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Resenha | Falsos Milionários e as turbulências das relações familiares

A comédia dramática Falsos Milionários, de Miranda July, já está disponível no streaming do Telecine 

Miranda July é uma escritora e cineasta norte-americana e seus trabalhos são marcados por seu estilo peculiar de direção, mesclando o fantástico com situações rotineiras. E seu filme mais recente, Falsos Milionários (ou Kajillionaire, em inglês), discute os dramas e comédias familiares de uma forma única. 

A produção já está disponível no streaming do Telecine e concorreu a diversos prêmios como o GLAAD Awards e ganhou críticas positivas da mídia e dos espectadores desde sua estreia no Sundance Film Festival de 2020.

Sinopse

O filme retrata a família  Dyne, na qual Robert (Richard Jenkins) e Theresa (Debra Winger) criaram sua única filha (que tem seu nome revelado durante o filme, e é interpretada pela Evan Rachel Wood) para ajudá-los na aplicação de pequenos golpes por volta de Los Angeles

Com dificuldades em se manter financeiramente, eles decidem realizar mais um esquema, até Melanie (Gina Rodriguez), uma charmosa jovem cruzar o caminho da família. Robert e Theresa acabam atraindo a garota para trabalhar com eles, o que acaba criando tensões entre o casal e sua filha

Direção e performances

Algumas das cenas e, principalmente a abertura de Falsos Milionários, se aproximam bastante das táticas de direção de Wes Anderson, outro cineasta que usa de enquadramentos e criações de mundos fantásticos para criar profundidade em suas histórias.

Porém, um diferencial que vale ser ressaltado é como a Miranda July não costuma expandir os cenários nas cenas, deixando o foco totalmente em seus personagens principais

Apesar de passarem a maior parte do tempo em Los Angeles, uma cidade com vários pontos turísticos ao ar livre, as cenas mais importantes da história acontecem em quartos fechados, representando talvez a bolha em que a família se encontra ou a falta de conexão de sua filha com o resto do mundo

Um grande destaque de Falsos Milionários é a performance dos atores, que conseguem navegar entre as cenas de comédia e de drama em questão de minutos. Com apenas uma entonação em uma fala, o cenário com a iluminação e humor dos personagens se alteravam totalmente

Discussões encontradas em Falsos Milionários e co-dependência em relações

Falsos Milionários consegue construir relações familiares verossímeis mesmo em cenários absurdos. O filme não pretende focar na aventura de mini golpes nas redondezas da cidade, mas usa esse cenário diferente para ressaltar as dificuldades e momentos de co-dependência em relações

Evan Rachel Wood, por exemplo, interpreta uma garota em seus 20 e poucos anos que não tem relações fora de sua família, e no ínicio do filme tem pouquíssimas falas. Todos os trejeitos apresentados em cena fazem o espectador entender a confusão de sentimentos que a personagem passa e o início de um desejo de receber o carinho e atenção que seus pais nunca deram para ela. 

O foco do filme é a discussão sobre as dificuldades de relações parentais, mas ao utilizar o cenário de uma família em uma situação sensível, o enredo peca em não fazer comentários sobre disparidade entre classes sociais, especialmente considerando que Los Angeles concentra uma das maiores populações de moradores de rua.

Você pode assistir ao trailer clicando no vídeo abaixo:

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*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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Entretenimento Música TBT

TBT | Britney Spears e seu impacto na cultura pop

Com milhões de discos vendidos e fãs ao redor do mundo, não é à toa que Britney Spears carrega o título de princesa do pop

Britney Jean Spears não precisa de introdução: ela não só foi a primeira artista feminina a alcançar a marca de 100 milhões de discos vendidos, além de fazer  shows ao redor do mundo, mas também foi responsável por grandes momentos que ficaram marcados na cultura pop nas últimas 3 décadas. 

Mas, como Britney conseguiu construir sua carreira e continuar se destacando dentro da indústria musical desde os seus 16 anos? Separamos alguns pontos da trajetória da artista que podem explicar o motivo dela ainda ser considerada a princesa do pop

Anos 90 e o teen pop

É inegável que os anos 90 foram muito marcantes para o mundo da música. Ao longo dessa década, surgiram diversas bandas de rock e o Nirvana colocou o grunge no topo das paradas com seu álbum Nevermind. O rap também tinha grandes lendas constantemente lançando álbuns, como o 2Pac. Mas, e o pop

É claro que os grandes nomes do gênero, como Michael Jackson, Janet Jackson e Madonna ainda estavam criando seus discos e fazendo turnês ao redor do mundo. Porém, aquele bubblegum pop, que seriam músicas mais focadas em crianças e adolescentes, já não estava tão presente. 

Não podemos negar a importância das girlbands, como as Spice Girls, e as boybands, como N’sync e Backstreet Boys para a volta desse gênero, mas foi com Britney Spears em um uniforme escolar que o teen pop virou febre mundial. 

Em 2019, a revista Rolling Stone fez um especial sobre como a Britney mudou toda a música pop com o primeiro álbum, Baby One More Time.

Imagina mudar uma indústria inteira com seu primeiro lançamento, aos 16 anos? Depois disso, já dava para saber que a garota teria um brilhante futuro pela frente. 

Britney Spears e o VMA

Britney já tinha um álbum de bastante sucesso e todo um marketing em sua volta que fez com que ela conseguisse ficar marcada no imaginário do público americano. E para a sua dominação mundial, ela teve um grande aliado: a MTV

A emissora conseguia atingir um grande público e, além de ser um canal para divulgar os videoclipes da era Baby One More Time, no VMA, a artista poderia ganhar prêmios e reconhecimento pelos seus feitos, além de se apresentar ao vivo para o mundo todo. E se tratando de shows ao vivo, Britney Spears nunca decepcionou. 

Suas apresentações no VMA são, até hoje, lembradas e se encontram nas listas das melhores que já aconteceram dentro da premiação. Podemos destacar a apresentação de 2000, com um cover de I Can’t Get No Satisfaction e Oops!… I Did It Again, 2001, em que a gata apresentou I’m a Slave 4 You com uma cobra no palco e em 2003, quando rolou aquele beijo com a Madonna

Músicas e videoclipes marcantes

Com suas coreografias, tops e calças de cintura baixa, Britney comandava os palcos de uma forma que a diferenciava de outros artistas, e é claro que ela teria uma discografia marcante para acompanhar seus shows.

Além das músicas já citadas, Britney Spears coleciona grandes hits ao longo das décadas: Toxic, Gimme More, Womanizer, Circus, 3, Till The World EndsWork Bitch são alguns de seus singles mais bem sucedidos, mas ela tem um vasto catálogo de músicas sobre amor, corações partidos e empoderamento feminino

A sonoridade das músicas são um destaque porque, apesar de utilizar de elementos pop, você precisa de apenas alguns segundos da canção para já saber que está ouvindo Britney em um rádio ou em uma balada. Juntando a melodia à sua voz, parece que o gênero pop é tão intrínseco a ela que diversos outros artistas seguiram seu caminho para criação de outras músicas que tentam replicar essa magia. 

Videoclipes que mostram grandes produções não são novidade, mas Britney também reviveu esses grandes espetáculos, os quais estão para sempre marcados na cultura pop, catapultando também a carreira de diretores com quem ela trabalhou, como o Joseph Kahn, que dirigiu Toxic e trabalhou com grandes nomes depois disso, como a Taylor Swift

Inspiração para fãs e novas artistas

Selena Gomez, Miley Cyrus, Lady Gaga e demais artistas rasgam elogios para Britney, por já terem trabalhado com a cantora ou por ela ter sido muito importante para a adolescência dessas estrelas. 

Além disso, Britney também já teve oportunidade de trabalhar com Michael Jackson e Madonna, rei e rainha do pop, respectivamente, garantindo assim o selo de aprovação de lendas da música e confirmando o seu lugar junto com eles no trono

Em diversas entrevistas com outras pessoas do meio musical e em relatos de fãs, existe um consenso em que Britney é uma pessoa muito doce e atenciosa. Talvez essa imagem vulnerável que temos dela possa fazer com que esqueçamos que ela é uma pessoa muito forte, agora comprovado com as informações que temos sobre os últimos 13 anos de sua vida

#FreeBritney

O último ano foi marcado por uma cobertura mais direta da mídia sobre a situação da tutela de Britney Spears. Desde ameaças de que ela não poderia ver seus filhos se não realizasse shows a acusações mais sérias de abuso de poder pelo seu pai e pessoas envolvidas na tutela, o mundo ficou se perguntando como alguém tão importante poderia estar presa em uma situação assim

Porém, se olharmos como a mídia a tratava, talvez a surpresa não seja tão grande. Em 2008, no ano em que a tutela começou, já havia sido publicado um artigo chamado The Britney Economy, no qual mostrava como e quem poderia lucrar com fotos e escândalos midiáticos da garota. 

Desde criança, com sua participação no Mickey Mouse Club, até começar a dar seus próprios passos em sua carreira, Britney se mostrou não só uma pessoa que trabalha duro, mas como alguém que se importa muito com seu ofício. A cada disco que passava, a garota começava a ganhar créditos como escritora e produtora de suas músicas e videoclipes, mas aos poucos sua criatividade e liberdade começaram a ser retiradas

Seu direito à privacidade começou a ser violado, o término de seu primeiro relacionamento virou manchete ao redor do globo e seus momentos mais vulneráveis viravam lucro para grandes corporações. Mais do que apenas um símbolo da cultura pop, a vida de Britney pode ser um ponto para conversas futuras sobre os perigos de se ter uma tutela e a importância de políticas para proteger futuras artistas que também sonham em se tornar grandes estrelas. 

Qual é o seu momento, show ou videoclipe preferido de Britney Spears? Conta para a gente e siga o Entretetizei no Twitter, Insta e Face para ficar por dentro de tudo do mundo da música e do entretenimento.

*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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Entretenimento Séries

Curiosidades sobre as gravações de Sex Education

Conheça mais sobre a locação e gravação dessa série da Netflix e sua terceira temporada

Sex Education é uma das séries queridinhas dos assinantes de Netflix. A história acompanha adolescentes do ensino médio lidando com o amadurecimento e o descobrimento de seus gostos, sonhos e sexualidade. Otis e Maeve acabam tendo a ideia de criar uma clínica clandestina para atender seus colegas de turma e os ajudar durante essa fase.

A série faz um ótimo papel em trazer histórias verossímeis e representatividade em seus personagens, além de não deixar o bom humor de lado. Para comemorar a excelente terceira temporada – recém lançada no streaming -, separamos algumas curiosidades sobre as gravações de Sex Education que você talvez não saiba. Vamos lá?

1- Onde fica Moordale?

Moordale é uma cidade fictícia, mas não é composta apenas por sets de filmagens! A série mostra alguns locais que de fato existem no País de Gales ou no oeste da Inglaterra. A escola Moordale Secondary School, por exemplo, é, na verdade, o campus da University of South Wales.

2- Em que ano a história se passa?

A criadora de Sex Education Laurie Nunn e o diretor Ben Taylor acabaram mesclando diversas referências para criar  a ambientação única da série e, por conta disso, não deixaram tão explícito o período em que a narrativa está se desenrolando. Os personagens possuem problemas e dilemas bem característicos da nova geração de adolescentes, mas também usam roupas e acessórios da moda dos anos 90 e 80. 

Além disso, acaba mesclando atributos de escolas americanas com a ambientação britânica, com o intuito de fazer com que uma maior parte do público se identifique com a vida dos personagens. 

3- A casa de Otis e Jean existe na vida real!

Uma das coisas que chama atenção na série são as imagens da paisagem e das casas de Moordale, sempre cercadas por árvores e lindos campos verdes. A casa de Otis e Jean Millburn se destaca por uma decoração charmosa e sua linda vista. A novidade é que esse chalé, localizado em Wales, pode ser seu! Bom, pelo menos por um fim de semana (com preços a partir de £750).

The Chalet, construído em 1912 pode ser alugado por aqueles que querem curtir dias de paz e sossego, e você pode reservar sua estadia através desse link

4- Sex Education e Creative Wales

A Creative Wales é uma iniciativa do governo criada em 2020, de forma a fomentar a produção cultural no local e diminuir a dependência da Inglaterra. O projeto também foi criado em um momento oportuno, já que com a pandemia do coronavírus muitas pessoas estavam tendo suas rendas impactadas. 

Os últimos números divulgados mostram um orçamento anual de £2.2 bilhões para o projeto, já empregando 56 mil pessoas, e a terceira temporada de Sex Education foi gravada fazendo parte desse projeto

Isso mostra que, com o auxílio do governo, produções locais podem ser feitas com qualidade e até mesmo trazer notoriedade para sua cidade de origem. Para mais informações sobre iniciativas do mercado audiovisual, recomendamos a conta do Twitter da Marina Rodrigues, que também escreveu uma thread sobre o Creative Wales, que você pode ler abaixo.

5- Ator e futuro diretor

Durante o Tudum, Ncuti Gatwa (Eric) e Kedar Williams-Stirling (Jackson) apareceram para conversar sobre a terceira temporada de Sex Education e o processo de gravação da mesma. Foi revelado que Kedar dirigiu o elenco durante aquela cena da viagem escolar. Esperamos que essa seja a primeira experiência de muitas do astro na direção!

Você pode ver a conversa dos dois abaixo,a partir do minuto 41:11:

https://www.youtube.com/watch?v=I7qSE0tniHE

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*Crédito da foto de destaque: Insider/Thomas Duke

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Livros Resenhas

Resenha | Observações Sobre um Planeta Nervoso e como manter a saúde mental na era da internet

Em Observações Sobre um Planeta Nervoso, Matt Haig compartilha suas experiências e como se mantém são em uma sociedade cada vez mais rápida e tecnológica

Matt Haig é um autor e jornalista britânico que escreve livros de ficção e não-ficção. Suas obras sempre possuem uma temática em comum: saúde mental. Ele considera que esse é um tema importante de ser difundido e já compartilhou sua própria jornada de aceitação com o público.

Desde sensações de não ser o suficiente a ataques de pânico e ser diagnosticado com depressão, ele acredita que falar sobre seus problemas já é um grande passo para se sentir melhor. 

Observações Sobre um Planeta Nervoso foi publicada pela editora Intrínseca em 2020 e não é necessariamente um livro de autoajuda, mas o autor costura uma narrativa com curiosidades históricas sobre a vida em sociedade e dados reais sobre saúde, de forma a informar o leitor e contar como ele lida com o estresse de viver nessa nova era. 

Como continuar humano em um mundo de mudanças?

Matt Haig apresenta esse questionamento e argumenta que a era moderna não é totalmente ruim, mas que nunca vivemos um período de mudanças tão rápidas na sociedade. Após 5 anos de pesquisa, ele coletou em Observações Sobre um Planeta Nervoso alguns dados que mostram que tal rapidez pode ser um gatilho para o estresse e outros problemas que impactam nossa saúde mental

Quando pensamos em mudanças, podemos focar apenas nas externas, como uma mudança de cidade ou de trabalho. Porém, e as mudanças sociais, culturais, políticas e tecnológicas que assistimos na última década? Será que indiretamente isso pode afetar nossa ansiedade também?

Já existem muitas discussões sobre o vício em redes sociais, a rapidez do compartilhamento de fake news e a relação tóxica de seus usuários com padrões de beleza e, apesar do autor também fazer essas pontuações, Observações Sobre um Planeta Nervoso não é um livro antirredes. Na verdade, ele tenta fazer com que o leitor reflita sobre seus limites e vontades de usar esses meios de comunicação para o seu bem.

A mente, o corpo e a sociedade

A ansiedade não nasce especificamente por causa da modernidade, mas a mesma pode ser um catalisador para esse tipo de sentimento. Nós nunca tivemos tanto acesso a informações e a pessoas quanto hoje, e isso pode ter adicionado uma pressão a mais em nossas vidas.

Matt Haig afirma que somos uma sociedade que pensa no futuro e, por conta disso, não consegue viver totalmente no presente. Em vez de estarmos focados no agora ou tentarmos nos contentar com o que temos, a publicidade, as redes sociais e até mesmo a forma que nos ensinaram a pensar fazem com que repetimos sensações como: “quando eu for para a faculdade, vou ser feliz de verdade…”, “quando eu tiver aquela casa, vou ser feliz de verdade…”, etc.

O título, Observações Sobre um Planeta Nervoso, realmente representa isso: que todo o planeta está nervoso e tendo os mesmos questionamentos. Problemas de saúde mental, apesar de tratados individualmente, podem sim ter causas estruturais, já que, se milhões de pessoas possuem essas dificuldades, isso não é um caso isolado.  

O livro faz um excelente papel de conscientização sobre a complicada relação de crescer e continuar vivendo em um mundo caótico e apesar de tudo que foi descrito até aqui pareça um pouco catastrófico demais para o leitor, Observações Sobre um Planeta Nervoso também lida com o lado positivo da sociedade atual e com formas que a gente possa viver mais feliz.

Um dos pontos em que Matt Haig conversa diretamente com o leitor é quando ele pontua que saúde mental e saúde física não deveriam ser vistas – ou tratadas – de forma individual, já que a mente não existe sem o corpo. 

Você já conhecia esse livro? Tem alguma outra indicação de obras que também tratam sobre saúde mental? Conta para gente nas nossas redes sociais: Twitter, Insta e Face!

 

*Crédito da foto de destaque: Intrínseca/@NostalgiaCinza

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Entretenimento Livros Resenhas

Resenha | Hamnet e a tragédia pessoal de Shakespeare

Uma releitura fictícia sobre a vida de um jovem e a melancolia que paira sob sua família

Na década de 1580, um casal que morava na Henley Street tinha três filhos: Susanna e os gêmeos Hamnet e Judith. O menino, Hamnet, morreu em 1596, aos onze anos. Cerca de quatro anos depois, seu pai escreveu uma peça chamada Hamlet.” E é assim que o livro Hamnet, de Maggie O’Farrell, se apresenta para o leitor. 

Publicado pela Intrínseca neste mês, a obra da autora irlandesa é inspirada na vida real de William Shakespeare. Poeta e dramaturgo, suas obras não precisam de introdução, já que foram capazes de influenciar dezenas de gerações após suas primeiras apresentações em um teatro londrino. 

Porém, nesse livro ele não será lembrado por ser um dos maiores autores de todos os tempos, mas sim por ser pai de Hamlet.

Pai, irmão, filho, marido e tutor de latim: seu icônico nome não aparece em nenhuma página desta obra, que justamente coloca luz nas pessoas que foram coadjuvantes em sua vida. 

Hamnet e a desconstrução de um ícone

Anne ou Agnes Hathaway foi uma mulher misteriosa. Sendo conhecida por esses dois nomes e anos antes dele ser passado em forma de homenagem para uma famosa atriz, era assim chamado o grande amor de Shakespeare. Conseguimos acompanhar a infância dela e de seu irmão Bartholomew, até a moça se encantar por um certo tutor de latim. 

A família do tal tutor é composta por diversos irmãos e irmãs, mas as figuras mais proeminentes são John, que após alguns problemas acabou se tornando um senhor amargo e até mesmo violento, e Mary, a matriarca da família que acaba não demonstrando tanto afeto a seus filhos. 

Tais figuras, que moldaram a vida e as peças de Shakespeare, foram apagadas da história quase que por completo. Não se sabe porquê sua mulher tinha dois nomes, ou a causa real da morte de seu filho.

Também não se sabe por qual motivo o dramaturgo nunca mencionou a peste bubônica em suas obras, doença que cercava a vida das pessoas naquela época. 

Com tantos mistérios, a autora consegue colocar suas suposições sobre essa família à frente da narrativa e subverter as expectativas: ele será o coadjuvante da história. 

Esse homem é apenas um filho desobediente, um marido ausente, mas que almeja um futuro melhor. Ele é até chamado de vagabundo por seu pai, já que não conseguia arranjar emprego algum. E essa visão, de um ícone desconstruído, é uma das partes mais fascinantes do texto. 

Apresentação da narrativa

O livro não tem divisão numérica de capítulos, mas se intercala entre o verão de 1956, quando o jovem Hamnet perambula aflito pelas redondezas de sua casa à procura de um adulto, e entre cenas de ocorridos dos anos anteriores, como a infância dos pais das crianças e o início de seu casamento. 

Um diferencial da escrita de Maggie O’Farrell é a forma que a autora descreve a ambientação das cenas. Ela passa boas linhas falando sobre a brisa do vento, os tipos de rochas e até mesmo a posição de objetos em estantes.

Em alguns momentos, o leitor pode estranhar tal feito, porém tais descrições são cruciais para personificar as emoções de seus personagens

Dessa forma, você não apenas lê que um determinado personagem está se sentindo claustrofóbico, por exemplo: a casa parece menor, os quartos são confusos e desorganizados, e é impossível ficar em um cômodo sozinho. 

Quando um personagem está triste, parece que o céu perde as cores, que a vida (ou a narrativa) fica mais lenta e arrastada. Assim, o leitor acaba ficando imerso na leitura com mais facilidade, já que é possível visualizar as cenas muito bem, e também sentir todos os sentimentos descritos.

A linha invisível da narrativa 

Hamnet é uma história de perda. Não só a perda de um filho, mas acompanhamos crianças perderem sua inocência, uma mulher sentindo que perdeu seu marido e um homem se perdendo em seu trabalho.  

Também é sobre como o luto pode moldar as vidas das pessoas que continuam na Terra e como cada um lida com isso de formas diferentes. Parece até mesmo que a melancolia é algo que paira nessa família, que está apenas esperando para pegá-los.  

A intercalação de capítulos acaba costurando uma linha invisível na narrativa que, a partir de certo ponto do livro, você já sabe onde ela chegará. E, no meio tempo, você acompanha os personagens andando diretamente para uma tragédia, sem conseguir enxergá-la. 

Sobre a autora

Maggie O’Farrell nasceu em 1972 na Irlanda do Norte e atualmente mora em Edimburgo.

A autora está se tornando um nome muito proeminente na literatura, e também escreveu obras como A Mão que Me Acariciou Primeiro (vencedor do Costa Novel Award); Instructions for a Heatwave; This Must Be the Place; e, mais recentemente, Existo, existo, existo: dezessete tropeços na morte.

Com Hamnet, Maggie ganhou o Baileys Women’s Prize for Fiction em 2020 e National Book Critics Circle Award: Ficção em 2021.

E aí, ficou interessado nessa história? Já conhecia a história de Hamnet? Siga o Entretetizei em nossas redes sociais – Insta, Face e Twitter – e fique por dentro de mais dicas de livros incríveis. 

Leia também: Resenha | As notas sobre a vida na terra que John Green concede em seu novo livro

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Entretenimento

Beyoncé e Jay-z criam um programa de bolsas de estudo com a Tiffany & Co

O projeto About Love será focado para estudantes de universidades e faculdades historicamente negras

Mais uma novidade para os fãs do casal Beyoncé e Jay-Z! Após estrelarem a campanha About Love da Tiffany & Co. (uma joalheria estadunidense muito famosa e importante), o casal, chamado de The Carters, anunciou detalhes do lançamento de um programa de bolsas de estudo em parceria com a BeyGOOD e a Fundação Shawn Carter (projetos sociais dos artistas).

Com o anúncio da campanha, a Tiffany & Co. comprometeu-se na doação de 2 milhões de dólares  para o financiamento de bolsas a  estudantes de artes e campos criativos de Universidades e Faculdades Historicamente Negras (HBCUs). 

Sobre o programa

Tal programa será concedido a cinco pequenas universidades selecionadas: Lincoln University na Pensilvânia, Norfolk State University na Virginia, Bennett College na Carolina do Norte, University of Arkansas em Pine Bluff e Central State University em Ohio.

Nós gostaríamos de agradecer a Fundação Shawn Carter, BeyGOOD, aos Carters e a família Tiffany & Co. por incluir a Lincoln University neste maravilhoso presente“, disse Dr. Brenda A. Allen, presidente da Lincoln University,  ao agradecer o casal Beyoncé e Jay-Z. E ainda completou dizendo que “fornecer apoio financeiro para os alunos que buscam essas especialidades aumenta sua capacidade de se envolver mais plenamente nos estudos.”

As universidades HBCUs são partes integrais da cultura estadunidense por mais de 150 anos, e apesar da Tiffany & Co. já oferecer bolsas de estudos em outras universidades, esse é um passo fundamental para apoiar e destacar as influências pretas históricas e atuais que foram fundamentais na formação de nossa narrativa atual.

Os interessados devem estar matriculados em alguma das escolas citadas e se qualificar para receber o auxílio financeiro pré-determinado pela sua HBCU. As bolsas apoiarão alunos atuais e novos que estão interessados em buscar diplomas nos campos criativos (artes visuais, mídia, performance, design, etc.), história e comunicação.

Será dada prioridade aos alunos que enfrentam dificuldades financeiras e precisam de assistência emergencial. As inscrições online foram abertas em cada escola participante na sexta-feira, 10 de setembro, e serão encerradas no domingo, 26 de setembro às 23h59 EST (Eastern Standard Time).

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Música

Resenha | Lorde reafirma sua versatilidade como artista em Solar Power

A artista lançou seu terceiro álbum após um longo tempo longe dos holofotes e quatro anos de lançamento do aclamado Melodrama

Lorde pegou a internet de surpresa ao lançar em junho seu single Solar Power, anunciando também o álbum de mesmo nome para o dia 20 de agosto. E, no dia de hoje, a espera dos fãs finalmente acabou! O terceiro projeto da cantora neozelandesa já está disponível no mundo todo.

O que torna o projeto ainda mais especial é o fato de que Lorde ficou quatro anos sem lançar músicas – e mal aparecendo nas redes sociais também, fazendo com que os fãs constantemente se perguntassem onde a cantora estaria.  Solar Power dá sequência a discografia de Lorde, após o Melodrama (2017) e Pure Heroine (2013).

Inspirações e Colaborações em Solar Power

Nas entrevistas divulgadas sobre Solar Power, Lorde ressalta a diferença desse momento que está vivendo e sua vontade de incorporar instrumentos e referências musicais que não estavam tão presentes em seus outros projetos. A cantora comenta que “O álbum é uma celebração do mundo natural, uma tentativa de imortalizar os sentimentos profundos e transcendentes que eu tenho quando estou ao ar livre. Em tempos de dor, tristeza, amor profundo ou confusão, eu olho para o mundo natural em busca de respostas. Aprendi a respirar e a me sintonizar. Foi isto que aconteceu.

A produção forte, com sintetizadores e graves que remetiam batimentos cardíacos, que foram tão característicos do Melodrama, dão lugar a guitarras acústicas e melodias mais suaves, que realmente incorporam a sensação de estarmos no verão. Uma coisa que não mudou foi a sua parceria com Jack Antonoff, produtor, também, de seu álbum anterior. 

Lorde encontrou, talvez, um jeito inusitado de incorporar parcerias nesse projeto: diversas faixas contam com backing vocals de Clairo e Phoebe Bridgers, além da canção Secrets from a Girl (Who’s Seen it All) contar com uma parte falada por Robyn, artistas que são bastante conhecidas no cenário da música alternativa

Divulgação de Solar Power e caixas musicais (que não vem com CDs)

Lorde subiu hoje no palco do  “GMA” Summer Concert Series, para apresentar faixas do álbum, em seu primeiro show presencial em quase dois anos. Ela também já realizou apresentações em programas de TV americanos, como o Late Night With Seth Meyers e The Late Show With Stephen Colbert, e a partir do dia 23 de agosto se juntará ao The Late Late Show with James Corden para a participação de uma semana durante a primeira semana da volta do show após o intervalo de verão.

Também foram divulgadas as datas da turnê de divulgação do Solar Power, que atualmente conta com mais de 40 shows esgotados marcados para 2022. Os palcos foram escolhidos a dedo pela cantora, com paisagens belas e lugares para concertos menores, para garantir a sua proximidade com os fãs

Uma coisa que chamou a atenção em sua estratégia de vendas é o fato de não existir CDs físicos, apenas vinis. Com sua preocupação com a natureza, Lorde criou uma music box ecológica que contará com conteúdo visual extra, notas manuscritas, fotos exclusivas e um cartão de download das canções (com faixas bônus exclusivas).

Sobre o conceito deste produto inovador, Lorde disse que “No início do processo de criação deste álbum, decidi que eu também queria criar uma alternativa ambientalmente correta e progressista para o CD. Eu queria que a music box fosse semelhante em tamanho, forma e preço de um CD, para ficar ao lado dele em um ambiente de varejo, mas que fosse algo que se destacasse e que estivesse comprometido com a natureza em evolução de um álbum moderno.

Tracklist e liricismo

A abertura do álbum é a canção The Path, em que Lorde diz com todas as letras que ela, assim como nós, também se sente perdida e está buscando pelo seu próprio caminho. Além disso, a música acrescenta uma crítica sobre como se é esperado que pessoas famosas tenham todas as respostas do mundo, mas que o público deveria procurar tais respostas na natureza. 

Apesar de não ser a salvadora do mundo, ela é como um Jesus mais bonitinho ou é isso o que se canta em Solar Power. A faixa acompanha um clipe com a cara do verão: Lorde aparece vestida de amarelo em uma praia da Nova Zelândia enquanto dança com amigos sobre as coisas boas da vida e o contato com a natureza para se desligar de problemas e estresses. 

Califórnia aparece na sequência e, tendo violões acústicos mais presentes na canção, Lorde dá adeus a vida glamurosa de festas e modelos bonitas na Califórnia, ao som de uma produção que provavelmente poderia ser encontrada em bandas como o Fleetwood Mac. Essa música representa bem algumas falas da artista em entrevistas, já que ela ressaltou que não está mais com intenção de retornar às redes sociais e à vida cercada de notícias midiáticas. 

Stoned at the Nail Salon já era uma conhecida do público, já que foi single promocional de Solar Power, e acompanha muito bem a Fallen Fruit, que possui sonoridades similares e a narrativa passa de reflexões sobre a vida e família da artista para suas preocupações com o meio ambiente. 

Lorde sempre foi muito aclamada por seus fãs por poder representar tão bem as fases da adolescência e o crescimento até chegar na vida jovem adulta, produzindo músicas como Ribs. Secrets from a Girl (Who’s Seen it All) parece dialogar justamente com aquela adolescente de 15 anos, na qual a artista — agora com 24 anos — pode dar a certeza de que a garota estava no caminho certo.

A canção mais explicitamente romântica no álbum é The Man with an Axe, em que ela própria canta que essas melodias eram para alguém especial em sua vida. Essa faixa funciona como o oposto de Dominoes, a mais curta do álbum, que retrata Lorde pensando em uma pessoa que ela conhecia quando mais nova, mas que agora parece ter mudado completamente. 

Com tantas reflexões sobre mudanças na vida e o poder do tempo, a cantora também reflete sobre a morte de seu cachorro Pearl, que ocorreu em 2019, mas o nome da música, Big Star, é uma referência a uma banda que ela gosta bastante. Preparem os lencinhos na hora de ouvi-la!

As críticas para a sociedade e como tratamos o meio ambiente voltam com Leader of a New Regime – um interlúdio em que ela imagina o que ainda está por vir em relação ao mundo – e, também, em Mood Ring.

Essa canção ganhou um clipe na terça-feira (17), onde vemos pela primeira vez a Lorde com uma peruca loira, para representar mulheres brancas que acabam apropriando a cultura de outros povos ao tentar entrar no mundo do misticismo e apoio à natureza. Você pode ver o clipe abaixo: 

Oceanic Feeling é responsável por fechar essa experiência A canção de mais de seis minutos de duração – o que é raro nos dias de hoje – parece ter saído do próprio diário da artista, em que ela conta para o ouvinte como sua vida está, fala sobre como adora seu irmão e como pensa sobre o próprio futuro.

De forma geral, Solar Power mostra de forma coesa, seja em sonoridade ou em estética, essa fase mais feliz e preocupada com causas ambientais que Lorde está vivendo. A produção pode não ser comercial para os dias atuais, mas essa pegada mais acústica – que foi marcada na transição dos anos 90 para a década de 2000 em hits como Torn, da  Natalia Imbruglia, e produções mais cruas de bandas dos anos 70, como os Beatles – pode ser justamente o que diferencia a artista de outros grandes nomes que lançaram projetos esse ano.

Lorde está mais preocupada em passar uma mensagem e se conectar com os fãs do que produzir, ao lado de Jack Antonoff, algo mais radiofônico. Essa estratégia comprova mais uma vez que seu ser consegue se camuflar com diferentes tipos de composições, assim como David Bowie, uma de suas maiores inspirações como artista.  

Você pode escutar o Solar Power nas principais plataformas de streaming, e assistir os clipes e visualizers das músicas no YouTube, na playlist abaixo.

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*Crédito da foto de destaque: Divulgação/Youtube/Lorde

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Inválida Música

Madonna: 7 performances icônicas ao longo das décadas

Para comemorar o aniversário da rainha do pop, o Entretetizei separou momentos marcantes da artista nas últimas 4 décadas

 

Madonna Louise Veronica Ciccone, ou simplesmente Madonna, está fazendo 63 anos nesta segunda (16). Sendo do signo de leão, a diva vem agraciando o público com grandes hits desde os anos 80. São, até o momento, 14 álbuns de estúdio, 17 participações em filmes (seja  como atriz, dubladora ou sendo o foco de um documentário) e sete Grammys.

Não é um exagero em dizer que ela é uma das principais figuras da indústria musical e da cultura pop de todos os tempos. 

Madonna saiu de Nova York para conquistar o mundo, mas a vida de estrela não foi conquistada por um caminho fácil. Com problemas pessoais e escândalos, a estrela teve que superar muita coisa para ser quem é hoje – e também teve que ouvir muitas vezes que ela poderia arruinar sua carreira. 

Desde o uso do crucifixo como um acessório, o vídeo de Like a Prayer com um Jesus negro, a canção Papa Don’t Preach e sua mensagem, além de todas as suas canções mais sensuais – e todo o álbum chamado Erotica -, acabaram por enfurecer até mesmo a Igreja Católica. Isso sem contar todo o apoio para a comunidade LGBTQIA+ e seu importante papel para o combate da desinformação sobre o HIV, Madonna nunca fugiu de uma luta. 

Pela sua coragem, determinação e por abrir portas no cenário da música pop, inspirando artistas como Britney Spears, Miley Cyrus e Lady Gaga, a artista ditou muitas tendências e criou diversos momentos icônicos. 

Para comemorar seu aniversário, o Entretetizei preparou uma lista destacando sete performances memoráveis da rainha do pop. Vamos conferir?

MTV Awards 1984: 

O primeiro VMA da MTV não poderia ter tido uma melhor primeira edição! Madonna estava no início de sua carreira e foi um dos assuntos mais comentados daquela noite, já que ela chegou a performar seu hit, Like a Virgin, em um vestido de noiva – e até tinha um enorme bolo de casamento no palco. 

Muitos afirmaram que tal performance foi muito “picante” para um programa de TV e que isso poderia prejudicar sua carreira, mas nada parou a artista. E foi justamente alguns meses depois, com seu segundo álbum – que tem o mesmo nome da faixa performada naquela noite -, que ela atingiu o estrelato

MTV Awards 1989: 

Cinco anos depois e mais dois álbuns lançados, Madonna voltou para o palco do VMA para fazer uma das melhores performances da sua carreira, para a poderosa faixa Express Yourself. Com uma baita coreografia, ela comandou o palco naquela noite!

MTV Awards 1990: 

Vogue é uma música que não precisa de introdução nem no ano de 2021 e nem em 1990. Madonna foi a artista com mais indicações nesta edição da premiação, e para canalizar a essência do clipe lançado, a artista apostou em um show totalmente performático e com a coreografia bem marcada. 

Inspirada no filme Ligações Perigosas, todo o cenário e figurino remetiam à opulência francesa do século 18. 

Oscar 1991:

A canção Sooner or Later, criada pelo lendário compositor de musicais da Broadway  Stephen Sondheim, ganhou o Oscar de Melhor Canção Original naquela noite. Madonna foi convidada para performar naquela noite, e ela não decepcionou: apareceu no local com um vestido estonteante, parecendo uma diva da Hollywood clássica. E além disso, ela simplesmente apareceu com Michael Jackson, como par naquela noite. Que poder!

MTV Video Music Awards de 2003:

19 anos depois da primeira apresentação da canção, Britney Spears e Christina Aguilera subiram ao palco do VMA para performar Like a Virgin, também vestidas de noivas. O que aparentava ser apenas uma homenagem à rainha do pop acabou ganhando uma surpresa: Madonna saiu de dentro do bolo vestindo um termo, representando o noivo do casamento. Então, ao cantar a música Hollywood, beijou as duas artistas antes de chamar  Missy Elliot para o palco. Com a reação das pessoas na plateia – e ao redor do mundo – agora este é um dos momentos mais memoráveis da cultura pop

Super Bowl Halftime Show 2012:

Depois de grandes nomes como Prince e Michael Jackson comandarem o show que acontece durante o intervalo da final do campeonato de futebol americano – o evento mais assistido nos Estados Unidos – somente em 2012 a Madonna foi chamada. Com participações especiais de Cee Lo Green, LFMAO, M.I.A e Nicki Minaj, a artista performou os seus maiores hits e foi a porta de entrada para grandes produções de outras divas pop no Super Bowl, como as futuras apresentações de Katy Perry e Lady Gaga. 

Billboard Music Awards 2019: 

Agora, com mais de 40 anos de carreira, Madonna se reintroduziu ao mercado musical com o Madame X, um álbum muito inspirado na sonoridade portuguesa – e até tem um feat com a Anitta em um cover de Faz Gostoso. Durante essa área, a artista optou por fazer shows mais intimos em teatros, mas não deixou de performar o single Medellín, parceria com Maluma

Além do carisma de sempre de Madonna, o que chamou a atenção no palco foi o uso de hologramas como dançarinos, o que marcou a premiação com essa apresentação muito a frente do seu tempo em relação às tecnologias utilizadas. 

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6 artistas que inspiram a Billie Eilish (e que você também precisa ouvir)

A artista trouxe até uma referência brasileira para seu novo álbum, Happier Than Ever

Billie Eilish não precisa de introduções. Cantora, compositora, instrumentista, diretora de videoclipes, ganhadora de sete Grammy Awards e nova estrela de um especial gravado para a Disney+, a garota está dominando o mundo da música e seu segundo álbum de estúdio,chamado Happier Than Ever, foi lançado no dia 30 de julho deste ano.

Toda a sua carreira foi construída com muito esforço próprio e do seu irmão e produtor, Finneas, que usam de inspirações para criar seus próprios trabalhos. A garota não esconde que sempre foi megafã de Justin Bieber, por exemplo (e ele até já esteve presente em um remix de Bad Guy). Mas quais são os músicos que mais chamam a atenção da Billie quando ela está compondo algo?

Abaixo você pode conferir uma lista com os seis artistas que a Billie Eilish diz que a inspiram e que ela trouxe como referência para seu novo projeto, Happier Than Ever.

Aurora

Billie Eilish disse em uma entrevista que ela tinha apenas 12 anos quando viu o vídeo de Runaway da cantora norueguesa e a partir disso teve a certeza de que queria seguir a carreira musical. 

Aurora também é uma artista que costuma utilizar vocais suaves que dão um foco maior em seu lirismo, de forma a criar narrativas grandiosas com poucos detalhes, algo que também está bem marcado no álbum Happier Than Ever.

O último trabalho lançado da Aurora é o projeto A Different Kind of Human – Step 2, de 2019, e em 2020 ela participou da criação da trilha sonora do filme animado WolfWalkers, disponível na AppleTV+

Marina

Antes conhecida como Marina And The Diamonds, a cantora construiu um grupo de fãs muito engajados desde a época em que o Tumblr era a rede social do momento. Com uma voz cativante e músicas mais experimentais, não é surpresa que alguém da geração da Billie iria adorar acompanhar Marina e seus projetos. 

E como Billie Eilish conheceu uma de suas artistas preferidas? Bom, ela encontrou o clipe de Primadonna no Youtube, quando estava procurando por tutoriais de maquiagem na época de Halloween

Marina lançou seu novo álbum Ancient Dreams in a Modern Land em junho deste ano e o projeto conta com 10 faixas voltadas para o eletropop com letras mais cruas e menos focadas em narrativas ficcionais, como em seus outros trabalhos.

The 1975

Você se lembra dos primeiros shows que assistiu ao vivo? O segundo de Billie Eilish foi o da banda britânica The 1975. Comandada por Matty Healy, o grupo costuma integrar melodias mais pop com guitarras marcantes do rock e muitas das vezes tentam trazer mensagens de acolhimento e aceitação para os fãs, com eventuais letras reflexivas sobre política e a sociedade moderna. O mais recente lançamento do grupo foi o projeto Notes on a Conditional Form, de 2020.

Para a Billboard, a artista ressaltou a canção If I Believe You da banda, na qual Matty retrata suas preocupações e relação pessoal com a fé. Billie disse que “[…] Eu amo eles. E essa canção é linda, e sinto que não existem tantas músicas que falam sobre o que essa discute.”

Tom Jobim

Desde que a tracklist do projeto Happier Than Ever foi revelada, o título Billie Bossa Nova chamou a atenção de fãs brasileiros. E não é que a canção foi inspirada no compositor brasileiro? A sonoridade mais acústica também aparece nas canções Getting Older e no início da faixa título Happier Than Ever.

Frank Sinatra

Continuando nas inspirações mais clássicas que foi utilizada para dar o tom do Happier Than Ever, não podemos deixar de citar o Frank Sinatra. Eilish mesmo disse que tal álbum deveria ter um “som eterno”, tal qual as canções de Frank.

Tyler The Creator

Não é segredo que o estilo e as produções de algumas músicas da Billie bebem da fonte do rap. Um de seus últimos singles, a canção NDA, utiliza de uma produção mais pesada e com o autotune em sua voz que artistas como Travis Scott e Kanye West estão acostumados a fazer, mas a cantora diz que desde sempre uma de suas maiores inspirações é o Tyler The Creator. 

Tyler lançou neste mesmo ano seu álbum CALL ME IF YOU GET LOST e com seus cinco outros projetos anteriores, pode-se dizer que ele é uma das vozes que mais influenciou tal cenário musical na década passada – e ainda deve inspirar uma legião de novos artistas. 

Seu diferencial justamente é a criação de novos ritmos, letras e universos dentro de um álbum. Tyler também é conhecido por ter sua própria linha de roupas, seus shows eletrizantes (como os de Eilish) e por visualizar todos os aspectos do álbum, até a construção de videoclipes cinematográficos.

Você já acompanha esses artistas? E você está gostando da era Happier Than Ever da Billie? Conta pra gente nas nossas redes sociais (Twitter, Insta e Face)!

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Resenha | Luísa Sonza e Doce 22: um fenômeno em transformação

Em apenas 10 dias de lançamento, Doce 22 já conquista grandes feitos

Luísa Sonza mal completou 23 anos e já é uma das artistas mais comentadas em todo Brasil. Desde seu início, postando vídeos de covers no Youtube, até estrelando um letreiro de divulgação de seu álbum Doce 22 na Times Square, em Nova York, a gente conseguiu acompanhar todos os passos da carreira da garota.

Todo o sucesso, recordes e legião de fãs que ela conquistou ao longo destes poucos anos, infelizmente, também trouxeram momentos difíceis para a sua vida pessoal. As especulações e a invasão de sua privacidade por parte do público acabaram fazendo com que Luísa Sonza precisasse se afastar das redes sociais, quase fazendo com que o lançamento de seu álbum fosse cancelado. Porém, com a força que só ela tem, Doce 22 chegou ao mundo no dia 18 de julho, dia de seu aniversário. 

O projeto é um prato cheio para fãs de música pop, e contém influências da sonoridade dos anos 2000 feitas por Britney Spears e Christina Aguilera, o pop-funk popularizado por Anitta e até mesmo canções construídas em torno de letras mais introspectivas, como o que Lulu Santos costuma fazer. 

Doce 22 é dividido em dois lados: O lado A, com músicas mais animadas voltadas ao empoderamento feminino, reúne parcerias como o 6LACK, Pabllo Vittar, Anitta, Mariah Angeliq e Ludmilla (sendo que estas duas últimas ainda serão lançadas). Já o lado B, é mais introspectivo e pessoal, e conta com Lulu Santos e Jão (que também ainda será lançada). 

A produção do álbum está sendo muito elogiada pela internet, e foi uma ótima notícia saber que a artista também estava envolvida na execução e na escolha dessa parte extremamente importante para as canções. Luísa consegue usar suas inspirações para servir algo tão verdadeiro para ela, e todos os instrumentos, ritmos e letras presentes mostram o turbilhão de emoções e momentos que ela viveu com 22 anos. O que se pode ver aqui é a transformação não só de uma vida, mas de um caminho profissional que ela tem muitas oportunidades para explorar. 

O projeto não só mostrou que a artista tem um ótimo ouvido para produções ricas e escolhas de sonoridades que estão em alta, mas respondeu a pergunta: A Luísa canta sobre o que? Bom, ela canta sobre o que ela quiser. De músicas mais explícitas às mais sensíveis, ela tem uma visão clara do que quer passar e sua potência vocal não decepciona em momento algum.

Luísa Sonza já interagiu com os fãs via Twitter e aparenta estar contente com os resultados que seu álbum está alcançando. Bom, foram mais de 4,1 milhões de reproduções nas canções no Spotify Brasil em apenas 24 horas de lançamento, e o Spotify Charts divulgou que Doce 22 está entre os álbuns mais ouvidos no mundo atualmente.

https://twitter.com/spotifycharts/status/1419734574972686342?s=20

Os resultados de reproduções  das canções mostra que existe sim público para a música pop em território nacional e que as pessoas receberam bem o projeto. Com tanta conquista e tanto aprendizado, é admirável ver onde Luísa Sonza conseguiu chegar, e esperamos que ela tenha o apoio necessário e se sinta confiante o bastante para florescer ainda mais seu dom para a música. 

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