O uniforme dos Jogos Olímpicos de Paris estão dando o que falar, mas será que o nosso histórico ajuda?
Camiseta listrada, saia rodada branca, jeans e chinelos… O fatídico uniforme da comissão brasileira deste ano tem dividido opiniões por toda a internet. Os trajes, desenhados e confeccionados pela marca de fast fashionRiachuelo, serão utilizados pelo time Brasil nas cerimônias de abertura e encerramento. E têm sido alvo de duras críticas, tanto de especialistas quanto de curiosos.
Os italianos, por sua vez, desfilarão pela vila olímpica com peças assinadas pela Emporio Armani, os Estados Unidos pela Ralph Lauren, a Jamaica pela Puma e por aí vai. Os brasileiros, no entanto, de Riachuelo e Havaianas podem não ter tanto glamour quanto as grifes internacionais – mas será que esse é o pior uniforme da comissão brasileira?
É por isso que hoje o Entretetizei trouxe os últimos uniformes do Brasil nas Olimpíadas para você conferir!
Olimpíadas de Tóquio 2020
Para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2020, a delegação brasileira escolheu a marca carioca Wollner, do ex-velejador Lauro Wöllner, para desenvolver os trajes.
Junto com as tradicionais Havaianas, os uniformes contavam com uma estampa que trazia peixes amazônicos como elementos centrais, além de outras referências à flora e fauna brasileiras, como folhas de bananeira, espada de São Jorge, orelha de elefante, palmeira, alocasia e heliconia – tudo combinado aos traços da tradicional pintura japonesa.
Olimpíadas do Rio 2016
O uniforme dos donos da casa em 2016 não decepcionou! Os trajes brasileiros foram criados pela estilista Lenny Niemeyer em parceria com outra rede de fast fashion, a C&A. Lenny buscou atender aos diferentes biotipos com looks elegantes, despojados e, claro, muito cariocas.
Vimos tons de azul, verde e amarelo da bandeira nacional misturados a estampas que remetem à fauna do país. Enquanto o uniforme masculino foi composto por blazer azul marinho de sarja de algodão nacional, camisa social branca de tricoline e calça de sarja na cor areia”. Já as mulheres vestiram saia, blusa e echarpe com estampas em tons verde, amarelo e azul e chapéu de palha. Dessa vez, os sapatos foram também na cor areia em camurça.
Olimpíadas de Londres 2012
O look da abertura dos jogos em 2012 ficou por conta da estilista Eliza Conde. Em malha de algodão orgânico, os atletas vestiram um blazer no estilo navy, camisa branca e echarpe de batik nas cores azul e amarelo. Os homens usavam calças, e as mulheres, saia lápis. Ambas as peças nas cores verde ou amarela. Estilo simples, de acordo com a época e que relembrava as cores do país.
Olimpíadas de Pequim 2008
Nos Jogos Olímpicos de 2008 os uniformes ainda eram criados apenas por marcas de materiais esportivos; para o time brasileiro brasileiro, a marca que por muito tempo forneceu os trajes foi a Olympikus. E não foi diferente em Pequim. O uniforme do Brasil foi composto por um blazer verde, calças de alfaiataria pretas, camisetas e tênis brancos e, para complementar, um chapéu branco com faixas verde e amarela, acompanhando as cores da bandeira.
Olimpíadas de Atenas 2004
Em Atenas, a cor predominante foi o verde-claro! A comissão brasileira optou por calças de alfaiataria, camisas e tênis brancos; para os homens, um blazer e, para as mulheres, um terninho abotoado, ambos verdes. Além das cores lisas, a estampa do calçadão da Praia de Copacabana nas cores do arco-íris brilhou na cerimônia de abertura, tanto nas gravatas quanto nas saias.
Olimpíadas de Sydney 2000
Um chapéu panamá clássico, echarpe com o símbolo dos Jogos, mocassins marrons e trajes sociais, que focaram no amarelo dourado no lugar do famoso canarinho, foram os itens que compuseram o traje brasileiro na Austrália. Para as mulheres, um vestido e um tailleur e, para os homens, camisa branca, calças de alfaiataria e gravata escuras e um blazer. Clássico e elegante, um dos uniformes mais bonitos que já apresentamos.
E você, o que achou do uniforme do Brasil nas Olimpíadas deste ano? Conta pra gente! Siga o Entretetizei nas redes sociais – Facebook, Instagram e Twitter – e não perca as novidades das Olimpíadas 2024, da moda e do entretenimento.
A nova música já está disponível em todas as principais plataformas de streaming
“When I´m with you I´m…” Calvin Harris de Ellie Goulding voltaram aos estúdios para mostrar que a colaboração dinâmica só cresce! Free é o featmais recente da dupla e está disponível nas principais plataformas de streaming.
A canção segue os passos do single Miracle, indicado ao GRAMMY e duas vezes Platina no Reino Unido. Além de passar oito semanas em primeiro lugar e 16 semanas no Top 3 da OCC, alcançou também mais de 866 milhões de streams globalmente em todas as plataformas – tornando-se o 11º single de Harris a chegar ao topo das paradas!
Harris e Goulding produziram os hits I Need Your Love e Outside que, juntos com Miracle, entregaram quase 30 milhões de vendas totais e 7 bilhões de streams globais. Agora só nos resta esperar a próxima música dos dois, que continuam a influenciar a música pop e dance!
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O seriado é um spin-off de WandaVision e estreia em 18 de setembro
“Who’s been messing up everything?” Agatha Desde Sempre, nova série da Marvel Television, chega em 18 de setembro, mas já tem pôster e trailer oficiais! O programa traz de volta a personagem de Kathryn Hahn, que vimos anteriormente na aclamada WandaVison(2021).
Dessa vez, a infame Agatha Harkness é o personagem central da narrativa e embarca numa perigosa aventura repleta de mistérios e adversidades. Deprimida e sem seus poderes, depois que um suspeito adolescente gótico ajuda ela a se libertar de um feitiço distorcido, o interesse de Agatha é despertado.
O jovem implora que ela o leve para o lendário Caminho das Bruxas, um desafio mágico de provações que recompensará a bruxa sobrevivente com o que lhe falta. Juntos, a poderosa Agatha Harkness e o misterioso jovem reúnem um coven desesperado e partem para o Caminho.
Além de Kathryn Hahn, Agatha Desde Sempre é estrelada por Joe Locke, Sasheer Zamata, Ali Ahn, Maria Dizzia, Paul Adelstein, Miles Gutierrez-Riley, Okwui Okpokwasili, com Debra Jo Rupp, Patti LuPone e Aubrey Plaza.
A série conta com produção executiva de Kevin Feige, Louis D’Esposito, Brad Winderbaum, Mary Livanos e Jac Schaeffer. A direção é de Jac Schaeffer, Rachel Goldberg e Gandja Monteiro. A showrunner Jac Shaeffer, que foi a força criativa por trás de WandaVision, também é a diretora do episódio piloto. O seriado chega em 18 de setembro com seus dois primeiros episódios, exclusivamente no Disney+.
Confira o pôster:
E aí, já tem alguém animado para mais uma aventura no universo da Marvel? Siga o Entretetizei nas redes sociais – Facebook, Instagram e Twitter – e não perca as novidades dos streamings e do mundo do entretenimento.
O programa reúne mulheres nipo-brasileiras para mostrar que, na diversidade do Brasil, os espaços precisam ser ocupados por todas
O que você vê quando pensa em mulheres asiáticas? O programa, apresentado por Jacqueline Sato estreia em agosto e é uma mistura de talk e reality show que quebra paradigmas. A atração reúne mulheres que rompem barreiras, estereótipos e padrões, com ousadia e sem medo de traçar as próprias trajetórias.
Em Mulheres Asiáticas, a apresentadora recebe duas convidadas nipo-brasileiras a cada episódio com um bate-papo leve e intimista, que coloca assuntos como ancestralidade, racismo, estereótipos, autoconfiança, força e superação em pauta. Além de explorar o gênero docu-talk-reality, o programa aposta numa dinâmica inovadora!
As convidadas embarcam numa jornada em que a sororidade é vista na prática ao experimentar um pouco do universo da sua companheira de conversa. O papo comandado por Sato instiga as mulheres a descobrirem novas versões delas mesmas, numa troca com empatia, entrega, respeito, alegria e admiração.
Essa troca entre as participantes pretende levantar questionamentos sobre a imagem das pessoas amarelas no Brasil, muitas vezes estereotipada. “Para a maioria das pessoas, esse pensamento é influenciado pela indústria cultural, o que faz com que essa parcela da população se veja sub-representada ou estereotipada. Não vista. Não ouvida“, observa Jacqueline Sato.
“Eu e muitas meninas crescemos sem nos vermos representadas, e é com o desejo de mudança e de oferecer referências autênticas que nasce o Mulheres Asiáticas, trazendo, pela primeira vez, o protagonismo de mulheres reais num formato único. Com a celebração das individualidades, provaremos que há muita diversidade dentro da diversidade“, aposta a apresentadora e idealizadora, que formou uma equipe de lideranças criativas composta somente por mulheres amarelas.
“O objetivo é que a pluralidade e representatividade dessas histórias estejam presentes na frente e atrás das câmeras, do começo ao fim“, completa Jacque.
Mulheres Asiáticas é a primeira coprodução da Sato Company com a NBCUniversal e estreia no dia 1º de agosto, às 23 horas no E! Entertainment. São seis episódios, com 45 minutos cada um. A série é a realização de um desejo antigo do canal de mostrar a diversidade dentro da diversidade, com foco nas mulheres asiáticas, que têm tão pouco espaço no audiovisual brasileiro – ainda que a comunidade nipo-brasileira seja tão expressiva no país.
Após a estreia, o programa estará disponível no Universal+, para assinantes Claro TV+ e Prime Video. Não perca as histórias inspiradoras de Mulheres Asiáticas na próxima quinta! Conheça a seleção da equipe e das convidadas:
Você não vai perder essa estreia, não é? Siga o Entretetizei nas redes sociais – Facebook, Instagram e Twitter – e não perca as novidades dos streamings e do mundo do entretenimento.
Em contagem regressiva para o início dos Jogos Olímpicos, o Entretê avaliou os uniformes das comissões
Em época de Olimpíadas, os olhos do mundo voltam-se para atletas de todos os lugares, e cada modalidade se torna uma passarela diferente. Entre jogos e performances, as vestimentas dos participantes, além de identificá-los, são um show à parte! A competição começa apenas no próximo dia 26, mas os trajes dos times já estão dando o que falar.
Um uniforme icônico, além de estiloso, traz elementos especiais de cada país e abraça, ao mesmo tempo, a modernidade e a tradição – colocando em peças de vestuário o que há de singular em cada time. Em meio a polêmicas e surpresas, grande parte dos looks já foi revelada, e o Entretê reuniu os cinco uniformes mais bonitos das Olimpíadas (até agora). Vem ver!
1° lugar: Mongólia
Os competidores chegam a Paris com o pé direito! Inspirados nas vestimentas típicas do país, as roupas das equipes da Mongólia têm feito sucesso na internet. As peças são assinadas pela marca local Michel & Amazonka e são inspiradas num design tradicional, o Deel. Com botões e bordados aplicados em blusas, golas e acessórios, e uma padronagem que lembra um tipo de tapeçaria, também conhecida por “manto”, os uniformes misturam a cor branca e detalhes em azul, vermelho e dourado – unindo tradição e sofisticação.
2° lugar: França
O segundo lugar fica com os donos da casa! O time francês convocou Stéphane Ashpool, designer e fundador da marca parisiense Pigalle de streetwear, para dar um toque de glamour e (muita) personalidade aos equipamentos esportivos para as Olimpíadas. As peças, que vão desde a comemoração no pódio até as aparições na mídia, dão destaque para as cores do país, que são reinterpretadas em diferentes estampas, recortes e volumes. Os uniformes têm o toque francês: são clássicos, requintados, criativos e de um caimento impecável.
3° lugar: Haiti
Personalidade, tradição e modernidade: os ingredientes certos para um uniforme perfeito! A comissão do Haiti acertou em cheio ao convocar a estilista ítalo-haitiana Stella Jean para assinar os uniformes. Com estampas desenhadas pelo pintor haitiano Philippe Dodard, os looks unem as cores francesas, recortes tradicionais e acessórios que representam a cultura e o artesanato haitianos. É a junção mais fashion de arte, costumes e esporte!
4° lugar: República Tcheca
A comissão da República Tcheca trouxe Jan Société como responsável por um dos uniformes mais cool entre as equipes. Com a premissa “UNIFORM FOR GENERATIONS” (em português, “Uniforme para gerações”), a delegação tcheca apostou nas cores francesas e itens curingas de um guarda-roupa mais do que estiloso. Camisetas polo, calças de alfaiataria e trench coats trazem estampas fortes, criativas e atemporais.
5° lugar: Estados Unidos
Por último, mas não menos impecável… a equipe dos Estados Unidos usa branco, azul e vermelho em clássicos reinventados pelas mãos de um dos maiores nomes da moda norte-americana, a Ralph Lauren. Os trajes do time contam com símbolos e estampas atemporais, além de acessórios e peças como camisas, jaquetas bomber e blazers. É a união da França e do clássico americano — uma mescla especial e inconfundível!
Menção honrosa (e merecida): Uniformes dos voluntários
Assinados pela LVMH, os uniformes dos voluntários que trabalharão durante as Olimpíadas merecem mais do que uma menção! As roupas serão usadas pelos responsáveis por entregar as medalhas aos atletas vencedores nas Olimpíadas de Paris 2024. A holding LVMH é uma das patrocinadoras do evento, é responsável por marcas como Sephora, Givenchy, Fendi, Dior, Louis Vuitton, Moët & Chandon, e criou trajes inspirados nos Jogos Olímpicos de 1924. Os voluntários usarão roupas unissex, compostas por uma camisa polo, calças largas e um boné gavroche; eles também receberão produtos Fenty Beauty e dicas de maquiagem.
E você, tem algum uniforme favorito e que não entrou na lista? Conta pra gente! Siga o Entretetizei nas redes sociais – Facebook, Instagram e Twitter – e não perca as novidades das Olimpíadas 2024, da moda e do entretenimento.
Entre gravações e estreias em palcos pelo Brasil, a atriz falou com o Entretê sobre a carreira, ideias e o futuro
Atriz e jornalista, Clarissa Pinheiro tem acumulado papéis emocionantes no currículo. A pernambucana conquistou seu primeiro destaque em 2014, com a produção nacional Casa Grande, mas foi só em 2019 que a atriz ganhou mais reconhecimento. Na pele de Penha, empregada doméstica que se tornou uma das grandes vilãs do elenco de Amor de Mãe, a artista marcou milhares de espectadores com o arco eletrizante da personagem.
No portfólio da atrizconstam a novela Mar do Sertão (2022) e as séries Onde Nascem os Fortes (2018), Justiça (2016) e Sob Pressão (2017), da Globo. Pinheiro também trabalhou em Procurando Casseta & Planeta (2018) e fez parte do elenco da série O Grande Gonzalez (2015), produzida pelo Porta dos Fundos. No cinema, atuou em vários filmes, como Aquarius (2016) e Aos Teus Olhos (2017), e esteve em cartaz com vários espetáculos, como Ignorância e A Gaivota.
Clarissa atua no filme Um dia antes de todos os outros (2024), que aborda temas sensíveis e atuais e esteve no Festival Internacional de Curitiba. Ela em breve poderá ser vista no filme O rei da feira, também estrelado por Leandro Hassum, e nas séries Dias Perfeitos e Pablo e Luisão, ambas no Globoplay. Entre os encontros e as criações das artes, Clarissa Pinheiro tirou um tempo para conversar com o Entretetizei. Vem conferir!
Entretetizei: Se você pudesse definir sua carreira como atriz, em uma palavra, qual seria? Por quê?
Clarissa Pinheiro: A palavra seria encontro, em todos os sentidos. Foi aos 28 anos que eu e arte definitivamente nos encontramos. Até então, eu não havia achado aquilo que me fazia vibrar por dentro. Formada em jornalismo, trabalhando como editora de vídeo, foi quando cheguei no Rio de Janeiro para estudar direção cinematográfica que percebi onde eu verdadeiramente gostava de estar: atuando. E isso só se deu graças a muitos encontros importantes durante esse processo. Porque a arte é feita disto: belos e ricos encontros.
E: Seu primeiro trabalho de destaque nacional foi o filme Casa Grande; como foi que você chegou até essa produção?
CP: Meu encontro com Fellipe Barbosa, diretor do filme, foi o primeiro grande marco na minha carreira de atriz. Eu estudava Direção, na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, e era aluna dele. Enquanto me descobria atriz, durante esse curso Fellipe estava para rodar seu primeiro longa de ficção, Casa Grande, e me chamou para fazer um teste para interpretar a personagem Rita. Desse encontro, com o resultado positivo do teste, realizei meu primeiro trabalho como atriz. O filme abriu portas para mim, e sempre digo que o Fellipe é meu padrinho nessa carreira.
E: Além de atriz, você é jornalista – o que do jornalismo você trouxe para a atuação?
CP: O que percebo ter capturado do meu percurso enquanto jornalista foi a capacidade de colher boas histórias e as repassar, seja de maneira escrita ou em formato audiovisual. Sempre gostei de observar as pessoas, seus trejeitos e atitudes. Essa qualidade de observação é uma ferramenta preciosa para o ator. Acredito que ter editado muitos vídeos durante a carreira jornalística também me ampliou a visão daquilo que é impresso na tela e sua realização por trás. É muito legal entender o todo.
E: O seu maior destaque até agora foi a Penha, em Amor de Mãe; e um de seus trabalhos mais recentes é a personagem Marli, em Um dia antes de todos os outros. Como foi interpretar essas personagens tão distintas?
CP: É engraçado, porque quando observo as duas, penso que a Marli tem bastante da Penha do início da novela. A Penha mais submissa, insegura, dependente das relações. Ao longo do folhetim, vimos a Penha ganhar força, autoconfiança e, assim, passar a agir de maneira combativa, ousada e até mesmo libertária, quando se permite apaixonar por uma mulher.
Marli é a Penha antes dessa revolução interna. Uma mulher com sonhos e desejos, precisando de uma provocação da vida para aflorar. Mas ambas guardam características parecidas. São mulheres dedicadas, que cuidam dos seus. Minha pesquisa foi mais em cima desses afetos, para construção da Marli.
E: Ainda sobre Um dia antes de todos os outros: como você enxerga a importância dessa temática ser retratada nos cinemas?
CP: O filme percorre temas como racismo, fluxo migratório, terceirização do cuidado e relações de afeto. A autopercepção da personagem Sofia enquanto mulher negra, não apreendida pela própria mãe (Marli) é um assunto caro para muitas famílias: a violência sutil do racismo dentro de casa.
O longa também traz à tona a dinâmica problemática existente na relação do trabalho doméstico, quando direitos e deveres se misturam a afetos e necessidades pessoais. Assim como fala de ausência familiar, quando assistimos à distante relação entre Bernardo e sua mãe, Dona Iara, suprida pela dedicada atenção vinda de sua funcionária Marli. Esta, que emprestou vinte anos de sua vida ao trabalho e que, só agora, vê seu sonho de voltar para cidade natal se aproximar.
Eu acho que os conflitos tratados no filme são uma oportunidade de, através do afeto, transformar percepções.
E: Entre tantos papéis na teledramaturgia, se você pudesse repetir um personagem, qual seria? E por quê?
CP: Olha, reviver uma personagem é algo que eu gostaria de fazer, talvez daqui a uns bons anos. Por enquanto, tenho sede de novidade, experimentos diferentes, sair da zona de conforto. Me vejo ainda num estágio inicial da carreira, criando bagagem, adquirindo novas percepções.
Claro que tenho um carinho imenso por cada personagem que já vivi. A ideia de repetir uma delas poderia ser interessante num contexto de aprofundamento de reflexões. Uma Penha ou Teresa de um futuro próximo, como seria? Me divirto ao imaginar. Se um dia tiver essa chance, com certeza, e todo prazer, vou mergulhar de cabeça.
E: Além das séries, novelas e filmes, você também atuou no teatro; existe uma diferença entre a Clarissa da televisão e dos filmes e, claro, a Clarissa do teatro?
CP: Ambas me desafiam. No audiovisual, talvez por ter sido um lugar de mais convivência, seja como editora de vídeo e, agora, como atriz, sinto que a linguagem me é mais familiar. Eu visualizo a cena enquanto atuo, quase como uma editora, também. Lógico que o momento da “ação” gera o mesmo frio na barriga do abrir das cortinas; mas acredito que o fato de ter o corte, de ir para tantas outras mãos, traz um sentimento de proteção, não sei, diferente da sensação de estar no palco
Ali é um abismo completo, é a realização através da respiração coletiva do momento. A atenção e escuta são redobradas e, por ser uma encenação que ocorre repetidas vezes durante um determinado tempo, é possível desenvolver e aprofundar ainda mais aquele processo. Mas a verdade é que, no palco ou no set, eu me sinto a pessoa mais realizada do mundo. Cada uma com sua demanda, mas todas desenvolvidas através da troca com o outro. Isso é o que me encanta na arte.
E: Sobre o futuro: além de Um Dia Antes de Todos os Outros (2024), você também vai estrelar O Rei da Feira, Dias Perfeitos e Pablo e Luisão Consegue nos contar um pouquinho sobre seus papéis nessas produções?
CP: Em O Rei da Feira, apesar de ser uma comédia, minha personagem — Francisca — carrega um drama em sua trajetória, o que me deu a chance de gravar uma cena comovente com o divertido Leandro Hassum. Foi bem legal.
Já em Dias Perfeitos, embora seja uma série de suspense com uma atmosfera densa, minha personagem, a Marli, é talvez a pessoa com a energia mais leve na trama. Vizinha da Patrícia (Débora Bloch), ela é uma pessoa presente e atenta, que se preocupa com o bem-estar da amiga, devido à relação de Patrícia com seu filho, o estranho Téo (Jaffa Bambirra). Foi bem legal fazer parte dessa história. Adoro a escrita do Raphael Montes, e já era louca para trabalhar com a Joana Jabace.
Em Pablo e Luisão, eu interpreto uma dançarina de um parque de diversões que se transforma na Monga, a mulher-macaco. Ela se envolve numa confusão criada pelo Luisão (Ailton Graça), enciumado pela paixão do amigo Pablo (Otávio Muller) pela mulher do circo. Foram dias divertidos de gravação.
E: Existe algo que você ainda não fez durante a sua carreira, e que gostaria de realizar? O que podemos esperar em relação ao seu futuro profissional?
CP: São tantas as coisas que eu quero realizar nessa carreira. Gosto de desafios e espero ter bons encontros com profissionais, roteiros e histórias. Adoro um drama, mas gosto de me desafiar na comédia. Interpretar outras vidas me dá prazer, seja ela qual for.
Confesso que quando vejo um filme de ação, cheio de efeitos especiais e heroínas voando pelos ares, lutando contra os inimigos num verdadeiro balé, fico por vezes me imaginando lá, vivendo essa experiência. Deve ser legal. Quem sabe um dia?
Mas a verdade é que estou aberta a desafios, seja no audiovisual ou no palco. O prazer angustiante da criação me move.
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O Entretê trouxe sete inspirações de estilo diferentes para acrescentar um pouco de romance na sua rotina
Famosas entre os anos 1990 e 2000, as comédias românticas sempre tiveram um espacinho no coração do público. Esse gênero tem voltado às telonas aos poucos — e nos arrancado suspiros e boas risadas. Os amores, as confusões e os clichês nos trouxeram personagens icônicas e, claro, cheias de estilo.
Pensando nas histórias, romances e figurinos inesquecíveis, o Entretê trouxe sete inspirações de estilo diferentes baseadas em sete protagonistas mais do que especiais. Entre tantas produções de comédias românticas, reunimos alguns títulos que conquistaram nossos corações ao longo dos anos. Vem conferir!
Segunda: Anna Scott – Um Lugar Chamado Notting Hill (1999)
A segunda-feira começa num estilo casual chique! Com um corte de cabelo atemporal, Anna Scott aposta em peças mais neutras, confortáveis e elegantes. O estilo da protagonista mistura peças românticas e casuais com um toque descontraído. Aqui as estrelas são as terceiras peças e, claro, os Vans Old Skool. A jaqueta de couro também é aquele item coringa que não pode faltar!
Terça: Beatrice – Todos Menos Você (2023)
Beatrice é a inspiração para a terça! O estilo da personagem tem uma pegada mais romântica, sem deixar de ser sexy ou, também, casual. A protagonista dá preferência aos vestidos longos, fluídos e decotados; mas não deixa de mesclar peças sociais com roupas de banho, por exemplo. O estilo de Bea tem um toque do frescor do verão australiano com a casualidade de uma jovem adulta americana.
Quarta: Margaret Tate – A Proposta (2009)
O terceiro dia de looks fica com Margaret Tate, inspiração para as nossas garotas office siren. O estilo corporativo prevalece no guarda-roupa da personagem, que também investe em peças mais justas e acessórios mais simples. Dos terninhos ao tricô, Margaret aposta nos decotes, nas bolsas de couro e num rabo de cavalo bem feito. Ela é a definição de praticidade e modernidade. Digna de uma quarta-feira cheia de personalidade!
Quinta: Kat Stratford – 10 Coisas que Eu Odeio em Você (1999)
Por falar em personalidade… Kat Stratford é uma das personagens mais espirituosas e autênticas do cinema – e possui um estilo que é a cara dos anos 1990! Calças mais largas e de cintura baixa, saias midi, blusas e regatas curtas são os itens essenciais do armário dela. Com um cabelo loiro e ondulado, seus acessórios são básicos. O estilo de Kat ressoa sua personalidade: estilosa e cativante!
Sexta: Jenna Rink – De Repente 30 (2004)
Imagine começar a sexta-feira com o estilo único de Jenna Rink? Vestidos, saias e corsets não podem faltar! A personagem possui um estilo romântico e autêntico, que valoriza seu corpo sem deixar de experimentar as cores, os tamanhos e, óbvio, os penteados icônicos. Jenna usa a criatividade a seu favor e não tem medo de passear entre os vestidos floridos e as jaquetas de couro.
Sábado: Andie Anderson – Como Perder um Homem em 10 Dias (2003)
Andie Anderson protagoniza o sábado! E seu estilo vai além do vestido de cetim amarelo extraordinário. Esbanja segurança desde o look corporativo, com camisas e saias lisas, até o lado mais descontraído da jornalista, com tops, calças, saias e vestidos fluídos. São peças mais neutras, que buscam valorizar sua silhueta – em especial, seus ombros e braços. A medida perfeita entre o casual e o romântico.
Domingo: Mia Dolan – La La Land (2016)
Para fechar a semana com coreografias inesquecíveis, Mia Dolan é a inspiração para o domingo. Aqui as cores, as formas e os recortes tomam conta dos holofotes! A personagem aposta em peças românticas e clássicas, com saias, vestidos e camisas, onde os botões, os decotes e as mangas são indispensáveis. Os sapatos baixos e o cabelo autêntico também são peças-chave para complementar a essência de Mia.
E você, está pronta para acrescentar um pouco de romance na sua semana? Mostre seus looks pra gente! Siga o Entretetizei nas redes sociais – Facebook, Instagram e X – e não perca as novidades do mundo da música e do entretenimento.
Com show marcado no Brasil em novembro, a banda de rock britânica Bring Me The Horizon lança POST HUMAN: NeX GEn
Bem-vindos à NeX GEn… Com 16 faixas que exploram o universo alternativo pós-apocalíptico criado pela banda britânica, POST HUMAN: NeX GEn chega hoje (24) às plataformas digitais. Entre os singles Kool-Aid, DArkSide, LosT, sTraNgeRs, AmEN! (um feat com Lil Uzi Vert e Glassjaw) e DiE4u, estão também faixas e parcerias inéditas.
Entre as novidades estão outros dois featsque chamaram a atenção de fãs e curiosos: liMOusIne, colaboração com AURORA, e a bulleT w/ my namE On, com o Underoath. O novo disco apresenta 55 minutos de uma dualidade que controla o transe dos ouvintes, mesclando a sonoridade pesada, com os vocais mais melódicos do quarteto até agora.
A banda também acumula mais de 1 bilhão de visualizações de vídeos no YouTube e está entre os 500 artistas mais transmitidos globalmente. Antes do lançamento de NeX GEn, os singles da série POST HUMAN foram transmitidos mais de 500 milhões de vezes. Nada mal, não é?
Após um longo tempo de espera, os fãs foram surpreendidos com um trabalho que mostra a expansão do grupo, tanto musicalmente quanto conceitualmente. O lançamento do Bring Me The Horizon sucede o álbum POST HUMAN: SURVIVAL HORROR (2020), que inclui sucessos como Teardrops e Obey. Além de colaborações especiais, como YUNGBLUD, Nova Twins, BABYMETAL e Amy Lee, do Evanescence.
A primeira parte da série POST HUMAN foi gravada durante os primeiros lockdowns da COVID, quase inteiramente de forma remota, e inclinou-se para o lado mais pesado da banda – expressando os sentimentos de raiva, medo, vazio e desespero. Em NeX GEn, Oli Sykes afirma buscar algo mais esperançoso, se não inteiramente positivo por si só. Desta vez, a música é ainda mais eufônica, influenciada pelo pós-hardcore, enquanto ainda explode com a criatividade única e progressista da banda.
O vocalista acrescentou que o álbum levou “muito tempo para ser escrito”. E isso se deve a duas razões: a primeira é que a banda pensava que a pandemia duraria muito mais do que durou e, a segunda razão, é que quando o lockdown finalmente acabou, a agenda da banda explodiu. Com turnês pelo mundo todo e headliners de festivais como Reading & Leeds, NEX FEST (Japão), Download Festival (Reino Unido), Good Things (Austrália), When We Were Young e Sick New World (Las Vegas).
Outro motivo, mais do que plausível, para a espera é o fato de que o conceito rapidamente cresceu para algo maior do que seus criadores imaginaram originalmente. Survival Horror tornou-se muito mais que um evento previsto no lançamento, e produzir sua continuação exigiu um conceito bem maior do que o inicialmente pensado. Aliás, há muito a desvendar sob a superfície do álbum para aqueles que conseguirem perceber.
“É um verdadeiro álbum conceitual, com uma narrativa completa que se conecta ao primeiro disco, mas o conceito está escondido e enterrado”, disse Sykes. “Algumas pessoas não vão se interessar, mas para algumas pessoas pode ser como um livro de autoajuda. Há muitas coisas ali, algumas bem claras, mas muitas crípticas e escondidas. As pessoas vão ter que descobrir”, completou o vocalista.
A continuação desse universo não quer dizer que a Bring Me The Horizon esteja olhando para trás. Muito pelo contrário! Como sempre, NeX GEn é o trabalho de uma banda que não tem medo de desafiar a si mesma e ao mundo musical, no qual se tornou líder. Mais uma vez, outros seguirão. Prepare-se para a evolução.
Bring Me The Horizon no Brasil? Isso mesmo!
O quarteto, composto pelo vocalista Oliver Sykes, o guitarrista Lee Malia, o baixista Matt Kean e pelo baterista Mat Nicholls, começou 2024 de forma explosiva! A BMTH tocou para mais de 140 mil fãs no Reino Unido e na Irlanda, em sua maior turnê de arenas no Reino Unido até hoje. Ainda neste ano, eles ganharam o prêmio BRIT de Melhor Artista Alternativo/Rock e anunciaram seu primeiro show em estádio, em São Paulo, que acontecerá no dia 30 de novembro, no Allianz Parque.
Eles vêm ao país em uma apresentação que contará ainda com Spiritbox, Motionless in White e The Plot In You. O show tem tudo para ser a maior apresentação da carreira da banda! E os ingressos já estão perto de esgotar!
Aliás, a última passagem do grupo em terras brasileiras foi em 2022, como parte da programação do Knotfest Brasil do mesmo ano, que contou com um sideshow solo em São Paulo e outro no Rio de Janeiro.
SERVIÇO – SHOW EM SÃO PAULO:
Bring Me The Horizon Tour 2024
Data: 30 de novembro de 2024
Local: Allianz Parque – Av. Francisco Matarazzo 1705 – Água Branca, São Paulo – SP
Horário de abertura dos portões: 13h
Classificação Etária: entrada e permanência de crianças/adolescentes de 5 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais.
*Não há funcionamento em feriados, emendas de feriados, dias de jogos ou em dias de eventos de outras empresas.
E você, já acompanhava a saga de POST HUMAN? Conta pra gente o que achou de POST HUMAN: NeX GEn! Siga o Entretetizei nas redes sociais – Facebook, Instagram e Twitter – e não perca as novidades do mundo da música e do entretenimento.
Você não pode deixar de conferir esses lançamentos!
A quinta chegou, e, com ela, cinco estreias imperdíveis nos cinemas vieram aí. De comédias até thrillers psicológicos, produções nacionais e internacionais, os lançamentos de hoje (23) são o pedido perfeito para começar o fim de semana com muita aventura, diversão ou até um arrepio na espinha. Tem opção para todos os públicos!
E, claro, o Entretê trouxe um pouco de cada filme para você conferir. Então pegue a pipoca e garanta seu ingresso de acordo com o seu gosto. Vem conferir:
Furiosa: Uma Saga Max Mad – George Miller
Furiosa é mais um filme da saga Mad Max, que promete mostrar o passado de uma das protagonistas de Mad Max: Estrada da Fúria (2025). A produção também conta com a direção de George Miller.
Quando o mundo entra em colapso, a jovem Furiosa (Anya Taylor-Joy) cai nas mãos de uma grande horda de motoqueiros liderada pelo Senhor da Guerra Dementus (Chris Hemsworth). Vagando pelo deserto condenado, eles encontram a Cidadela controlada por Immortan Joe (Tom Burke). Enquanto os dois tiranos lutam por poder e controle, Furiosa terá que sobreviver a muitos desafios para encontrar e trilhar o caminho de volta para casa.
Fúria Primitiva – Dev Patel
A estreia de Dev Patel como diretor é um conto de vingança e redenção do protagonista. Em Fúria Primitiva, Kid (Dev Patel) é um jovem anônimo que ganha a vida em um clube de luta underground onde, noite após noite, usando uma máscara de gorila, é espancado por lutadores mais populares por dinheiro.
Após anos de raiva reprimida, o lutador descobre uma maneira de se infiltrar no enclave da elite. Ele logo embarca em uma campanha explosiva de vingança para acertar as contas com os homens que tiraram tudo dele.
Morando com o Crush – Hsu Chien
Morando com o Crush é uma produção nacional dirigida por Hsu Chien. A comédia romântica traz um elenco já conhecido pelo público com novos nomes da geração Z em um enredo de clichê adolescente.
Luana (Giulia Benite) compartilha com seu pai uma curiosa semelhança familiar: eles não têm sorte no amor. Desde que sua esposa faleceu, Fábio (Marcos Pasquim) nunca mais conseguiu namorar sério, e Luana só tem coragem de observar o seu crush, Hugo (Vitor Figueiredo), de longe.
A sorte dos dois muda quando Fábio se apaixona perdidamente por uma colega de trabalho e planeja morar com ela. Ao mesmo tempo, Luana é convidada para um date com Hugo. Mas a nova namorada de Fábio na verdade é… a mãe de Hugo! Agora, Luana e Hugo terão que dividir o mesmo teto enquanto lidam com o crush que têm um no outro.
De Repente, Miss! – Hsu Chien
Mais uma produção brasileira e também sob a direção de Hsu Chien, estrelando Giulia Benite. De Repente, Miss! é uma comédia dramática que traz Fabiana Karla como protagonista nessa história entre mãe e filha.
Mônica (Fabiana Karla) abandonou uma promissora carreira publicitária para criar os filhos, Luíza (Giulia Benite) e Leo (Gianlucca Mauad), e agora, prestes a completar 40 anos, está em crise. Sua filha adolescente, uma influenciadora digital em ascensão, não sente mais admiração por ela.
O marido decide presentear a esposa com uma viagem em família no famoso Praia Star Resort. Esta pode ser a oportunidade que Mônica tanto precisa para se reconectar com a filha, mesmo que para isso tenha que disputar um concurso de miss.
Às Vezes Quero Sumir – Rachel Lambert
Às Vezes Quero Sumir, ou Sometimes I Think About Dying, é a história de uma mulher solitária e desajeitada tenta estabelecer uma conexão com um novo colega de trabalho. O filme, de 2023, chega hoje aos cinemas brasileiros.
Fran (Daisy Ridley), que gosta de pensar em morrer, faz o cara novo no trabalho rir, o que leva ao namoro e muito mais, agora a única coisa que atrapalha é a própria Fran.
E aí, já sabe em qual desses lançamentos você vai garantir seu ingresso? Conta pra gente! Siga o Entretetizei e acompanhe mais notícias sobre os lançamentos do cinema e as novidades do mundo do entretenimento pelo Facebook, Instagram e Twitter!
O filme, que chega hoje aos cinemas, é uma comédia romântica adolescente leve, um tanto clichê e cheia de momentos divertidos
Amores adolescentes vêm e vão, mas nada supera a euforia e o sofrimento do primeiro amor. Imagine, então, quando uma paixonite, que finalmente está próxima de se tornar algo além disso, passa por uma mudança drástica. O que para Luana e Hugo, nossos protagonistas, não foi qualquer coisa: eles vão morar juntos!
Numa nova cidade e em uma família nada tradicional, as vivências do primeiro amor para os adolescentes vão muito além das borboletas no estômago. E não para por aí! Amizades, paternidade e maternidade, mudanças e decisões essenciais para o futuro também entram na narrativa do jovem casal. Mas, afinal, um crush antigo pode superar a vontade de pais solteiros e apaixonados?
Sinopse:
Luana (Giulia Benite) compartilha com seu pai uma curiosa semelhança familiar: eles não têm sorte no amor. Desde que sua esposa faleceu, Fábio (Marcos Pasquim) nunca mais conseguiu namorar sério, e Luana só tem coragem de observar o seu crush, Hugo (Vitor Figueiredo), de longe.
No entanto, a sorte dos dois muda quando Fábio se apaixona perdidamente por uma colega de trabalho e planeja morar com ela. Ao mesmo tempo, Luana é convidada para um date com Hugo. Mas a nova namorada de Fábio na verdade é… a mãe de Hugo! Agora, Luana e Hugo terão que dividir o mesmo teto enquanto lidam com o crush que têm um no outro.
Com direção de Hsu Chien, Morando com o Crush é uma produção leve, com clichês fofos e cheia de momentos divertidos. Ao colocar os personagens de Giulia Benite e Vitor Figueiredo numa aventura romântica adolescente, a narrativa percorre temáticas intrínsecas ao cotidiano e que nem sempre presenciamos no cinema. Além de, claro, contar com um elenco cheio de carisma e muita personalidade.
Em Iguaçupevatibá do Sul tudo pode acontecer! A “cidade das grandes famílias” é o local onde as mudanças nas rotinas de Luana e Hugo, que acabam de se tornar uma só, acontecem. Logo após o crush antigo da garota finalmente convidá-la para sair. Com os planos por água abaixo, o que resta aos protagonistas é uma relação de irmãos (gêmeos, por acidente) e uma adaptação forçada a uma nova vida, ignorando o romance entre eles.
O que antes eram duas casas distintas e uma paixonite à distância se transforma numa casa e dois casais. A apresentação inicial da narrativa é rápida, e logo foca na trama principal. A mudança repentina também é bem trabalhada, incitando o espectador a entender e até se colocar no lugar dos jovens apaixonados. Aliás, o que você faria se fosse morar com o seu crush?
Ainda que insistir ou não no romance que acaba de nascer seja o fio condutor da narrativa, a nova rotina dos filhos de Fábio e Antônia (Carina Sacchelli) traz consigo aventuras que vão muito além do amor adolescente. Os vizinhos Pri (Júlia Olliver), Edu (Ryancarlos de Oliveira) e Tetê (Sara Alves) são definitivamente parte disso!
Os novos amigos, além de morarem ao lado, são essenciais para adicionar muito humor, companheirismo e sempre um pouco de drama. Bem como uma pitada generosa de desconfiança da relação dos irmãos recém-chegados à cidade.
Com os olhos da cidade toda nos novos moradores, o romance entre Luana e Hugo começa devagar. A química de Benite e Figueiredo em frente às câmeras e o slow burn da narrativa ocorrem deliciosamente. Entre momentos em família, confissões adolescentes, manobras de skate e uma mentirinha ou outra, o destino parece encontrar um jeito de dar um empurrãozinho no casal. E sorte a nossa!
A sensibilidade com os adolescentes apaixonados é muito palpável. Trata-se de uma combinação especial entre os clichês que podem te fazer corar e um humor leve que arranca boas risadas. Danças a sós, observar as estrelas e quase beijos são peças-chave para compor a química entre os dois. Algo que foi entremeado por participações muito bem encaixadas do restante do elenco.
E, embora contenha alguns momentos muito artificiais, a trama aborda temáticas essenciais para o público-alvo de uma comédia romântica que também é um coming of age. A delicadeza ao tratar a maternidade, os medos e a ausência da mãe de Luana é um dos pontos fortes do enredo. Além do romance adolescente, Morando com o Crush acerta em trazer a maternidade e paternidade solo, a importância dos ciclos sociais e, claro, a escolha da profissão e seus dilemas que começam antes mesmo da faculdade.
O roteiro de Sylvio Gonçalves ganha vida com um elenco que traz muita personalidade ao longa. Com destaque especial para a geração Z: os adolescentes tomam conta dos holofotes e dão vida aos papéis que ganham profundidade e leveza. Ver a estreia nos cinemas de Vitor Figueiredo ao lado do amadurecimento de Giulia Benite é extraordinário – e repleto de química e de muito conforto no filme. A relação dos três irmãos também é um show de conexão, tanto em cena quanto nos bastidores.
Os adultos não ficam para trás! Marcos Pasquim e Carina Sacchelli são, como a atriz que dá vida a Antônia disse em coletiva, “o match perfeito!”. As participações especiais são relevantes, para a narrativa e para o público. O elenco mais velho adiciona a seriedade necessária com um toque de humor. E falando em humor… a participação de Ed Gama, como o multitarefas Cledir, é rápida e hilariante, um acréscimo repleto de energia ao enredo.
Apesar de estar cheio de escolhas boas, a produção peca na fotografia e no excesso de verbalização. Os cortes, transições e o filtro escolhido enfraquecem a atenção, mas não diminui o fascínio com a narrativa. Assim como a ausência de momentos com poucas falas e olhares mais em destaque. O humor, apesar de um tanto pastelão, é bem trabalhado; lado a lado com o romance adolescente.
Morando com o Crush é bom no que se propõe a fazer: uma comédia romântica clichê adolescente. É divertido ver que a doçura e a ingenuidade dividem espaço com os segredos e a maturidade – algo essencial para a profundidade dos personagens e suas próprias narrativas. O romance e os clichês também são um atrativo, é claro. Com um elenco jovem cheio de personalidade e boas risadas garantidas, a estreia nacional vale a ida ao cinema (e garante um sorriso aos amantes do gênero).
Já tem planos para hoje? Assista Morando com o Crush nos cinemas e conte pra gente o que achou! E siga o Entretetizei nas redes sociais – Facebook, Instagram e Twitter – para não perder as novidades do cinema nacional e do mundo do entretenimento.
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