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De O Mágico de Oz às telonas: conheça a história de Wicked

Antes de ganhar o status de adaptação cinematográfica, enredo alternativo foi best-seller e conquistou ainda mais fãs como espetáculo da Broadway

Todo mundo merece a chance de voar principalmente em Wicked. Protagonizado por Cynthia Erivo e Ariana Grande, o prelúdio de O Mágico de Oz chega aos cinemas em 21 de novembro retratando a inusitada conexão que surge entre Elphaba e Galinda, além dos eventos que guiarão seus destinos como Bruxa Má do Oeste e Glinda, a Boa, respectivamente.

A adaptação se baseia tanto no livro homônimo de 1995 quanto no musical que está entre os mais prestigiados da Broadway há mais de 20 anos. Mas como essa história começou? Neste especial, o Entretê se prepara para o lançamento reunindo os principais detalhes da linha do tempo de Wicked.

A origem de Oz 

Tudo começou na literatura. As figuras das icônicas Bruxa Má do Oeste e Glinda, a Bruxa Boa do Norte, nasceram nas páginas do romance infantil O Maravilhoso Mágico de Oz, publicado em 1900 pelo americano L. Frank Baum

O enredo segue a jovem Dorothy Gale e seu cãozinho Totó, que são surpreendidos por um ciclone no Kansas e, assim, levados até a Terra de Oz. Em busca do mágico que pode mandá-los de volta para casa, a dupla faz amizade com um Espantalho que precisa de um cérebro, um Homem de Lata sem coração e um Leão que sonha em ter coragem. 

Ao longo da narrativa, todos embarcam em uma jornada emocionante de amadurecimento, que constantemente esbarra nos conflitos vivenciados pelas bruxas.

L. Frank Baum, autor de O Maravilhoso Mágico de Oz, história que inspirou Wicked.
Foto: reprodução/Penguin Books

O Maravilhoso Mágico de Oz foi best-seller por dois anos seguidos e deu origem a uma série extremamente popular de alta fantasia ao todo, Baum escreveu outros 14 livros sobre o universo de Oz. 

Entre as influências do autor, estavam os contos dos irmãos Grimm, Hans Christian Andersen e Lewis Carroll, criador do clássico Alice no País das Maravilhas (1865). Na verdade, Baum usou a história de Carroll como inspiração para confeccionar os personagens de Oz especialmente por considerá-la genérica e propensa a lições de moral.

Além do arco-íris, a magia contagia a sétima arte 

Em 1939, a estrada de tijolos amarelos, a Cidade das Esmeraldas e tantas outras localidades de Oz ganharam notoriedade em uma adaptação para os cinemas. Baseado no primeiro livro da saga e dirigido por Victor Fleming, O Mágico de Oz foi amplamente reconhecido por suas inovações técnicas, como o uso da estratégia vibrante de Technicolor. 

O filme também se destacou no plano musical, vencendo dois Oscars: o de Melhor Trilha Sonora Original e o de Melhor Canção por Over the Rainbow, interpretada pela ilustre Judy Garland.

Cena do filme O Mágico de Oz, que inspirou Wicked.
Foto: reprodução/TCM

Na produção, o retrato das carismáticas bruxas esteve ligado à mesma perspectiva maniqueísta dos livros. Enquanto Glinda (Billie Burke) esbanjava sorrisos e sutilezas em cena, sendo boa simplesmente por natureza, a Bruxa Má do Oeste (Margaret Hamilton) apresentava uma excentricidade maior que sua obsessão pela magia dos sapatinhos de rubi de Dorothy. 

Afinal, como sua pele ficou verde? Quando se isolou em uma floresta assombrada? Por que destoa de Glinda tão profundamente? Essas perguntas nunca foram respondidas pelo longa, porque o protagonismo ainda não cabia a ela.

Cena de O Mágico de Oz, que inspirou Wicked.
Foto: reprodução/IMDb
Uma mudança de rota na construção de um legado 

Após a morte de Baum, em 1919, outros autores escreveram mais 26 livros sobre a Terra de Oz. Além desses, existe uma quantidade indeterminada de apócrifos, obras que contemplam versões não oficiais ou alternativas do universo mágico. Entre os sucessos da nova leva, está Wicked, lançado em 1995 por Gregory Maguire.

O objetivo do escritor estadunidense era justamente reimaginar e expandir tudo que se entendia por Oz, aprofundando as características e transformações da Bruxa Má do Oeste. Para isso, ela ganha um nome, Elphaba, e se conecta a uma amiga improvável nos livros originais, a própria Glinda.

Gregory Maguire, autor de Wicked.
Foto: reprodução/Harper Collins

Além de trazer uma narrativa voltada ao público adulto, tecendo comentários políticos e sociais, Wicked procura homenagear a saga. Maguire cumpre a missão dando começo, meio e fim para a história da Bruxa Má do Oeste, acompanhando, inclusive, tudo que acontece antes, durante e depois da chegada de Dorothy à Terra de Oz. 

O que o autor faz é, sobretudo, um exercício de reconstrução da “vilã”, explorando temas como identidade, discriminação, autoritarismo e moralidade.

Na obra, descobrimos que a pele esverdeada é um traço de nascença de Elphaba, assim como sua forte aptidão para a magia. Sofrendo com a rejeição desde a infância, ela inicia a vida adulta na Universidade Shiz, onde conhece Galinda (que, mais tarde, adotará a abreviação Glinda).

Cena do filme Wicked.
Foto: reprodução/Universal Pictures

Buscando respeito e acolhimento em uma sociedade que pouco respeita as diferenças, Elphaba tem sua visão de mundo abalada ao descobrir que a intolerância e a corrupção que vê todos os dias partem do governo mágico de Oz. A protagonista, então, passa a questionar e confrontar a ordem vigente, defendendo os princípios de igualdade e liberdade. 

Na sequência, o embate com figuras poderosas do local fará da aparência de Elphaba alvo de campanhas de ódio. Vista como perigosa e ameaçadora pelos cidadãos de Oz, ela não demora a ganhar o título de Bruxa Má do Oeste.

Elphaba, personagem de Wicked.
Foto: reprodução/Universal Pictures

Diferentemente de O Maravilhoso Mágico de Oz, Wicked dividiu a crítica especializada, sendo considerado uma reformulação poderosa por alguns, e uma história inconsistente por outros. Fato é que o romance também se tornou um best-seller e conquistou fãs no mundo todo. 

Nos anos seguintes, Maguire expandiu seu universo alternativo para além da biografia de Elphaba, criando os livros Son of a Witch (2005), A Lion Among Men (2008) e Out of Oz (2011). 

Elphaba e Glinda vão à Broadway

O grande responsável por transportar Wicked até os palcos da Broadway foi o compositor e letrista Stephen Schwartz, que recebeu a indicação do livro por uma amiga. 

Com o apoio do produtor Marc Platt e da roteirista Winnie Holzman, Schwartz passou cinco anos estudando e planejando a melhor forma de adaptar a obra de Maguire. Em 2003, o musical Wicked: A História Não Contada das Bruxas de Oz, enfim, estreou no Gershwin Theatre.

Cena do musical Wicked.
Foto: reprodução/People

A peça foi um sucesso instantâneo de público, principalmente pelo notável talento de suas protagonistas Kristin Chenoweth (Glinda) e Idina Menzel (Elphaba), que ganhou o Tony Awards de Melhor Atriz em Musical pelo papel. Algumas das canções criadas exclusivamente para a produção, como Popular, Dancing Through Life e Defying Gravity, alcançaram o status de clássicos. 

Embora contenha alterações em relação à narrativa original, o musical mantém a essência de Wicked em seus atos. Neles, assistimos aos eventos formadores da Terra de Oz, a chegada de Dorothy ao local e as histórias de origem de Glinda e Elphaba.

Carregando personalidades opostas, as bruxas transformam o destino de Oz enquanto mostram como os vínculos mais significativos podem surgir nos cenários mais improváveis.

Cena do musical Wicked.
Foto: reprodução/OnStage Blog

Superando as expectativas iniciais, a adaptação teatral obteve o retorno de seus investimentos financeiros em apenas 14 meses de exibição. Wicked se consolidou como um fenômeno cultural, estando há mais de 20 anos em cartaz na Broadway e registrando várias turnês no Reino Unido, Alemanha, Austrália, Japão e Brasil. 

Contudo, vale ressaltar que alguns aspectos do livro não são abordados ou acabam sendo suavizados no musical, como é o caso dos debates que abordam sexualidade e violência explícita.

Finalmente, Wicked aterrissa nos cinemas 

Mesmo conquistando números expressivos de bilheteria no formato teatral, Wicked precisou aguardar um bom tempo para chegar às telonas. A primeira ideia para uma adaptação cinematográfica surgiu em 2004, mas encontrou adversidades para prosperar na agenda comercial da Universal Pictures (detentora dos créditos do filme). 

Entre diversas cotações de cineastas envolvidos no projeto e inúmeros adiamentos no cronograma de produção, o filme também sofreu atrasos e contratempos causados pela pandemia de Covid-19 e pela greve dos sindicatos de roteiristas e atores, que tomou Hollywood até o último semestre de 2023.

Bastidores das gravações do filme Wicked.
Foto: reprodução/Universal Pictures

Se essa soma de fatores fez a qualidade do longa ser questionada muito antes de sua estreia, a escalação do elenco serviu como um ímã para manter os fãs interessados no resultado final. Em 2021, Cynthia Erivo e Ariana Grande foram anunciadas como as futuras intérpretes de Elphaba e Glinda, respectivamente. 

Um fato curioso é que ambas as atrizes começaram suas carreiras na Broadway. Erivo estreou como protagonista da produção A Cor Púrpura em 2015, vencendo o Tony Awards de Melhor Atriz em Musical pelo papel. Já Grande deu início à vida de artista participando de 13: The Musical em 2008. 

Essa veia musical teve influência na condução das filmagens. Em entrevista à Variety, o diretor Jon M. Chu (Crazy Rich Asians) revelou que Cynthia e Ariana gravaram todas as canções do longa ao vivo, recusando a fase de pré-gravação comum em filmes musicais.

Além de Erivo e Grande, Wicked ganhou outras participações de peso, como a recém-ganhadora do Oscar Michelle Yeoh, que viverá a diretora Madame Morrible; Jeff Goldblum, nome recorrente na franquia Jurassic Park, que será o Mágico; Ethan Slater, conhecido por estrelar o musical de Bob Esponja, que terá o papel do Munchkin Boq; e Jonathan Bailey, um dos protagonistas da segunda temporada de Bridgerton (2020-presente), que interpretará Fiyero. 

Em relação ao enredo, Wicked segue grande parte do roteiro confeccionado para o musical, mas promete incorporar surpresas na nova versão, como a presença ampliada de Dorothy Gale (que não participa diretamente da peça da Broadway). As roteiristas encarregadas da trama são Dana Fox e Winnie Holzman, e a produção é de Marc Platt (La La Land). 

Aliás, também de acordo com o diretor, a adaptação será dividida em duas partes para preservar tanto a mágica do show quanto a essência do livro. Enquanto a primeira estreia nas próximas semanas, a segunda tem lançamento marcado para novembro de 2025.

Elenco de Wicked na pré-estreia do filme.
Foto: reprodução/Deadline

No Brasil, Wicked terá sessões antecipadas com brindes exclusivos nas cidades de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. A ação acontece no dia 18 de novembro, em três unidades do Cinemark. Saiba mais clicando aqui.

Os ingressos para a estreia nacional do filme, em 21 de novembro, já estão à venda nas bilheterias ou no site Ingresso.com.

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Texto revisado por Alexia Friedmann

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Crítica | Gladiador 2 traz referências ao primeiro filme, excelente escolha de elenco e cenários belíssimos

Sequência do sucesso de Ridley Scott conta com Paul Mescal, Pedro Pascal e Denzel Washington no elenco

Gladiador (2000) entrou para a história como um dos filmes mais aclamados da história do cinema, conquistando cinco prêmios no Oscar de 2001, incluindo o de Melhor Filme. Agora, em 2024, o diretor Ridley Scott traz de volta a grandiosidade da Roma Antiga em uma sequência épica, ambientada 25 anos após o primeiro filme. Com um elenco de peso e cenários surpreendentes, Gladiador 2 chega para resgatar a intensidade do primeiro filme.

  • Uma performance inédita de Paul Mescal

Lucius, filho de Maximus e Lucilla, que aparece criança no primeiro filme, agora protagoniza a sequência. O personagem é interpretado pelo ator irlandês Paul Mescal, conhecido por suas atuações em Aftersun (2022) e Normal People (2020). O ambiente épico da trama permite que o público conheça um novo lado de Mescal, que ganha destaque em meio a intensa atmosfera da trama. Em diversos momentos, o ator é capaz de resgatar a essência de Maximus, o protagonista original, mesmo nas cenas em que a sequência não faz referências diretas ao personagem.

  • Cenários de tirar o fôlego

O longa se destaca por suas ambientações impressionantes, que refletem seu alto valor de produção, estimado em 264 milhões de dólares. A obra proporciona uma imersão completa no universo da Roma Antiga, tornando ainda mais intensa a experiência de assistir às épicas batalhas da trama. 

  • A memória de Gladiador

Em certos momentos, a sequência faz referências ao primeiro filme e, principalmente, ao personagem Maximus (Russell Crowe), mas sem recorrer a muitos clichês. Além disso, em Gladiador 2, Ridley Scott demonstra equilíbrio ao honrar a memória do clássico enquanto apresenta novidades. Isso torna o longa uma opção interessante não somente para os fãs do clássico de 2000, mas para diversos tipos de público.

  • Um elenco é um elenco!

Um dos maiores destaques da obra é, sem dúvida, a escolha do elenco. Além de Paul Mescal, outros grandes nomes da indústria, como Pedro Pascal e Denzel Washington, desempenham papéis essenciais na criação das cenas épicas e memoráveis da trama.

De maneira geral, o filme consegue alcançar um equilíbrio perfeito entre as performances dos atores escalados. Além disso, o longa proporciona de forma inteligente cenas que vão desde monólogos até cenas de batalha violentas que capturam a brutalidade dos combates no Coliseu. 

Gladiador 2 chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (14).

 

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Texto revisado por Karollyne de Lima

 

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Estrelado por Cillian Murphy, Pequenas Coisas Como Estas chega ao Brasil: confira o pôster oficial!

Baseado no livro de Claire Keegan, o longa revela um dos capítulos mais sombrios da história da Irlanda e estreia no Brasil em 9 de janeiro

Pequenas Coisas Como Estas, novo filme estrelado por Cillian Murphy, vencedor do Oscar de Melhor Ator em 2024 por Oppenheimer (2023), acaba de ganhar pôster nacional e estreia nos cinemas brasileiros em 9 de janeiro. O longa, que abriu o Festival de Berlim 2024, explora um dos capítulos mais sombrios da história irlandesa: as chamadas lavanderias de Madalena, onde a sociedade cedeu ao poder patriarcal da igreja. 

Na trama, Murphy interpreta Bill Furlong, um comerciante de carvão e madeira em New Ross, Wexford. Durante uma entrega a um convento, ele descobre o tratamento cruel dispensado a jovens marginalizadas, especialmente mães solteiras, o que o leva a confrontar seu passado e tomar uma posição diante das injustiças.

O roteiro é baseado no livro homônimo da escritora irlandesa Claire Keegan, vencedor do Orwell Prize e finalista do Booker Prize 2022. O romance foi incluído na lista dos 100 Melhores Livros do Século XXI pelo The New York Times. No Brasil, foi recentemente publicado pela Relicário Edições. 

Foto: divulgação/O2 Play

Dirigido por Tim Mielants e com roteiro adaptado por Enda Walsh, Pequenas Coisas Como Estas conta com produção de Ben Affleck, Matt Damon e Cillian Murphy. No elenco, além de Murphy, estão Eileen Walsh, Michelle Fairley, Emily Watson, Clare Dunne e Helen Behan. A produção é das companhias Artists Equity e Big Things Films. Já a distribuição no Brasil é da O2 Play.

 

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Texto revisado por Angela Maziero 

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Simple Minds confirma 2 datas no Brasil

A venda de ingressos começará em 21 de novembro

Nesta terça (12), Simple Minds, uma das bandas mais icônicas dos anos 1980 e a de maior sucesso do Reino Unido, anunciou que vem ao Brasil em 2025. Serão duas apresentações: a primeira no Rio de Janeiro, em 3 de maio, no Qualistage, e a outra em São Paulo, em 4 de maio, no Espaço Unimed. As vendas começarão no dia 21 de novembro, às 10h. No Rio será por meio da Ticketmaster e em São Paulo pela Eventim.

O grupo escocês já está com o pé na estrada, na turnê mundial Global Tour 2024, na qual esperam tocar para mais de 1 milhão de pessoas. Nos shows, eles mesclam as canções do 18º álbum de estúdio, Direction of the Heart (2022), com uma miríade de clássicos.

O Simple Minds é formado por Jim Kerr (voalista), Charlie Burchill (guitarrista) e uma seleção de colaboradores excepcionalmente talentosos: Ged Grimes (baixista), Sarah Brown (backing vocal), Gordy Goudie (guitarra), Erik Ljunggren (tecladista) e Cherisse Osei (baterista). Eles mantêm as atuais e vibrantes performances ao vivo, algo que vem acontecendo desde seu primeiro álbum, Life in a Day (1979).

 

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Texto revisado por Cristiane Amarante

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Cinema Entretenimento Notícias

Scott Beck e Bryan Woods propõem jogo que vai testar os limites da fé em Herege

O longa traz o famoso ator como um excêntrico que faz duas missionárias questionarem a própria fé

Herege é mais um lançamento de terror psicológico do mês de novembro. Protagonizado por Hugh Grant, o longa estreia no dia 20 de novembro e conta com direção dos cineastas Scott Beck e Bryan Woods, que conseguem fazer até o mais devoto questionar a própria fé.

Na trama, Barnes (Sophie Thatcher) e Paxton (Chloe East) interpretam jovens missionárias devotas que acabam presas na casa de um homem misterioso, interpretado por Grant. A partir deste momento, elas são forçadas a participar de um jogo perturbador que desafia sua fé e põe em xeque tudo o que acreditam.

Sob a direção dos amigos de infância, Beck e Woods, o filme não é o primeiro trabalho que fazem juntos. Tendo crescido em Iowa, os cineastas são famosos por terem escrito Um Lugar Silencioso (2018) e terem dirigido A Casa do Terror (2019) e 65 – Ameaça Pré-Histórica (2023). Woods diz que além de serem melhores amigos, “nós amamos filmes e estamos fazendo isso desde que somos jovens, e continuamos a escrever, dirigir e discutir sobre obras todos os dias. Tem uma competição colaborativa quando trabalhamos juntos, os dois se motivam a fazer sempre o melhor”.

Foto: divulgação/Diamond Films

Sobre a temática de Herege, Woods diz que “por muito tempo, Scott e eu falávamos de fazer um filme que investigasse sobre religião. Grandes questões da vida sempre nos fascinaram desde muito jovem”. E Beck adiciona que “neste filme, nós queríamos provocar a audiência a pensar em como religião se encaixa nas nossas vidas”.

O processo criativo da dupla é baseado em 100% de confiança, afinal tudo o que fazem é pensado em conjunto, não tem um detalhe que passe que não tenha sido aprovado em conjunto pelos dois. Ao começar a escrever mais sobre o fascinante e excêntrico Reed, interpretado por Hugh Grant, os dois tiveram que parar. 

“Nós tivemos que deixar de lado porque sentimos que tínhamos que aprender muito mais sobre religião para acompanhar o conhecimento de Reed. Enquanto escrevíamos, percebemos que ele é um gênio e sabe muito mais sobre o assunto do que aprendemos em toda nossa vida, ou até o momento em que estávamos no processo de escrita”, diz Woods.

 

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Texto revisado por Angela Maziero Santana 

 

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Cada Preto É Uma Conquista: especial reúne produções para comemorar o mês da Consciência Negra no streaming

Campanha Cada Preto É Uma Conquista destaca produções de diretores, roteiristas e atores negros entre os dias 16 e 20 de novembro

No dia 20 de novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra, feriado nacional que homenageia Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes quilombolas brasileiros. Respeitando a importância da comemoração e a relevância que essa data tem para a nação, a Max traz uma coleção especial de produções e novidades; como três curtas desenvolvidos durante o programa de aceleração de talentos Narrativas Negras Não Contadas – Black Brazil Unspoken. Confira o que vem por aí:

Lançamentos de novembro: 
Consciência Negra
Foto: reprodução/Apple TV

Primavera Só Floreia em Solo Fértil (2024)

O documentário vai de encontro às memórias do time de futebol de várzea Sociedade Esportiva Vila Primavera, na zona leste de São Paulo. Prestes a completar 70 anos de existência, jogadores relembram momentos marcantes da história do time, como a perda do campo de futebol provocado pelo crescimento urbano desenfreado.

Favela Turística (2024)

Em Favela Turística, moradores da favela da Rocinha, maior favela do Brasil, são escutados e opinam sobre o turismo que ocorre nas ruas e vielas e falam abertamente sobre as consequências da atividade no dia a dia. 

Brega Funk – Ritmo & Sobrevivência (2024)

Jovens dançarinos da periferia do Recife, Pernambuco, enfrentam desafios ao tentar se profissionalizar no brega funk. O documentário mostra suas lutas e conquistas na tentativa de consolidar a dança como expressão cultural.

Mais títulos para maratonar: 

Cidade de Deus: A Luta Não Para (2024)

Consciência Negra
Foto: divulgação/Max

A série mostra o enfrentamento dos moradores da comunidade ao lidar com o tráfico de drogas, a corrupção policial e a milícia, continuando a denúncia social do renomado filme Cidade de Deus (2002).

King Richard: Criando Campeãs (2021)

Consciência Negra
Foto: reprodução/YouTube

Will Smith interpreta Richard Williams, pai das famosas jogadoras de tênis, Venus e Serena Williams, cuja perseverança pessoal foi um ponto-chave para o sucesso das filhas. Com métodos tradicionais e cheio de determinação, ele criou as duas filhas para serem umas das maiores atletas de todos os tempos.

Romário, O Cara (2024)

Consciência Negra
Foto: reprodução/Max

Dividido em seis episódios, o documentário aborda a trajetória de Romário, um dos jogadores mais polêmicos do futebol brasileiro. 

Homem-Aranha: Através do Aranhaverso (2023)

Consciência Negra
Foto: divulgação/Sony Pictures

Miles Morales (Homem-Aranha) é transportado para o multiverso, onde conhecerá outros heróis-aranha como ele.

Insecure (2016)

Consciência Negra
Foto: divulgação/Max

Nessa comédia, as melhores amigas Issa (Issa Rae) e Molly (Yvonne Orji) compartilham problemas do cotidiano e experiências desconfortáveis em Los Angeles. 

Para os fãs de Will Smith, calma que King Richard: Criando Campeãs não é a única produção que você vai ver o rosto dele. Que tal assistir também Um Maluco no Pedaço (1990)? 

E temos também os títulos: Pico da Neblina (2019), Um Dia Qualquer (2020), Da Ponte Pra Lá (2024), Arte Negra: Na Ausência da Luz (2021), King no Deserto (2018), Qual o Meu Nome: Muhammad Ali (2019), O Apollo: 85 Anos (2019) e outros. 

 

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Texto revisado por Alexia Friedmann

 

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Demet Özdemir: conheça 5 personagens que marcaram a carreira da atriz

De comédias românticas a dramas intensos, descubra os papéis que fizeram de Demet uma das estrelas mais queridas da Turquia

Demet Özdemir é uma das atrizes mais requisitadas da Turquia, conhecida pelo seu talento e carisma. Aos 32 anos, ela construiu uma carreira impressionante, com papéis que conquistaram o público tanto na Turquia quanto ao redor do mundo. No Brasil, o sucesso da novela A Sonhadora (2018) é a prova de sua popularidade interpretando a inesquecível e excêntrica Sanem Aydın. Conheça outros papéis marcantes que mostram toda a versatilidade e dedicação dessa atriz incrível. 

Aslı – Táticas do Amor (2022) e Táticas do Amor 2 (2023)
 Demet Özdemir
Foto: divulgação/Netflix

Em Táticas do Amor, comédia romântica da Netflix, Demet Özdemir interpreta Aslı, uma blogueira e designer de moda com personalidade forte e atitude confiante. No filme, Aslı aceita uma aposta curiosa: fazer com que um homem se apaixone por ela para, depois, transformar a experiência em uma publicação para seu blog. 

Do outro lado da trama, Kerem (Şükrü Özyıldız), um publicitário decidido a ganhar uma aposta para salvar uma campanha, escolhe justamente Aslı como alvo de sua estratégia de conquista. Sem saber das intenções um do outro, os dois se envolvem em um divertido e imprevisível jogo.

Já em Táticas do Amor 2, a relação entre Aslı e Kerem ganha uma nova dinâmica: agora namorados, eles enfrentam um impasse quando Aslı revela sua descrença no casamento. A surpresa vem quando Kerem, ao concordar com ela, desperta em Aslı o desejo de provar que, no fundo, ele quer sim oficializar o relacionamento. 

Determinada, ela faz de tudo para que ele mude de ideia.

Aslı é uma personagem carismática, criativa, ambiciosa e até um pouco manipuladora, sempre decidida a alcançar seus objetivos.

Farah – Adım Farah (2023)
 Demet Özdemir
Foto: reprodução/IMDb

Em Adım Farah, Demet Özdemir protagoniza Farah, uma jovem iraniana de 28 anos que trabalha como faxineira em Istambul, apesar de ser médica, e vê sua vida virar de cabeça para baixo ao testemunhar um assassinato ligado à máfia. Desde os 22 anos de idade, ela vive como uma imigrante ilegal, tentando ao máximo garantir segurança e um futuro melhor para seu filho, Kerimşah (Rastin Pakhanad).

Após o incidente, ela acaba se envolvendo com Tahir (Engin Akyürek), um homem misterioso e perigoso, que inicialmente desperta seu ódio. Mas, aos poucos, a relação entre eles evolui e se torna mais complexa, mostrando as camadas emocionais de ambos.

Farah é uma personagem resiliente, determinada e protetora. Mesmo em um ambiente hostil, ela enfrenta tudo com coragem e inteligência, provando o quão longe uma mãe é capaz de ir para proteger seu filho e a si mesma.

İlkin – Dünyayla Benim Aramda (2022)
 Demet Özdemir
Foto: reprodução/Disney+

Em Dünyayla Benim Aramda, produção do Disney+ Turquia, Demet Özdemir vive İlkin, uma editora-chefe de uma revista feminina que aparenta ter uma vida perfeita ao lado de seu namorado, Tolga (Buğra Gülsoy), um ator famoso. Porém, quando Tolga começa a se distanciar emocionalmente, İlkin é tomada pela insegurança e pela vontade de entender o que está acontecendo. 

Em um ato impulsivo, e encorajada por sua melhor amiga, ela decide criar um perfil falso para testar a fidelidade do namorado. O que começa como uma tentativa de salvar o relacionamento rapidamente foge ao controle.

Quando Tolga se interessa pelo perfil falso e marca um encontro, İlkin vai além e pede à sua estagiária, Sinem (Hafsanur Sancaktutan), para ir ao encontro em seu lugar. Sinem, com receio de contrariar a chefe e desejando crescer na carreira, aceita entrar no arriscado plano.

İlkin é uma personagem complexa, corajosa, competente, tímida e insegura. Ao mesmo tempo em que é uma mulher bem-sucedida e determinada, ela revela um lado vulnerável e carente, que a leva a atitudes impulsivas para tentar salvar o que resta do relacionamento.

Sanem – A Sonhadora (2018)
 Demet Özdemir
Foto: reprodução/Globoplay

Chegamos à inesquecível Sanem Aydın, personagem que levou Demet Özdemir ao estrelato internacional. Em A Sonhadora (Erkenci Kuş), Sanem é uma jovem cheia de vida que, para fugir de um suposto noivado arranjado por seus pais, consegue um emprego em uma agência de publicidade onde sua irmã, Leyla (Öznur Serçeler), já trabalha. 

Sanem vem de uma família humilde – sua mãe é dona de casa e seu pai é comerciante de bairro –, mas se encanta pelo mundo publicitário e especialmente por Can (Can Yaman), um renomado fotógrafo aventureiro que assume o cargo de diretor da agência durante a ausência do pai. Assumindo a diretoria, ele vira alvo de ataques do próprio irmão, sem imaginar, que trabalha na empresa há anos e sempre esteve ao lado do pai. 

Entre Sanem e Can, o contraste é perceptível: enquanto Can é livre e desapegado, Sanem é criativa, ingênua e sempre com a cabeça nas nuvens. Sua personalidade excêntrica e seu jeito atrapalhado rapidamente chamam a atenção dele, e a relação entre os dois se desenvolve com muita química e cenas cômicas memoráveis.

Sanem encanta a todos. Inteligente e super engraçada, sua determinação em seguir seus sonhos, mesmo que a vida leve-a por caminhos improváveis – da avicultura ao mundo da publicidade –, faz dela uma personagem inspiradora e única.

Zeynep – Meu Lar, Meu Destino (2019)
 Demet Özdemir
Foto: divulgação/Max

Em Meu Lar, Meu Destino, Demet interpreta Zeynep, uma personagem complexa marcada por uma história de vida dura e cheia de reviravoltas. Vinda de uma família pobre, Zeynep cresceu enfrentando inúmeras dificuldades: uma mãe doente, um pai alcoólatra e violento, a perda de um irmão cuja doença não pôde ser tratada por falta de recursos. 

Quando é adotada por uma família rica, Zeynep acessa um novo mundo de oportunidades e uma vida confortável, diferente de tudo o que conheceu.

Adulta e noiva do homem dos seus sonhos, ela acredita ter deixado para trás as dores do passado. Mas tudo muda quando sua mãe biológica reaparece, reabrindo feridas de sua vida e a manipulando.

Zeynep é uma personagem marcada pela resiliência e capacidade de adaptação, mas se sente dividida entre a gratidão pela família que a acolheu e o amor que sente pela família de origem. Sua força e determinação em enfrentar as dificuldades, mesmo em meio a dilemas emocionais e a conflitos internos profundos, a tornam uma personagem cativante e inspiradora.


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Texto revisado por Angela Maziero Santana

 

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Missão: Impossível – O Acerto Final ganha primeiro trailer e data de estreia no Brasil

Longa estrelado por Tom Cruise chega aos cinemas nacionais em 2025

Foi divulgado, nesta segunda (11), o trailer de Missão: Impossível – O Acerto Final, estrelado por Tom Cruise. O filme dá sequência ao longa de 2023 e chega no Brasil em 22 de maio de 2025.

O trailer, recheado de cenas de ação, traz Ethan Hunt (Tom Cruise) com a roupa utilizada na cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Paris 2024, e ele deve aprender uma lição muito importante: que a vida é a soma de nossas escolhas.

 

Dirigido por Christopher McQuarrie, o filme conta conta com artistas de peso no elenco, como Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Vanessa Kirby, Esai Morales, Pom Klementieff, Mariela Garriga, Henry Czerny, Holt McCallany, Janet McTeer, Nick Offerman, Hannah Waddingham, Angela Bassett, Shea Whigham, Greg Tarzan Davis, Charles Parnell e Frederick Schmidt.

 

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Texto revisado por Bells Pontes

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Asiáticos não são todos iguais: vamos parar de generalizar e enxergar as diferenças

Reduzir a Ásia a um tudo igual é fechar os olhos para um continente com culturas fascinantes e distintas

A cultura asiática está em alta. A força do K-pop, a popularidade dos dramas e o sucesso de filmes coreanos e japoneses vêm conquistando o Ocidente. Mas junto com essa visibilidade, surgiu uma visão distorcida de que asiático é tudo igual. Esse pensamento ignora a diversidade de um continente com milhares de anos de história e identidade. A ideia de que todos os asiáticos compartilham da mesma cultura ou aparência reforça estereótipos racistas. Bora explorar o quanto isso é prejudicial e por que é essencial enxergar e celebrar as diferenças entre cada país asiático:

A visão ocidental e o efeito pan-asiático que nivela tudo por baixo

Primeiro, vamos falar sobre o efeito pan-asiático. Esse termo descreve a tendência ocidental de enxergar a Ásia como um único bloco homogêneo, sem diferenciar países, culturas e histórias. Para muitos ocidentais, basta que algo venha da Ásia para ser visto como exótico ou representante da cultura asiática. Isso é problemático porque ignora que Japão, China, Coreia do Sul, Tailândia, Vietnã e outros países têm identidades e valores únicos. Reduzir todos os asiáticos a uma única categoria cultural apaga a complexidade que torna cada uma dessas culturas especial.

Esse efeito pan-asiático é alimentado pela falta de educação sobre a Ásia e por uma mídia que reforça esses estereótipos. Quantas vezes já vimos personagens asiáticos em filmes ocidentais sem uma história própria ou interpretados por atores de outras nacionalidades? Isso cria uma imagem superficial e equivocada.

No entretenimento, é comum ver produções coreanas, japonesas e chinesas sendo agrupadas como conteúdo asiático sem distinção, o que resulta numa visão empobrecida da Ásia e ignora até as rivalidades históricas e dinâmicas culturais de cada país.

Essa visão também ignora as tensões políticas e culturais que existem entre países asiáticos. Japão e Coreia, por exemplo, têm uma relação marcada por séculos de conflitos históricos, que ainda afetam como os dois povos se enxergam e interagem. China e Taiwan vivem uma tensão política complexa, muitas vezes ignorada pelo Ocidente. Tratar esses países como uma unidade é desrespeitoso, pois apaga essas histórias e contribui para uma compreensão rasa das particularidades asiáticas.

A diversidade linguística como expressão cultural

A diversidade linguística asiática é um exemplo claro de como cada país tem sua própria identidade. Muitos no Ocidente nem sabem que existem dezenas de línguas na China, incluindo o mandarim e vários dialetos regionais. E a escrita? Enquanto o Ocidente tem um único alfabeto, países como Japão e Coreia têm sistemas complexos com significados culturais únicos.

No Japão, há três sistemas de escrita – hiragana, katakana e kanji – que refletem tanto a história quanto influências culturais. Na Coreia, o alfabeto hangul é um símbolo de orgulho, criado para facilitar a alfabetização e afirmar a identidade única do país.

Ainda assim, muitos acham que asiático é tudo igual e se referem a qualquer idioma asiático como chinês ou japonês, ignorando que a língua é uma das expressões mais profundas de uma cultura. A língua molda a forma como as pessoas pensam e se relacionam.

Na Coreia, por exemplo, existe uma hierarquia na linguagem que reflete respeito aos mais velhos e à estrutura social. No Japão, a comunicação é polida e indireta, refletindo a importância da harmonia e do respeito mútuo. Ver a Ásia como um todo homogêneo é ignorar essa riqueza e perder a chance de conhecer um mundo de valores e perspectivas únicos.

K-pop, doramas e animes: um festival de diferenças ignoradas

O entretenimento asiático é um dos exemplos mais claros de como cada país se expressa de maneira única. Embora K-pop, doramas e animes tenham conquistado fãs no mundo todo, ainda existe uma visão de que “é tudo a mesma coisa”.

Quem conhece esses universos sabe que o K-pop é muito mais do que música – é um fenômeno cultural sul-coreano com coreografias elaboradas, um sistema de treinamento intenso e uma estética visual profundamente ligada à cultura local.

Já os doramas japoneses têm uma abordagem bem diferente dos dramas coreanos, com histórias mais contidas e que lidam com questões sociais de forma introspectiva. Enquanto isso, os dramas coreanos são conhecidos por serem intensamente emocionais, focados no romance e no melodrama, atraindo um público apaixonado. Ignorar essas diferenças é desrespeitar o trabalho que cada país coloca em suas produções, tratando tudo como produto asiático e apagando o que cada uma tem de único.

E o que dizer dos animes, uma forma de expressão genuinamente japonesa com raízes na cultura pop do país? Anime não é apenas animação; é um reflexo das tradições, lendas e espiritualidade do Japão. Colocar tudo isso no mesmo saco é nivelar por baixo e desrespeitar o que cada país asiático tem de mais autêntico.

Asiáticos no cinema ocidental: os estereótipos que reforçam o apagamento

Quando o assunto é representatividade no cinema ocidental, os asiáticos geralmente não têm o espaço que merecem, e, quando têm, são retratados de maneira rasa ou estereotipada. Quantas vezes já vimos um personagem asiático em Hollywood que não fosse o gênio nerd ou o lutador de artes marciais? Esse tipo de representação cria uma imagem limitadora e, na maioria das vezes, nem leva em conta a nacionalidade do personagem.

Esse apagamento se estende aos temas e histórias dos personagens asiáticos, que raramente ganham profundidade. Mesmo com avanços em filmes como Parasita (2019) e Minari (2020), que trouxeram histórias autênticas sobre coreanos, a indústria ainda tem muito o que mudar. A falta de personagens asiáticos com narrativas complexas reflete uma visão ocidental que generaliza e homogeneiza a Ásia.

A experiência de asiáticos no Ocidente: identidade apagada e preconceito diário

Para quem é asiático e vive no Ocidente, o impacto desse estereótipo de tudo igual é sentido diariamente. Pessoas de ascendência asiática são frequentemente confundidas umas com as outras, como se o Ocidente não se importasse em diferenciar um japonês de um chinês ou um coreano. Essa visão simplista pode parecer inofensiva, mas é desumanizadora.

Além disso, há um impacto direto no sentido de pertencimento. Muitos asiáticos no Ocidente se sentem pressionados a escolher entre suas raízes culturais e a assimilação em uma sociedade que os vê como diferentes. Isso cria um dilema de identidade e pertencimento, em que a tentativa de ser ocidental nunca é suficiente.

Vamos parar de achar que asiático é tudo igual e começar a respeitar a riqueza de cada cultura. A Ásia é um continente fascinante, com identidades únicas e histórias complexas que merecem ser ouvidas e compreendidas. Respeitar essas diferenças é o primeiro passo para construir um mundo mais inclusivo e inteligente!

 

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Texto revisado por Alexia Friedmann

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Filme de terror nacional A Herança chega aos cinemas em novembro

Longa é protagonizado por Diego Montez e Yohan Levy e dirigido por João Cândido Zacharias

O filme A Herança, exibido no Festival do Rio, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, na Mostra Terrível 3 (Estação NET Cinema), e que será exibido no Festival Mix Brasil em São Paulo, chega aos cinemas no dia 21 de novembro. O longa de terror, que marca a estreia do diretor João Cândido Zacharias, é uma coprodução Bubbles Project, Kromaki e Sony Pictures International Productions.

A história narra os acontecimentos advindos do retorno ao Brasil de um jovem, vivido por Diego Montez, que acaba de perder sua mãe e descobre ser o único herdeiro de uma casa que pertencia a uma avó que não conheceu. Nesta casa, o namorado do jovem, interpretado pelo ator francês Yohan Levy, desconfia que algo maligno se esconde debaixo da fachada de uma vida tranquila no campo. 

As atrizes Analu Prestes e Cristina Pereira vivem as tias do protagonista. Além disso, o elenco conta ainda com Ana Carbatti, Luiza Kosovski, Jimmy London e Gilda Nomacce.

Confira o trailer: 

“O filme é uma conjunção de muitas coisas que fizeram eu me apaixonar pelas narrativas audiovisuais quando criança – dos filmes de terror às novelas da TV. É também um filme muito pessoal, já que lida com questões familiares e os traumas de infância que ajudam a construir os adultos em que nos tornamos. Eu perdi minha mãe durante o processo de desenvolvimento do roteiro, assim como o personagem do Thomas, e a experiência de lidar diretamente com os monstros escondidos da minha família foi essencial para a criação dessa história. O encontro com um grupo incrível de artistas talentosos, que compartilharam uma profunda conexão criativa, foi central na construção de A Herança. Cada um dos membros da equipe e do elenco estava em profunda sintonia com o que a história propunha. O resultado é o que eu espero que seja uma experiência altamente divertida de tensão e horror”, declara o diretor João Cândido Zacharias.

A exibição do filme no Festival Mix Brasil acontece nos dias 15/11, às 18h, no Museu da Imagem e do Som (MIS) e 23/11, às 22h, no Instituto Moreira Salles (IMS).

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Texto revisado por Laura Maria Fernandes de Carvalho

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