil, Xand Avião, Ferrugem, L7NNON, Gloria Groove, Turma do Pagode, Xamã, Neto Fagundes, Zé Felipe, Duda Beat, Pocah, Lexa, MC Daniel, Luan Pereira, Hariel, IG, Ryan Sp, PH, Don Juan, Davi e mais. 

O show de domingo será exibido ao vivo e na íntegra no Multishow, enquanto a TV Globo exibe 90 minutos do festival a partir das 14h40.    ‏  

O Sul é a minha casa, minha terra, e neste momento eles pedem socorro. Ajudar é urgente e atender às necessidades básicas é o mínimo que precisamos agora. Uma tragédia como essa merece a atenção e o esforço de todos. Agradeço muito aos que toparam entrar nessa iniciativa e estão fazendo acontecer. Hoje, independentemente de onde estamos, todos nós queremos salvar o Sul”, diz Luísa.
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Foto: reprodução/UOL

O festival é uma realização da ABRAPE, em conjunto com a produtora 30e, a Mynd, a agência We Make Ideas, o Allianz Parque e fornecedores do setor. Como apoiadora de mídia do evento, a Globo investirá na divulgação do festival, captação e transmissão dos shows e doará a receita da comercialização dos patrocínios da transmissão para os projetos apoiados por meio da plataforma Pra Quem Doar.

A venda dos ingressos, sem nenhuma taxa de conveniência, inicia em breve, através do site Eventim. O valor arrecadado em bilheteria será integralmente revertido em doações para as vítimas do desastre climático do Rio Grando do Sul, auxiliando a população em situação de vulnerabilidade.    ‏  

Com auditoria desenvolvida pela Grant Thornton, 50% do valor será destinado em doações diretas de bens aos atingidos e os 50% restantes para instituições a serem definidas.

 

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Leia também: Os 59 anos da Globo: curiosidades sobre a maior rede de televisão da America Latina

 

Texto revisado por Kalylle Isse

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Cinema Cultura Entretenimento

Do passado ao presente: Uma Reflexão Sobre a Representação Negra no Cinema de Terror

O Entretê vai te levar a uma reflexão sobre como a representação negra no cinema de terror traz à tona padrões cinematográficos racistas.

Na história do cinema, a população negra sempre foi representada como coadjuvantes com papéis extremamente problemáticos. 

Isso pode ser notado com estereótipos em personagens ridicularizados, sofrendo violências terríveis durante todo o filme, como os amigos do personagem branco (que normalmente morrem para salvar esse amigo bem no começo do filme) ou ainda como o famoso vizinho que sabe mexer com feitiçaria, podemos notar uma persistência de uma representação negra específica.

Foto: reprodução/Dialéticas da Imagem

No livro Horror Noire: a representação negra no cinema de terror, Robin R. Means Coleman traz uma análise histórica abrangente da presença da cultura negra no cinema de terror norte-americano, nos explicando o surgimento desses padrões. 

 

A obra explora questões como o apagamento da pessoa negra nas narrativas cinematográficas, a criação e perpetuação de estereótipos, bem como os esforços de resistência em busca de uma representação mais autêntica. 

 

Além disso, o livro é resultado de uma extensa pesquisa conduzida pela autora, que atuou como professora adjunta no Departamento de Estudos de Comunicação e no Centro de Estudos Afro-americanos e Africanos da Universidade de Michigan.

Filmes de Terror com Negros e Filmes Negros de Terror

Os Filmes de Terror com Negros abordam diretamente a população negra e a negritude e muitas vezes são produzidos por não-negros para o público geral. Eles perturbam as noções de segurança e racionalidade do espectador, explorando a diferença entre o racional e o selvagem. 

 

Alguns retratam o outro racial como monstros, enquanto outros usam personagens negros escassamente, destacando ainda mais sua ausência. Alguns filmes utilizam monstros fictícios para simular questões raciais, como O Monstro da Lagoa Negra (1954). 

Foto: reprodução/Boca do Inferno

O conceito de bem e mal é frequentemente centrado na questão racial, como visto em O Nascimento de uma Nação (1915),que retrata os negros escandalosamente e pró-Ku Klux Klan, destacando representações sutis que demonizam a negritude até os dias atuais. É claro que precisamos examinar esses filmes com uma perspectiva histórica, mas entender os absurdos retratados serve como um alerta para as produções atuais. 

 

Já os Filmes Negros de Terror tem como característica uma narração com foco em questões de identidade racial, ao abordar a negritude e todas as suas várias camadas. Trazendo às telas faces da cultura negra, história, experiências, politicas, estética e outras coisas mais específicas, como a música, abordando o que é ser negro de uma forma mais abrangente, em um contexto de terror. 

 

Embora estes filmes tenham um produtor, diretor, roteirista ou artistas negros, a simples presença de uma equipe negra não é motivo suficiente para classificar uma produção como Filme Negro de Terror. 

O Nascimento de uma Nação (de Ideias Racistas)

O filme O nascimento de uma nação, de D.W. Griffith, teve seu roteiro baseado em dois livros do supremacista branco Thomas Dixon Jr., The Leopard’s Spots: A Romance of the White Man’s Burden, (1901) e The Clansman: An Historical Romance of the Ku Klux Klan (1905).

No filme, Griffith conta a história de duas famílias — os sulistas Camerons e os nortistas Stonemans — durante o período de reconstrução pós-Guerra Civil. No primeiro ato do filme, temos a versão de Griffith do fim da Guerra Civil e do assassinato do presidente Abraham Lincoln, enquanto o segundo ato é basicamente sobre a união dos brancos sulistas e nortistas e seus servos negros fiéis.

Foto: reprodução/Live About/ D.W. Griffith

A família sulista, era dona de escravos e é bem-estruturada, enquanto seus amigos nortistas da família Stonemans são abolicionistas e seu patriarca é retratado como um homem doente de bom coração que foi ideologicamente enganado pelos negros. 

 

Segundo Ed Guerrero, historiador de cinema, o filme foi o primeiro longa estadunidense que estabeleceu padrões técnicos usados até hoje, enquanto perpetuava a narrativa de desvalorizar os afro-estadunidenses a meros servos, valentões, mal-educados e folgados.

 

Um exemplo dessa narrativa, é o fato de que os personagens negros, que eram em sua maioria atores brancos com seus rostos pintados, tinham papéis problemáticos. Veja a lista a seguir:

 

  • Gus (Walter Long), um soldado linchado pela Ku Klux Klan por dar em cima de uma jovem branca;
  • Silas Lynch (George Siegmann), um político corrupto;
  • Lydia (Mary Alden), uma mulher negra que sequestra e amarra uma mulher branca, porque Lynch a deseja;
  • Mammy (Jennie Lee) e Tom (Thomas Wilson), dois ex-escravizados que se mantêm fiéis aos seus antigos donos e continuam a trabalhar como servos.

 

O Nascimento de uma Nação introduz os espectadores a negritude para associá-la a uma monstruosidade quando os soldados negros da União chegam a cidade saqueando e atacando pessoas brancas inocentes, quase que com o prazer pela guerra. 

 

São mostrados em contraste aos soldados confederados brancos, os quais são apenas homens brancos cansados da guerra que querem apenas proteger suas terras (brancas) e seu povo (branco).

 

O Nascimento de uma Nação não só retratou o homem negro como vilão, mas também o apresentou como um monstro altamente sexualizado, representando uma ameaça para as donzelas brancas, sendo todos potenciais estupradores, além de em certas cenas, representar o negro como favorável ao canibalismo. 

 

No longa, essa narrativa é construída para justificar os linchamentos realizados por membros da Ku Klux Klan, abordados no filme como verdadeiros heróis americanos. Este filme foi responsável por transformar a percepção do homem negro no cinema, tornando-o uma fonte constante de perigo. 

 

Consequentemente, como aponta Coleman (2019, p. 68): “A negritude foi efetivamente transformada, e o negro se tornou uma das criaturas mais terríveis e temidas de todas.

O Negro Sempre Morre 

A frase que ouvimos desde sempre sobre o gênero do terror, pode trazer um tom de comédia, porém precisa ser analisada mais a fundo. De mil produções analisadas pelo site Black Horror Movies, cerca de um em cada dois personagens negros, morre. Ainda que nos filmes atuais, essa conta mude, pois a diversidade nos trouxe mais personagens negros nas produções, o padrão continua lá.

 

O terror nos filmes, além de causar medo, muitas vezes serve como uma forma de expressar ideologias. A ideia de que todos eventualmente morrem tenta eliminar questões políticas ao generalizar a morte. 

 

Isso acaba retirando a responsabilidade dos produtores do filme em representar adequadamente a sociedade. Porém, mesmo em filmes de terror, as mortes não são todas iguais. 

 

A ideia de que personagens negros sempre morrem primeiro aponta para uma questão mais profunda sobre a representação e a importância do corpo negro no gênero. Isso mostra que, mesmo com tentativas de incluir diversidade, as desigualdades persistem. 

 

A falta de representação negra no cinema de horror não só simbolicamente, mas também fisicamente, evidencia uma forma de violência invisível. Os personagens negros, quando presentes, muitas vezes são tratados como descartáveis, como se fossem apenas parte de uma máquina de matar.

 

Afinal, pense nos slashers ambientados nos subúrbios, como A Hora do Pesadelo (1994) e Halloween (1978) e tente se lembrar da quantidade de personagens negros que moravam nestes lugares nos anos 1980. Ou seja, a não existência de personagens negros às vezes diz mais do que a sua inserção descontextualizada.

O Sacrifício Negro e o Negro Mágico

Nos filmes de terror, é comum observar um padrão recorrente onde personagens negros são frequentemente sacrificados em prol do desenvolvimento ou sobrevivência dos personagens brancos. Nessa dinâmica, se os negros aparecem para contribuir com o gênero, sua participação é vista em filmes de terror com negros, sendo marcada por um apoio afirmativo aos brancos.

 

Na década de 1980, nos filmes, os negros se viam sob pressão para sustentar um sistema de lealdade e confiança que geralmente era unilateral. Em outras palavras, esperava-se que os negros fossem leais aos brancos sem necessariamente receber a mesma lealdade em troca. O que é ainda mais preocupante é que, nesses filmes de terror da época, a lealdade dos personagens negros aos brancos era frequentemente demonstrada não apenas pelo desejo de ajudar, mas também pela disposição de enfrentar uma morte terrível para salvar um personagem branco.

 

O filme O Iluminado (1980), dirigido por Stanley Kubrick, é um ótimo exemplo. Em primeiro lugar, o filme retrata um personagem negro que se sacrifica voluntariamente, morrendo enquanto salva um personagem branco, muitas vezes só para provar ao personagem branco o quão perigoso é a atual situação.

Foto: reprodução/Dark Blog

Em segundo lugar, o filme usa o estereótipo do negro mágico, no qual um personagem negro possui habilidades sobrenaturais empregadas não em benefício próprio, de sua família ou comunidade, mas sim em favor de pessoas brancas. Em quantos filmes esse estereótipo não foi usado?

 

Por exemplo, no filme À Espera de um Milagre (1999), que se passa na década de 1930, o personagem negro John Coffey (Michael Clarke Duncan) é mostrado como um grandalhão mágico e burro que está no corredor da morte por um crime que não cometeu. Coffey cura a hérnia de seu executor com um toque de mão, libertando o homem da dor e renovando sua vida sexual. 

 

Além disso, Coffey remove o câncer da esposa do diretor da prisão, salvando a vida dela. Surpreendentemente, Coffey até mesmo reduz dramaticamente o processo de envelhecimento de um rato. Contudo, apesar de suas habilidades extraordinárias, Coffey não usa seus poderes para salvar a si, sendo executado por aqueles a quem ajudou, embora estejam cientes de sua inocência.

 

Como Coleman conclui em Horror Noire, os personagens negros frequentemente recebem qualidades santificadas e até mesmo mágicas numa tentativa errônea dos cineastas de rebater estereótipos racistas. No entanto, caracterizações desse tipo, na verdade, servem ao público branco. É como se fosse necessário santificar um negro para que ele adquira o equivalente moral de um branco. 

O Protagonismo Negro

 

Por outro lado, existem momentos e produções no gênero que procuram transcender essas problemáticas, ainda que possam enfrentar críticas, como, por exemplo, em 1968, A Noite dos Mortos-Vivos traz à tona a importância de um protagonista negro. Na década de 1970, o movimento Blaxploitation viu um aumento significativo da presença de homens e mulheres negras em diversas áreas artísticas. 

 

Nos anos 1990, Candyman resgatou o protagonismo negro, enquanto a virada para os anos 2000 trouxe uma abordagem explícita das questões sociais contemporâneas. No entanto, é importante problematizar os novos estereótipos surgidos no Blaxploitation, como os de cafetina e cafetão, assim como a representação da perseguição de uma mulher branca por um homem negro em Candyman. 

Foto: reprodução/YouTube

Hoje, com produções como Nós (2019), chegamos a um cenário em que representações preconceituosas já não têm mais sustentação, e as discussões raciais estão ganhando grande força. 

 

Em um contexto onde o terror reflete e molda percepções sociais, é vital questionar a eficácia da representação negra no cinema. Analisar como o horror retrata personagens negros não apenas revela as raízes de preconceitos enraizados na sociedade, mas também desafia os padrões estabelecidos, incentivando a busca por narrativas mais inclusivas e significativas.

 

Cineastas como Spike Lee, Jordan Peele, Ava DuVernay, Barry Jenkins e Ryan Coogler exemplificam como os afrodescendentes têm um papel crucial a desempenhar no cinema, indo além de serem apenas coadjuvantes ou instrumentos na narrativa da evolução dos brancos. Desde obras profundas como Infiltrado na Klan (2018) e Selma (2014) até produções de puro entretenimento como Corra! (2017) e Pantera Negra (2018) eles demonstram de forma vívida como a representatividade é verdadeiramente eficaz.

 

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Leia Também: Filmes que farão você refletir sobre a vida

 

Texto revisado por Thais Moreira

 

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Agatha All Along: spin-off de Wandavision ganha data de estreia

A série, protagonizada por Kathryn Hahn, mostrará os próximos passos de Agatha Harkness após escapar de feitiço

 

Atenção, marvetes de plantão, vem novidade por aí! Aos que maratonaram Wandavision (2020) e foram capturados pelo carisma da vilã Agatha Harkness (Kathryn Hahn), há uma data oficial para o retorno dela, com o spin-off Agatha All Along.

Foto: reprodução/Instagram @marvelstudios

 

A Marvel Studios realizou diversas mudanças no título da produção – que agora descobrimos se tratar de títulos falsos para pegadinha –, mas finalmente escolheu este como o oficial, além de revelar uma data para a estreia dos dois primeiros episódios no Disney Plus: 18 de setembro.

 

It’s been Agatha all Along

Foto: reprodução/Disney Brasil

 

Como já diria a música tema da personagem: quem está bagunçando tudo? É a Agatha o tempo todo! E aparentemente ela vai continuar causando, porque logo no primeiro episódio vemos qual vai ser a reação da bruxa ao despertar do feitiço no qual foi presa por Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), após a Feiticeira Escarlate derrotá-la.

Ao recuperar sua memória, Agatha descobre ter perdido seus poderes e agora, para recuperá-los, terá que enfrentar um caminho perigoso.

 

Relembre a história da bruxa

Foto: reprodução/Disney Brasil

 

Surgindo pela primeira vez no MCU na série Wandavision, Harkness é aquela personagem que amamos odiar. O carisma e a atuação de Kathryn Hahn, juntamente com o passado da personagem e as interações com a igualmente talentosa Elizabeth Olsen, tornam ainda mais difícil odiar a Agatha completamente.

Após os acontecimentos de Vingadores: Guerra Infinita (2019), Wanda usa seus poderes para criar uma realidade paralela, onde todas as pessoas presas nela acreditam viver em uma cidade chamada Westview, utilizando novos nomes e histórias de vida.

Foto: reprodução/Entertainment Weekly

 

Machucada pelo luto, após perder Visão (Paul Bettany), ela o traz de volta nessa nova realidade e faz com que a vida seja feliz e perfeita junto a seus filhos Tommy (Jett Klyne) e Billy (Julian Hilliard). Mas, quando as coisas começam a sair do controle, ela precisa dar um jeito para manter seu plano.

Agatha Harkness, que nessa nova realidade usa o nome de Agnes, é vizinha de Wanda em Westview e a princípio demonstra ser uma pessoa prestativa e inocente, mas ela guarda segredos que irão complicar a vida da Feiticeira Escarlate.

Em um dos episódios conhecemos mais do passado da personagem, que fazia parte de um coven de bruxas de Salem cuja líder é Evanora, sua mãe. Mas, Agatha acaba causando a morte de seu coven ao tentar salvar toda a magia para ela, fazendo os membros irem para julgamento.

 

Foto: reprodução/Rolling Stone Brasil

 

Posteriormente, os interesses de Agatha em Wanda são revelados, ela também quer seus poderes, mas sabe que não será nada fácil de conseguir.

Além de Kathryn Hahn, o elenco de Agatha All Along também conta com Aubrey Plaza, Joe Locke e Patti LuPone. A direção e o roteiro são de Jac Schaeffer.

Quais são suas expectativas para o spin-off? Conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, Facebook, Twitter) e nos siga para mais conteúdos sobre séries!

 

Leia também: Kathryn Hahn: filmes e séries com a atriz que estão disponíveis no Disney+ e Star+

 

Texto revisado por Kalylle Isse

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4ª temporada de Only Murders in the Building ganha primeiro teaser e data de estreia

Além dos veteranos Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez, nova fase da trama terá Meryl Streep, Jane Lynch e Melissa McCarthy no elenco

Mabel (Selena Gomez), Charles (Steve Martin) e Oliver (Martin Short) estão prontos para desvendar novos mistérios! Lançado nesta terça (14), o primeiro teaser da quarta temporada de Only Murders in the Building deixa o edifício Arconia para acompanhar os detetives rumo a Hollywood. 

Na atual etapa da série, além de investigar o assassinato de Sazz (Jane Lynch), o trio de protagonistas entra em negociações com um grande estúdio de cinema, que deseja transformar o podcast de true crime criado pelos amigos em filme. Confira a prévia abaixo:

A nova temporada também terá a adição de Meryl Streep, Eugene Levy, Melissa McCarthy, Kumail Nanjiani, Da’Vine Joy Randolph e outros nomes de peso no elenco. 

A quarta temporada de Only Murders in the Building estreia em 27 de agosto nos Estados Unidos. No Brasil, as três primeiras temporadas estão disponíveis no Star+. 

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Texto revisado por Thais Moreira.

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A Casa do Dragão: novo trailer traz cenas da batalha pelo trono de ferro

Segunda temporada estreia em 16 de junho no streaming

O novo trailer da segunda temporada de A Casa do Dragão (2022-presente) foi divulgado nesta terça-feira (14). Baseada nos livros do autor George R. R. Martin, a série estreia no streaming em 16 de junho.

Situada 200 anos antes de Game of Thrones (2011-2019), a história foca na dinastia dos Targaryen, e a nova temporada traz a batalha pelo trono entre Rhanerya Targaryen (Emma D’Arcy) e Aegon II Targaryen (Tom Glynn-Carney), após a morte do rei Viserys (Paddy Considine). O conflito acaba dividindo o reino entre os apoiadores dos Pretos, que defendem Rhanerya, e dos Verdes, de Aegon.

O novo trailer divulgado pela Max traz cenas das batalhas pelo trono de ferro, com a reunião das grandes casas mostrando seu apoio e lutas entre dragões. Confira:

A série conta com Emma D’Arcy, Matt Smith, Olivia Cooke, Eve Best, Steve Toussaint, Fabien Frankel, Ewan Mitchell, Tom Glynn-Carney, Sonoya Mizuno e Rhys Ifans.

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Texto revisado por Doralice Silva

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