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Resenha | Red (Taylor’s Version) mostra a melhor fase da carreira de Taylor Swift

A série de regravações tem como intuito recuperar a autonomia de suas músicas dos primeiros álbuns, após ter os direitos deles vendidos sem seu consentimento

A última semana foi agitada para Taylor Swift e os fãs. Além do curta-metragem de All Too Well, que conquistou os corações mesmo de quem não conhecia o trabalho da cantora, houve o lançamento de Red (Taylor’s Version), segundo álbum regravado depois de Fearless. O novo álbum conta com 30 faixas ao todo, com duração de 2h10.

Foto: Beth Garrabrant

Taylor nos apresenta uma versão ainda mais poderosa das músicas já conhecidas pelo público na primeira versão do álbum, e presenteia os fãs com 8 faixas diretamente “From the Vault”, que a cantora não teve a oportunidade de lançar na época. Apesar de ter uma duração longa, o álbum atingiu mais de 100 milhões de streams após 3 dias. All Too Well, a queridinha dos swifties, entrou em primeiro lugar no Spotify Global e o curta-metragem da música teve mais de 13 milhões de visualizações em menos de 24 horas.

Como a própria artista mencionou em entrevista recente ao Late Night with Seth Meyers, o lançamento da primeira versão do álbum foi um processo muito estressante. Segundo a loirinha, houve uma preocupação muito grande em relação a aceitação do público, pois o álbum apresentava gêneros bem diferentes do que ela costumava fazer, além do turbilhão de sentimentos associados às músicas, que ainda tratavam de experiências recentes para ela. Já o lançamento da nova versão se tornou um processo muito mais tranquilo e alegre,  devido à maturidade adquirida depois de quase uma década.

Em relação às músicas em si, é unânime o carinho por All Too Well, especialmente após o lançamento da nova versão com 10 minutos, que apresenta aos ouvintes novos detalhes sobre a história do fim de um relacionamento, com o instrumental muito mais poderoso e com um curta-metragem (ainda melhor que um clipe!) aguardado por anos, estrelado por Sadie Sink e Dylan O’brien.

Foto: Beth Garrabrant

As populares We Are Never Ever Getting Back Together e 22, que estouraram na época do lançamento (difícil encontrar uma só pessoa que não saiba cantar pelo menos os refrões) continuam praticamente iguais, mas deixam ainda mais claro o amadurecimento musical da artista. Girl at Home ganhou mais elementos pop, tornando- se uma faixa muito divertida e dançante.

Mas não são apenas de músicas divertidas que o álbum é composto: Ronan conta a história verídica de um garotinho que faleceu de câncer aos 4 anos de idade. Taylor conheceu a história do menino após ler um post no blog de Maya Thompson, mãe de Ronan. Na letra, a cantora parafraseia alguns trechos do texto que a mãe escreveu. 

Forever Winter foi inspirada em um amigo de Taylor que estava passando por um momento muito difícil e que infelizmente morreu de overdose aos 21 anos, em 2010. As duas músicas foram muito bem escritas e as considero as mais tristes,  além de serem umas das mais profundas de Red (Taylor’s Version).

I Bet You Think About Me, com a colaboração de Chris Stapleton, é uma canção que volta às raízes country do começo da carreira da cantora e contou também com um clipe divertido lançado na última segunda (15). Seguindo essa pegada, foi uma surpresa agradável ouvir as músicas Better Man e Babe na voz de Taylor Swift. Ambas são composições com estilo country feitas na época anterior ao lançamento da primeira versão, mas acabaram sendo cedidas e gravadas, respectivamente, pelas bandas Little Big Town e Sugarland, que também fizeram um ótimo trabalho. 

Foto: Beth Garrabrant

Existem muitas músicas que valem a pena mencionar, como a faixa-título Red e a canção Nothing New,  sendo a última uma preocupação de Taylor com a fugacidade de sua juventude e de sua carreira (que ganhou até um cover da maravilhosa Brie Larson em seu Twitter), a colaboração famosíssima com Ed Sheeran em Everything Has Changed e todas as outras. 

Apesar de ter se passado muito tempo, a mágica está longe de não estar presente em Red (Taylor’s Version), ao contrário, o disco foi relançado com mais detalhes e capricho na produção, como uma oportunidade de aperfeiçoar o que já era muito querido. A resenha foi limitada às faixas de maior destaque, mas somente ouvindo o álbum do começo até o finalzinho você poderá passar pela experiência completa e ter a oportunidade de se apaixonar pelo trabalho. 

Já ouviu o álbum? Conta pra gente o que você achou lá no Insta, Twitter e Facebook do Entretetizei e nos acompanhe para ficar por dentro das novidades do mundo do entretenimento!

 

* Crédito da foto de destaque: Beth Garrabrant

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Resenha | Falando de Amor: mulheres pretas e todo o discurso racial

Falando de Amor é um filme sobre a identidade da mulher preta na sociedade e sobre a solidão não planejada que são obrigadas a enfrentar, em diferentes contextos emocionais

Em 1995 era lançado o filme Falando de Amor, com um elenco completamente preto, com Whitney Houston (1963 – 2012), Loretta Devine, Lela Rochon e Angela Bassett como as protagonistas de quatro histórias de amor que são verdadeiras lições de vida.

Enquanto Savannah (Whitney Houston) se muda de cidade para um novo emprego e na tentativa de achar um homem ideal para si, lidando com as investidas da mãe para que ela se case logo – e de preferência com um homem que já está em um relacionamento, lhe tornando a amante temporária -, sua amiga Bernadine (Angela Bassett) está em um casamento supostamente feliz, mas atolada dentro de uma rotina cheia de festas entediantes e distanciamento emocional.

Já a cabeleireira de Bernadine, Gloria (Loretta Devine), aguenta o peso afetivo de ser mãe solo de um filho que quase não fica em casa, e ainda tenta a todo custo se sentir amada nas poucas visitas que o pai faz ao jovem, até descobrir que o pai do seu filho é gay e não quer nada com ela.

Robin (Lela Rochon) é um caso à parte. Ela é amiga do trio e tenta se ver livre de um homem que é emocionalmente abusivo, enquanto tenta superar os traumas que causou em si mesma por causa desse amor.

O quarteto se reveza na tela, contando sobre encontros e desencontros amorosos, entre relações extraconjugais, abandono emocional e narrativas de uma sociedade preta que se invisibiliza dentro do macro. Com temas sutilmente tocados, como o abandono do marido preto por uma mulher branca, aborto, síndrome do ninho vazio e solidão (de modo geral) da mulher preta, o filme narra situações reais e dolorosas, e dá um protagonismo completamente preto para uma produção em grande escala.

A solidão da mulher preta

Foto: Divulgação

“A análise dos dados mostrou que os sujeitos consideram que existe uma desvantagem da mulher negra em comparação a mulher branca, no que concerne a preferência do homem negro na escolha de parceira afetiva e conjugal”, é uma parte do trabalho de tese feito pela mestranda Claudete Alves da Silva Souza.

Claro que esse não é um tema simples, e claro que a solidão da mulher negra não se resume ao fato de homens pretos preferirem se relacionar com mulheres brancas, ou com o abandono em massa que as mulheres pretas sofrem de seus parceiros, em microssociedades mais desfavorecidas e marginalizadas. Temos que ter consciência social que desde quando a escravatura começou a rodar o mundo, todos os escravos (independente do país, variação do tom de pele ou ambientes de famílias mais ricas) eram incentivados a não terem conexão afetiva. Também temos que ressaltar que aqui no Brasil, especialmente, houve uma ideia governamental de clarear a população.

Por ser um filme e ter uma curta duração, ainda mais não sendo focado no contexto documental, a narrativa fala desse tema de forma mais simplista e superficial, mas o debate ainda está presente.

Quando a mãe de Savannah a cobra de ter um marido, seu foco principal é dizer que não quer que a filha acabe como ela: sozinha. E esse também é o permanente problema de Gloria, que não quer deixar o filho viajar para a Europa por causa do seu medo da solidão, que acaba gerando a síndrome do ninho vazio.

Não é nada raro ver a sociedade apresentar contextos em que homens pretos, por uma questão de status social, saem da sua própria realidade e ancestralidade para se relacionarem com mulheres brancas, e por isso acabam se sentindo mais confortáveis em camadas sociais onde o racismo é mais forte. Vide o caso do O.J. Simpson, retratado na primeira temporada da série American Crime Story. Ele era um homem preto que se cercava de pessoas brancas, em maioria mulheres, e renegava sua origem preta, mas na primeira oportunidade usou do problema social entre a comunidade negra e a polícia para alegar que sua acusação de assassinato era baseada em racismo.

O filme Lady Mcbeth, lançado em 2016 e com protagonismo de Florence Pugh, também discute essa questão racial em dois âmbitos diferentes, e abre espaço para mais debate sobre a realidade de pessoas brancas que se interessam por pessoas pretas, e como isso afeta homens e mulheres de cores diferentes, em uma mesma relação.

Protagonismo preto

Foto: Divulgação

Nós, crianças criadas entre os anos 90 e 2000, temos memórias afetivas encantadoras com seriados como Um Maluco no Pedaço e Eu, a Patroa e as Crianças, que eram repetidos em excesso durante as tardes, mas quando crescemos, quase sempre esquecemos de todos os protagonismos pretos que precisam continuar existindo no nosso repertório cultural.

Quando falamos sobre o feriado da Consciência Negra, pensamos em todos os anos de escravatura que foram vividos por povos africanos, que foram roubados de suas terras natais, forçados a se adaptarem em culturas e línguas completamente desconhecidas (fora as religiões) e ainda tiveram que aguentar torturas emocionais e psicológicas para sobreviver – e subsistir – nesses novos lugares e contextos.

Falando de Amor é um filme preto, com excelência preta e impacto forte dentro da sua cultura. A única pessoa branca no filme todo – e que tem certo destaque – é a amante e nova namorada de John (Michael Beach), ex-marido de Bernadine. O resto do elenco se divide em nomes de força na cultura e representatividade preta em grandes telas, com Wendell Pierce, Dennis Haysbert, Gregory Hines (1946 – 2003) e Donald Faison.

Outros títulos que podemos mencionar aqui, com absoluto protagonismo preto (e talvez sobre a solidão da mulher preta, que acaba se interessando apenas por homens brancos porque seus pares fazem o mesmo), é a comédia Morte no Funeral (2010), Sobre Ontem à Noite (2014) e Pense como eles (2012). E claro, sempre temos o nome Pantera Negra (2018) na ponta da língua quando falamos de grande representatividade dentro da sociedade atual.

Mas é importante lembrar que o Dia da Consciência Negra existe por um bom motivo. Temos que saber preservar e respeitar essas culturas pretas que foram saqueadas, roubadas e misturadas, e igualmente inferiorizadas, para reforçar esses protagonismos pretos e analisar o ângulo completo do que o racismo fez e ainda faz nos nossos círculos sociais.

A culpa de não termos tantas referências artísticas de grande repercussão é porque a cultura preta ainda sobrevive de pequenos patrocínios e de produções independentes para conseguir certo impacto no mercado. Filmes como Bantú Mama e A Garota do Moletom Amarelo são obrigados a permanecer longe dos grandes holofotes, precisando de eventos completamente voltados ao conteúdo racial, por culpa de uma cultura que prioriza apenas as realidades e discussões brancas. Falando de Amor é só um filme que – por sorte – sobreviveu bem e que não caiu na obscuridade cultural.

Sobre o filme

Foto: Divulgação

O filme tem toda essa força que estamos debatendo aqui, e ainda usa de uma linguagem muito suave para questionar outros temas tão importantes quanto, como relações abusivas, aborto e laços amigáveis e familiares.

Falando de Amor reforça atuações ricas e icônicas, visibiliza nomes que nem eram tão conhecidos e enriquece nosso senso cultural com críticas importantes e reflexões ácidas sobre uma sociedade carente de decência e igualdade.

Nenhuma história é deixada em aberto, todos os nós são fechados e cada uma das protagonistas encontra sua forma de felicidade, dentro de relações amorosas ou não. O filme é gentil com todos os seus personagens, é justo com os erros cometidos e fala com clareza e cuidado sobre os temas mais delicados.

É óbvio que o feminismo também é um foco forte no roteiro, e traz sororidade e resiliência, além de enfatizar discursos que só ganham mais e mais impacto a cada dia que passa.

Alguns dos temas abordados no filme seriam de grande importância para uma segunda temporada de Preto à Porter, e por si só já valem um debate aberto e claro.

Agora é a sua vez de falar sobre esses temas. Quais dos assuntos de Falando de Amor você mais valoriza dentro da pauta preta? Vamos conversar sobre isso lá nas redes sociais: Twitter, Insta e Face.

*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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AMA’s 2021: Fefe Schneider e Letticia Muniz apresentam o pré-show na TNT

Dupla comandará a transmissão a partir das 21h30, com comentário e análises dos melhores momentos da premiação

Neste domingo (21), acontece uma das maiores premiações da música, o American Music Awards.. Aqui no Brasil, o canal TNT fará a transmissão não só do evento, como também do pré-show de aquecimento, para quem está assistindo de casa poder entrar no clima de festa. A transmissão de aquecimento começará às 21h30, com comentários de Fefe Schneider e Letticia Muniz.

TNT
Foto: Atrevida

O esquenta será transmitido simultaneamente na TV, Youtube, Facebook e Twitter da TNT, trazendo todos os indicados e destaques da noite de uma forma descontraída, além de receber convidados e trazer imagens e entrevistas exclusivas. Mara, né?!

TNT
Foto: Istoé

No canal da TNT, a cerimônia começa às 22h e os comentários da transmissão ao vivo ficam por conta da  dupla maravilhosa, Dane Taranha e Phelipe Cruz. Durante a premiação, o Youtube, Facebook e Twitter da TNT estarão ao vivo numa live com Didi, Foquinha, a cantora Day e Anderson Vieira, que comentarão sobre as performances da noite. 

 

Quem aí também está mega ansioso pra conferir a premiação? Conta pra gente nas nossas redes sociais –Insta, Face, Twitter – e fique por dentro de tudo o que acontece no mundo do entretenimento.

 

*Crédito da imagem de destaque: ComUm

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Entrevista | Kamilla Fialho fala sobre machismo no mundo da música, sua filha Tília e muito mais

O Entretetizei bateu um papo com a empresária Kamilla Fialho, confira

 

Nascida no Rio de Janeiro, Kamilla Fialho, de 40 anos, conquistou seu espaço no mundo da música. O sucesso impressionante não veio do modo convencional, por meio de lançamentos de hits e álbuns, mas sim, nos bastidores da carreira musical de muitos artistas do mainstream brasileiro, como Kevin O Chris. Atualmente, Kamilla é uma das indicadas ao Women ‘s Music Event (WME) Awards, administra sua consultoria de talentos, a K2L, e ministra um curso para interessados em trabalhar de forma séria com a música. 

Foto: Reprodução/ Ricardo Brunini

Diante do impacto de redes sociais, como o TikTok, na divulgação de novas músicas e das consequências da pandemia da Covid-19, Fialho conta como equilibra sua vida profissional, pessoal e fala sobre sua trajetória em um meio no qual a criatividade e dedicação são requisitos obrigatórios.

Confira nosso papo na íntegra:

Entretetizei: Sendo mulher, você entende a dificuldade de conquistar o respeito em diversas áreas. Como foi o início da sua carreira, em relação a essas questões decorrentes do machismo

Kamilla Fialho: Como mulher, é sempre mais difícil conquistar espaços, a batalha é diferente, o posicionamento tem que ser mais firme, porque se sentem algum tipo de fraqueza em você, já te diminuem. O funk sempre foi um meio masculino, e eu já tive que engolir muito sapo, tinha que fingir que gostava de ser seduzida em reuniões para ser respeitada.. Até que eu comecei a falar grosso, na língua deles, e fui conquistando o meu espaço. Sempre fui julgada pelas minhas fotos de biquíni, mas hoje, depois de quase 20 anos, sou respeitada, e ninguém questiona o que eu falo e faço.

https://www.instagram.com/p/CUtRiJUsXz2/

 

E: E como você entrou no mundo da música?

KF: Entrei no mundo do empreendedorismo depois que acabou meu contrato na Furacão 2000. Eu engravidei e fui colocada na geladeira porque eu trabalhava na frente das câmeras. Meu objetivo sempre foi empreender, fazer dinheiro e criar algo novo. A primeira oportunidade que eu tive foi de empresariar o MC Sapão, aos 22 anos, grávida e completamente perdida. Quando o Dennis [DJ] me sugeriu isso, relutei, porque nunca tinha feito nada parecido. Mas como eu já tinha sido vendedora, ele me incentivou, e disse que empresariar era vender pessoas, e que eu ia conseguir. Na época, o funk não era tão respeitado, e aos poucos eu fui amadurecendo e desenvolvendo meu talento.

 

E:  Em relação ao funk, você acha que, mesmo com todo o sucesso, o gênero ainda sofre preconceito?

KF: Ainda sofre um pouco, principalmente porque as letras são sobre o que os  artistas veem dentro da favela. E muita gente não quer enxergar essa realidade. Mas dentro do mundo da música essa barreira já foi ultrapassada e hoje, o funk é um dos gêneros musicais mais ouvidos do Brasil, perdendo só para o sertanejo. 

 

E: Recentemente, você foi indicada ao WME Awards, certo? Você vê isso como uma consequência de todo o seu trabalho?

KF: Claro. Sempre batalhei muito e dei muito de mim para conquistar tudo que tenho hoje, uma empresa reconhecida no segmento da música urbana. Eu invisto muito na minha carreira e na dos meus artistas, e esse reconhecimento me deixa muito feliz e realizada, principalmente por ser uma premiação tão necessária, que exalta o trabalho das mulheres na indústria musical. Ser indicada ao lado de profissionais inspiradoras e incríveis, é uma verdadeira honra. 

 

E: Pensando nessa indicação, qual a sua maior realização profissional?

KF: Acho que a minha maior realização profissional até hoje foi ter passado pelo período mais crítico da pandemia e saído com quase o dobro da quantidade de colaboradores que eu tinha antes disso tudo começar. Também acabei virando sócia de outras três empresas. Hoje todas elas estão concentradas em uma casa enorme, que recebeu o nome de Lab 360. É um ambiente de trabalho completamente diferenciado, inovador e é gratificante demais pra mim ver pessoas por todos os lados trabalhando lá e fazendo tudo acontecer.

https://www.instagram.com/p/CTR0P1irwx1/

 

E: Então a pandemia teve impacto direto no seu trabalho e na K2L?

KF: Teve um impacto muito forte. A gente precisou se reinventar e pensar em formas de explodir os artistas sem a realização de shows. Parecia impossível. Foi quando começamos a usar o mercado digital ao nosso favor, mais do que nunca. O mercado teve que encontrar uma solução do dia para a noite, as adaptações como as lives, por exemplo, foram muito rápidas. O TikTok teve muita relevância, tivemos que acompanhar o que o público estava consumindo naquele momento, principalmente no início da pandemia, e fizemos acontecer. A publicidade virou a principal fonte de renda e nós entramos nessa de cabeça também. Expandimos nosso núcleo people, de influenciadores digitais, investimos bastante nessa área e deu pra gente se estruturar novamente.

 

E: Atualmente, redes sociais tipo o TikTok são grandes ditadores da música. Como você trabalha essa questão? Costuma usar essas plataformas como pesquisa de mercado ou feedback de algum hit ou artista?

KF: Temos que usar o TikTok a nosso favor. No início da pandemia eu percebi que não passaria rápido, então comecei a pensar em formas de emplacar meus artistas usando o mercado digital, como o TikTok. Uso o Kevin como exemplo, para a música Tipo gin eu fechei uma parceria com um grupo de criadores de dancinhas, o Nice House, e o Kevin escreveu a letra pensando na plataforma. O resultado todo mundo viu, né? Não podemos ignorar as novas redes sociais ou novas tendências, temos que trazer para perto e tirar o melhor delas.

 

E: Existe algum artista atual que você desejaria agenciar e que acredita no sucesso da pessoa?

KF: Claro! Vários. Tenho vontade de trabalhar com muita gente. Mas hoje olho muito pra cena do trap e do rap. Inclusive, vejo que se alguém der a esses gêneros a estrutura que eu me predispus a dar pro funk há uns 20 anos atrás, a música urbana vai se fortalecer bastante. 

 

E:  A sua filha, Tília, vem trabalhando no seu primeiro EP e acabou de realizar o primeiro show de uma carreira em ascensão. Como mãe, como é ver o início da carreira de Tília e qual conselho você costuma dar para ela lidar com toda exposição?

KF: A Tília tem uma cabeça muito boa, e ela sabe muito o que quer. Eu sempre quis que ela assumisse a K2L, e o pai queria que ela fosse DJ e produtora musical. Mas ela é determinada, decidiu ser cantora e está agarrando a oportunidade com unhas e dentes. Fico muito orgulhosa de ver como ela está batalhando, porque nunca dei a carreira de mão beijada, ela fez e faz todo o processo como qualquer artista da empresa. 

https://www.instagram.com/p/CV_tyWjMAFI/

KF: Não é bem um conselho, mas uma prática que eu sempre valorizei, tanto pra mim quanto pros artistas com quem eu trabalho, é terapia. Considero esse acompanhamento profissional imprescindível para qualquer um que atue direta ou indiretamente no meio artístico.

 

E: O seu curso, Como Viver da Música, é baseado em experiências suas, certo? Qual a principal lição que você pretende passar aos seus alunos? Conte um pouco mais sobre esse projeto e qual é o público alvo.

KF: O público alvo são artistas e empresários que querem iniciar uma carreira organizada e sólida. O objetivo é compartilhar, de forma prática, as estratégias que eu uso para alcançar os resultados para os meus artistas e como profissional. São 20 anos de trabalho e experiência sobre como se destacar no mercado da música.

 

E: Para finalizar, quais são as perspectivas do funk para o futuro, principalmente no que tange as artistas e produtoras femininas?

KF: As perspectivas são bem positivas. As coisas nesse sentido estão mudando (bem mais lentamente do que eu gostaria, aliás) mas estamos conseguindo de pouquinho em pouquinho determinar o nosso espaço. Não somente em relação às mulheres, mas considerando um panorama mais geral mesmo, as minhas expectativas são sempre de uma maior diversidade dentro do segmento. Já existem vários tipos de funk nascendo em diversos cantos do país. Vejo isso tudo como uma movimentação extremamente positiva e capaz de levar o gênero para lugares antes inimagináveis.

 

Curtiu a nossa entrevista com a Kamilla? Conta mais pra gente nas nossas redes sociais (Insta, Face, Twitter).

 

*Créditos da foto de destaque: Divulgação

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A loja dos sonhos: conheça o novo livro de Jojo Moyes

Inédito no Brasil, terceiro livro escrito pela autora mistura presente e passado em uma história emocionante sobre família e recomeços

Após publicar best-sellers como A última carta de amor e Como eu era antes de você, a Intrínseca traz aos fãs de Jojo Moyes um dos primeiros livros publicados pela autora, A loja dos sonhos. Com data de lançamento marcada para 2 de dezembro, a obra vem para completar a coleção dos fãs da autora, que já vendeu mais de 30 milhões de exemplares no mundo todo. O romance, lançado pela primeira vez no país, conta com os elementos narrativos e personagens complexos que consagraram a escritora.

 Na trama, após anos afastada, Suzanna Peacock está de volta à cidade natal, que, durante muito tempo, serviu de palco para as confusões da mãe. Com o casamento em crise e dificuldade de se desvencilhar do passado, Suzanna encontra uma forma de recomeçar quando decide abrir o Empório Peacock, um grande brechó, que vende desde roupas e acessórios até um delicioso café.

Lá, ela faz amigos de verdade pela primeira vez, entre eles Jessie, uma jovem curiosa e muito criativa, e Alejandro, um argentino solitário que trabalha no hospital local e compartilha com Suzanna um histórico familiar complicado, e o gosto por um bom café. Aos poucos, ela começa a fazer as pazes com seu passado e a trilhar o próprio caminho.

 Passado e presente se misturam na trama, no melhor estilo Jojo Moyes. Com personagens inesquecíveis, A loja dos sonhos mostra como é possível encontrar segurança e redenção nos lugares mais improváveis e quando menos se espera.

https://www.instagram.com/p/CVWJwu4Mnjv/

“Um romance original sobre gerações de mães e filhas enfrentando o luto e descobrindo as alegrias do autoconhecimento.”  afirma a crítica da Publishers Weekly

Sobre a autora:

Foto: divulgação/Estante Virtual

Jojo Moyes nasceu em 1969 e cresceu em Londres. Estudou jornalismo e foi correspondente do jornal The Independent por quase uma década. Publicou seu primeiro livro, Em busca de Abrigo, em 2002, e desde então dedica-se integralmente à carreira de escritora. Seus livros, entre eles , A última carta de amor, A garota que você deixou para trás, Um mais um e a trilogia de Como eu era antes de você, já foram traduzidos para mais de quarenta idiomas e ultrapassaram a marca de trinta milhões de exemplares vendidos no mundo todo.

 

Informações:

A loja dos sonhos

Tradução: Adalgisa Campos da Silva

Páginas: 416

Livro impresso: R$ 59,90

E-book: R$ 39,90

 

E, aí? Preparados para ler mais um sucesso de Jojo Moyes? Conta pra gente! Fiquem ligados no Entretetizei para mais conteúdos sobre livros e o mundo do entretenimento. Ah! E aproveita para seguir a gente no Insta, Twitter e Face

 

 *Crédito da foto destaque: divulgação/O Globo

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Entretenimento Notícias

HBO Max divulga trailer de The Cut, novo reality que estreia dia 25 de novembro

Com competição apresentada por Alessandra Ambrosio, 12 talentos do universo de beleza buscam o título de melhor hairstylist do Brasil

Foto: Divulgação/HBO Max

Vem série nova por aí! Nesta sexta-feira (19), a HBO Max divulgou o trailer oficial do novo reality show brasileiro Max Original: The Cut. Prometendo entregar muito talento, emoção e diversão, a estreia acontece dia 25 de novembro exclusivamente na plataforma de streaming.

Além disso, a apresentação da competição fica por conta de Alessandra Ambrosio, super modelo reconhecida globalmente.

Ao todo, são oito episódios que apresentam a trajetória emocionante e desafiadora de 12 participantes na busca pelo título de melhor hairstylist do país.

Foto: Divulgação/HBO Max

As provas da disputa serão divididas em momentos individuais e em grupos, e os competidores precisam mostrar domínio de todas as técnicas: cortes, penteados e coloração. 

O grande vencedor leva para casa um prêmio de 200 mil reais e cada resultado do reality é determinado por um júri de peso, composto por líderes do mercado nacional de beleza e lifestyle: Daniel Hernandez, Marcos Proença, Mônica Salgado e Zica Assis.

“Me emocionei muito ao lado desse time especial de jurados. O programa mostra uma grande mistura de emoções. Acompanhamos os altos e baixos, choros e sorrisos, falhas e superações destes profissionais que entregaram tudo nos desafios propostos”, disse Alessandra Ambrosio.

Confira agora o trailer do mais novo reality show brasileiro:

The Cut é uma produção da Boxfish para a HBO Max, com direção de David Feldon e direção artística de Pablo Mazover.

E, aí? Gostaram da novidade? Não esqueça de nos acompanhar nas nossas redes sociais (Instagram, Twitter e Facebook) para ficar por dentro de tudo que vai acontecer nessa competição emocionante!

 

*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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