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Entrevista | Ivan Parente fala sobre Hairspray e os desafios ao atuar no musical

Em entrevista ao Entretetizei, o ator Ivan Parente fala sobre os desafios e as alegrias de interpretar Corny Collins na nova montagem brasileira de Hairspray

Entrevista por Ana Paula

Na recente montagem brasileira do musical Hairspray, Ivan Parente mergulha em mais um desafio de sua carreira, interpretando Corny Collins, um personagem dinâmico e essencial para a narrativa do espetáculo. O ator, conhecido por sua versatilidade no palco e no estúdio de dublagem, compartilhou com o Entretetizei os bastidores dessa jornada vibrante. Desde a recepção calorosa do público até os desafios únicos da montagem, Ivan revelou detalhes sobre sua preparação e a profundidade que encontrou ao interpretar essa figura tão significativa no musical.

Durante a entrevista, Ivan ressaltou também o impacto transformador de Hairspray, tanto para o elenco quanto para a plateia. O espetáculo, que aborda temas como preconceito, gordofobia e identidade de gênero, vai além da leveza de um musical comum, trazendo questões sociais relevantes com uma dose de humor e emoção. Para ele, estar em um espetáculo com essa potência é uma oportunidade única de tocar o público de forma profunda e inspiradora.

Ivan Parente
Foto: divulgação/José de Holanda

Além do trabalho no teatro, Ivan também compartilhou um pouco de sua experiência como dublador, revelando como o icônico Timão de O Rei Leão (2019) foi um de seus trabalhos mais emocionantes. A dublagem, segundo ele, é um processo delicado e desafiador, que exige uma sensibilidade única para capturar a essência dos personagens e trazer à vida vozes que marcaram gerações. Confira a entrevista completa:

Entretetizei: O que mais te atraiu no musical Hairspray e no personagem que você interpreta?

Ivan Parente: O Hairspray é um dos musicais mais vibrantes de todos os tempos e imaginar estar nesse elenco era um sonho distante e bem doido. Quando recebi o material de Corny Collins, fiquei bem cabreiro. Achei que não teria chance por causa da minha idade e porque o personagem tem uma vitalidade incrível. Durante os testes, entendi que a banca estava procurando a energia do espetáculo nos atores. Queria achar relações importantes entre os criativos e os atores que fariam a peça. Queria atores de verdade que estivessem dispostos a se entregar de corpo e alma na interpretação, dança e canto. Então, durante os testes, pude mostrar meu potencial e eles me aprovaram.

 Hairspray é um espetáculo importante em vários níveis. Os temas são muito impactantes e importantes para uma sociedade que está levando centenas de anos para entender sobre preconceito, identidade de gênero, sexualidade, gordofobia, religião, política e tantos assuntos importantes abordados. O Corny Collins tem essa relação com o futuro. Ele tem ideias e ideais muito à frente do seu tempo e está no comando de um programa de adolescentes na televisão. Ele traz para as telas os sucessos da música soul e faz Baltimore vibrar. Corny é uma celebridade capaz de mudar o seu tempo e é isso que eu tenho feito na minha busca do personagem para contar uma história incrível e que vai surpreender muita gente. 

E: Como tem sido a recepção do público ao espetáculo musical Hairspray?

IP: O público tem reagido muito bem. A casa está cheia e os ingressos estão sendo vendidos como água. Tem que sair correndo lá no Rio de Janeiro porque vai ter gente que vai ficar sem. Eles reagem a tudo. Entendem as entrelinhas e chegamos a ouvir comentários deles. A peça é uma comédia musical que traz temas muito sensíveis, eles se emocionam e aplaudem vigorosamente. Mas vemos a potência do espetáculo quando o choro se transforma em risadas e eles se divertem. Sinto que eles saem transformados, assim como nós do elenco, todos os dias aprendendo uma forma mais inteligente e carinhosa de ser humano. 

E: Quais são os maiores desafios e prazeres de interpretar um personagem em um musical como Hairspray?

IP: Hairspray não é um musical fácil. Tem muitas camadas e as músicas são bem difíceis. São agudas, têm muita letra, e é preciso articular perfeitamente para que a plateia tenha uma experiência única e não fique boiando durante o espetáculo. Tem que haver um estudo muito árduo. Quando comecei a estudar a obra, vi apenas o apresentador de programa juvenil que só se importava com a audiência, só tocava em temas banais e batia palmas para os telespectadores que perdiam aula para assistir ao programa. De repente, o Corny Collins entende a importância dele na vida daqueles jovens através da Tracy (Vânia Canto). 

A primeira camada do personagem é bem fina, porque as camadas interiores são muito importantes e conduzem à grande transformação da televisão daquela época no musical, obviamente. Então à primeira vista, a chance do personagem ser apenas uma caricatura é enorme. A sorte foi que encontramos diretores que nos fizeram perguntas muito desafiadoras durante o processo. O Tinno Zani, Tiago Abravanel e a Antônia Prado eram incansáveis e não sossegaram até nossos personagens terem uma base forte para que as cenas não fossem apenas um bate texto. Então quando a personagem tem estofo fica fácil se divertir e ter prazer em ver como a plateia torce, ri, chora, questiona e vibra.

E: Pode nos contar algum momento memorável que tenha ocorrido durante as apresentações?

IP: No último final de semana, foi muito arrebatador o final da música do segundo ato da personagem Maybelle Motormouth (Aline Cunha). A plateia não parava de aplaudir e os meninos da luz não conseguiam prever a hora de dar blackout. Foi emocionante. Os atores achavam que o cara tinha esquecido de apagar a luz, mas na verdade, foi tão arrebatador que ninguém queria que aquele número terminasse. Tinha gente em pé batendo palma. Gritando. Uma loucura. Isso é ouro dentro de um musical. Arrebatar uma plateia assim não é para qualquer um. Aliás, se preparem para Aline Cunha. Só digo isso.

E: Você tem uma vasta experiência como dublador. Qual foi o seu trabalho de dublagem favorito até agora?

IP: Acho que o trabalho que mais me deixa emocionado e que sempre é citado quando as pessoas me encontram, é o Timão, de O Rei Leão. Foi muito divertido fazer. Os diretores Fábio Azevedo e Nandu Valverde conseguiram me deixar muito à vontade. Eu levei um pouco mais de tempo do que a maioria dos dubladores faria, mas sinto que pudemos dar mais nuances e encontrar um caminho muito legal para o personagem. O Timão é icônico. Lembro que durante as gravações de Hakuna Matata eu tinha que parar pra chorar. O Nandu ria muito. Senti uma responsabilidade enorme quando fui aprovado. Eu gosto quando ouço dublagem. Quando fui ver pela primeira vez no cinema, eu fiquei preocupado se as pessoas iriam gostar ou rir. Fiquei muito satisfeito com o resultado.

E: Como você se prepara para dublar personagens tão variados? Existe algum processo específico que você segue?

IP: É um processo muito difícil porque não temos muito tempo pra entrar na gênese do personagem ou discutir a personalidade dele incansavelmente. A gente entra no estúdio, ouve a voz original, assiste algumas cenas e vai tateando no escuro. A direção da dublagem é crucial, mas é claro que temos que prestar muita atenção para melhorar nossa escuta durante os diálogos. Às vezes voltamos para algumas partes depois que passamos a metade do filme, porque daí a voz da personagem está mais presente e novas características aparecem. 

Mas normalmente seguimos o ator original em sua forma de pensar e dizer coisas. Muitos me perguntaram porque eu não segui a voz do desenho em O Rei Leão. Sempre respondo o óbvio: o ator lá é outro e não dá pra conseguir verdade se fossemos beber na fonte do desenho. Ele tem outro ritmo. Tem outras cores. Eu gosto de dublar, mas é uma das coisas mais difíceis de se fazer. Tem que estudar e ter escuta.

 

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Texto revisado por Kalylle Isse

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Os grandes destaques de OMEGA X em 2024

Confira as recentes atividades que marcaram o ano do grupo de K-pop

Jaehan participa da trilha sonora do popular programa de variedades coreano Love Interference

Imagem: reprodução/ansoko

Kim Jaehan, líder e vocalista do grupo, lançou uma nova trilha sonora original para o popular programa de variedades sul-coreano Love Interference. A música, nomeada 그대여 안녕 (Goodbye My Lover), foi lançada no dia 15 de agosto, às 18h KST. A canção, com um tema melancólico, explora a saudade de um amor passado que deixou uma impressão duradoura e inesquecível.

No entanto, Jaehan já contribuiu com trilhas sonoras para os programas A Shoulder to Cry on e Jazz for Two, como compositor, letrista e cantor. Além disso, ele fez sua estreia como ator de musical em maio de 2024, no papel do Padre Paul na produção 5! Happy Man.

Yechan amplia sua carreira de ator com o novo drama Your Honor e o filme Mad Dance Office em breve

Imagem: divulgação/Helix Team

No dia 12 de agosto deste ano, o novo drama Your Honor, estrelado por Shin Yechan, estreou na Genie TV e ENA. Ele interpreta Kim Sang-Hyun, um personagem que tem sua vida drasticamente alterada por um evento trágico envolvendo seu pai.

No elenco, Yechan também divide cenas com renomados atores como Son Hyun-joo e Kim Myung-min. Esse já é o segundo drama que o artista faz parte, pois ele já havia participado de A Shoulder to Cry On ao lado de seu colega de grupo Jaehan.

Além disso, foi recentemente anunciado que ele estará no próximo filme Mad Dance Office, contracenando com Yeom Hye-ran, estrela de The Uncanny Counter e Mask Girl.

Hangyeom e o elenco de Jazz for Two concluem com sucesso o primeiro encontro com os fãs

Imagem: divulgação/Helix Team

Em março deste ano, Song Hangyeom fez sua estreia como ator no drama BL Jazz for Two, interpretando Suh Do-yoon. O drama foi bem recebido pelos espectadores, e no dia 10 de agosto de 2024, Hangyeom e os colegas de elenco Ji Ho-geun, Jin Kwon e Kim Jung-ha participaram de um encontro com os fãs em Seul.

Os companheiros de grupo dele, Jaehan e Xen, que contribuíram para a trilha sonora do drama, também estiveram presentes, interagindo com os fãs de Jazz for Two e do OMEGA X.

Mesmo com o seu trabalho como ator, Hangyeom continua se destacando como rapper, cantor, compositor e produtor, compartilhando seu trabalho musical no SoundCloud.

Além disso, o grupo OMEGA X mantém o contato com seus fãs e com o público através de conteúdos dos bastidores, vlogs e músicas de capa em seu canal no YouTube. Juntamente com suas atividades individuais, eles continuam a engajar seus seguidores de diversas formas.

Quais são suas músicas preferidas do OMEGA X? Conte pra gente! E siga as redes sociais do Entretetizei — Instagram, Facebook, Twitter — para mais conteúdos sobre o mundo do entretenimento.

Leia também: VMA 2024 confira a lista completa de indicados 

Texto revisado por Cristiane Amarante

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Música Notícias

Bruno Mars e Lady Gaga anunciam lançamento de dueto

O lançamento ocorrerá nesta quinta-feira (15)

Lady Gaga e Bruno Mars são dois grandes nomes da música pop contemporânea. Surpreendendo a internet, a dupla de artistas anunciou o lançamento de Die With a Smile, sua nova (e primeira) música juntos.

Além da faixa em si, haverá o lançamento simultâneo do videoclipe da música. Especula-se que a parceria faz parte do novo projeto musical de Mars, cujo nome ainda não foi revelado.

capa single
Foto: reprodução/Instagram @LadyGaga

Die With a Smile será o primeiro lançamento em anos para ambos os artistas, considerando que o último projeto de Bruno Mars foi An Evening with Silk Sonic (2021), o seu projeto vencedor do Grammy com Anderson .Paak, e o de Lady Gaga foi o álbum Chromatica, em 2020.

Bruno Mars vem ao Brasil em 2024. O artista fará apresentações no país entre outubro e novembro, passando por cinco cidades diferentes: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte. Já Lady Gaga, é a coprotagonista do filme Coringa: Folie à Deux, com previsão de estreia para outubro deste ano.

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Texto revisado por Angela Maziero Santana

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Cinema Entretenimento Notícias

Força Bruta: Sem Saída, sucesso do K-action, chega aos cinemas em setembro

Don Lee interpreta novamente o policial destemido, que agora enfrenta novos vilões

 

A maior bilheteria da Coreia do Sul, com mais de 11 milhões de ingressos vendidos, chega à América Latina e ao Brasil. Força Bruta: Sem Saída traz Don Lee de volta interpretando o policial Ma Seok-do, protagonista do longa. A nova história se passa sete anos após os acontecimentos do primeiro filme. 

Maior sucesso de bilheteria na Coreia do Sul em 2023, Força Bruta: Sem Saída traz o melhor do K-action para os cinemas brasileiros. Em sua terra natal, o longa foi visto por mais de um terço da população do país. 

Nessa sequência, Don Lee se junta a um novo esquadrão policial, e, desta vez, investiga um grupo de criminosos responsáveis pela disseminação de uma droga sintética, produzida por Joo Sung-chul (Lee Jun-hyuk), junto com mais um vilão inesperado, Ricky (Aoki Munetaka).

O diretor Lee Sang-yong aponta que, mesmo partindo do mesmo personagem do filme anterior, tudo é novidade e, para fazer isso, se concentrou também no novo esquadrão que acompanha o protagonista, além dos dois novos vilões. 

Foto: divulgação/Sato Company

A grande novidade na franquia é exatamente essa: a presença de dois vilões, duplicando os problemas e as lutas. E Ricky é o primeiro vilão internacional da série de filmes, um personagem que vai do Japão para a Coreia para lidar com seu negócio de distribuição de drogas. 

Outra novidade são os novos parceiros de Ma Seok-do no esquadrão policial. O ator Kim Min-jae, interpretará um colega detetive, que se torna o fiel parceiro do Detetive Ma. E também outros novos personagens, como Cherry, interpretado por Ko Kyu-pil, e Kim Yang-ho, interpretado por Jeon Seok-ho, adicionam toques de comédia ao filme.

O diretor também aponta que, nessa sequência, as cenas de ação se tornaram mais sofisticadas e complexas. 

Ma Seok-do e os vilões têm suas próprias cenas de ação, mas também tiveram que trabalhar juntos durante as cenas de luta. Essas cenas trazem mais tensão para levar a um grande confronto no final, criando ainda mais emoção para o filme”, diz Lee. 

A obra chega aos cinemas brasileiros em 12 de setembro, com distribuição da Sato Company.

 

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Leia também: A Menina e o Dragão chega em setembro aos cinemas

 

Texto revisado por Bells Pontes

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Cinema Cultura asiática Notícias

Resenha | Família — um drama sobre laços, conflitos e identidade dos brasileiros no Japão

O filme explora a imigração brasileira no Japão, misturando emoção, tensão e uma boa dose de brasilidade

Família, dirigido por Izuru Narushima e roteirizado por Kiyotaka Inagaki, chegou aos cinemas brasileiros trazendo uma visão inesperada e cheia de emoção sobre a vida dos imigrantes brasileiros no Japão. Para entender o contexto do filme, vale lembrar da crise econômica de 2008, que sacudiu o mundo e deixou muita gente em situação complicada, inclusive no Japão. Foi nesse período que o movimento dekassegui, que leva brasileiros a trabalharem em fábricas japonesas, se intensificou. Só que o sonho de fazer dinheiro e voltar pro Brasil virou pesadelo para muitos.

A trama começa num cenário já conhecido pra quem acompanha histórias de imigração: brasileiros espalhados por uma cidade japonesa, pegando qualquer trabalho que aparece. Aí entra o Seiji Kamiya, interpretado por Kōji Yakusho (que você pode ter visto em Dias Perfeitos). Seiji é um viúvo solitário, que só quer viver em paz fazendo sua cerâmica, até que seu filho Manabu (Ryô Yoshizawa) aparece com a esposa Nadia (Malyka Ali) pra umas férias no Japão. O detalhe é que eles moram na Argélia, então já dá pra sentir que a história vai ser cheia de reviravoltas.

A vida de Seiji vira de cabeça pra baixo quando ele cruza com Marcos, um jovem brasileiro que acabou de fugir de uma gangue local. Marcos, vivido por Lucas Sagae, está no seu primeiro grande papel e manda muito bem! Ele interpreta um personagem cheio de camadas, carregando toda a frustração de alguém que nunca se sentiu parte de lugar nenhum. Machucado e sem rumo, Marcos é acolhido por Seiji, que tenta ajudar o garoto, mesmo sem saber o tamanho da encrenca em que ele está metido.

Família
Foto: reprodução/Sato

A relação entre Seiji e Marcos é complicada, cheia de desconfianças, mas também rola uma solidariedade inesperada. Eri, a namorada de Marcos, interpretada por Fadile Waked, é uma personagem essencial e que tenta unir os dois mundos, apesar do estrago que Marcos já causou. Aos poucos, Seiji e sua família começam a frequentar o conjunto habitacional onde a comunidade brasileira vive e começam a entender o porquê de tanta revolta por parte de Marcos.

No meio disso, ainda tem o conflito entre Seiji e Manabu, que resolve largar uma carreira de sucesso na Argélia para virar ceramista como o pai. Essa decisão traz à tona o embate entre tradição e modernidade, segurança e paixão, que permeia toda a narrativa.

Enquanto isso, Marcos se afunda cada vez mais. Sem emprego e perseguido pela gangue de Kaito Enomoto (interpretado pelo cantor e ator Miyavi), ele vê na cerâmica de Seiji uma chance de recomeçar. Só que as coisas não são tão simples assim. Kaito, com um ódio visceral pelos brasileiros, vira uma ameaça constante na vida de Marcos e da comunidade.

Família
Foto: reprodução/soompi

Mesmo sendo um personagem marginalizado, Marcos se destaca. Ele representa uma geração de brasileiros no Japão que se sente perdida, sem um lugar para chamar de lar, mas que ainda luta para sobreviver e se reinventar. Lucas Sagae faz um trabalho incrível, trazendo uma autenticidade que, mesmo com alguns clichês, cria uma conexão real com o público.

Paralelamente, rola uma tensão extra na história de Manabu, quando sua usina na Argélia é tomada por terroristas, colocando sua vida em risco e deixando Seiji desesperado. Esse enredo paralelo aumenta ainda mais a tensão, enquanto Seiji tenta salvar o filho e lidar com os problemas de Marcos e da gangue.

Família não é só um drama sobre laços afetivos, mas também uma reflexão sobre imigração, identidade e a busca por um lugar pra chamar de lar. Com uma crítica social afiada, o filme mostra as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros no Japão, mas também traz a esperança de que, mesmo no meio do caos, é possível encontrar um novo começo.

Família
Foto: reprodução/Sato

Para os brasileiros, especialmente, Família traz um olhar necessário sobre nossa presença em um contexto tão distante e, ao mesmo tempo, tão próximo. Kōji Yakusho brilha como Seiji, um homem que redescobre o valor das conexões humanas e da empatia, enquanto Fadile Waked e Lucas Sagae surpreendem em papéis que, apesar de marginais, deixam uma marca significativa na narrativa.

 

No final, Família faz você pensar sobre o que realmente significa fazer parte de uma família e como as adversidades podem unir pessoas de origens tão diferentes. Vale a pena assistir e refletir sobre as várias camadas dessa história tão humana e envolvente.

Família estreou hoje (15) nos cinemas brasileiros.

 

Quem aí quer assistir ao filme? Contem pra gente! E sigam as redes sociais do EntretetizeiFacebook, Instagram e X — para mais novidades da cultura asiática.

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Texto revisado por Cristiane Amarante

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