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Blossom Dearie: como começar a ouvir a cantora e pianista estadunidense

Blossom Dearie era cantora e pianista de jazz, e você precisa fazer algumas coisas antes de conhecê-la

Nascida nos Estados Unidos em 28 de abril, Blossom Dearie (1924 – 2009), se tornou uma cantora e pianista de jazz que é impossível não a reconhecer no meio artístico.

Com uma das vozes mais suaves e delicadas do seu estilo musical, Dearie teve uma carreira longa e promissora, tendo começado seu trabalho na Woody Herman Orchestra.

Foto: Divulgação

Mas antes de ir direto para as músicas dela, você precisa saber algumas outras coisinhas… O Entretê te ensina conhecer Blossom Dearie e seu estilo tão único.

Woody Herman

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Woody Herman era outro músico de jazz incomparável, e foi por volta dos anos 40 que Dearie se juntou a sua banda, que era majoritariamente masculina e onde ela não tinha tanto destaque.

Você pode ouvir a música Caldonia, executada por Herman e sua orquestra no The Ed Sullivan Show, para ter uma noção da qualidade do grupo.

Edith Piaf

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Blossom se mudou para a França lá pelos anos 50, e formou o grupo vocal Blue Stars, e a principal referência francesa da época era Edith Piaf.

Ouvir as músicas de Piaf e depois as músicas francesas de Dearie é como entender onde criador e criatura se cruzam, apesar das vozes bem diferentes.

Benny Goodman

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Dearie era fã de Benny Goodman, um clarinetista de jazz, que tinha chamado a sua atenção ainda quando ela estava aprendendo sobre jazz e saindo das músicas clássicas.

A música Sing, Sing, Sing pode dar um panorama sobre como ela se inspirou no que Goodman tocava.

Tea For Two

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Talvez uma das músicas mais delicadas de Blossom Dearie, Tea For Two é a prova de que seu sucesso não foi à toa.

Sua voz delicada abre um novo panorama em todo o cenário musical, não só do jazz. Profissionais diziam que Dearie tinha aquele tom de voz tão suave porque respirava errado, mas isso nunca a impediu de cantar e encantar qualquer público.

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*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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Sex and The City: influenciadora Carol Tozaki chama a atenção para a falta de protagonismo negro em reboot

A fashionista Carol Tozaki problematizou em suas redes sociais: “Trazer de volta séries com protagonismo 100% branco, sem fazer um update para o deixar mais plural, pode ser prejudicial

Carol Tozaki alfinetou séries com apenas protagonistas brancos, que foram grandes sucessos nos anos 90 e começo dos anos 2000, como Friends e How I Met Your Mother: “Acho que quem fez um bom trabalho nisso foi Gossip Girl, que fez um remake e deu voz a muito mais que apenas a alguns brancos com cara de modelo da Vogue.

A influenciadora também disse que esperava ver um personagem negro desempenhando um papel importante na nova série: “Eu sou fã de Sex and the City mas tenho medo do que séries sobre brancas privilegiadas podem fazer com um sistema que ainda está começando a se abrir para novas vozes.”

Sex and The City e sua polêmica anterior

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O reboot da série traz o elenco original, com Sarah Jessica Parker, Kristin Davis e Cynthia Nixon dando ao público uma temporada nova.

A falta de Kim Cattrall já tinha chamado a atenção, e alfinetadas já foram trocadas por questões de mágoa do elenco, e agora a falta de uma presença negra no elenco principal é gritante, já que alguém poderia ser escalada para entrar como a quarta integrante do grupo.

Sem Samantha Jones, que era interpretada por Kim Cattrall, o roteiro já parece carecer de temas como a liberdade sexual feminina e atividade sexual em mulheres mais velhas, já que Cattrall era a mais velha do grupo na versão original da série.

Mas e você: já está prevendo muito racismo estrutural protagonizando a nova temporada junto com as personagens? Conta pra gente em nossas redes sociais:  Twitter, Insta e Face.

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O Serviço de Entregas Monstruosas: novo livro de Jim Anotsu e live com Thalita Rebouças

Novo livro do já aclamado escritor Jim Anotsu chega ao mercado pela editora Intrínseca e já tem live marcada com Thalita Rebouças 

O escritor, tradutor e roteirista Jim Anotsu vai participar nesta quinta-feira (19/08) de uma live com a escritora Thalita Rebouças, um dos grandes nomes da literatura infantojuvenil nacional. Os dois vão conversar sobre o último livro do autor, O Serviço de Entregas Monstruosas, publicado pela Intrínseca. O evento acontecerá às 19h, no Instagram da editora.

Figura: Divulgação

Em O Serviço de Entregas Monstruosas, somos apresentados a Bello Horizonte, uma cidade onde seres fantásticos convivem normalmente com humanos. Desde que o Povo Mágico se revelou para a humanidade, fadas, faunos e liliputianos deixaram de ser somente personagens de histórias infantis. Um mundo cheio de magia exige um serviço de entregas à altura: o Serviço de Entregas Monstruosas, que leva encomendas sobrenaturais para qualquer parte de Bello Horizonte, usando motos voadoras.

Combinando cultura pop, fatos históricos alternativos e as ilustrações belas e divertidas de Felipe Nero Cunha, O Serviço de Entregas Monstruosas é uma ode a Belo Horizonte e, pronto para encantar fãs de autores como Cressida Cowell e David Walliams.

“Se você gosta de monstros, leia este livro. Se tem medo, leia também. Monstruosidade mesmo é você não conhecer essa história.”, disse Thalita Rebouças sobre a obra de Jim Anotsu.

Nós aqui do Entretê já estamos ansiosas, imaginando que talvez o livro nos presenteie com uma mistura curiosa de Os Serviços de Entregas de Kiki e Monstros S.A.

O que você acha que vem por aí nessa nova aventura de Jim Anotsu? Conta pra gente lá em nossas redes sociais:  Twitter, Insta e Face.

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Resenha | Frida – A Biografia: uma vida, um talento

A biografia de Frida Kahlo, escrita por Hayden Herrera, é um dos livros mais completos sobre a pintora mexicana e faz valer a leitura

Cheio de frases retiradas dos diários de Frida Kahlo, o livro Frida –  A Biografia aborda facetas de uma Frida ainda no berço, aspectos pessoais de sua família, como a história de seus pais e passagens das vidas de suas irmãs.

A abordagem é de fácil leitura e não soa chata como algumas biografias longas de outras figuras públicas. Abordando aspectos curiosos sobre a vida e a carreira da artista, Hayden Herrera soube intercalar bem todos os fatos e forrou sua obra com histórias curiosas e pouco conhecidas sobre Frida, sem deixar a leitura maçante.

Leia a sinopse da obra:

Todo mundo conhece Frida Kahlo, cuja imagem, de olhar complexo sob sobrancelhas espessas, cabelos negros e roupas coloridas, é quase tão difundida quanto a de Che Guevara. Todo mundo sabe que sofreu um gravíssimo acidente na juventude, que foi casada com o grande muralista Diego Rivera, e que foi amante de Leon Trotsky. Todo mundo sabe que tinha ideias radicais em política e hábitos modernos na vida, que pintava de modo radicalmente pessoal, e que teve uma existência tão tumultuada quanto o século XX em que viveu. O que poucos sabem é que tudo o que quase todo mundo sabe sobre Frida Kahlo está longe de resumir sua vida, ou de revelar a mulher por trás do ícone da arte latino-americana moderna. Finalmente traduzida para o português, Frida – a biografia foi um dos grandes impulsionadores do revival da artista nos Estados Unidos e em todo o mundo a partir de 1983. Como sintetizou a crítica, “Por meio de sua arte, Kahlo fez de si mesma uma artista e um ícone; por meio desta biografia, ganhou também dimensão humana”. Escrito por Hayden Herrera, reconhecida historiadora da arte, o livro traz, além da intimidade da história de Frida, detalhadas descrições e interpretações dos quadros de Kahlo, escritas com o rigor e a acuidade de uma especialista, mas também com a clareza, a fluidez e a sedução de uma amante dessa arte.

Uma obra de arte além de suas pinturas

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A autora reforça que Kahlo era, além de mulher, uma artista nata. Sua carreira era intensa, para além de suas pinturas tão extraordinárias. Alguns de seus quadros mais famosos tratam sobre seus abortos, sua relação fracassada com seu marido Diego Rivera e sobre seu debate interno sobre si mesma.

O ego feminino da pintora ia além de suas roupas coloridas e artes encantadoras. Segundo a obra, Frida não era a feminista que todo o sistema pinta, apesar de seguir certos conceitos marxistas e apoiar partidos socialistas.

Dulce María

Foto: Divulgação

Também vale a menção de que a cantora e atriz Dulce María, muito famosa por ter interpretado Roberta na novela mexicana Rebelde, é sobrinha-neta de Frida Kahlo.

Neta de uma prima-irmã de Kahlo, Dulce já afirmou que espera ter herdado a vivacidade de Frida, seja para o bem ou para o mal. E mais do que isso, Dulce María herda de Kahlo a autenticidade e talento para criar arte e ser bem-sucedida, já que fez parte de uma das maiores bandas de língua não-inglesa do mundo.

Conclusão

Foto: Divulgação

Amar a obra de Frida Kahlo pede que paremos um pouco e passemos a admirar a pessoa que ela foi: LGBTQIA+, pessoa com deficiência e mulher guerreira.

Ativista dos direitos de classe, favorável à queda de governos opressores e mulher forte e memorável, Kahlo fez das inúmeras doenças que teve um de seus pontos fortes para ser mais do que se esperava dela.

Eu admirei a leitura desse livro do começo ao fim, não só por ser uma grande fã da pessoa que Frida Kahlo foi, mas por entender que sua arte tinha realmente mais do que as pessoas veem normalmente

A escrita é fluida, as imagens são bem detalhadas e possui muito tema para explorar sobre a persona Frida.

E você? Apoia a ideia de fazermos mais posts sobre Frida Kahlo por aqui? Conta pra gente lá em nossas redes sociais:  Twitter, Insta e Face.

00*Crédito da foto de destaque: Divulgação/Arquivo pessoal

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Samanta Holtz: três livros para você amar

Samanta Holtz nasceu no dia do livro, 23 de abril, no interior de São Paulo, e como prenuncia seu aniversário escreve romances de tirar o fôlego 

Se você não conhece a autora brasileira Samanta Holtz, esse é o post que vai mudar isso. Nascida no dia do livro, Holtz escreve romances cheios de clichês,  mas nem sempre, e nos faz suspirar a cada página.

O Entretê escolheu três livros dela para te indicar, então bora pegar seu caderninho e anotar os nomes para aproveitar os romances dela assim que possível.

Quando o Amor Bater à sua Porta

Foto: Quando o Amor Bater à sua Porta/Editora Arqueiro

O livro é protagonizado pela Malu, que mora sozinha e é uma famosa escritora de romances.

A vida dela vira de cabeça para baixo quando um estranho bate na sua porta e diz que perdeu a memória e tudo que sabe é que precisava se encontrar com ela.

Apesar do mistério, Quando o Amor Bater à sua Porta é um romance bem leve, com personagens apaixonantes e reviravoltas grandiosas, surpreendentes e uma história para aquecer o coração de qualquer pessoa.

Quero Ser Beth Levitt

Foto: Quero Ser Beth Levitt/Editora Novo Século

Se você só conhece as histórias de órfãos que vivem em mundos mágicos e que foram escolhidos para atravessar universos inteiros para destruir o mal, mas já se cansou disso: esse é o seu livro!

Amelie é a personificação da fofura inevitável e vai te fazer suspirar com a sua história… Ela é órfã e, depois de completar 18 anos, volta para o mundo, – além dos limites permitidos pela diretora do abrigo para meninas onde ela mora. Para além dos muros do orfanato, Amelie realiza muitos sonhos.

De repente, no centro de um filme, com um diretor exigente, uma trama hollywoodiana e vivendo uma amizade surpreendente com o seu ídolo e paixão adolescente, Amelie vai te tirar do chão com seu romance fofinho.

O Pássaro

Foto: O Pássaro/Editora Novo Século

Com tudo que um romance de época pode te oferecer, Holtz nos apresenta Caroline, a filha de um barão. Ela tem a vida dos sonhos que qualquer jovem dama da sociedade poderia querer, mas ela não é como as outras mulheres da sua idade.

Caroline quer ser livre, e depois de conhecer o domador de cavalo Bernardo, ela descobre que eles precisam, juntos, passar por cima da aversão inicial e se unirem para vencerem todos os obstáculos e conquistarem a liberdade tão desejada.

Cheio de mistério e sentimentos inesperados, com muita magia romântica, o cenário e os personagens de O Pássaro vão te carregar para um lugar seguro dentro de si.

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Você já conhece a Sam? Já leu alguma coisa dela? Ou acabou de conhecê-la e agora quer ler todos os livros dela? Conta pra gente em nossas redes sociais:  Twitter, Insta e Face.

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Entretenimento Música

En France: 5 melhores músicas francesas da nossa geração

O Entretê reuniu as melhores músicas francesas para você colocar na sua playlist agora e já começar a curtir o fim de semana antecipado com um som novo

Com a globalização que cresce a cada dia, é difícil manter as barreiras das músicas em inglês predominando nas nossas playlists. Pensando nisso, o Entretê separou cinco músicas em francês, de artistas incríveis, que você precisa conhecer.

VIDEOCLUB

Foto: Divulgação

VIDEOCLUB foi uma dupla que se formou em 2018, em Nantes, na França. Eles explodiram para o público pelo YouTube, com a música Amour Plastique. Com um estilo bem retrô e vozes que se combinam, as músicas nos viciam muito.

O dueto tem uma coleção de clipes fofos no seu canal do YouTube, mas a música que eu destaquei para indicar aqui hoje é Enfance 80, que tem um ritmo gostosinho e a estética do clipe é charmosa e colorida. E é a capa do nosso post!

Essa música em especial nos faz querer voltar à infância e nos presenteia com memórias esquecidas sobre deixar os sonhos para o futuro.

Maëlle

Foto: Divulgação

Vencedora da sétima temporada do The Voice francês, Maëlle lançou seu primeiro single em 2019. Intitulado Toutes les Machines ont un Cœur, seu single de estreia tem uma batida dançante e mostra a força do POP francês.

Mas a dica de hoje é L’effet de Masse, que tem um clipe de estética mais simples, com luzes naturais e ambiente escolar. Juntando atuação, danças suaves e um ritmo tristonho, a música aborda bullying e depressão, e questiona o sistema social da nossa geração.

Maëlle tem uma voz popular e aveludada, e vale muito a pena o seu clique!

Claire Laffut

Foto: Divulgação

Com uma estética mais limpa que as duas sugestões anteriores, Vérité nos deixa apaixonados já nas primeiras notas da música.

Nascida na Bélgica, Claire Laffut tem um sucesso considerável na França e dá ao público letras simples, com muitas repetições e batidas agradáveis, seja para dançar ou só para balançar a cabeça.

A sugestão de hoje é de uma música leve e gostosinha, que fala sobre o banal do mundo em que vivemos, com sorrisos falsos e desejos secretos que só podem ser vistos na televisão.

Angèle

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Talvez você já tenha ouvido falar da Angèle, porque além de ela fazer certo sucesso na França, ela gravou a música Fever com a Dua Lipa. O clipe  mostra as duas se divertindo pela noite em Londres, mas não mostra nem a ponta do iceberg que Angèle é.

A sugestão de hoje é Balance ton Quoi, que tem uma batida gostosa para dançar, mas uma letra crítica e furiosa.

Com um clipe lindo de se ver, Angèle fala sobre assédio e induz as vítimas a exporem seus agressores e assediadores. Angèle é uma belga que veio para quebrar tudo!

Pomme

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Pomme é uma cantora francesa de 25 anos, que tem músicas que variam do depressivo ao alegre, com letras sentimentais e delicadas.

A dica para a sua playlist é On Brûlera, que fala sobre um amor sofrido e de como mesmo depois do fim, ela ainda vai querer estar com quem ama e que quer partir nos braços desse alguém.

Com uma voz deliciosa, visualizers inusitados e clipes ora divertidos ora melancólicos, Pomme aborda temas como o amor e a força feminina.

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Você já conhecia alguma dessas músicas? Quer ver mais sobre conteúdo  francês por aqui? Conta pra gente lá em nossas redes sociais:  Twitter, Insta e Face.

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Cinema Entretenimento Especiais

Especial | Curtindo a Vida Adoidado: um clássico que marcou gerações

Curtindo a Vida Adoidado fez história e marcou gerações inteiras por mais de três décadas e inspirou outras obras que amamos

No dia 11 de junho de 2021 o clássico Curtindo a Vida Adoidado, de John Hughes, estreava para o mundo e dava vida e voz a toda uma geração. Prontos ou não, Ferris (Matthew Broderick), Sloane (Mia Sara) e Cameron (Alan Ruck), formavam o espírito de equipe que veríamos mil vezes, de novo e de novo, durante os próximos anos.

Foto: Divulgação

Acompanhando um dia inteiro de aventuras, o público viu o cinema jovem tomar uma nova forma para os jovens fãs de rebeldia controlada. E ainda hoje colhemos os frutos desse plantio em obras mais atuais e igualmente consagradas. Separamos alguns exemplos para vocês:

O trio de ouro

Foto: Divulgação

Quem não se lembra de presenciar, uma e outra vez, um trio formado por dois homens e uma mulher, e em uma estrutura bem parecida com a do grupo de Ferris?

A garota elegante e esperta, que só está ali porque gosta dos amigos – e tem certo envolvimento amoroso com uma das pontas do triângulo. O amigo tímido e apavorado, que tinha todas as razões do mundo para declinar o convite e pular fora de todas as encrencas que surgiriam, mas que, mesmo assim, não o fazia. E o cabeça da situação, que enfiou os amigos no plano mirabolante e que protagoniza toda a trama do filme.

Os protagonistas de Harry Potter podem até não ter sido inspirados em Sloane, Cameron e Ferris, mas chegam bem perto disso.

Ser irmã é um suplício

Figura: Divulgação

Antes de Phineas e Ferb nascerem, Ferris já era alguém que sofria com sua irmã por causa de seus planos mirabolantes.

No próprio filme, descobrimos que Ferris vive dando uma de espertinho, matando aula e vivendo aventuras, enquanto sua irmã Jeanie segue as regras e fica entediada. Anos depois, vimos isso se repetir na história do entretenimento.

Na animação, são três meses de férias, mas Candace se esforça dia após dia para provar aos pais que seus irmãos não estão dispostos a deixar um dia sequer passar batido. Ela e Jeanie poderiam fundar um clube das irmãs incompreendidas, porque o que esses irmãos mais sabem fazer é sair ilesos de suas artimanhas.

Um único dia para fazer tudo

Foto: Divulgação

Alguém Especial, uma comédia romântica estrelada por Gina Rodriguez (Jenny), traz o protagonismo feminino com força total, mas isso não é a única coisa. Assim como em Curtindo a Vida Adoidado, no longa da Netflix, as três amigas só têm um dia para colocar os planos em prática.

O roteiro também só tem base porque é um dia de despedidas, já que o trio vai se separar, e, assim como Ferris, Jenny não está conseguindo conciliar os ciclos da sua vida se fechando e as diversões que sua cidade oferece, tudo em um dia só.

Foto: Divulgação

Nessa comemoração atrasada de 35 anos da estreia mundial do filme, quais as outras obras de cinema e televisão que você incluiria nessa lista? Conta pra gente em nossas redes sociais:  Twitter, Insta e Face.

*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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Cinema Entretenimento Resenhas

Resenha | Os Sapatinhos Vermelhos: um conto de fadas como você nunca viu

Inspirado em Hans Christian Andersen, Os Sapatinhos Vermelhos é um clássico para os  amantes do ballet que merece a sua atenção

Aberto no À La Carte, o filme Os Sapatinhos Vermelhos conta a história de Vicky (Moira Shearer), uma bailarina que consegue entrar na sua companhia de dança dos sonhos, e que em pouco tempo se torna a solista principal.

Como bailarina principal, Vicky ganha o papel de The Red Shoes, ballet inspirado em um conto de fadas de Hans Christian Andersen.

Durante o filme, Vicky se esforça para ser uma grande bailarina e também viver seu amor com o maestro da orquestra, Julian Craster (Marius Goring). Mas tudo vai contra eles quando o diretor da companhia, Boris Lermontov (Anton Walbrook), descobre o romance.

Decidido que bailarinas não podem se apaixonar – e igualmente fascinado por Vicky -, ele trama contra o casal e dá um fim trágico aos sonhos de Vicky.

Hans Christian Andersen (1805 – 1875)

Foto: Hans Christian Andersen/Divulgação

O autor de contos de fadas se consagrou como um dos melhores contistas infantis e alimentou a infância de muitos com histórias como O Patinho Feio e A Princesa e a Ervilha.

Trágico e bem lúdico, Os Sapatinhos Vermelhos fala sobre dança, amor pueril e vilania, características que que alimentam as obras de Andersen e o imaginário popular.

Sem histórias que se popularizaram por meio da Disney, Andersen ainda é um dos poucos contistas que têm suas obras quase intactas nos dias de hoje, sem muita interferência de roteiro, e com finais um pouco mais cruéis do que as versões de outros contos de fadas que conhecemos hoje.

Figurino e atuação

Foto: Moira Shearer como Vicky/Os Sapatinhos Vermelhos

Os figurinos são um espetáculo à parte. Sem muito luxo, mas usando de uma simplicidade delicada, a beleza é encontrada em muito tule e leveza, o que promove movimento de palco para bailarinas e bailarinos de excelente desempenho.

A maquiagem também é inspiradora, e faz o olhar de Vicky ser um show à parte, concentrando suas emoções por um delineado permanentemente dramático em preto e vermelho. O que faz o público se fascinar em mais de uma ocasião.

A atuação, como em todo clássico dos anos 40, não tem muita expressão, com um romance sem açúcar e com concentração dramática focada nos diálogos, que são curtos mas de fácil acesso para qualquer público. O romance é bem inocente, o drama é equilibrado e o vilão é marcado por uma interpretação baseada em rostos sérios e por semicerrar de olhos.

A academia

Foto: Moira Shearer como Vicky/Os Sapatinhos Vermelhos

Os Sapatinhos Vermelhos foi indicado em cinco categorias no Oscar e vencedor das estatuetas de melhor trilha sonora e melhor direção de arte.

Com direção de Michael Powell e Emeric Pressburger, esse é um dos melhores filmes já produzidos no Reino Unido.A obra possui um elenco maravilhoso, que conta com um corpo de baile nos holofotes principais, com nomes como Ludmilla Tscherina, Robert Helpmann e Léonide Massine, os quais se mostraram mais do que bailarinos: se provaram atores de qualidade inquestionável.

Espetacular!

Foto: Moira Shearer como Vicky/Os Sapatinhos Vermelhos

Ter a oportunidade de assistir a esse filme novamente foi inspirador e delicioso. Toda bailarina já visitou essa obra uma e outra vez e passou a vida sonhando com as belas sapatilhas vermelhas de Vicky.

O espetáculo de palco tem jogos de câmera e efeitos especiais que condizem com a época, o que torna o filme ainda mais interessante.

Os Sapatinhos Vermelhos não é só um filme sobre ballet: é viver uma experiência!

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*Crédito da foto de destaque: Robert Helpmann e Moira Shearer como Boleslawsky e Vicky/Os Sapatinhos Vermelhos

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Resenha | Verão Vermelho: um bom filme cultural

Filme de James Ivory, Verão Vermelho, é apaixonante e, também, uma recompensa visual sobre a Índia

Verão Vermelho é um filme que conta a história de Anne (Julie Christie), que viaja para a Índia a fim de investigar a vida de sua tia-avó Olivia (Greta Scacchi), que protagonizou um escandaloso romance com um soberano local (Shashi Kapoor) na década de 1920.

Olivia era casada com Douglas (Christopher Cazanove), mas se apaixonou pelo líder local, um príncipe não muito querido, nem pelo povo e nem pelos britânicos que residem em seu espaço de comando.

A história se desenrola com bastante delicadeza e é deixado claro que Olivia encontrou no amante, algo que seu marido não poderia lhe oferecer: uma vida longe das damas inglesas e sem muitas regras de conduta e postura.

Intercalada com o presente, a história de Olivia se mescla com a de Anne, que se permite vivenciar toda experiência de estar na Índia, e se apaixona pelo país e tem a oportunidade de seguir alguns passos como os de Olivia.

Um show cultural

Foto: Nawab/Verão Vermelho

Antes de tudo, Verão Vermelho é um filme sobre cultura. O choque cultural entre a Índia e a Inglaterra, e o espectador se apaixona perdidamente pela beleza visual.

Colorido, musical e elegante, o filme oferece um figurino de tirar o fôlego, lugares charmosos e explora a Índia luxuosa de uma família governante e a Índia humilde e simples de uma família comum.

A narrativa também flerta com uma amizade suspeita entre o príncipe Nawab e um inglês, permanente visitante em sua casa, Harry Hamilton-Paul (Nickolas Grace). Passei o filme todo tentando entender se Harry era um espião para Nawab, um prisioneiro de honra ou, talvez quem sabe, um amante.

Na Índia dos anos 80, retratada por Anne, temos a experiência cultural do turista Chid (Charles McCaughan), que saiu dos EUA e foi para a Índia em busca de santidade. É uma abordagem também muito interessante sobre como a cultura indiana pode ser apaixonante e comovente.

Um romance político em 1920

Foto: Olivia e Nawab/Verão Vermelho

Para além do drama romântico que o filme apresenta, também vemos jogos de poder sendo explorados durante o longa. Com Nawab representando uma ameaça opressora e fria, sempre educado, mas ameaçador. E, ainda, os britânicos mandões e ainda imperialistas, que esperam recepção obediente dos indianos por conta da colonização que fizeram em seu país.

No âmbito feminino a jogada política também está presente, com toda uma hierarquia entre as mulheres que formam a comitiva da mãe de Nawab. Sendo a própria mãe da personagem uma figura importante no jogo de poder.

Essa é uma indicação que vale muito a pena, e que merece a sua atenção. E, quem sabe, o livro homônimo que inspirou o filme também não se prove um novo interesse?

Leia aqui no Entretetizei:

Resenha | A Garota da Motocicleta: ruim para ser um romance, ruim para ser conceitual

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*Crédito da foto de destaque: Olivia/Verão Vermelho

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Resenha | A Garota da Motocicleta: ruim para ser um romance, ruim para ser conceitual

Marianne Faithfull prova que, como atriz, é uma ótima cantora e A Garota da Motocicleta não conquista em nada em suas duas horas de filme

A Garota da Motocicleta é um filme de 1968, dirigido por Jack Cardiff, e conta a história de Rebecca, uma garota apaixonada e motociclista, que larga tudo – casa, marido e estabilidade – para ir atrás de seu amante em outro país, tudo isso sobre as rodas de sua motocicleta preta.

Rebecca interpreta a filha de um dono de livraria e vivia uma vida bem pacata até conhecer Daniel (Alain Delon), um professor teoricamente erudito e cliente de seu pai. É Daniel que apresenta a ela uma vida de rebeldia: com passeios em motos velozes, sexo casual e liberdade de expressão. Enquanto vive um caso de amor com Daniel, Rebecca se relaciona e fica noiva de Raymond (Roger Mutton), que é o completo oposto de sua paixão alucinante.

Foto: Rebecca e Daniel/A Garota da Motocicleta

Com dois meses de casamento, Rebecca foge de casa, abandonando um Raymond adormecido, e parte para longe, em busca de seu amante e permanente tormento emocional.

Prometendo ser um drama erótico romântico, A Garota da Motocicleta não tem nada além do que nomes famosos no elenco.

A inspiração

Foto: Rebecca e Daniel/A Garota da Motocicleta

A ideia para esse roteiro veio do livro La Motocyclette, de André Pieyre de Mandiargues, publicado em 1963.

O livro – pelo que se é possível saber sem ter um exemplar -, usa a sexualidade e deixa o leitor saber que, por baixo do macacão de couro, Rebecca não veste nada. E, como um ponto positivo, o filme mantém isso e não faz adaptação desse detalhe.

Roteiro sem surpresas

Foto: Rebecca/A garota da Motocicleta

Motociclistas tendem a agradecer a existência desse filme, porque dizem que é o mais próximo que chega de se descrever a sensação de pilotar uma moto, mas o roteiro em si não é bom e deixa a desejar.

Para além do apelo sensual, nada mais acontece além de uma viagem de algumas horas, que levam Rebecca até a Alemanha para se encontrar com Daniel. E, para além disso, não há diálogos reais no longa ou boas interpretações que compensam o permanente monólogo, em forma de pensamento, que leva a protagonista de um ponto a outro.

Em resumo:

Foto: Marianne Faithfull e Mick Jagger/Divulgação

Na minha opinião, tudo que o filme tinha mesmo a oferecer ao público em 1968 era a presença do elenco, em especial de Marianne Faithfull, por conta de seu relacionamento com Mick Jagger, que estava no auge da carreira com a explosão dos Rolling Stones.

Sem figurinos para chamar a atenção, sem diálogos consistentes e com uma trama fraca e sem ritmo, o filme passa ocioso por duas horas e o espectador pode dormir ou se ocupar de outra atividade, porque não perde nada na história.

O tom psicodélico também não vende bem, porque tudo que faz é nublar cenas de sexo para que o público não foque nisso.

Tendo muito que poderia ser realmente explorado, como casamentos opressores, relacionamentos obsessivos e abusivos, liberdade e até violência sexual (por que não? A literatura já fazia isso mesmo), o roteiro se perde apenas na ideia de deixar a protagonista com o corpo exposto e sua insanidade por Daniel sendo igualmente explorada. O final só salva a história por colocar um ponto final no filme.

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*Crédito da foto de destaque: Rebecca/A Garota da Motocicleta

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