Um site feito por mulheres, com o melhor do entretenimento!
Autor:Anna Mellado
27 anos, jornalista e apaixonada por Entretenimento e Culturas em geral. Criei o Entretetizei como forma de juntar mulheres incríveis, num espaço inclusivo, colaborativo e repleto de amor. Seja bem-vinde!
Crazy é uma mistura de R&B, pop e rap e vem acompanhado de um videoclipe cheio de cor, humor e loucura
A cantora Lary lança nesta sexta-feira (18), Crazy, o seu mais novo single de trabalho. A faixa é uma parceria poderosa com Lourena, nome de peso na indústria fonográfica e muito conhecida pela sua carreira no rap. Neste terceiro single do primeiro álbum da carreira de Lary, as cantoras prometem mostrar potência vocal e personalidade artística, que será lançado em julho. Crazy, que carrega uma sonoridade entre o R&B, pop e rap, vem acompanhado de um videoclipe cheio de cor, humor e loucura, que mostra uma noitada interminável entre amigas.
“Para o clipe, escolhi fazer algo mais louco, como já sugere o nome da música. Com a direção do Gabe Gomez e Ana Valente e produção geral da Freshmind Co., que também roteirizaram e fizeram parte de toda a construção do clipe de “Mina Bandida“, Crazy conta a história de duas amigas que vivem uma noite muito louca, acordam num local desconhecido e não sabem muito bem o que aconteceu. Mas isso não é motivo pra que a gente pare de curtir não, tá? Somos duas inimigas do fim e podemos provar nesse clipe“, conta Lary.
Uma letra poderosa e um feat pra lá de icônico
A letra da música surgiu de uma sessão de composição com a amiga, Amanda Coronha, também cantora e ex-The Voice Brasil, como conta Lary: “Estávamos, cada uma em sua casa, quando resolvemos fazer uma chamada de vídeo para compor. Colocamos um instrumental pra tocar e, em cima dele, escrevemos. Foi muito rápido! Com a mesma velocidade me apaixonei pela música, sem ao menos estar produzida!”
Sendo assim, o convite para o feat surgiu da ideia de trazer alguém com uma energia parecida com a da cantora: “uma pessoa que curtisse a vida e que também fosse um pouco louca, no melhor sentido da palavra. E ninguém se encaixava melhor nesse perfil do que a Lourena! Ela já tinha topado participar do meu álbum e essa foi a oportunidade perfeita! A Lourena hoje é a mulher do Rap Nacional mais ouvida nas plataformas de streaming e é uma honra enorme dividir Crazy com ela, que tanto admiro e amo!” explica Lary.
Lary e Lourena também falam sobre a importância da representatividade feminina e sororidade, rede de apoio entre mulheres, na música, principalmente no rap. “Ainda existe um machismo muito forte e enraizado tanto nas oportunidades quanto, até mesmo, nas letras das músicas. Mas vejo que, aos poucos, as mulheres no rap têm mudado esse cenário a partir de suas vivências, ganhando cada vez mais espaço e trazendo à tona assuntos necessários. É muito legal ver mulheres se apoiando, se divulgando, se enaltecendo e vendo que juntas, conseguimos muito mais espaço na cena”, completa Lary.
Confira o clipe de Crazy:
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*Crédito da foto de destaque: Divulgação / Ari Prensa
A cantora mexicana concedeu uma entrevista exclusiva ao Entretetizei, com direito a falas em português, comentários sobre Anitta e Luísa Sonza e, claro, tudo sobre seu novo single, Mía
Danna Paola acaba de lançar seu mais novo single, intitulado Mía. A cantora mexicana transcende numa nova era, mostrando-se cada vez mais livre, empoderada e, claro, longe de relacionamentos tóxicos. O single veio acompanhado de um videoclipe agitado, repleto de cores e fantasia.
“Essa música surge em um momento muito crítico, em que eu estava muito bloqueada, em nível criativo. […] Foi um processo super emocionante e mágico, porque tem muita energia por trás. Mía é uma canção positiva, uma canção que ressurge do empoderamento, depois do término, depois da fossa, depois de sofrer… e o que acontece depois? Você sai em festa, sai com seus amigos e diz “eu não choro por ninguém”, e você abre as portas para que passe, abro as portas do meu coração para aproveitar dia a dia, então isso é uma energia positiva, super colorida e um vídeo espetacular”, disse Danna Paola.
A canção vem com um ritmo dançante, letra forte e que nos faz querer levantar da cadeira e dançar – muito. “Essa noite saio para a rua / Danço para mim e não choro por ninguém / Suando a TUSA até que saia o sol (o sol) / Essa noite você vai me esquecer / Não estou aqui para você, não me venha chorar”, diz o refrão mega empoderado.
Entrevista exclusiva: Danna nos conta sobre sua nova era e suas inspirações
O Entretetizei teve a oportunidade de participar de uma entrevista exclusiva (virtual), com Danna Paola e, num bate-papo para lá de animado, perguntamos à cantora sobre essa nova era, a era Mía. “A era Mía”… tudo para mim, assim como dizia Luísa Sonza: “tudo para mim” [risos]. Essa nova era, para mim, é positiva”, disse.
Além disso, Danna reforça todo esse empoderamento, que, agora, vem cada vez mais cercado de amor próprio e autodeterminação: “Normalmente eu sou alguém que lança músicas sobre o desamor e dreno meus piores momentos em canções e estou aprendendo a drenar e retratar meus melhores momentos também em canções, com uma visualização e perspectiva diferente do amor, que começa com o amor que eu tenho por mim. […] Creio que uma das coisas mais lindas na vida é se sentir livre e pleno, em todos os sentidos, e essa nova era é forte, é forte, colorida, é algo onde eu me sinto muito mais segura, não tão vulnerável como foi com Knockout e muito segura, muito feliz. A verdade é que está incrível e estou muito satisfeita”, completou.
Sobre suas inspirações, Danna comenta que tudo vem de experiências próprias, “escrevo sobre as coisas que vão acontecendo e surgindo” e que vai abrindo seu “livro de opções e de histórias” para nos contar sobre sua vida, através de – belas – canções. “Creio que é algo super bonito, segue sendo um diário para mim escrever canções. Então as inspirações vêm das minhas experiências e de também querer coisas que ainda não aconteceram, por exemplo, e da honestidade, principalmente”, comentou Danna.
Elite e a decisão de focar na carreira musical
Em 2018, entrevistamos a Danna, numa época em que a artista estava se destacando no papel de Lucrecia, na série espanhola Elite, um verdadeiro sucesso mundial, principalmente… no Brasil. A questionamos, então, sobre esse momento, sobre o que mudou de lá para cá, numa fase em que estava retornando à atuação e lançava também Final Feliz, música que acabou entrando como parte da trilha sonora da série. Danna afirmou que, hoje, é uma pessoa totalmente diferente da que era em 2018.
“Todo o processo de adiamento de Elite, de ter deixado a série, de começar a ser 100% cantora e decidir focar na minha música me fez ser a mulher que sou hoje. Nesses últimos anos, eu aprendi muito, coisas boas, ruins, mas, sobretudo, creio que a aprendizagem da minha experiência de viver sozinha, ter partido o meu coração e escrever, honestamente, o que acontece comigo. Essa é a mudança. Final Feliz era uma canção que não era 100% de minha autoria. Sim, era minha, mas não tão minha e agora é muito minha! [risos]”, disse.
O amor pelo Brasil e futuras parcerias com artistas brasileiros
É claro que não poderíamos deixar de perguntá-la sobre o Brasil, país em que Danna mais tem fãs e recebe um amor incondicional.A primeira coisa que a cantora responde, das coisas que mais gosta daqui, é Pão de Queijo – boatos que ela sabe a receita e até faz direto, em sua casa, no México.
Ao ser perguntada sobre a possibilidade de gravar com artistas brasileiros, Danna comenta que quer muito gravar novamente com Luísa Sonza, cantora brasileira que admira muito e carrega com muito carinho em seu coração. “Ela é divina, divertidíssima, lindíssima, super talentosa e me encanta tudo o que ela está fazendo. Luísa é incrível!”, disse.
Da mesma forma, Danna Paola também esteve em contato com Anitta e ela espera que uma parceria entre as duas se concretize. Danna também falou em Pabllo Vittar e que a cantora é uma inspiração. “Creio que é alguém que me empodera, dentro da música, e vê-la me enche de alegria e de vontade de querer um feat. também, creio que é uma das coisas mais legais”, completa a cantora.
Portanto, não há como negar que o Brasil realmente tem um lugar especial no coração de Danna e que, numa primeira oportunidade, a cantora não vai perder a chance de nos visitar. “Espero que seja já, logo, poder fazer um show já, poder anunciá-lo já e tomara que meu primeiro show seja no Brasil e eu feliz da vida. O que posso te dizer? Estamos planejando tudo isso”, disse.
E o que podemos esperar de Danna Paola no futuro?
Muita música. E claro, muita energia positiva, parcerias e… mais música. Danna realmente está focada na carreira musical e mostra-se cada vez mais apta para se tornar uma das maiores cantoras latinas de sua geração – em nossa humilde opinião, ela já é – e tem tudo para crescer cada vez mais.
“Realmente sigo nesse processo de estar planejando um novo álbum, com colaborações incríveis e que me emocionam muitíssimo, com canções incríveis e creio que isso é o que mais me emociona: compartilhar música, que é algo que está super super super planejado. Estou criando um novo álbum e, bom, esperamos que esse ano possamos anunciar a turnê e, assim, visitá-los, logo!”, disse a cantora.
No fim da entrevista, Danna deixou uma linda mensagem aos fãs, principalmente aos brasileiros e, sempre com uma boa energia, espera que todos gostem de Mía, assim como ela, que se entregou de cabeça ao novo projeto. “[…] nunca deixarei de agradecer o amor e a paixão de vocês pelo que faço, assim que, toda essa novidade também é para vocês, claro. […] Amo muito vocês e espero que possamos nos ver logo!”, finalizou.
Confira a seguir, a entrevista completa, onde Danna nos conta detalhes sobre Mía, suas inspirações, além de mensagens positivas, com direito a frases em português:
Fique a seguir com o clipe oficial de Mía:
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*Crédito da foto de destaque: Divulgação / Entretetizei
Confirmado: os fãs do RBD poderão adquirir um box exclusivo, com quatro turnês icônicas e inesquecíveis
É isso mesmo que você leu: chega ao Brasil, na próxima sexta (18), o box completo das turnês Live in Brasilia, Generation, Live in Hollywood e Celestial, do RBD. A informação foi confirmada pela Universal Music e a novidade estará disponível para compra na UMusic Store.
Além disso, o público já pode preparar o coração e ouvir a discografia do RBD nas plataformas digitais, que conta com todos os álbuns que estarão presentes no tão esperado box e, recentemente, também com as canções ao vivo do concerto Ser o Parecer 2020, marcando o retorno do RBD aos palcos, após mais de 12 anos.
Mas por que tanto sucesso?
A resposta não poderia ser diferente: porque RBD sempre foi e sempre será um fenômeno atemporal. Isso porque, os seis RBD’s sempre entregaram todo seu coração nesse projeto, que começou na novela Rebelde e seguiu pelos palcos do mundo. Só no Spotify, são mais de 1.139.900 ouvintes mensais, sem contar o sucesso estrondoso da banda no Brasil.
E a turnê do RBD?
Esse assunto é um dos mais comentados entre os fãs e não é por qualquer motivo: Christian Chávez e Christopher Uckermann já deixaram bem claro que sim, têm interesse em fazer uma nova turnê mundial, porém, esse tipo de projeto só poderá sair do papel após a Pandemia, quando a situação mundial estiver favorável para tal evento.
Até mesmo Dulce María já comentou que gostaria de ser chamada para um possível comeback do RBD no futuro. Em entrevista, Dulce comentou que “se eles voltarem a se reunir e me convidarem, claro que estarei lá”.
A verdade é que os fãs do RBD não vão perder a esperança e certamente estarão presentes em todos os shows que puderem – e será emocionante!
Imagina Anahi pedindo pra a gente acender uma luz pela paz, tolerância e por todos vocês lá ao vivo e a gente segurando uma luzinha com uma mão, chorando e gravando story com a outra pic.twitter.com/sk25PMFAcV
E você? Tudo pronto para ver Anahi, Dulce, Christian, Uckermann e Maite nos palcos de novo? Conte pra gente quais são suas expectativas nas redes sociais do Entretetizei: Insta, Face e Twitter.
*Crédito da foto de destaque: Divulgação / RBD Fotos
O single, que conta com um contagiante reggaeton, vem se destacando entre os mais escutados no mundo
O single Qué Más Pues?, do astro latino J Balvin e da argentina María Becerra, atingiu mais um marco importante: o Top 20 Global do Spotify, onde continua subindo nas paradas locais, depois de conquistar o Nº1 no Global Song Debuts da plataforma. O videoclipe, que conta com mais de 35 milhões de visualizações no Youtube, é um sucesso em 16 países, com um contagiante reggaeton que conta a história de um ex-casal em uma encruzilhada, debatendo se eles devem voltar ou deixar tudo no passado.
Ainda assim, J Balvin também foi anunciado, recentemente, como atração principal do Governor’s Ball de Nueva York (Baile do Governador de Nova York), no mês de setembro. O artista colombiano já fez parcerias icônicas na música, entre elas, com o porto-riquenho Jay Wheeler para sua nova música e vídeo, Otro Fili, já disponível nas plataformas digitais.
A faixa mostra Balvin mergulhando no mundo de Wheeler e o resultado é o astro colombiano entrando em contato com Wheeler para uma colaboração em uma balada comovente depois de ouvir a música. Dirigido por José-Emilio Sagaró, que também dirigiu o já citado Qué Más Pues?, o vídeo narra as voltas na vida de um homem após perder a pessoa que ama.
Qué Más Pues? e a popularidad de J Balvin
As novas canções também dão continuidade ao #TiempoDeBalvin, um período de grande popularidade para o artista, que recentemente ganhou o prêmio de Artista Latino Pop/Reggaeton do ano no iHeartRadio Music Awards, foi indicado quatro vezes ao MTV MIAW Awards deste ano e anunciou um terceiro fim de semana de seu festival NEÓN, em Las Vegas, que já está esgotado. J Balvin também lançou seu documentário The Boy From Medellín, na Amazon Prime Video, e compartilhou recentemente sua música 7 De Mayo, de seu próximo álbum.
Confira a seguir as datas da turnê:
8/5 – Dallas, TX @ Latino Mix Live
8/7 – Houston, TX @ Latino Mix Live
8/15 – Rosarito, México @ Baja Beach Festival
8/22 – Rosarito, México @ Baja Beach Festival
9/4 – 9/11 – 9/17 – Las Vegas, NV @ NEÓN
9/25 – Queens, NY @ Governors Ball Music Festival
10/1 – Miami, FL @ Uforia Mix Live
10/31 – San Francisco, CA @ Outside Lands Music & Arts Festival
2022:
1/16 – Los Angeles, CA @ CALIBASH
Conheça María Becerra
María de los Ángeles Becerra é uma artista e criadora de conteúdo argentina, que ficou conhecida através de seu canal no Youtube, onde publicava vídeos de música e comédia. María lançou canções originais, como Perdidamente, Dejemos que Pase e High Remix, essa última, em parceria com Tini e Lola Índigo, duas estrelas latinas. Com Tini, a argentina também lançou Miénteme, um sucesso pela américa latina, principalmente na plataforma TikTok.
Além disso, María Becerra é estudante de canto desde os sete anos e conta hoje, com mais de 2,12 mil de inscritos em seu canal do youtube. Além disso, a artista também tem parcerias com nomes importantes da música latina além dos citados acima, como Cazzu, Tiago PZK e, recentemente, J Balvin, o qual vem alcançando enorme sucesso com Qué Más Pues?.
Confira a seguir o videoclipe oficial de Qué Más Pues?:
E você? Já colocou Qué Más Pues? no replay? Conta para a gente lá nas redes sociais do Entretetizei, no Insta, Face e Twitter.
*Crédito da foto de destaque: Divulgação / Cusica Plus
Ela Velden é uma atriz mexicana que vem chamando cada vez mais atenção do público brasileiro. Com 28 anos, Ela já compôs o elenco de produções de sucesso, como as novelas Muchacha Italiana, de Pedro Damián, e Caer en Tentación, além da série Gossip Girl Acapulco, a versão mexicana da premiada série americana Gossip Girl.
Antes de mais nada, vamos falar sobre sua carreira: Ela Velden começou seus estudos na Escola de Atuação da Televisa, a CEA, onde teve contato com profissionais qualificados e motivo pelo qual estreou em novelas produzidas por diretores e produtores conhecidos no mundo latino. “[Estudar na CEA] me trouxe muito do que quero fazer da vida, que é atuar, pois como foi um dos meus primeiros empregos, ali eu realmente reafirmei que meu negócio era atuar”, comentou Ela em entrevista exclusiva.
Atualmente, a atriz vem se mostrando cada vez mais preparada para o tão disputado mercado de atuação latino, presente em produções que fazem sucesso no mundo todo, entre elas, El Juego de las Llaves, com Maite Perroni no elenco; Rubí, remake da famosa telenovela de mesmo nome; Diablero, o qual atua ao lado de Fátima Molina e a mais comentada do momento: Quem Matou Sara?. “Acho que são projetos que me fizeram gostar… melhorar como pessoa, como atriz. Acho que nunca esperava o sucesso de Quem Matou Sara?, até que saiu e a gente não esperava. […] A verdade é que é incrível fazer parte desse projeto”, completou.
De fato, Quem Matou Sara? é a série perfeita para quem ama um bom drama latino. A história gira em torno da morte de Sara (Ximena Lamadrid), uma menina que, a princípio, se mostra completamente inocente mas, ao longo das duas temporadas, descobrimos que, na verdade, Sara era completamente louca. Além de muito drama, a história nos faz duvidar de – literalmente – todos os personagens, até finalmente descobrirmos parte da verdade, no final da temporada 2.
Como consequência desse sucesso, Ela Velden, que interpreta a personagem Marifer, na fase jovem, nos contou sobre esse fenômeno, que alcançou a posição número 1 em 52 países: “desde os roteiros, descobri que Marifer era uma menina problemática, que era irmã de Sara, que compartilhavam da mesma escuridão, dos mesmos problemas mentais e para mim, como atriz, me emocionou ter esse desafio em minhas mãos, para criar, interpretar e também foi muito divertido voltar a interpretar uma personagem mais jovem que eu”, disse.
Confira a seguir a entrevista exclusiva com a atriz Ela Velden, onde ela nos conta sobre seus trabalhos, desde o início de sua carreira, inspirações e o sucesso de Quem Matou Sara?:
Entretetizei: Quero começar perguntando sobre o início de sua carreira, porque sei que você já trabalhou em algumas novelas, algumas delas produzidas pelo ícone Pedro Damián (como Muchacha Italiana e Despertar Contigo) – nesta última você foi a protagonista. Conte-nos como foram essas experiências!
Ela Velden: Sim, eu, desde os 18 anos, decidi estudar atuação, fui estudar no CEA. CEA é a Escola de Atuação da Televisa e terminei os três anos. Ao sair dessa escola, eu tinha um pouquinho mais de probabilidade de estar perto dos produtores, perto dos chefes e diretores de elenco… Desde que saí do CEA, comecei a bater nas portas da Televisa, porque eu gostava de novelas e fiz novelas incríveis aí, como você disse: Muchacha Italiana foi a minha primeira e foi uma das minhas favoritas e… fazer novelas é uma experiência que me ensinou muito como atriz. Também me trouxe muito do que quero fazer da vida, que é atuar, pois como foi um dos meus primeiros empregos, ali eu realmente reafirmei que meu negócio era atuar, então agradeço muito a todas as novelas, todas os produtores e diretores que me aceitaram naquele momento, no qual pude fazer esse tipo de projeto, que chegaria a muitos lugares… como o Brasil! As novelas eram muito importantes e agora mudamos e vamos para as séries. As séries eu acho que são… o que está alcançando o mundo inteiro.
E: Falando sobre atuação, o que mais te inspira e por que você escolheu essa profissão?
Ela: Definitivamente, o que me inspira é realmente saber quem somos. Atuar é como conhecer o ser humano, em tudo que o forma, em suas partes escuras, claras, físicas, intelectuais… o conhecimento humano realmente me atrai muito e descobri-lo desta forma, que é brincar; Atuar é brincar, atuar é estar em um set, e brincar que estava tocando uma música em um android e na verdade não tem nenhuma música. Atuar é imaginar, se divertir… então acho que encontrei o emprego perfeito. Porque há um equilíbrio entre a diversão e o mundo intelectual do ser humano, de nos conhecermos, conhecermos os nossos sentimentos, o nosso modo de pensar, então acho que escolhi o melhor e estou sendo muito feliz sendo atriz.
E: Vamos falar um pouco agora sobre a série El Juego de las Llaves, que é um sucesso também no Brasil e você teve a oportunidade de trabalhar com atores de prestígio, como Maite Perroni, Sebastián Zurita… e a segunda temporada já está chegando em setembro, e a terceira temporada está confirmada. Que louco! Conte-nos um pouco sobre esse projeto e o que podemos esperar da sua personagem.
Ela: Esse projeto chegou a mim justo quando eu terminei de fazer novelas então chega com esse boom, por ser uma série e com uma personagem que realmente é revelador e completamente diferente de quem eu sou, então foi meu primeiro desafio como profissional, fora da Televisa…. que eu realmente AMO. É uma personagem que eu realmente entrego todo meu coração e que agora, nessa segunda temporada, a personagem cresce e mostra mais quem ela é e tem uma filosofia de vida super linda. Siena é uma mulher que sim: ela gosta do amor livre, sim, ela gosta do poliamor e das relações abertas, é uma pessoa sem nenhum preferência sexual… mostra quem, por que fez isso, por que tem esses valores e pensamentos tão abertos, tão verdadeiros, tão únicos dela, que você vai se apaixonar ainda mais por Siena, nas situações que ela se envolve nessa segunda temporada, com novos personagens, como Alejandra Guzmán, que chega para mimar Siena e dizer à ela que “a vida é bonita. Eu te ensinei isso, então vamos seguir aprendendo”. Então a verdade é que posso te dizer coisas lindas de El Juego de las Llaves, acredito que já tenha uma data mais ou menos certa, em setembro já poderão aproveitar a segunda temporada que me emociona muito, porque há muito amor nesse projeto.
E: Que linda! E você também estreou em Rubí e Diablero, ambas da Netflix. Como você se sente em estar em tantas produções? Conte-nos um pouco também sobre esses dois projetos.
Ela: A verdade é que fico muito feliz por ter tanto trabalho. Acho que são projetos que me fizeram gostar … melhorar como pessoa, como atriz. Acho que nunca esperava o sucesso de Quem Matou Sara?, até que saiu e a gente não esperava. Achamos que foi um bom projeto, mas não desse tamanho, não desse calibre.
A verdade é que Diablero foi minha primeira série para entrar na Netflix e foi realmente um desafio, com uma série difícil, uma série complicada, de realismo mágico, de ficção científica, de coisas que estavam mais na edição do que lá, no set. Me deixou muito motivada, porque, no México, a Netflix está apostando em todos os tipos de séries. Queremos crescer como uma indústria mexicana e realmente competir um pouco com a indústria gringa e dizer que realmente também podemos alcançar… e com a brasileira!! No momento, vocês estão fazendo coisas incríveis! Estou feliz, por estar aqui, conversando com você, sobre os meus projetos, sobre eu mesma, meu futuro e emocionada…. de ser atriz! Como eu poderia ser mais feliz?
E: Agora vamos falar de Quem Matou Sara?. A série é um fenômeno e faz um grande sucesso no Brasil porque… tem esse drama latino, que a gente gosta tanto! Primeiro, quero te parabenizar, porque você é genial. Sua personagem, Marifer jovem, é incrível. Me conta: quero saber como foi a preparação para interpretar Marifer, como você se sente…
Ela: Sim! A verdade é que é incrível fazer parte desse projeto. Conhecer Marifer também foi uma grande surpresa, porque eu, já desde a primeira temporada, quando eles me contrataram, foi tipo “bem, sua personagem vai chegar a esse ponto” e foi tipo “ok, espero que façam a segunda temporada”. Fizemos a primeira temporada, veio a pandemia, parou tudo e ficamos todos muito nervosos. Eu também, porque falei “minha personagem!, ela estava na segunda!”. A pandemia melhorou um pouquinho, o semáforo abriu no México e deram permissão para gravar e disseram “terminamos a primeira e vamos fazer a segunda”, então eu eu disse “Okay! Minha personagem continua!”, e desde os roteiros, descobri que Marifer era uma menina problemática, que era irmã de Sara, que compartilhavam da mesma escuridão, dos mesmos problemas mentais e, para mim, como atriz, me emocionou ter esse desafio em minhas mãos, para criar, interpretar e também foi muito divertido voltar a interpretar uma personagem mais jovem que eu, me encontrar com um elenco juvenil precioso, com atores incríveis….. Ximena Lamadrid é uma linda e muito talentosa, também os meninos… Marcos Zapata, Martín Saracho, Andrés Baida, Lucas… ou seja, de verdade, estou muito feliz com os resultados e com o que foi experimentar esse momento no set. Não houve como, algo extra, foi como ir descobrindo tudo, a partir dos companheiros e do que me oferecia Marifer nas poucas cenas que ela tinha e nos poucos momentos, mostrando que essa menina não estava bem.
E: E me conte, por favor, o que podemos esperar da Marifer na próxima temporada? Porque eu estou assim: “necessito para ontem, agora!” [risos]
Ela: Olha, a verdade é que não sei de nada e sobretudo não sei como segue Marifer mas, bom, há uma terceira temporada! Que emoção, que alegria, que orgulho para todo o elenco e para toda a equipe… Sara e todos os fãs! É muito bom dar a eles uma terceira temporada. Bem, até lá, ainda vamos conversar sobre isso, Anna, mais adiante!
E: Quero saber se veremos você em novas séries, novas novelas… O que podemos esperar de Ela nos próximos meses? Novos projetos … o que você pode me dizer?
Ela: Bem, definitivamente, o que vem a seguir é a segunda temporada de El Juego de las Llaves e, então, você não pode perder, em setembro. Muito em breve. Aproveitem! Porque essa segunda temporada está chegando muito forte.
E: Para terminar, por favor, deixe uma mensagem as pessoas que vão assistir a entrevista!
Ela: Bem, quero deixar para vocês uma saudação muito grande. Eu envio um grande beijo e que chegue até aí… no Brasil! Muito obrigado pelo apoio de vocês e por todo o seu amor!
Confira a seguir a entrevista com Ela Velden em vídeo:
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* Crédito da foto de destaque: Divulgação / Instagram: Ela Velden / Emanuel Daze
Em uma parceria inédita, Danna Paola se junta à banda Morat e lança Idiota, acompanhado de um videoclipe imperdível
A cantora mexicana Danna Paola e a banda colombiana Morat acabam de lançar uma parceria inédita: o single Idiota (ouça e baixe aqui), que veio acompanhado de um videoclipe para lá de especial e que já conta com quase 2 milhões de views. A nova parceria entre os artistas reforça os laços que unem Morat ao México, país onde eles têm uma vasta legião de fãs.
Composta por Morat, a faixa, que tem um padrão rítmico próximo ao dembow, pedia, naturalmente, uma voz feminina para transmitir a ideia da música. Foi quando o vocalista do grupo, Juan Pablo Isaza, mostrou a canção para Danna, na Cidade do México, e a partir daquele momento, o novo single começou a tomar forma. Essa não é a primeira vez que os colombianos se juntam à mexicana. No ano passado, o quarteto e a cantora se uniram para criar uma nova versão do clássico Dulce Navidad. Confira:
O sucesso inquestionável de Danna Paola
Danna Paola é atriz e cantora e, desde criança, já se destacava em novelas conhecidas, principalmente pelo público brasileiro. Nessa fase adulta, ela vem se mostrando cada vez mais madura e preparada para se tornar um dos maiores fenômenos latinos dos últimos tempos: ela é reconhecida internacionalmente por sua participação em ELITE, série original da Netflix que é uma das mais assistidas da história da plataforma. Sua personagem, Lucrécia, se tornou uma verdadeira queridinha do público, mostrando que Danna segue com grande sucesso nas telinhas.
Além disso, na música, a superstar conquistou as paradas globais tornando-se a primeira solista mexicana a colocar o nome de seu país em uma posição muito alta no cenário da música latina atual. Seu último e mais recente projeto é o álbum K.O., lançado em janeiro deste ano, conta com 11 faixas em espanhol e inglês, além da participação de Luísa Sonza, Aitana, Sebastian Yatra, entre outros (ouça e baixe aqui).
Conheça a banda Morat
Formado por Juan Pablo Isaza, Juan Pablo Villamil, Martín Vargas e Simón Vargas, o quarteto se juntou para fazer música despretensiosamente quando seus integrantes ainda estavam no colégio. Em meados de 2015, com o lançamento da faixa Mi Nuevo Vicio, a música mais rápida já composta por eles, o grupo ganhou notoriedade e visibilidade com a repercussão da canção. De lá para cá, foram dezenas de hits de sucesso, como Cómo Te Atreves, Presiento e Cuánto Me Duele, as três com Certificados de Platina e Ouro.
Em março deste ano, a banda resolveu inovar e pedir ajuda para os seus fãs para decidir as datas de lançamentos dos singles que estavam por vir, No Hay Más Que Hablar e De Cero. Através de um divertido concurso, que ganhou o nome de versus de canciones, o público optou por divulgar primeiro No Hay Más Que Hablar e, na semana seguinte, De Cero. No mês seguinte, foi a vez de eles se juntarem ao cantor Beret para divulgar o alegre e enérgico single Porfa No Te Vayas. O grupo ainda divulgou este ano o EP Esenciales, com seis faixas.
A cada lançamento, Morat mostra que é a banda pop com músicas em espanhol mais importante no cenário musical global, possui um som que a identifica, além de ter se tornado reconhecível e essencial para seus milhares de fãs ao redor do mundo.
Em 2019, eles fizeram uma turnê por toda a América e pela Colômbia, seu país natal, levando seu poderoso show ao vivo a diversos lugares. Atualmente, já são mais de nove milhões de ouvintes mensais no Spotify, mais de cinco milhões de inscritos no YouTube e mais de três bilhões de views totais na plataforma. Em pouco tempo, o grupo passou de uma promessa da música para um dos maiores e mais importantes da América Latinae da Espanha, país onde eles têm um grande reconhecimento e destaque.
Confira a seguir o clipe oficial de Idiota:
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*Crédito da foto de destaque: Divulgação / Spotify Spain
Em Pelespírito, nos deparamos com canções que nos fazem sentir aconchegados, através dos sentimentos mais profundos da artista
Zélia Duncan apresenta Pelespírito, seu mais novo álbum, gravado 100% em home studios e que celebra as quatro décadas de ofício, além de marcar seu retorno à Universal Music. “Ele é um desejo de ser um pequeno documento meu. E eu adoraria que ele pudesse mapear um pouquinho o momento das pessoas também. Porque as músicas têm isso. Elas pertencem a quem as ouve, a quem se apodera delas”, disse a artista sobre seu novo projeto.
Zélia escolheu transformar suas dúvidas e dores em música, num momento inimaginável que o mundo está vivendo: o necessário distanciamento físico, a (compreensível) dificuldade de inspiração, a triste realidade do atual cenário político-social, as perdas, as inúmeras perdas… que se transformaram em um belo disco, composto por 15 canções emocionantes e que tocam o coração, no mais profundo sentimento.
Pelespírito é fruto de um encontro musical profundo com o poeta e produtor pernambucano Juliano Holanda, ao lado de quem Zélia compôs todas as faixas que figuram no disco. “Meu novo encontro com o Juliano foi um acaso. Eu compus com várias pessoas durante esse tempo. Parceiros amados e queridos, como Ana Costa, Xande de Pilares, Lucina, Marcos Valle, Ivan Lins… Tem sido incrível, mas, num certo momento, eu e o Juliano nos conectamos de uma maneira muito profunda, porque ele teve uma disponibilidade muito grande para mim e vice-versa. Esse álbum também é um diálogo meu com ele, que mora em Recife. A gente não se viu e começou a compor por WhatsApp e a coisa fluiu de uma maneira absurda”, revela Zélia.
Nessas 15 canções tão íntimas e confessionais, Zélia passeia por ritmos como folk e country (Viramos pó?), rock´n´roll (Nas horas cruas), sertanejo nordestino e pantaneiro (Tudo por nada) e blues (Sua cara tá grudada em mim). Além disso, no álbum a cantora propõe perguntas (Onde é que isso vai dar?, O que se perdeu?), faz declarações de amor (Nossas coisinhas e Sua cara), acenos e homenagens, com mensagens de empoderamento (Você rainha); e fecha o álbum deixando explícita a sua crença de que tudo vai ficar bem (Vai melhorar).
De fato, a escolha dos títulos e a maneira como o álbum “evolui”, se encontra com tudo o que estamos passando em nosso país, como se Palespírito fosse um verdadeiro abraço em todos os brasileiros e brasileiras que carecem de atenção e carinho em tempos tão sombrios.
Coletiva de imprensa com Zélia Duncan: inspirações, desafios e um bate-papo com a imprensa brasileira
Além desse lançamento especial, jornalistas brasileiros tiveram a oportunidade de conversar com Zélia Duncan, em um coletiva de imprensa virtual que aconteceu na tarde de terça-feira (25), com a participação da artista, profissionais de diversos veículos – entre eles, o Entretetizei – e representantes da Universal Music Brasil, companhia ao qual Zélia lançou discos como Sortimento (2001), Eu Me Transformo em Outras (2004), Pré Pós Tudo Bossa Band (2005), entre outros.
Durante o evento, Zélia conversou sobre variados temas relacionados ao novo álbum. Tivemos a oportunidade de questioná-la sobre os principais desafios enfrentados pela cantora, já que o álbum foi produzido em home studio, de uma forma bem caseira – como vemos no clipe oficial de divulgação – e com pouco contato com outros profissionais. Zélia nos respondeu, contando que realmente foi um grande desafio, pois ela teve que aprender a manusear diversos equipamentos necessários para a produção de um disco, mas que, por outro lado, foi interessante, já que todo esse processo proporcionou que aprendesse algo novo.
Ainda assim, Zélia também nos contou que o processo de produção de cada canção foi como o ato de parir um filho – e chegou a comentar que, como mulheres, o Entretetizei entenderia muito bem, já que, apesar de doloroso e trabalhoso, “parir” seu álbum trouxe um novo sentido para sua vida, um novo “ser”, algo para seus fãs.
Conheça um pouco mais as canções de Pelespírito
Pelespírito vem acompanhado de canções que nos fazem voar, refletir e nos sentir aconchegados, por uma artista que expõe, através de palavras, seus sentimentos mais profundos.
A seguir, você conhece um pouco mais sobre cada faixa dessa poesia musical. Cada uma genialmente escritas:
Pelespírito – É o nome do álbum e o nome da música que abre o disco. Essa letra foi feita num espasmo, de uma só vez, o que nem sempre acontece. Eu estava num momento especialmente difícil, física e emocionalmente. Eu sempre tenho à mão um lápis e um papel e quando comecei a escrever “Tô pele e espírito / tô por um fio dessa minha blusa”. E tudo o que eu escrevia era exatamente o que eu estava sentindo. Nenhuma vírgula foi mudada, nenhuma palavra. E assim a gente abre o disco, porque eu acho que essa música dá o tom do sentimento todo. E aí entra o Webster Santos, um músico muito sensível e que me conhece muito, que assina a produção comigo e o Juliano. O Webster foi muito especial nas suas intervenções, o que deixou a música toda sensorial.
Onde é que isso vai dar? – Ela é explicitamente para esse momento. Mas tem uma particularidade que eu adoro. Ela é literalmente um diálogo meu com o Juliano. Foi muito intensa a nossa relação para construir essas músicas. Eu imprimi 15 nesse álbum, mas são muito mais do que isso. Um dia, a gente tinha feito uma música que a gente estava feliz de ter feito e ele me mandou uma mensagem dizendo que estava feliz de estar compondo e que isso estava sendo bom pra ele nesse tempo. E aí eu escrevi para ele: “Te digo o mesmo. Isso me provoca”. Ele me provoca e eu adoro desafios. O Juliano é também um poeta. Ele mandava umas frases para mim, eu devolvia com outras e isso ia virando coisas, estrofes… E assim a gente foi construindo o diálogo nessa música, que é tão especial para mim. Essa é umas das músicas que me fez querer fazer o disco.
Tudo por nada – Essa foi a última música a ser gravada, aos 46 do segundo tempo. Porque nesse processo todo a gente não parou de fazer música. E aí apareceu essa. A letra, que é minha, surgiu primeiro. Na ocasião, eu estava assistindo na internet a Marcia Tiburi, uma amiga querida que admiro profundamente, que estava falando umas coisas tão interessantes. E ela começou a falar sobre como é importante que você sinta alguma coisa para poder ajudar os outros. Tem que começar em você esse sentimento. E aí, de novo, eu peguei o papel e comecei a escrever a letra, que diz “preciso doer pra te estender a mão / se eu não me vejo, te ignoro”. Fui seguindo nessa ideia e aquele sentimento ficou forte pra mim. Eu mandei para o Juliano, que entrou com uma melodia meio sertanejo nordestino, mas também ficou um pouco pantaneiro. O Webster fez uma viola que vem debaixo para cima. É uma faixa muito vistosa, com viola e violão, que eu não consegui deixar de fora. Mesmo porque o refrão dela diz: “quando eu digo ‘vem’, é porque eu também vou”. Acho que isso que afirma as coisas é a minha cara. Eu quero cada vez mais me comprometer com as coisas e achei que essa música era um pouco isso. E ela está logo no começo do disco porque eu quero dizer rapidamente.
Vou gritar seu nome – Ela uma das três músicas “fofas” do disco. Curioso porque sempre tem uma pontinha de tristeza. Eu sempre acho que as coisas tristes não são necessariamente bonitas, mas quase sempre as coisas bonitas têm um pouco de tristeza, a meu ver. Nesses tempos então… esse é um disco onde sempre tem uma pontinha de tristeza para mim. Embora essa música tenha uma leveza, ela está falando do futuro (“Talvez o futuro nos espere com flores”). Esse é um desejo que parte de uma tristeza, mas vira um desejo bom. Tem uma coisa que eu adoro no começo dela é o acordeom do Léo Brandão. Eu tentei, pelo menos numa faixa, trazer esses músicos que estão comigo há tanto tempo e que são tão importantes para mim, como o Léo, que toca teclado e acordeom na minha banda. Já o violão é meu. Quase em todas as faixas começaram com a minha voz e o violão. Esse é o cerne do álbum. É uma música que tem a pretensão de ser um pouco um parquinho de diversões, um sonho. É mesmo um sonho.
Nossas coisinhas – Essa é uma música absolutamente especial pra mim. Eu fiz para a Flavia, minha companheira. As músicas têm esse negócio de servir para todo tipo de situação se você se identifica com elas. Por exemplo, uma das primeiras pessoas para quem eu mostrei essa música foi uma querida amiga minha, que ficou ouvindo com a filhinha dela. E eu fiquei muito emocionada com isso, porque a música já estava se transformando, porque ela fala sobre “as nossas coisinhas de meninas”. E a minha amiga brinca com a filha quando elas estão sozinhas dizendo “vamos fazer as nossas coisinhas de meninas, vamos conversar, fazer o que a gente quiser”. E é sobre isso que a música diz também. No meio da pandemia, eu estava voltando de uma situação superdifícil e pensei: “Eu preciso tanto agradecer a essa pessoa que está aqui comigo, cuidando tanto de mim”. É muito pessoal. E quanto mais pessoal, mais é universal descobrir isso como compositora. Essa é uma faixa em que eu toco violão sozinha. Os meninos acharam que a melhor tradução para ela era essa. Ela emociona as pessoas, é muito amorosa. E a gente ama essa música.
Viramos pó? – É a outra pergunta que tem no disco. Tem uma coisa importante que eu estou tocando violão e cantando, mas todo o arranjo dessa música foi feito pelo Christiaan Oyens, meu parceiro, meu compadre, meu amor, que hoje mora em Londres. Todos nós gravamos as nossas partes em nossas respectivas casas, sem podermos nos encontrar. E o Christiaan mandou de Londres as coisas e a gente se emocionou muito. Quando ele me mandou, ele disse que gravou muito emocionado. Sempre com o bom gosto dele, o Christiaan trouxe uma viagem diferente para o disco. Aliás, na faixa Onde é que isso vai dar?, você sente que tem uma viagem ali. E ele fez todos aqueles sons. Essa música também fala muito sobre esse momento, que tem essas perguntas pra fazer e que a gente espera poder responder. Ela é um country, que é bem a nossa cara. O disco está todo folk, de modo geral.
Raio de neon – É outra das músicas “fofinhas”, gostosas do disco, acredito, que também tem um delicioso arranjo do Christiaan. Tem um solo de guitarra daqueles que eu adoro, que está te falando uma coisa. Não apenas um solo que está mostrando habilidade. Ele está contando uma história com a melodia. Essa é a única música que foi feita poucos dias antes de a gente fechar de vez e entrar em isolamento. Mas é interessante como ela já fala sobre essa situação. Porque já tinha um clima muito ruim no Brasil desde… nós sabemos quando (risos). Então já estava um clima muito difícil no país quando entramos nessa fase do vírus. A gente já estava contaminado com outros vírus. Vírus de ódio, de uma polarização muito perversa. E essa música fala disso também. Ela vem para aliviar, porque é uma música suave, mas também está falando de um momento um pouco triste. Mas ela é alegre.
Nas horas cruas – É o rock´n´roll do disco, que também fala da situação mais explicitamente, que fala sobre ficar em casa. “Quais são as armas que usamos dentro de casa, nas horas cruas, sem nada?”Eu escolho o amor. E você?
Sua cara – Outra música que nasce extremamente confessional e pessoal, porque eu a fiz para o meu pai. Perdi meu pai em dezembro de 2020. Meu pai morava em Rio Claro e eu estou em São Paulo. Então, fui de carro até a cidade dele algumas vezes. Numa dessas ocasiões, eu voltei e fiz essa letra, que diz “a sua cara tá grudada em mim”. Então, ela virou um blues. Eu também toco sozinha. Estou feliz de tê-la feito. É uma música emocionante do disco.
Passam – Foi uma das primeiras músicas que eu fiz com o Juliano Holanda, ainda sem saber que ia virar disco. Quando a gente fez, eu senti um ‘pancadão’ e disse: “ importante essa música pra mim”. Foi num momento também difícil, que eu estava chateada com um monte de coisas, coisas que tinham falado, tanto que no final dela eu falo “Nos querem sem palavras / mas todos passam”. Essa é umas das músicas que chegaram para reforçar o fato de que eu comecei a desconfiar que aqui isso ia virar um disco.
O que se perdeu? – Essa é uma música bem diferente do disco. Ela é esse diálogo meu com o Juliano. Eu fiz as letras muitas vezes pensando nele, na nossa conversa. “Seu remédio meu / Meu remédio seu / Sua cura, minha cura / O que se perdeu?”. Também tentando pensar onde que a gente adoeceu. Onde a gente adoeceu emocionalmente, no discurso, socialmente… por que é que estamos tão doentes assim? Por que para enfrentar uma doença a gente escolheu esse vazio todo, esse vazio de pensamento? Essa música começa numa conversa minha com o Juliano e termina numa música que quer falar pra todo mundo.
Eu e vocês – É uma balada bem simples e que se propõe a ser bem simples mesmo. A gente estava tão agoniado que começamos a conversar sobre fazer uma música que acalmasse o nosso peito um pouco. E eu, como todos os meus colegas – tenho certeza – com essa abstinência do palco, de gente perto pra poder tocar, trocar, ouvir a reação das pessoas… É muito difícil essa parte. É a parte difícil das lives que a gente faz, porque é o nosso trabalho. Mas é uma coisa que nos deixa muito cansado de imaginar como seria se fosse. Eu estou fazendo 40 anos de carreira. São quatro décadas de contato com o público. E, de repente, esse corte. Então, Eu e vocês fala também disso. Ela começa falando “Uma daquelas pra suavizar a alma / Uma tranquila / Pra reconquistar a calma”. E o refrão fala diretamente para o meu público: “Vontade de cantar / Num coro essa canção / Com voz de coração. Eu e vocês”. Nada substitui eu e vocês. Vocês e eu juntinhos. Antes de eu gravar essa música, eu a mandei a para a Elba Ramalho. E pensei: “ossa, isso é a cara da Elba, que é uma mãezona!”. Ela ouviu e imediatamente se identificou. E ela batizou o álbum dela com os filhos de Eu e Vocês, que saiu bem antes do nosso, mas como um prenúncio de uma boa sorte para essa música, que é simples e que eu acredito que vai chegar muito fácil até as pessoas.
Eu moro lá – Ela é um pouco diferente do resto do disco. O Webster Santos está tocando nela toda, é bem a praia dele, uma música suingada. E, outra vez, eu fiz essa música para o Juliano. Ele e a Mery (sua esposa) moram num lugar que tem uma vista incrível, aberta, tem mar… teve uma época em que eu vi algo na internet sobre o nordeste. Sou filha de baiano, sou nordestina também e tenho muito orgulho disso. E eu fiz essa música como uma declaração de amor pelo lugar de onde a gente vem. E eu estava pensando dele. “Eu moro lá porque tem o horizonte e um monte de céu pra olhar”. Só que aí eu comecei a pensar que eu falo de um rio. Não era o Rio de Janeiro exatamente. Eram os rios que nós temos nas nossas cidades. Mas como eu sou do Rio, é claro que isso vai ficar também marcado. Não me importo. Como eu me mudei para São Paulo, ficou parecendo que eu fiz essa música só para o Rio. Não foi isso, mas eu adoro pensar que também é. Na verdade, Eu moro lá, tem a ver com o Brasil. O Brasil que a gente quer, que não é esse em que nós estamos vivendo hoje. A gente quer um outro Brasil. A gente quer virar o disco pra recomeçar. O Brasil nunca foi um lugar justo, nunca foi um lugar igual. A gente sempre teve grandes problemas por conta de abismo social, principalmente. Mas o Brasil que a gente entrou é um Brasil que é pior e mais difícil ainda. Então, eu moro lá. Eu moro lá naquele Brasil que eu vou buscar. Eu vou buscar!
Você rainha – É uma música muito delicada do disco, cuja letra eu fiz para as mulheres que sofrem na pandemia violência, para as que até morreram – que não foram poucas – para as que estão trancadas com seus algozes, para as que não conseguem pedir socorro. E para as que conseguem pedir socorro. Para que elas saibam que elas sempre terão uma saída. E que nós, juntas, somos muito fortes e podemos nos ajudar. É um sinal para essas mulheres, para que elas saibam que não estão sozinhas.
Vai melhorar – O disco se encerra com essa música. Por motivos óbvios. É o que a gente deseja, é o que a gente espera. A gente está vivo, a gente quer melhorar. “Vai melhorar / vem melhorar comigo / contigo eu consigo melhor”. Desde o primeiro dia, eu venho dizendo (eu e tanta gente) que a gente só vai sair dessa situação toda juntos. Não dá pra sair em partes. Por isso temos que nos vacinar juntos. É coletivamente que vamos conseguir fazer uma coisa melhor. Vai melhorar, se a gente for junto. Nessa faixa eu conto com a participação especial de Ézio Filho no contrabaixo e percussão. Ele é diretor da minha banda há muitos anos e meu amigo querido.
No dia 19 de junho, às 21h, será realizada a live de lançamento do álbum Pelespírito, comemorando os 40 anos de carreira de Zélia Duncan. A live acontecerá no Teatro Prudential (com transmissão online) e os ingressos podem ser adquiridos pelo Sympla. Parte da renda será doada a uma instituição social atuante no combate à fome.
Clique AQUI e ouça agora Pelespírito, já disponível nas plataformas de música.
Obrigada, Zélia, por trazer esse acalanto ao coração, num momento em que necessitamos de um abraço. Sem dúvidas, Pelespírito chega no momento certo.
O que você achou de Pelespírito? E qual sua música favorita da Zélia Duncan? Conte pra gente tudo isso nas redes sociais do Entretetizei – Insta,Facee Twitter.
*Crédito da foto de destaque: Divulgação: Universal Music / Denise Andrade
A atriz venezuelana nos conta, com exclusividade, sobre seus projetos, a história de sua carreira e como foi interpretar, por duas vezes, um personagem LGBTQI+
Para leer la entrevista completa con Arlette Torres en español, haga clicAQUÍ.
Arlette Torres é uma artista que sempre esteve rodeada de arte. Influenciada pela família, que conta com um pai ator (José Torres), uma mãe jornalista e irmãos músicos, sempre esteve nos grupos de teatro da escola e mesmo muito jovem, já fazia suas próprias peças teatrais. “Quando eu tinha cerca de 6 ou 7 anos, criei e produzi minhas próprias obras teatrais com crianças que também moravam no meu bairro . Então eu poderia praticamente dizer que este foi, sem querer, meu primeiro ‘trabalho autônomo’ (risos)”, diz a artista.
A atriz venezuelana começou sua carreira em produções teatrais, como integrante do elenco fixo do Teatro Universitario para Niños El Chichón (Teatro para Crianças da Universidade El Chichón) e do grupo Escena de Caracas, e iniciou a carreira no audiovisual em novelas, até chegar ao cinema, no filme Maroa (2006), que guarda com muito carinho na memória.
Embora atuar seja sua paixão, ela relata que, no início, não achava que iria continuar na carreira, como profissão, mas não tinha mesmo como escapar. “Achava que não ia me dedicar formalmente a isso (interpretação); Porém, em 2005 decidi prestar atenção na minha voz interior, ouvir a minha intuição e me dedicar a fazer o que eu realmente amo e me dedicar profissionalmente. Então, viajei para a Espanha para continuar treinando e abrir novos horizontes”, comenta.
Sendo assim, continuou interpretando vários personagens, de diferentes personalidades, descendências e orientações sexuais, como no filme Cenizas Eternas (2011), no qual interpretou Yanomami, uma mulher indígena da Amazônia. “Incorporá-la exigiu mudanças e desafios físicos e pessoais muito importantes, muita dedicação, respeito e confiança em mim e na minha equipe. Foi um trabalho lindo, do qual tenho ótimas lembranças”, afirma.
Além disso, é imprescindível comentar sobre o filme LGBTQIA+ Azul y No Tan Rosa (2012), de Miguel Ferrari, nomeado e vencedor, em 2014, dos Goya Awards – o mais importante prêmio do cinema espanhol, como Melhor Filme Ibero-americano, além da indicação de Melhor Performance Especial, por Arlette Torres, por sua personagem, Valentina. Também no filme El Embarcadero (2019), de Álex Rodrigo (La Casa de Papel e Vis a Vis), ela interpretou Keyla, uma mulher homossexual. “Considero muito importante e vital a representação na ficção nacional e internacional, além de outras áreas, de todas aquelas pessoas que historicamente foram marginalizadas, discriminadas ou oprimidas de alguma forma”, completa.
Conheça um pouco mais de Arlette Torres em nossa entrevista exclusiva, na qual ela nos conta sobre toda sua trajetória até chegar à Espanha, personagens, sua opinião sobre a cultura brasileira – ela gosta muito das nossas novelas e artistas– e os detalhes de como tem enfrentado a pandemia em seu país.
Leia a seguir:
Entretetizei: Olá! Eu gostaria de começar essa entrevista te perguntando como foi sua trajetória, desde a Venezuela, até chegar à Espanha.
Arlette Torres: Desde muito pequena, me vi imersa no meio artístico e cultural, por influência da minha família: um pai ator – muito conhecido também (José Torres), uma mãe jornalista e quatro dos meus sete irmãos, músicos. Sempre participei dos grupos de teatro da minha escola, el bachillerato e depois na universidade.
Ao mesmo tempo em que fazia meus estudos universitários em Comunicação Social, me formei como atriz na Companhia Nacional de Teatro da Venezuela. E tive a oportunidade de trabalhar em várias produções teatrais, fazendo parte do elenco fixo do Teatro para Crianças da Universidade El Chichón e do grupo Escena, de Caracas.
Iniciei no campo do audiovisual participando de algumas séries juvenis e da novela Calypso, na qual ganhei meu primeiro personagem fixo na televisão. No cinema, tive a maravilhosa oportunidade de fazer meu primeiro filme (Maroa) com Solveig Hoogesteijn, uma das mais importantes e renomadas cineastas da Venezuela. E depois, vários curtas-metragens, entre eles ¿Qué importa cuánto duran las pilas?, com o qual participamos e viajamos para o Festival de Cannes alguns anos depois.
É engraçado porque, apesar de já ter trabalhado em inúmeros projetos, até então via a atuação apenas como um hobby. Não achei que fosse me dedicar formalmente a isso; provavelmente por causa de algumas inseguranças pessoais que me afetaram na época e por causa do quão incerta essa profissão ou qualquer disciplina relacionada ao mundo da arte às vezes pode ser.
Porém, em 2005, decidi prestar atenção à minha voz interior, ouvir a minha intuição e me dedicar a fazer o que eu realmente amo e me dedicar profissionalmente. Por isso viajei para a Espanha, para continuar treinando e abrir novos horizontes.
E: Como você descobriu o amor pela atuação e como foi seu primeiro trabalho?
A: Além de crescer no seio de uma família de artistas, vendo como amavam e respeitavam (amam e respeitam) seus trabalhos, creio que meu amor pela atuação e pela arte em geral, veio com meu DNA.
Quando eu tinha uns 6 ou 7 anos, criava e produzia minhas próprias peças teatrais com outras crianças que também moravam em meu bairro. Então, eu poderia praticamente dizer que este foi, sem querer, meu primeiro ‘trabalho autônomo’ (risos).
Eu escrevia minhas próprias – e originais – adaptações para o teatro de contos infantis que meus pais compraram para mim no Banco del Libro de Caracas. Veja só! Com 7 anos! Às vezes, inclusive, eu fazia umas mesclas de umas e outras histórias. E as produzia! Tirávamos os restos das fantasias de carnaval e com isso confeccionávamos as fantasias; Dividia os personagens, dirigia o elenco. E ainda cobrávamos do público os ingressos -algo simbólico- para cobrir “despesas de produção” e as quinquilharias que oferecíamos enquanto o público aguardava o início do show. Para mim foi um jogo. E adorei (e adoro) jogar.
A propósito, em inglês e francês, o verbo actuar é traduzido -respectivamente- como to play e joué, que também significa jogar.
E: Você já trabalhou em várias produções, desde curtas-metragens até TV e teatro. Existe alguma, em particular, que marcou sua vida? E por quê?
A: Todos os projetos dos quais participei foram especiais, cada um por diferentes motivos. No entanto, é verdade que alguns deixaram marcas importantes em mim. Sem dúvida, o curta La Línea del Olvido, dirigido por Gustavo Rondón, é um deles: foi um dos meus primeiros projetos cinematográficos profissionais e também tive a sorte de trabalhar com meu pai. Foi a primeira vez que trabalhamos juntos; Então, sim, está em um lugar especial no meu coração.
Além disso, o filme Cenizas Eternas tem um grande significado para mim; Foi um projeto que me fez crescer muito, tanto no nível pessoal, quanto profissional. Meu personagem, Maroma, é um indígena da etnia Yanomami, da Amazônia; então, encarná-la exigiu mudanças e desafios físicos e pessoais muito importantes, muita dedicação, respeito e confiança em mim e na minha equipe. Foi um trabalho lindo, do qual tenho lembranças maravilhosas.
E: O filme LGBTQIA+ Azul y No Tan Rosa, de Miguel Ferrari, foi indicado, em 2014, como Melhor Filme Ibero-americano, nos Prêmios Goya e, com sua personagem, Valentina, você foi indicada à Melhor Atuação Especial. Como foi trabalhar nesse projeto e receber a indicação?
A: O filme não somente foi indicado, como também foi o vencedor desse ano (2014) nessa menção. Foi uma alegria imensa para mim e para todas as pessoas venezuelanas que ganhássemos o primeiro Prêmio Goya para o nosso país. Trabalhar nesse filme me trouxe muitas satisfações, começando por ter tido a alegria de ser dirigida por meu talentoso amigo Miguel Ferrari. Tive a oportunidade de atuar em outro idioma (o Japonês!), que, junto ao trabalho de sotaque, é algo que eu realmente gosto; além de ser apoiada por uma equipe incrível. Algo mágico ocorreu nesse projeto e dali nasceram grandes amizades que formam parte importante da minha vida hoje em dia.
E: Em El Embarcadero, você trabalhou com nomes conhecidos, como Verónica Sánchez, Irene Arcos e Álvaro Morte, além de Álex Rodrigo, conhecido por dirigir La Casa de Papel e Vis a Vis. Sua personagem, Keyla, tinha uma relação homossexual com uma de suas alunas e, em uma de suas cenas, essa relação, que era secreta, foi negada para não prejudicar seu trabalho. Para você, qual é a importância de interpretar um personagem LGBTQIA+, principalmente hoje em dia? E como foi a experiência?
A: Considero importantíssima e vital a representação na ficção nacional e internacional, além de outras esferas, de todas as pessoas que historicamente foram marginalizadas, discriminadas ou oprimidas de alguma forma por um sistema social que, infelizmente, hoje segue repudiando o “diferente”: seja por causa de nossa etnia, origem, orientação ou identidade sexual, religião, capacidades diversas, etc. Devemos dar visibilidade a quem somos, ao que existimos, à realidade mundial da qual todas as pessoas fazem parte.
Para mim, foi um grande orgulho, uma honra e até um lindo presente ter tido a oportunidade de interpretar em minha carreira, além da Keyla, vários personagens que fazem parte da comunidade LGBTQIA+. Minha experiência, em particular, em El Embarcadero foi linda. Acho que precisamente o fato de ela ser socialmente forçada a negar seu relacionamento, por medo de retaliação por vários motivos, tornou-a uma personagem cativante. Independentemente de quem está assistindo ser capaz de concordar mais ou menos com suas decisões, elas eram “compreensíveis”.
É curioso, agora que penso. Atualmente, estão transmitindo na Espanha uma série chamada Señoras del (h)AMPA, em que também interpreto um personagem LGBTQIA+, mas dessa vez, diferente de Keyla, Raquel (como me chamo na série), defende com unhas e dentes seu ser, sua identidade, sua orientação e, inclusive, termina sua relação amorosa porque é sua parceira quem tem medo de se assumir. Tem sido também uma experiência preciosa.
E: Falando um pouco em teatro: você esteve em mais de 20 produções e claro que também aprendeu muito com elas, principalmente porque todo artista sempre diz que o palco é como uma escola de artes. Você pode nos contar um pouco sobre sua história com o teatro? Qual peça de teatro mais te marcou?
A: É minha base de atuação, foi onde comecei a treinar como atriz. Comecei a fazer teatro infantil e narração oral. Na verdade, este é um ramo que ainda gosto muito e ao qual me dediquei pouco nas coisas da vida nos últimos anos. Mais tarde, os meus estudos na Compañía Nacional fizeram com que eu concentrasse mais as minhas energias na atuação, e que descobrisse que dedicar-me profissionalmente à interpretação era algo viável e realizável. Lá, também conheci muitas das pessoas com quem trabalhei, posteriormente, em vários projetos na área profissional, que também são grandes amizades até hoje.
Então, de fato, para mim, o teatro é uma parte essencial da minha carreira. Ainda que o meu grande amor e paixão pelo cinema e pelo audiovisual não sejam um segredo, o teatro apresenta-se para mim como indispensável: é o meu lugar de transe, onde me solto do corpo e me deixo sacudir por completo pela energia. Foi precisamente o que aconteceu comigo em Mackie, uma peça de criação coletiva de teatro físico em que trabalhei com Escena de Caracas, e Romeo y Julieta, obra com a qual nos formamos na Compañía Nacional. Embora, reitero, todos os projetos em que trabalhei deixaram sua marca em mim.
E: Como somos do Brasil, queremos saber: você conhece um pouco da nossa cultura? Há algum artista daqui que você goste?
A: O Brasil me encanta e nunca tive a oportunidade de viajar para aí. Gostaria de conhecer um pouco mais da cultura de vocês. Minha mãe e minha avó gostavam muito das novelas brasileiras. Eu cresci assistindo a quase todas! A Escrava Isaura, Vale Tudo, Pantanal, Selva de Pedra, Vamp, Xica da Silva são minhas favoritas. Por outro lado, eu gosto muito da música brasileira (Vanessa da Mata e Caetano Veloso, por exemplo), o cinema brasileiro (O Beijo da Mulher Aranha ou Central do Brasil) e admiro uma maravilhosa atriz, com quem tenho a honra de dividir o nome: Fernanda Montenegro (Arlette Torres).
E: Se você pudesse atuar com qualquer ator ou atriz da América Latina, quem seria? E que tipo de personagem você gostaria de interpretar?
A: Gosto muito do Pedro Pascal, ele é um ator muito versátil e multifacetado, tanto fisicamente quanto a nível interpretativo. É algo que me interessa especialmente. Eu adoraria trabalhar com ele. E também com uma maravilhosa atriz venezuelana chamada María Cristina Lozada, das grandes ligas.
Eu gosto de interpretar todos os tipos de personagens, no final, é tudo sobre interpretar e descobri-los; sobre todos aqueles que me permitem desenvolver novas facetas, que me tirem da minha zona de conforto, que me desafiem (física, emocional e mentalmente) para construí-los. Tenho, em minha lista de pendentes, no cinema ou em uma série, uma vilã antagonista. É algo que eu realmente gostaria de fazer.
E: Como você tem enfrentado a Pandemia? Há algum conselho que nos possa dar?
A: Suponho que um pouco como todas as pessoas. Isso tem sido uma grande prova, para colocar em prática a paciência, a serenidade e a empatia. Não tenho me queixado (nem me queixo) de nada nesse sentido, porque tenho a consciência de que há muitas pessoas que têm passado (e segue passando) por muitas dificuldades. E sei que tenho a sorte de ter saúde, um teto e comida; e também minha família e afeto. Sendo assim, dou graças ao universo todos os dias.
Acho que a gratidão é importante para a vida em geral. Faz você vibrar em uma energia de plenitude e não de carências. Não sou muito de aconselhar, embora pretenda partilhar, com base na minha experiência, o que me fez bem e que pode funcionar para outras pessoas. Pratico yoga e meditação há muitos anos e, para mim, ambos foram fundamentais (e ainda são) durante todo este processo, desde o confinamento até tudo o que veio depois. É vital para mim treinar para manter meu corpo, meu coração e minha mente saudáveis e limpos, na medida do possível.
E: E como está a situação do entretenimento e de artistas no seu país?
A: Um pouco como tudo na Venezuela, na verdade. Tudo é tão difícil, quase como uma meta olímpica. A maior parte dos poucos projetos realizados são viabilizados por investimentos privados que, na Venezuela, como você pode imaginar, são muito poucos. Praticamente todas as instituições públicas são administradas por funcionários escolhidos a dedo pelo regime de governo que fazem e desfazem como querem e acham conveniente, de acordo com o que for conveniente.
Muitas produções, por exemplo, chegaram a ser vetadas e suas estreias e exibições proibidas, aludindo ao descumprimento de questões burocráticas, quando na realidade é devido à censura direta que lhes foi imposta. Sob essas circunstâncias, tudo se dificulta e muitos atores, atrizes, pessoas da equipe técnica, de produção, diretoria, roteiro, diretoria de fotografia, etc. foram embora do país, em busca de melhores condições de trabalho e de vida, assim como têm feito ass mais de 5 milhões de pessoas venezoelanas e que têm tido que emigrar nos últimos anos.
Quem ainda está lá, tenta resistir e sobreviver em meio a essas condições tão precárias. Curiosamente, novas ideias sempre renascem das cinzas e aí, em meio a toda a crise social, econômica e política, lindos projetos continuam sendo criados – dentro do possível. A cultura, como em qualquer outro lugar, se recusa a morrer, porque é parte do que mantém vivas todas as pessoas.
E: Por fim, deixe um recado para todas as pessoas que lerem essa entrevista e acompanharem as notícias do entretenimento latino!
A: Muito obrigado a todas as pessoas que continuam apoiando a cultura e nosso trabalho. Sem vocês, seria impossível continuar. Estou muito feliz com esta entrevista e desejo muito sucesso para vocês sempre. Abraços a todo meu povo na América Latina!
Confira a seguir o trailer de Azul y No Tan Rosa, vencedor do Goya Awards 2019:
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* Crédito da foto de destaque: Divulgação / Instagram: Arlette Torres /Enrique Cidoncha
Divididas em duas partes, você vai conhecer toda a trajetória de Selena Quintanilla, que construiu uma carreira admirável e até hoje é considerada como a Rainha da música latina
A série biográfica Selena, da Netflix, vem com dois objetivos: contar a linda – e triste – história da cantora Selena Quintanilla, considerada como a rainha da música texana – ou a Madonna mexicana – e mostrar a força da música latina no mundo. Divididas em duas partes, você vai conhecer toda a trajetória dessa artista que construiu uma carreira admirável e permaneceu, até o fim de sua vida, humilde e apaixonada pela vida.
Selena Quintanilla nasceu na cidade de Corpus Christi, localizada no Texas (EUA), país que faz fronteira com o México e, claro, conta com uma fortíssima influência da cultura latina, entre elas a música texana (ou tejana), gênero musical da artista. No ano em que estreou no cenário musical (1981), pouco se falava de músicas em espanhol/latina, principalmente nos Estados Unidos e, com a chegada de Selena, ritmos como Cumbia e Ranchera, passaram a tocar com mais frequência nas rádios americanas.
Selena y Los Dinos: a sensação dos anos 90
Aos treze anos de idade, Selena lançou seu primeiro álbum, junto à sua banda, composta por seus irmãos mais velhos – A.B. Quintanilla III e Suzette Quintanilla: Selena y Los Dinos. A.B tocava baixo, produzia e compunha músicas para a banda – inclusive, aquelas que se tornaram os maiores sucessos da carreira de Selena, como Amor Prohibido y Como La Flor; já Suzette, irmã e melhor amiga de Sel, tocava bateria e acompanhava a irmã em todos os lugares.
Sem dúvidas, a base familiar de Selena foi um dos grandes motivos pelo qual a artista fez o sucesso que fez. Seu pai, Abraham Quintanilla, de ascendência mexicana, era o produtor musical da banda e sempre fez questão de manter todos os negócios da família entre a família. Sua mãe, Marcela Samora, era uma mulher simples, que sempre fazia o possível para manter a família unida e, como ambos vinham de famílias de imigrantes latinos, sabiam muito bem que a vida nos EUA como latino não era nada fácil – e mesmo assim, lutaram até o fim para que a filha fosse uma verdadeira estrela (e conseguiram).
Sendo assim, Selena y Los Dinos se consolidou como uma banda de sucesso nos anos 90, principalmente nos países latino-americanos. Ainda nos anos 90, Selena chegou a ser indicada ao Billboard como a Melhor Artista dos anos 90 e a melhor artista latina da década, provando sua força e talento, ainda muito jovem.
O sucesso da música texana, o preconceito e o machismo
O preconceito com os latinos é um tema muito conhecido até hoje e que perdura, principalmente nos Estados Unidos e, se hoje em dia a música latina ainda luta para conquistar seu espaço, imagine só como era antigamente.
Com uma voz única, potente e emocionante, Selena encantava por onde passava, mas se engana quem pensa que foi fácil chegar ao topo e ser considerada como a Rainha da Música Latino-Americana: além de cantar um gênero – tejano – que até então, era dominado por homens, Selena teve que enfrentar os empresários, que se recusaram, por muitas vezes, a marcar concertos pelo Texas, justamente por não acreditarem em seu potencial.
Tratando-se de uma mulher, em meio a um mercado já “dominado” por homens, podemos considerar então, que Selena Quintanilla também foi imensamente importante para a inclusão da mulher na música latina, pois abriu caminho para as futuras artistas da música que – óbvio – tiveram e têm que lutar – mas certamente encontraram um mercado muito mais aberto após a presença de Selena.
O segredo do sucesso: o amor
Você já percebeu que Selena era mesmo uma estrela. Mas o que, de fato, fez com que, com apenas 23 anos, ela fosse TÃO grande? Eu diria que foi um conjunto de fatores: o trabalho em família, que ajudou a artista a nunca perder sua essência e humildade (além de ser como uma barreira, contra empresários e pessoas interesseiras) – você vai ver que o pai da artista era uma pessoa completamente difícil e rígida.
Juntamente com a união familar, a persistência em meio à dificuldade também é algo a se destacar, já que a família não tinha muitas condições financeiras e, por muitas vezes, teve que se virar para construir seus equipamentos, figurinos e até mesmo o transporte para outras cidades e por último, a paixão de Selena pela arte e pela vida (estava SEMPRE sorrindo). Tudo isso resumido em uma palavra: o amor.
Selena era uma artista completamente conectada com sua família e com as pessoas. Inocente, fazia questão de ouvir e dar atenção a todos, sem exceção. Fãs, das mais simples e pequenas cidades, sabiam que ela seria atenciosa com o público. Ela recebia abraços, presentes e sempre devolvia com muita gratidão.
Do mesmo modo que era muito focada na música, Selena se apaixonou perdidamente pelo guitarrista de sua banda, Chris Pérez (Jesse Posey) – o qual, no princípio, foi difícil conseguir manter uma relação, já que ambos sabiam que o pai da artista não aceitaria o namoro dos dois – e seguiu assim, apaixonada, até o fim de sua vida. Os dois se casaram em segredo, sem conseguirem realizar uma cerimônia oficial para os amigos e família, mas foram muito, muito felizes.
A verdade é que Chris foi o grande amor da vida de Selena. Apesar de terem vivido poucos anos juntos, construíram um relacionamento saudável, eram companheiros e quase como melhores amigos. Por muitas vezes, Selena se encontrava um pouco perdida e era Chris quem a ajudava a pisar no chão e decidir a coisa certa.
Na série, Christian Pérez é interpretado por Jesse Posey, que deu vida ao personagem de forma muito sincera e verdadeira. Junto à Christian Serratos (Selena), conseguiram passar para o espectador a conexão e amor que ambos sentiam pelo outro.
Selena, os fãs e uma amizade que terminou em tragédia
Quem olhava para Selena via que era uma menina sincera e realmente muito pura, não via maldade em ninguém. Deixava sua marca por onde passava e estava sempre rodeada de fãs. Mesmo num mundo completamente diferente do que temos hoje, no sentido digital, já era possível adquirir discos, pôsteres e produtos dos artistas para colecionar. Colecionar esses produtos (pôster, CD, etc.) era muito comum entre os jovens dos anos 90 a 2000, afinal, não tínhamos esse contato “direto” com os artistas como hoje em dia, com as redes sociais e notícias imediatistas.
Juntamente com esse amor pelos fãs e a paixão pela moda e a costura, Selena inaugurou sua boutique, onde pode expor seus incríveis trabalhos de design de moda, além de produtos oficiais de sua marca. Esse foi o início do fim.
A boutique tinha tudo pra dar certo e no princípio, realmente era sucesso, mas Selena fez uma péssima escolha, ao selecionar uma fã para assumir seu fã-clube e, posteriormente, gerenciar alguns de seus negócios. Yolanda Saldívar era uma fã alucinada por Selena Quintanilla e a acompanhava desde o início de sua carreira, lá nos anos 80, quando já a visitava no camarim e sempre era muito insistente para que sua equipe a deixasse trabalhar para Selena. Yolanda sempre usava a desculpa de que, antes de ser enfermeira, obteve experiência em administração de empresas.
Com o passar dos anos, Yolanda continuou a acompanhar a artista e, nos anos 90, finalmente conseguiu o que queria: assumiu os negócios de Selena e ficou responsável pelas boutiques. Todo o seu fascínio e admiração por Selena, se transformou em obsessão, inveja e loucura. A menina se mostrava sempre insatisfeita quando via Selena sendo simpática e agradável com outros fãs e até mesmo com seu marido. O que Selena não imaginava, é que havia virado melhor amiga de sua própria assassina.
Essa parte da história da artista é, literalmente, devastadora. Para ela, ter suas boutiques era uma liberdade, um sonho e tudo foi por água abaixo. Não há como não chorar no fim da série. No auge de sua carreira, após cantar no estádio Astrodome (Houston, Texas) para um público de 60.000 pessoas e já se preparando por completo para lançar Dreaming Of You, seu álbum em inglês; e após ser indicada ao que seria seu último Grammy, Selena Quintanilla foi assassinada por Yolando Saldívar, em 31 de março de 1995.
Yolanda estava desviando dinheiro da família Quintanilla, além de não entregar milhares de perfumes, jóias e outros objetos oficiais para os fãs de Selena. O pai da artista descobriu e Yolanda se vingou da pior maneira possível.
Infelizmente, o lançamento da Rainha do Tex Mex no mercado norte-americano não aconteceu, pois Selena havia gravado apenas quatro músicas do álbum. Na série, vemos, através da personagem, como esse era um sonho se tornando realidade, afinal, todo artista latino sonha em ter um disco em inglês.
O legado de Selena Quintanilla para a música latina e para o mundo
O fato é que assistir à série nos traz muita alegria, pois nos deparamos com uma artista consciente, madura e ao mesmo tempo modesta, ao mesmo tempo que terminamos a parte 2 em prantos. É impossível não se emocionar com o final, com Selena a ponto de alavancar sua carreira, mas impedida por uma mulher gananciosa, que ultrapassou os limites de ser fã e tirou a vida de uma pessoa honesta e cheia de vida pela frente – e que ainda poderia estar por aí, cantando para o mundo.
Em suma, é essencial conhecer a carreira de Selena Quintanilla, principalmente você, que acompanha os artistas e a música latina. A atriz Christian Serratos simplesmente entregou tudo nessa personagem, principalmente na segunda parte, numa fase mais glamurosa de Selena – shows e premiações – de forma que todos os movimentos, gestos e coreografias nos remetem à verdadeira Selena.
O legado de Selena é eterno. Tanto é que, em 2021, 26 anos após seu falecimento, seguimos aqui, contando sua história e ouvindo suas músicas, que certamente foram fundamentais para os artistas que vieram depois. O Grammy 2021 fez uma linda homenagem à Selena, reforçando sua importância até os dias de hoje. Suas canções seguem sendo atuais, principalmente no coração dos fãs, que jamais a esquecerão e guardam no coração uma Selena cheia de vida, de sonhos e muito amor para dar.
Selena: A Série foi criada por Moisés Zamora, dirigida por Hiromi Karnata e Katina Mora e conta com Abraham Quintanilla e Suzette Quintanilla, pai e irmã verdadeiros de Selena, como produtores executivos. A série é protagonizada por Christian Serratos e tem Jesse Posey (Chris Perez), Noemí Gonzalez (Suzette Quintanilla), Gabriel Chavarria (A.B Quintanilla), Ricardo Chavira (Abraham Quintanilla), Julio Macias (Pete Astudillo) e Seidy López (Marcela Quintanilla) no elenco.
Confira a seguir uma comparação entre a cena do show de Selena no estádio Astrodome, em 1995, e a apresentação oficial:
https://www.youtube.com/watch?v=qT2NAP92uQw
Você já conhecia a história de Selena Quintanilla? O que achou da série? Conta pra gente nas redes sociais do Entretetizei – Insta, Face ou no Twitter. Até a próxima!
*Crédito da foto de destaque: Divulgação / Netflix Brasil
O longa Me Sinto Bem Com Você vai contar histórias de pessoas em meio ao isolamento social, que fazem de tudo para se manterem próximas
O longa brasileiro Me Sinto Bem com Você ganhou data de estreia no Amazon Prime Video: 20 de maio, exclusivamente no streaming. Dirigido por Matheus Souza e estrelado pela cantora e atriz Manu Gavassi, que também atua como produtora associada, o filme conta cinco histórias de amor em tempos de quarentena.
No enredo, um casal de ex-namorados troca mensagens pela primeira vez desde o término. Duas jovens que acabaram de se apaixonar vivem o medo da relação esfriar pela distância. Irmãs que se afastaram pré-pandemia tentam retomar a amizade e redescobrir a importância da família. Dois ficantes em um “relacionamento sem rótulos” exploram meios de sobreviver à ausência do toque. E um casal que não se aguenta mais tenta lidar com a obrigação da convivência 24 horas por dia. Resumidamente, trata-se de uma história de pessoas, em meio ao isolamento social, fazendo de tudo para se manterem próximas. Essas são as histórias de Me Sinto Bem Com Você.
Juntamente com Manu Gavassi, o filme também conta com Souza, Richard Abelha, Amanda Benevides, Thuany Parente, Clarissa Müller, Gabz e Isabella Moreira no elenco, com Victor Lamoglia e Thati Lopes como atores convidados.
“É um projeto despretensioso feito por amigos e para exercitar nossa saúde mental durante a pandemia. Tem um texto atual, sensível e que acredito. Matheus é um grande amigo e quando ele me mandou o filme eu tive vontade de participar”, comentou Manu Gavassi.
Me Sinto Bem Com Você conta com produção de Gustavo Baldoni e Mário Peixoto, da Delicatessen Filmes,é dirigido por Matheus Souza e tem Manu Gavassi e Seiva TV como produtoras associadas e Papaki Fimes na coprodução. Souza também assina o roteiro com colaboração de Gavassi, Amanda Benevides e Gabz. Camila Cornelsen é responsável pela direção de fotografia, Ana Arietti pela direção de arte, Carol Roquete pelo figurino, Paula Vidal pela maquiagem e Rodrigo Daniel Melo pela edição.
Confira o trailer oficial:
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*Crédito da foto de destaque: Divulgação / Atômica Lab
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