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O Massacre de Nanquim: as atrocidades esquecidas da Segunda Guerra

As mulheres asiáticas foram umas das muitas vítimas desse período devastador da humanidade, mas pouco lembradas em homenagens

[Pode conter gatilhos]

O Massacre de Nanquim, também conhecido como o Estupro de Nanquim, foi uma das mais horríveis atrocidades da Segunda Guerra Sino-Japonesa, ocorrendo entre dezembro de 1937 e janeiro de 1938. Após a captura da então capital chinesa, Nanquim, pelo Exército Imperial Japonês, a cidade foi submetida a seis semanas de violência brutal. Durante este período, soldados japoneses perpetraram uma onda de assassinatos em massa, estupros e pilhagens contra a população civil e prisioneiros de guerra chineses.

Estima-se que entre 200 mil e 300 mil pessoas foram assassinadas durante o massacre. A maioria das vítimas eram civis, incluindo homens, mulheres e crianças. Os soldados japoneses realizaram execuções sumárias em grande escala, muitas vezes forçando grupos de civis e prisioneiros de guerra a se alinharem antes de serem metralhados. Os corpos das vítimas frequentemente eram jogados em valas comuns ou deixados nas ruas para apodrecer.

Além dos assassinatos, o estupro em massa foi uma característica marcante do Massacre de Nanquim. Mulheres de todas as idades, incluindo meninas e idosas, foram violentadas por soldados japoneses. Muitas dessas vítimas foram subsequentemente mortas, seja para eliminar testemunhas ou simplesmente como um ato de crueldade adicional. A violência sexual durante o massacre é um dos aspectos mais lembrados e condenados dessa atrocidade.

A destruição de propriedades também foi generalizada. Soldados japoneses saquearam e incendiaram casas, empresas e edifícios públicos. Grande parte da infraestrutura de Nanquim foi destruída, deixando a cidade em ruínas. Muitos dos residentes que sobreviveram ao massacre se encontraram desabrigados e sem meios de sustento, aumentando ainda mais o sofrimento causado pela ocupação japonesa.

Em contraste com o massacre, as mulheres de conforto representam outro capítulo sombrio das atrocidades japonesas durante a guerra, mas com um foco diferente. O termo mulheres de conforto refere-se às mulheres, muitas delas coreanas, chinesas, turcas e de outras nacionalidades, que foram forçadas a trabalhar em bordéis militares para o Exército Imperial Japonês. Estima-se que cerca de 200 mil mulheres foram submetidas a esse sistema de escravidão sexual.

Massacre de Nanquim.
Foto: reprodução/História em Cortes

Essas mulheres foram frequentemente sequestradas, enganadas ou compradas por recrutadores japoneses e levadas para estações de conforto onde eram forçadas a atender sexualmente os soldados japoneses. As condições nesses bordéis eram desumanas, com as mulheres sendo submetidas a estupros repetidos, violência física e doenças. A vida dessas mulheres era marcada por sofrimento contínuo e muitas não sobreviveram às condições brutais às quais foram submetidas.

Enquanto o Massacre de Nanquim foi uma explosão de violência em uma cidade específica durante um curto período de tempo, o sistema das mulheres de conforto foi uma prática institucionalizada e contínua ao longo de grande parte da guerra. Ambos os episódios, no entanto, refletem o desprezo do Exército Imperial Japonês pelos direitos humanos e pelas normas internacionais de conduta militar.

Um dos aspectos mais controversos e dolorosos da memória desses eventos é a recusa persistente de certos setores do Japão em reconhecer plenamente a extensão das atrocidades cometidas. Embora tenha havido algumas desculpas e reconhecimentos parciais ao longo dos anos, muitos sobreviventes e descendentes das vítimas ainda aguardam um pedido de desculpas formal e abrangente do governo japonês. A negação e a minimização desses eventos por alguns nacionalistas japoneses continuam a causar tensão nas relações entre o Japão e seus vizinhos asiáticos.

No caso do Massacre de Nanquim, a falta de um reconhecimento formal e abrangente das atrocidades cometidas pelos soldados japoneses impede a plena reconciliação histórica. Muitos dos sobreviventes e seus descendentes continuam a viver com as cicatrizes físicas e emocionais deixadas por esses eventos, e a ausência de justiça histórica agrava seu sofrimento.

De forma semelhante, as ex-mulheres de conforto e suas famílias ainda lutam por reconhecimento e reparação. Vários processos judiciais foram movidos contra o governo japonês, buscando compensações financeiras e um pedido de desculpas formal. No entanto, a resposta do Japão tem sido muitas vezes insuficiente, deixando muitas dessas mulheres sem a justiça que merecem.

O impacto do Massacre de Nanquim e do sistema das mulheres de conforto vai além das vítimas diretas. Essas atrocidades deixaram um legado duradouro nas relações internacionais na Ásia, particularmente entre China, Coreia e Japão. A memória desses eventos continua a influenciar as políticas e as atitudes nacionais, sendo um lembrete constante da necessidade de confrontar o passado com honestidade e compaixão. Eles servem como um poderoso lembrete dos horrores da guerra e da importância de proteger os direitos humanos em todos os tempos. Ao lembrar essas tragédias, é essencial buscar a verdade, promover a justiça e trabalhar pela reconciliação, garantindo que tais eventos nunca se repitam.

 

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Leia também: Mulheres de Conforto: conheça a história das mulheres citadas no K-drama Tomorrow

 

Texto revisado por Karollyne de Lima

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Entrevista | Malu Lazari fala sobre sua personagem na produção Rainha da Pérsia

Na novela, a atriz interpreta Darya, uma jovem que deseja ser rainha

 

Malu Lazari iniciou sua carreira ainda na infância e, atualmente, com apenas 22 anos, já conta com mais de dez peças no currículo, além de títulos como Miss São Paulo Infantil, conquistado em 2012, e Miss Brasil Mirim, conquistado em 2013.

Na televisão, participou da novela As Aventuras de Poliana (2018), no SBT, em que deu vida à personagem Débora. Mas foi em 2019 que recebeu seu primeiro papel com maior destaque, ao interpretar a personagem Diana em Malhação – Toda Forma de Amar, ao lado de nomes como: Letícia Spiller, Marcello Novaes e Alanis Guillen.

Atualmente, Malu integra o elenco da nova novela da TV Record, Rainha da Pérsia, que estreou em 17 de junho. Na trama, a atriz dá vida a Darya, uma jovem ambiciosa, mas de caráter duvidoso, que é uma das candidatas a rainha. 

A atriz também é ativa nas redes sociais, onde mostra sua vida e os bastidores de seus trabalhos, tanto na dramaturgia quanto como modelo e digital influencer, para seus mais de 300 mil seguidores. 

Ao Entretê, Malu fala sobre a novela, suas experiências em concursos de beleza e muito mais. Confira: 

Entretetizei: Sua carreira começou desde muito nova em peças de teatro, houve algum momento em que você teve certeza de que seguiria atuando? 

Malu Lazari: Desde a primeira vez no teatro, eu senti meu coração batendo mais forte, mas ainda era muito nova pra ter esse discernimento. Quando fui crescendo, continuei amando ir a cursos, assistir espetáculos e participar de apresentações. Com o tempo, fui entendendo que poderia ser minha profissão e tive certeza de que era isso que me faria feliz.

Foto: divulgação/Malu Lazari

E: Sobre sua nova personagem, Darya, pode nos contar mais sobre ela, como foi a preparação para participar dessa produção?

ML: Tivemos algumas semanas de preparações corporais e artísticas. Foi um período muito gostoso. Através desses encontros, fomos criando também relações com as meninas e hoje somos muito próximas. Além de fazer parte de uma obra incrível, eu ganhei amizades que vou levar pra vida. Darya me deu esse presente.

E: Ainda sobre Rainha da Pérsia, a Record vem trabalhando em produções bíblicas elogiadas ao longo dos últimos anos. O que podemos esperar da novela? 

ML: Expectativas altíssimas. A obra vem sendo destaque em audiência e nós estamos acompanhando de perto esse sucesso. É muito prazeroso ver o resultado de um trabalho construído com tanto amor, envolvendo tantos bons profissionais e com muita dedicação de todas as áreas. 

E: Sua nova produção mostra seu trabalho de uma nova forma, para um público mais adulto quando comparamos a seus primeiros personagens. Você acredita que o retorno do público será diferente?

ML: Acredito que sim. Todo personagem gera um retorno diferente, mas sou sempre surpreendida positivamente, recebo muito carinho de quem me acompanha. Até mesmo quando vivi Diana em Malhação, que era uma personagem mais polêmica. Fui recebida sempre com muito amor. Já estou colhendo os frutos da Darya e me preenche sentir esse carinho de perto.

E: Você possui títulos de Miss São Paulo e Brasil Mirim. Participar desses concursos te preparou de alguma forma para a profissão de atriz?

ML: Quando era criança, eu amava concursos. Sempre me dediquei muito a eles e, apesar de ter ganhado todos os títulos em que concorri, esses concursos me prepararam para os “nãos” da vida e isso, com certeza, me faz ser uma pessoa mais resiliente. A carreira artística é sempre muito instável e precisamos dessa força emocional para conseguir lidar bem com os altos e baixos.

E: Para finalizar, o que podemos esperar de seus próximos projetos?

ML: Estou muito focada na minha carreira e pretendo iniciar em breve novos projetos artísticos.

 

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Texto revisado por Bells Pontes

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